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Ministro das relações exteriores diz que Brasil vai reconstruir inserção no mundo

Em discurso, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira destacou o trabalho a ser feito para que o País volte a ocupar seu lugar de protagonismo na comunidade internacional, e falou sobre a retomada das relações com a América Latina e Caribe e com a África.

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Fotos: Ministério das Relações Exteriores

Em cerimônia realizada nesta semana, o embaixador Mauro Vieira assumiu o cargo de ministro das Relações Exteriores do terceiro mandato do presidente Lula. Durante o ato de transmissão de cargo, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Vieira falou sobre o intenso trabalho que precisará ser feito para que o País volte a ocupar seu lugar de protagonismo na comunidade internacional. Ele também falou sobre a importância da retomada das relações bilaterais, das relações com a América Latina e Caribe, e com os países da África.

“O Brasil tem muito a fazer para reconstruir sua reinserção no mundo e em sua própria região. Não temos tempo a perder neste trabalho que é de todos os brasileiros, todos os Poderes, de todo o governo, mas muito, especialmente, do Itamaraty sob a condução experiente do presidente Lula”, disse. Vieira destacou ainda que o mundo passa por uma crise de governança global, agravada pela emergência climática.

Para o embaixador, os três pilares fundamentais para a gestão pública serão o econômico, o social e o ambiental. Vieira enfatizou que a proteção do clima e o desenvolvimento de ações cada vez mais sustentáveis pautarão sua atuação frente ao ministério. O diplomata também anunciou que o Brasil continuará sendo um país ancorado no agronegócio, cuja intenção é expandir os acordos para a exportação de alimentos, suprindo a cadeia internacional.

Política externa

O presidente Lula reafirmou, em seu discurso de posse, seu compromisso com a reconstrução do País e de suas pontes com o mundo, relembrou o ministro. “A primeira instrução que dele recebi foi a de reabrir canais de diálogo bloqueados”, disse.

“Teremos de recompor relações bilaterais danificadas e retomar o protagonismo construtivo nos foros e organismos internacionais onde temos uma contribuição singular a oferecer. O Brasil será um parceiro confiável, um ator incontornável, uma liderança e uma força positiva em favor de um mundo mais equilibrado, racional, justo e pacífico”, declarou Vieira.

A política externa, segundo o diplomata, “voltará a traduzir em ações a visão de um País generoso, com mais justiça social, comprometido com os direitos humanos, apegado ao direito internacional e disposto a dar uma forte contribuição à sua região e ao mundo”.

África e Oriente Médio

A África, região da qual o Brasil esteve ausente nos últimos anos, voltará a ser prioridade, disse o chanceler. “Continente dinâmico, a África tem avançado em seu processo de desenvolvimento; constrói, agora, uma gigantesca área de livre comércio; e abrigará, em alguns anos, quase metade da juventude mundial”, declarou.

O diálogo político de alto nível com países africanos e suas organizações regionais será restabelecido, segundo o ministro, para tratar de desafios comuns, como segurança alimentar, mudança do clima, comércio e investimentos e intercâmbio de tecnologias. “Fortaleceremos a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul”, disse Vieira.

Sobre o Oriente Médio, o ministro afirmou que o Brasil retomará sua tradição de boas relações com todos os países. “Trabalharemos para avançar na implementação dos acordos do Mercosul com Egito, Israel e Palestina, bem como para explorar a possibilidade de novas frentes negociadoras. Buscaremos parcerias diversificadas, envolvendo produtos de maior valor agregado, investimentos e a ampliação do intercâmbio em tecnologia e inovação”, disse.

O chanceler também falou sobre a questão Palestina. “Com relação a Israel e Palestina, dois países amigos do Brasil, retornaremos à posição tradicional e equilibrada mantida há mais de sete décadas, apoiando a solução de dois Estados plenamente viáveis, coexistindo lado a lado em segurança, e com fronteiras internacionalmente reconhecidas. Nossa bússola nesse tema voltará a ser, como sempre foi, o direito internacional”, afirmou.

América Latina e Caribe

“Coletivamente, a América Latina e o Caribe podem ser uma força a favor da multipolaridade e em benefício de ganhos reais para seus países”, disse Vieira. Ele enfatizou que o retorno do Brasil à sua própria região significará o engajamento e o diálogo com todas as forças políticas, para recuperar a capacidade de defender seus interesses e contribuir para o desenvolvimento e a estabilidade regionais.

Sobre as relações com a América do Sul, o ministro disse que o fortalecimento dos laços do Brasil no Mercosul é uma situação de primeira importância em sua gestão. O estreitamento de relações com Argentina, Uruguai e Paraguai será uma prioridade do Itamaraty.

Histórico

Esta é a segunda vez que Mauro Vieira assume o Itamaraty. O diplomata foi chanceler durante o segundo mandato de Dilma Rousseff, de 2015 a 2016. Ele já foi embaixador do Brasil na Argentina (2004-2010); nos Estados Unidos (2010-2015); representante permanente nas Nações Unidas em Nova York (2016-2020) e seu último posto foi como embaixador do Brasil na Croácia, desde fevereiro de 2020, até ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para desempenhar a função de ministro das Relações Exteriores do Brasil.

“Não é comum que a nós seja dada uma segunda oportunidade de voltar a fazer algo que foi brusca, involuntariamente interrompido. Em maio de 2016, deixei o cargo a que hoje regresso (…) Aceito agora o desafio de retornar a esse lugar e a essas tarefas, consciente de que mudanças importantes ocorreram no Brasil e no mundo nestes mais de seis anos e meio desde a minha saída”, disse o chanceler.

Mauro Vieira agradeceu o presidente da República pela confiança. Além de Lula, expressou sua gratidão e admiração pelos ex-ministros Celso Amorim e Renato Archer. A ex-presidenta Dilma Rousseff também integrou a lista de homenageados.

O embaixador Mauro Vieira nasceu em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, e tem 71 anos. É bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense e em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, além de doutor honoris causa em Letras, pela Universidade de Georgetown, em Washington, nos Estados Unidos.

Fonte: Anba com Agência Brasil
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Empresas Expertise em manejo

Aviagen e Nutriza fortalecem colaboração em nova edição do Conexão Aviagen – In Company

Evento contou com três dias de aprendizado prático, análise de dados e troca de experiências

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Divulgação / Fotos: Aviagen

Entre 11 e 13 de novembro, a Aviagen® América Latina realizou mais uma edição do Conexão Aviagen – In Company, desta vez com a equipe da Nutriza, em Pires do Rio (GO). O evento reuniu profissionais de recria e produção para aprofundar a colaboração e identificar oportunidades de melhoria no desempenho dos lotes e nos resultados reprodutivos.

Três dias de aprendizado prático e troca

A programação combinou visitas de campo, análise de dados, palestras e sessões interativas em grupo. Os participantes exploraram boas práticas e compartilharam insights para enfrentar desafios do dia a dia. Os especialistas de Serviços Técnicos da Aviagen, Antônio Amâncio, Bruno Machado, Alcides Paes, Almir Rocha e Tiago Gurski conduziram as discussões, acompanhados pelo supervisor regional de Vendas, Marcel Pacheco.

Da teoria à prática

O primeiro dia começou com uma visita à granja de recria e uma sessão de revisão de dados. O segundo dia teve foco nas granjas de produção e na análise de desempenho, gerando conversas sobre pontos de melhoria e estratégias de manejo. O último dia contou com palestras sobre temas como “Conformação ideal dos machos”, “Manejo de machos visando à fertilidade” e “Fatores críticos dos processos produtivos”, além de atividades dinâmicas que incentivaram a interação e o compartilhamento de conhecimento.

Criando o sucesso dos clientes

A Aviagen desenvolveu o formato in company para aproximar sua equipe da realidade dos clientes, permitindo aprendizado prático e colaboração junto aos clientes. O evento reafirmou o compromisso da Aviagen com o desenvolvimento de expertise em manejo e o fortalecimento de relacionamentos de longo prazo.

“Queremos agradecer a Aviagen pela troca de experiências e engajamento entre as equipes técnicas, focando no manejo de galos para melhoria de eclosão. Foi um momento especial, pois tivemos acompanhamento no campo, desde a recria, produção de ovos e finalizando com a interação e atividades práticas, engajando a equipe. A equipe Aviagen conseguiu mostrar os conceitos da linhagem Ross e conectar diretamente com a parte prática”, comentou Matheus Faria de Souza, gerente geral de Agropecuária da Nutriza.

“Nosso objetivo é ‘criar o sucesso juntos’, apoiando cada cliente de forma personalizada”, afirmou o supervisor regional de Serviços Técnicos da Aviagen no Brasil, Antonio Amâncio. “Esse formato permite que a teoria seja aplicada imediatamente em campo, gerando impacto real e fortalecendo a cooperação entre as equipes”, concluiu.

Fonte: Assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Pecuária sustentável ganha reforço com novo curso virtual da Embrapa

Com carga horária estimada em 16 horas, o treinamento é gratuito e coordenado pela pesquisadora Sandra Aparecida Santos.

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Foto: Gisele Rosso

A sustentabilidade dos sistemas pecuários é essencial para uma produção animal responsável e em equilíbrio com o meio ambiente. Para ajudar produtores e técnicos a desenvolverem modelos agropecuários com foco em princípios de agroecologia, agricultura sustentável, orgânica e regenerativa, a Embrapa Pecuária Sudeste lançou o curso virtual “Produção animal em pastagens e sustentabilidade”.

A capacitação está disponível pela plataforma da Embrapa, o E-Campo, acesse clicando aqui.

Com carga horária estimada em 16 horas, o treinamento é gratuito e coordenado pela pesquisadora Sandra Aparecida Santos.

No total, são dois módulos compostos por várias aulas. No primeiro, intitulado “Conceitos e princípios de sustentabilidade aplicados em sistemas de produção animal em pastagens”, o participante terá acesso aos conceitos e princípios de agroecologia, agricultura sustentável, orgânica e regenerativa e suas aplicações em modelos de produção animal em pastagens e a importância dos bovinos no sistema. O segundo módulo “Sistemas de produção e práticas sustentáveis e regenerativas na pecuária a pasto”, os alunos vão conhecer as principais etapas do planejamento de sistemas de produção animal em pastagem, alguns modelos e práticas de manejo da pecuária que proporcionem eficiência produtiva e incremento dos serviços ambientais.

No curso, serão tratados assuntos como, por exemplo, práticas ESG na atividade pecuária;  Serviços ecossistêmicos e ambientais,  tecnologias de precisão para manejo das pastagens, manejo e conservação do solo, alguns modelos de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), uso racional da água, práticas de mitigação da emissão de gases de efeito estufa, protocolos de baixo carbono.

Segundo a pesquisadora Sandra Santos, o curso visa capacitar profissionais e demais interessados nos conceitos e práticas de manejo sustentável de animais no  pasto. O foco é apresentar diferentes formas de uso da terra que promovem eficiência produtiva e incrementem os serviços ambientais. Serão abordadas diversas práticas de manejo de pastagens, com destaque para sistemas integrados, ministradas por pesquisadores da Embrapa.

A capacitação contribui ainda para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, 12 e 13, promovendo uma pecuária mais eficiente, responsável e em harmonia com o meio ambiente.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Importações de lácteos avançam e ampliam déficit do setor

Balança comercial do leite segue pressionada por aumento das compras externas e queda nas exportações, levando o déficit anual a 1,754 bilhão de litros equivalentes.

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Foto: Shutterstock

A balança comercial brasileira de leite e derivados registrou novo desequilíbrio em outubro, com aumento das importações e queda nas exportações, segundo dados da Embrapa Gado de Leite. As compras externas somaram 262 milhões de litros equivalentes, alta de 8,2% em relação a setembro, enquanto no acumulado de 12 meses o avanço é de 2,3%. Já as exportações recuaram 23% no mês, totalizando 4,4 milhões de litros equivalentes, e acumulam queda de 0,7% em 12 meses.

Com esse movimento, o saldo da balança do setor em 2025 permanece negativo, atingindo 1,754 bilhão de litros equivalentes, o que representa um déficit de US$ 802 milhões. O cenário internacional também segue desfavorável às vendas externas: os preços do leite em pó integral e desnatado continuam em níveis inferiores aos picos registrados entre 2022 e 2023, reduzindo a competitividade brasileira e tornando as importações mais atraentes.

A combinação de compras externas fortes e embarques reduzidos mantém pressão sobre a indústria nacional, que enfrenta custos elevados de produção e menor competitividade no mercado global. A continuidade desse quadro pode ampliar ainda mais o déficit ao longo dos próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Cileite/Embrapa
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