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Miopatias: desafio (ainda) a ser vencido no campo
Com altos prejuízos, miopatias em peitos de aves ainda são desafio para toda a cadeia produtiva

Um grande desafio, tanto para o produtor quanto para a indústria, e que pode até mesmo afetar na aceitação do consumidor pelo produto final são as miopatias no peito de frangos de corte. Cuidados com manejo podem ser uma solução para evitar a condição. Porém, esta questão vai ainda muito além do que somente bom manejo por parte do produtor rural. Devido a importância do assunto a todos os envolvidos na cadeia, o médico veterinário, doutor Fernando Rutz, falou sobre “Doenças metabólicas e miopatias” durante o Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que aconteceu de 02 a 04 de abril em Chapecó, SC.
O especialista começa explicando que são inúmeras as enfermidades metabólicas que afetam frangos de corte. “As mais prevalentes são as miopatias, problemas ósseos e ascite”, informa. Os problemas trazidos por estas situações pesam no bolso, tanto do produtor quanto da indústria. Rutz lamenta não haver dados concretos sobre o assunto no Brasil, mas nos Estados Unidos as perdas por miopatias podem chegar a US$ 200 milhões por ano.
A situação ocorre, principalmente, quando os animais apresentam rápido ganho de peso e elevado peso ao abate, explica o médico veterinário. “Amparado por técnicos de sua indústria, o avicultor deveria reduzir a velocidade de crescimento dos frangos para reduzir, assim, as miopatias, principalmente do peito em madeira e o peito estriado”, conta. Ele informa ainda que a prevenção da ascite consiste, principalmente, em uso de técnicas que condicionem ao frango ter acesso fácil ao oxigênio.
Rutz informa que a genética tem uma boa parte de responsabilidade sobre as enfermidades miopáticas. Porém, um ambiente que favoreça o crescimento também contribui para o aparecimento das miopatias. “Entre as que mais atingem os aviários podemos citar peito amadeirado, estrias brancas, miopatia peitoral profunda e miopatia dorsal craneal”, diz. Além do mais, um grande problema quanto a esta condição nas aves é que uma vez estabelecidas não há como reverter a situação. “O ciclo do frango é muito curto para retroceder o processo”, explica Rutz.
Algumas dificuldades
O médico veterinário conta que a busca incessante da seleção genética dos frangos de corte para aprimorar a velocidade de ganho de peso, a alta eficiência alimentar e a viabilidade, o melhor rendimento e a menor deposição de gordura na carcaça resultam em efeitos colaterais adversos, entre eles as enfermidades metabólicas. “O peito com estrias brancas e o amadeirado são duas miopatias observadas em frangos de corte que apresentam alta velocidade de crescimento, alto rendimento de peito e problemas de rede vascular”, explica.
Ele conta que as características macro e microscópicas destas duas enfermidades metabólicas apresentam similaridades, incluindo lesões inflamatórias e hemorrágicas, edema e perda vascular. “Já as similaridades microscópicas incluem degeneração polifásica, necrose perivascular e infiltração de tecido conjunto”, diz.
Rutz comenta que a ocorrência de vários graus das miopatias (peito com estrias brancas, amadeirado e síndrome ascética) reduz a qualidade e a aceitação pelos consumidores dos produtos in natura como processados. “Em condições comerciais, o problema das miopatias é multifatorial”, conta. Já no âmbito nutricional, o médico veterinário informa que a restrição alimentar propicia melhora na condição miopática e fatores como antioxidantes, minerais orgânicos, enzimas e agentes anti-inflamatórios, de forma individual ou conjunta, deveriam ser mais profundamente estudados para amenizar o quadro destas miopatias.
Onde focas as investigações
Rutz conta que após uma revisão sobre miopatias em frangos de corte, autores indicaram onde as principais investigações deveriam se concentrar. São três os principais locais: os biomarcadores, a escala de comparação e a nutrição.
Quanto ao primeiro item, o médico veterinário informa que, atualmente, as tentativas de identificação das miopatias são feitas através da palpação das aves vivas. “A identificação de biomarcadores pode auxiliar na avaliação de aditivos alimentarem, na genética, no ambiente ou nas condições de manejo, tanto para melhorar como para agravar a condição do animal vivo”, afirma. Ele diz que recentemente foi desenvolvido um sistema de Near-infrared para detectar o peito amadeirado em filé através de marcadores proteicos contendo proteínas marcadoras e diferentes graus de água livre.
Já quanto a escala de comparação, Rutz explica que é necessária a busca da padronização de uma escala de comparação, já que tanto o peito com estrias brancas como o amadeirado é baseado em sistemas subjetivos de comparação. “No caso do peito com estrias brancas, a escala de escore desenvolvida por Kuttappan é amplamente utilizada em vários estudos”, conta. Porém, a eficiência desta escala depende de vários fatores, entre eles: examinar os filés sob as mesmas condições para evitar a interferência das condições de processamento; manter idênticas, durante a comparação das amostras, temperatura e umidade ambiental, fonte e intensidade de luz na sala, temperatura e umidade da superfície das amostras; avaliar as amostrar sobre um contraste branco (em uma bandeja branca, por exemplo); e manter a mesma pessoa fazendo o escore.
“Tendo em vista que existem registros de que a incidência de peito com estrias brancas e amadeirado aumentou nos últimos anos, possivelmente a severidade das enfermidades metabólicas também tenha aumentado através dos anos. Dessa forma, a escala do escore de comparação também deveria ser ampliada”, sugere Rutz.
O especialista explica que a escala de valores comparativos para peito amadeirado é mais complicada do que para peito com estrias brancas, tendo em vista a dificuldade de estabelecer escores com palpações, ao contrário do escore visual estabelecido para peito com estrias brancas. “Alguns autores descreveram métodos de escore para esta condição, levando em conta a firmeza e a localização (cranial versus filé inteiro). Ao realizar o escore para peito amadeirado, é melhor que esteja envolvida mais de uma pessoa, até que o melhor treinamento seja atingido”, recomenda.
Rutz diz que uma avaliação instrumental da dureza do peito seria útil, especialmente se um método rápido pudesse ser desenvolvido. “Autores usaram com sucesso um medidor de textura para determinar a força necessária para comprimir os filés. Assim, filés normais e amadeirados poderiam ser diferenciados. Um método a laser poderia ser adaptado e talvez utilizado na avaliação do peito amadeirado”, propõe.
Quanto a nutrição, o médico veterinário informa que a adição de antioxidantes, enzimas, minerais orgânicos e agentes anti-inflamatórios, de forma individual ou combinada, na dieta dos frangos de corte, a fim de reduzir a ocorrência das miopatias, deve ser mais intensamente investigada. “Quanto maior a oxidação tecidual, menor a incidência de síndrome ascítica e de miopatias não infecciosas em frangos de corte. Alguns autores estudaram a suplementação de altas doses de fitases para reduzir a ocorrência de peito amadeirado e concluíram que a melhor solubilidade de minerais traços, como selênio, zinco, ferro, manganês e cobre, desempenha um papel importante na imunidade, crescimento, saúde intestinal e estado antioxidante das aves e na redução da ocorrência de peito amadeirado”, afirma.
Rutz conta que a fitase auxilia a suportar a capacidade antioxidante do frango de corte e a melhorar a taxa de oxigenação tecidual. “Os autores apresentaram resultados recentes, indicando que a suplementação de ferro, selênio, zinco, triptofano e/ou etoxiquin em dietas de frangos de corte combinados com altos níveis de fitase diminuíram a severidade do peito amadeirado em até 50%, com aumento do ganho de peso médio diário e melhora na eficiência alimentar destas aves”, alega.
Outras notícias você encontra na edição de Aves de abril/maio de 2019 ou online.

Avicultura
Produção de frangos em Santa Catarina alterna quedas e avanços
Dados da Cidasc mostram que, mesmo com variações mensais, o estado sustentou produção acima de 67 milhões de cabeças no último ano.

A produção mensal de frangos em Santa Catarina apresentou oscilações significativas entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc. O período revela estabilidade em um patamar elevado, sempre acima de 67 milhões de cabeças, mas com movimentos de queda e retomada que refletem tanto fatores sazonais quanto ajustes de mercado.
O menor volume do período foi registrado em dezembro de 2024, com 67,1 milhões de cabeças, possivelmente influenciado pela desaceleração típica de fim de ano e por ajustes de alojamento. Logo no mês seguinte, porém, houve forte recuperação: janeiro de 2025 alcançou 79,6 milhões de cabeças.

Ao longo de 2025, o setor manteve relativa constância entre 70 e 81 milhões de cabeças, com destaque para julho, que atingiu o pico da série, 81,6 milhões, indicando aumento da demanda, seja interna ou externa, em plena metade do ano.
Outros meses também se sobressaíram, como outubro de 2024 (80,3 milhões) e maio de 2025 (80,4 milhões), reforçando que Santa Catarina segue como uma das principais forças da avicultura brasileira.
Já setembro e outubro de 2025 mostraram estabilidade, com 77,1 e 77,5 milhões de cabeças, respectivamente, sugerindo um período de acomodação do mercado após meses de forte atividade.
De forma geral, mesmo com oscilações, o setor mantém desempenho sólido, mostrando capacidade de rápida recuperação após quedas pontuais. O comportamento indica que a avicultura catarinense continua adaptável e resiliente diante das demandas do mercado nacional e internacional.
Avicultura
Setor de frango projeta crescimento e retomada da competitividade
De acordo com dados do Itaú BBA Agro, produção acima de 2024 e aumento da demanda doméstica impulsionam perspectivas positivas para o fechamento de 2025, com exportações em recuperação e espaço para ajustes de preços.

O setor avícola brasileiro encerra 2025 com sinais de recuperação e crescimento, mesmo diante dos desafios impostos pelos embargos que afetaram temporariamente as margens de lucro.
De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a produção de frango deve fechar o ano cerca de 3% acima de 2024, enquanto o consumo aparente deve registrar aumento próximo de 5%, impulsionado por maior disponibilidade interna e retomada do mercado externo, especialmente da China.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a competitividade do frango frente à carne bovina voltou a se fortalecer, criando espaço para ajustes de preços, condicionados à oferta doméstica. A demanda interna tende a crescer com a chegada do período de fim de ano, sustentando a valorização do produto.
Além disso, os custos de produção, especialmente da ração, seguem controlados, embora a safra de grãos 2025/26 ainda possa apresentar ajustes. No cenário geral, os números do setor podem ser considerados positivos frente às dificuldades enfrentadas, reforçando perspectivas favoráveis para os próximos meses.
Avicultura
Avicultura do Paraná sofre com desequilíbrio entre custos e remuneração
Levantamento do Sistema Faep mostra que, mesmo com a liderança nacional em abates, a maioria dos produtores opera abaixo dos custos, acumulando prejuízos e enfrentando dificuldades para manter e modernizar os aviários.

O Paraná é uma superpotência nacional na produção de frangos de corte. Os números falam por si: o Estado responde por um terço dos abates do país, produzindo quase 2,3 bilhões de cabeças em 2024, movimentando cifras da ordem de R$ 31 bilhões. Toda essa pujança do setor, no entanto, não tem chegado aos produtores rurais. As receitas dos avicultores mal cobrem os custos diretos, o que representa um risco para a atividade em médio e longo prazos.
Confira todas as planilhas do levantamento de custos de produção da avicultura
É o que aponta o levantamento de custos de produção elaborado pelo Sistema Faep. O estudo é elaborado seguindo a metodologia própria e embasado por dados fornecidos por avicultores de todas as regiões do Estado. Os produtores foram ouvidos em painéis realizados em cada uma das 14 Comissão de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) do Paraná, abrangendo os polos produtivos do Estado. Os resultados representam as médias por tamanhos de modais e classificação do frango, pesado ou griller, conforme o cenário das integrações.

Segundo os técnicos Caroline da Costa e Fábio Mezzadri, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep, os dados “revelam um cenário preocupante para a sustentabilidade da atividade”. Segundo o relatório, em praticamente todas as integrações, ALERTA as receitas obtidas pelos avicultores com a entrega das aves e com a venda de cama de aviário cobriram apenas os custos variáveis – ou seja, os desembolsos para produzir o lote de frangos.
O levantamento revelou que os produtores rurais ficaram no vermelho no que diz respeito ao custo fixo (que leva em conta as depreciações de máquinas, equipamentos e instalações) e o custo total (que se consolida como um índice de longo prazo para a atividade). Isso implica em saldos negativos anuais para cada produtor, que variam entre R$ 89 mil e R$ 217 mil, o que compromete a depreciação de instalações e a capacidade de investimento. “Ano após ano, as condições dos produtores estão se complicando, com a atividade ficando mais no vermelho”, diz o presidente da Comissão Técnica de Avicultura do Sistema Faep, Diener Santana. “Os reajustes que os produtores estão recebendo não acompanham os custos de produção, que têm aumentado acima. Isso agrava o vermelho”, acrescenta.
Ainda, o DTE do Sistema Faep estabelece uma comparação com os resultados de 2024. Segundo os técnicos, ao longo de um ano, houve um aumento nos custos variáveis, que oscilou entre 5% e 15%, conforme a região. O que mais pesou foram os valores da mão de obra, dos custos de manutenção e da energia elétrica. “Esses fatores [de aumento] são influenciados pela inflação, demandas regulatórias e exigências de bem-estar animal”, destaca Caroline, do DTE. “Esta realidade ameaça a viabilidade da cadeia produtiva paranaense, um dos pilares do agronegócio brasileiro, com potencial impacto em empregos rurais, suprimento de insumos e exportações”, complementa Mezzadri.
O presidente da CT de Avicultura ressalta uma distinção dentro da atividade. Os aviários mais novos, em regra, recebem adicionais. Os galpões mais antigos, no entanto, não ganham qualquer complementação. “Os modais novos têm incentivo para que o produtor se viabilize. Os mais antigos não têm. É só a remuneração seca”, aponta Santana.
Há oito anos na atividade, o avicultor Luís Guilherme Geraldo mantém quatro galpões, alojando 160 mil aves, em Jaguapitã, no Norte do Paraná. Além dele, o pai e dois colaboradores atuam diretamente na produção de frangos de corte, na propriedade. “Realmente, a avicultura está em bom momento, principalmente no mercado de exposições. Mas o lucro fica todo na integração”, ressalta.

Ao longo do ano, por meio de negociações na Cadec, os produtores conseguiram reajustes de 7,5%, que minimizaram os prejuízos acumulados em anos anteriores. Geraldo pretende ampliar a produção para diluir os custos, mas sabe dos riscos implicados na operação. “Apesar dos cenários econômico e político desafiadores, o produtor continua investindo. Esperamos que a avicultura siga em alta. O frango brasileiro é bem-visto no mercado internacional por nossas boas práticas sanitárias. Continuamos realizando diversos estudos para auxiliar nossos produtores rurais”, afirma o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “Nosso papel é dar esse suporte aos avicultores nas negociações de preços e custos junto às empresas integradoras em reuniões das Cadecs”, complementa.
Empresas cobram investimentos de produtores, mas remuneração é insuficiente
Um agravante à condição dos avicultores integrados envolve as exigências das empresas em relação a investimentos constantes nos aviários. Segundo os produtores rurais ouvidos pela reportagem do Boletim Informativo, as integradoras têm demandado atualizações constantes nos aviários, principalmente no que diz respeito a automação dos galpões e a aspectos sanitários. O valor pago aos produtores, no entanto, inviabiliza tais investimentos, pressionando cada vez mais os avicultores. “Há uma pressão enorme por investimentos e melhorias nos aviários justamente para proporcionar lucros à integradora e manter a excelência do padrão sanitário na criação das aves”, diz o produtor Maurício Gonçalves Pereira. “Temos que investir somas significativas para manter a ótima qualidade dos frangos, o que proporciona um primor sanitário e a conquista do produto em países que bem remuneram a carne de frango, mas não somos remunerados na mesma medida”, acrescenta.
Os aviários na propriedade de Pereira têm 11 anos, em São Tomé, município vizinho a Cianorte, Noroeste do Paraná. Apesar de ter feito inúmeras melhorias, ainda há uma série de investimentos que precisa ser feita. “Em um dos fornos, preciso substituir o sistema de aquecimento e nos outros é necessária a substituição das cortinas para a melhoria na circulação. Fora isso, constantes são os gastos com a manutenção da estrutura dos aviários”, aponta o avicultor. “Dada a necessidade incessante de investimentos, esta manutenção tem sido um problema sério para o produtor, visto que a remuneração não tem sido suficiente para que façamos todos os desembolsos necessários e exigidos pela integradora”, aponta.

Avicultor há 12 anos, Pereira mantém dois aviários com capacidade global de alojar 65 mil aves. Ele detalha que a renda dos produtores está diretamente relacionada à questão estrutural e às exigências das integradoras. Ele está prestes a fazer novos investimentos. “Preciso investir mais no aumento da capacidade de geração de energia fotovoltaica, já que a produção atual está sendo insuficiente. O valor da energia elétrica oscila e isto impacta diretamente no custo de produção”, diz.
Outro produtor, Eliandro Vegian Carneiro, também aponta que as instalações são determinantes para a equalização da atividade. Ele administra uma propriedade localizada em Éneas Marques, no Sudoeste do Paraná, em que mantém um aviário com capacidade para alojar 27 mil aves. Ele avalia os riscos que os elevados custos e necessidades constantes de investimentos implicam ao setor. “Tem que buscar por tecnologia e formas de reduzir os custos entre os lotes para poder se manter na atividade. É ‘bruto’ investir aproximadamente R$ 1,5 milhão em um barracão e saber que terá essa dívida por longos dez anos ou mais”, aponta Carneiro. “Em aviários mais novos, com mais tecnologia ou onde se tem mais de um aviário, consegue equilibrar, mas os custos de manutenção subiram muito”, diz.
De acordo com Luiz Guilherme Geraldo, quem tem estrutura mais defasada passa a ser pressionado a modernizar os galpões, mesmo que a remuneração não permita novos investimentos. “Os donos de aviários mais novos recebem um incentivo para estar sempre melhorando os galpões. Mas quando se trata de um aviário mais antigo, o produtor é cobrado a investir um dinheiro que não tem. Só se fizer essa modernização é que vai receber algum incentivo”, afirma. “Desejamos a melhoria das condições de remuneração para que possamos nos manter vivos e ativos na produção”, diz Pereira. “O próximo ano é uma incógnita. Com os juros altos em ano de eleição, não vejo uma melhora a curto prazo”, conclui Carneiro.



