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Ministro da Pesca conhece modelo de piscicultura integrada da Copacol

Comitiva nacional foi recepcionada pelo diretor-presidente da cooperativa, Valter Pitol, na Unidade Industrial de Peixes, em Nova Aurora (PR), que apresentou as instalações e, em seguida, acompanhou os visitantes até a propriedade do cooperado Thiago Voss, integrado na piscicultura há 15 anos, desde o início das atividades.

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Diretores da Copacol recepcionaram ministro da Pesca, André de Paula, e sua comitiva - Fotos: Divulgação/Copacol

Pioneira na implantação da piscicultura integrada no Brasil, a Copacol recebeu o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. A comitiva nacional foi recepcionada pelo diretor-presidente da cooperativa, Valter Pitol, na Unidade Industrial de Peixes, em Nova Aurora (PR), que apresentou as instalações e, em seguida, acompanhou os visitantes até a propriedade do cooperado Thiago Voss, integrado na piscicultura há 15 anos, desde o início das atividades. “Quando implantamos o sistema integrado de piscicultura buscamos proporcionar uma opção de renda as famílias, com segurança e qualidade de vida. Percebemos o sucesso do modelo na história de vida dos cooperados: os jovens tocam a atividade e têm perspectiva de crescimento. É uma satisfação receber o ministro onde mostramos nosso processo de produção, rentabilidade gerada e a responsabilidade da Cooperativa. Também mostramos os desafios contínuos, como a necessidade de o ministério buscar mercados internacionais”, afirma Pitol, na visita à propriedade do cooperado de apenas 31 anos, que conversou com o ministro sobre as oportunidades e os desafios da produção de tilápias na região. O sítio da família se tornou um exemplo de diversificação de renda: além de peixes, conta com a produção de aves e grãos. “Crescemos com a Cooperativa que nos proporcionou essas diferentes fontes de renda. Acompanhei todo o desenvolvimento da piscicultura na região e sou um exemplo da transformação econômica gerada por ela”.

A produção de Voss, assim como dos 286 cooperados na atividade, segue um padrão rigoroso que preza pela qualidade do produto e também pela preservação das riquezas naturais. Com métodos inovadores alcançados após muitas pesquisas, a água dos tanques de produção é reutilizada. Além de orientação técnica, a Cooperativa fornece os peixes, o alimento e toda a logística aos produtores, do início ao fim do ciclo. Para se ter uma ideia, a Copacol produz anualmente 41,5 milhões de alevinos – total que deve dobrar ainda neste ano com a segunda Unidade de Produção de Alevinos. As duas Unidades Industriais – uma em Nova Aurora e outra em Toledo – são responsáveis pelo processamento de 190 mil tilápias/dia.

Além do mercado nacional, a proteína é comercializada fora do país, nos Estados Unidos e Japão. Com certificações internacionais, a cooperativa tem abertura para vender o produto também para o Oriente Médio. “Esse é um momento muito proveitoso para mim. Estamos vendo na prática como as vidas dos produtores são transformadas pela piscicultura. O Paraná é referência nacional e essa experiência da Cooperativa deve ser replicada ao País inteiro”, diz o ministro, que também ouviu das demandas do Oeste do Paraná para a continuidade do modelo de negócio. “Nossa prioridade é a retomada do fornecimento ao mercado europeu, maior consumidor mundo, com um selo de qualidade extremamente rigoroso, pois quem produz para a Europa, produz para o mundo todo. E o Brasil está preparado para retomar essa exportação”, afirma o ministro da Pesca, que também enalteceu as seis décadas de cooperação da Copacol. “Deixo minhas congratulações pelos 60 anos da Copacol. O Brasil tem orgulho da Copacol, do que é feito pela Cooperativa: isso muda a vida das pessoas”, enaltece o ministro.

Comitiva
O deputado Luiz Nishimori, presidente da Frente Parlamentar Mista da Pesca e Aquicultura, acompanhou a comitiva que contou também o presidente da Peixe BR, Francisco da Chagas Medeiros. Além do presidente da Copacol, Valter Pitol, participaram da recepção dos visitantes, o diretor-vice-presidente, James Fernando de Morais; o diretor-secretário, Silvério Constantino; o superintendente de Integração, Irineu Dantes Peron; o superintendente comercial/presidente do Conselho de Administração da Peixe BR, Valdemir Paulino dos Santos; o gerente Integração Peixes, Nestor Braun; e Lais Peça, gerente das Unidades Industriais de Peixes.

Fonte: Assessoria Copacol

Notícias

Semeadura da safra verão de milho começa a ganhar ritmo no Brasil

Até o dia 15 de setembro, o plantio alcançou 12% da área nacional, contra 9,7% na semana anterior e 15% no mesmo período de 2023, segundo dados Conab.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A semeadura da safra verão começa a ganhar ritmo nas principais regiões produtoras do País, mesmo diante das adversidades climáticas registradas nas últimas semanas.

Até o dia 15 de setembro, a semeadura da safra 2024/25 de milho alcançou 12% da área nacional, contra 9,7% na semana anterior e 15% no mesmo período de 2023, segundo dados Conab.

Os trabalhos de campo se concentram nos três estados do Sul do País.

Quanto aos preços, levantamento do Cepea mostra que, com a demanda externa desaquecida, parte dos vendedores está mais flexível.

Assim, enquanto os valores apresentam quedas em regiões consumidoras, seguem firmes em outras praças acompanhadas pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Avicultura

 Dados de abate do IBGE evidenciam impactos de enchentes no Rio Grande do Sul sobre avicultura

Além de danos nas instalações, o sistema logístico foi prejudicado, em decorrência das estradas interditadas e de pontes destruídas.

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Foto: Lauri Alves/Secom-RS

Entre o encerramento de abril e ao longo de maio, o Rio Grande do Sul – terceiro maior produtor de carne de frango do Brasil – foi assolado por enchentes que afetaram o setor produtivo de algumas regiões, sobretudo as da parte central do estado.

Levantamento do Cepea mostrou que, além de danos nas instalações, o sistema logístico foi prejudicado, em decorrência das estradas interditadas e de pontes destruídas.

Com a logística limitada, o escoamento da produção e o recebimento de importantes insumos para a cadeia de avicultura de corte foram impossibilitados.

E, neste mês, dados de abate divulgados pelo IBGE e analisados pelo Cepea evidenciam os impactos da tragédia.

Enquanto em abril o volume de frangos abatidos no Rio Grande do Sul somou 66,4 milhões de cabeças, em maio, caiu para 53,1 milhões cabeças, expressiva queda de 20% frente ao mês anterior e o menor volume em 12 anos.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias

Depois de quatro meses de alta, preço do suíno vivo estabiliza

Depois de mais de 20% de aumento no preço do suíno vivo, tanto na Bolsa de Belo Horizonte/MG, quanto nas principais praças de comercialização do Brasil, atingiu-se o maior patamar do ano em meados de agosto, se mantendo relativamente estável desde então.

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Foto: Shutterstock

Desde que as cotações do suíno começaram a subir de forma consistente, em maio deste ano, o setor se perguntava qual seria o teto. Depois de mais de 20% de aumento no preço do suíno vivo, tanto na Bolsa de Belo Horizonte/MG (Tabela 1), quanto nas principais praças de comercialização do Brasil (Gráfico 1), atingiu-se o maior patamar do ano em meados de agosto, se mantendo relativamente estável desde então.

 Tabela 1 – Preço da Bolsa de suínos Belo Horizonte (BSEMG) em cada semana do ano de 2024 (R$/kg vivo). Na legenda (cores) é possível verificar o destaque para alguns movimentos relevantes do mercado de suíno vivo. Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados da BSEMG. 

 

Gráfico 1 – Indicador suíno vivo Cepea/Esalq (R$/kg) em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos último 60 dias úteis, até dia 13 de setembro (cotação indicada no gráfico) – Fonte: Cepea

A cotação da carcaça suína na Grande São Paulo, ultrapassou a marca dos R$ 13,00 em setembro (Gráfico 2), algo que só ocorreu em novembro de 2020 (Gráfico 3).

 Gráfico 2 – Preço médio mensal da carcaça suína especial em São Paulo (R$/kg) nos último 2 anos, até dia 13/09/2024 (cotação indicada no gráfico). Fonte: Cepea

 

 Gráfico 3 – Preço médio mensal da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo (R$/kg) de 2020 até agosto de 2024. Fonte: Cepea/Esalq/USP

Certamente, uma das explicações para o preço do suíno atingir este teto momentâneo é a competitividade em relação às outras proteínas, com o preço da carcaça suína se aproximando da bovina e se afastando da de frango (Tabela 2). Na referida tabela observa-se que a menor competitividade em preço no ano foi atingida em agosto e nas primeiras semanas de setembro.

Tabela  -. Spread em porcento (R$/kg de carcaça) do boi em relação ao suíno, e do suíno em relação ao frango resfriado em São Paulo em 2021, 2022, 2023 e de janeiro a setembro de 2024 e no dia 13/09/24. Dados de setembro/24 até dia 13/09. – Elaborado por Iuri Pinheiro Machado com dados do Cepea.

O IBGE publicou em 05 de setembro os dados completos de abate do segundo trimestre de 2024, reforçando, no acumulado do 1° semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, a estabilidade na produção e disponibilidade interna das carnes de frango e suína e destacando a alta oferta de carne bovina (Tabela 3).

Na referida tabela a projeção de consumo per capita nos primeiros 6 meses do ano representa um aumento de 6,5% no consumo somado das três carnes, sendo quase praticamente todo este incremento se deve somente à carne bovina. Ou seja, o brasileiro está comendo 6 kg a mais de carne bovina no ano, sem diminuir o consumo das demais carnes.

Tabela 3 – Produção brasileira, exportação e disponibilidade interna mensais (em toneladas) das três carnes no primeiro semestre de 2023 e 2024. Volumes de exportação líquidos (descontados volumes importados). Consumo per capita ano projetado p/2024 sobre a mesma população do ano passado. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE e Secex.

Analisando exclusivamente o mercado de carne suína, se por um lado houve estabilização da produção, com crescimento insignificante do abate no 1° semestre em relação ao mesmo período do ano passado e retração em relação ao segundo semestre de 2023 (Tabela 4 e 5), as exportações no acumulado do ano, até agosto/24, continuam superando os volumes do ano passado (Tabela 6), com quase 5% a mais de embarques de carne suína in natura, sendo que, pela primeira vez na história, dois meses consecutivos (julho e agosto/24) ultrapassaram a marca de 100 mil toneladas de carne in natura exportadas.

Tabela 4 – Abate semestral de 2015 e 2024 em cabeças e em toneladas de carcaças de suínos e evolução percentual em relação ao semestre anterior e o mesmo semestre do ano anterior. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

Tabela 5  – Abate do 1°  semestre de 2024 e 2023 por estado, em cabeças e toneladas de carcaças e diferença entre um período e outro. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

 

Tabela 6 – Volumes exportados de carne suína brasileira in natura (em toneladas), mês a mês, em 2021, 2022, 2023 e 2024 e comparativo percentual de 2024 (de janeiro a agosto) com o mesmo período do ano passado. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

O mercado chinês e Hong Kong continuam em retração, enquanto Filipinas, Chile, Singapura, Japão, México e Coreia do Sul mais que compensam esta queda (Tabelas 7 e 8), seguindo o tão esperado processo de pulverização das exportações.

Tabela 7 – Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada entre janeiro e agosto de 2024, comparado com o mesmo período de 2023, com valor em dólar (FOB). Ordem dos países estabelecida sobre volumes de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Tabela 8 – Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada em agosto de 2024, com valor em dólar (FOB). Elaborado por Iuri P. Machado com dados da Secex

A pergunta do momento é: “será que o último trimestre apresentará um novo patamar de preço, acima do que estamos vendo neste 3° trimestre?”

Ainda é cedo para responder a esta pergunta de forma categórica, mas, se analisarmos o histórico dos últimos 9 anos (gráfico 4), sempre o preço médio do suíno no 4° trimestre supera o preço médio do terceiro trimestre.

Gráfico 4 – Preço em R$/kg de carcaça suína especial na Grande São Paulo, média trimestral, de 2015 até 2024, sem correção inflacionária. No gráfico está marcado (em pontilhado vermelho) o crescimento do preço do quarto trimestre em relação ao terceiro, em todos os anos. *média do terceiro trimestre de 2024 até o dia 13*09*2024. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do Cepea.

Resta saber se os demais fatores contribuirão para que esta alta se repita no final de 2024. Exportações de carne suína em bom ritmo e carcaça bovina em alta (melhorando a competitividade da carne suína) são favoráveis à concretização deste novo ciclo de elevação de preço no fim de ano, mas é a relação oferta e procura da carne suína o maior determinante.

Como não se espera crescimento expressivo da produção de suínos nos próximos meses e o mercado consumidor doméstico, com desemprego em baixa e a entrada do 13° salário, deve manter o viés de alta, especialmente nos meses de novembro e dezembro.

Milho sobe após a colheita, mas relação de troca está muito favorável ao suinocultor

O custo dos principais insumos, principalmente o milho (Gráfico 5), cuja segunda safra se encerrou, teve alta nas últimas semanas, mas não na mesma intensidade da alta do preço do suíno.

Da mesma forma, o farelo de soja tem se mantido estável. Este comportamento do mercado resultou em um momento de melhor relação de troca do suíno com o mix de milho e farelo de soja (Gráfico 6).

Gráfico 5 – Preço do milho (R$/SC 60kg) em Campitas(SP), nos últimos 24 meses, até dia 13/09/24. Fonte: Cepea.

 

Gráfico 6 – Relação de troca suíno : mix milho + farelo de soja (R$/kg) em São Paulo, de julho/21 a set/24.
Composição do mix: para cada quilograma de mix são 740g de milho e 260g de farelo de soja por quilograma de mix – *média de setembro/24 até dia 13/09. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do Cepea – preços estado de São Paulo. 

Segundo o levantamento mensal de custos da Embrapa, cruzando com dados de preço do suíno do Cepea (Tabela 9), o mês de agosto foi o melhor dos últimos anos em termos de margens financeiras para o produtor nos três estados do Sul.

Tabela 9 – Custos totais (ciclo completo), preço de venda e lucro/prejuízo estimados nos três estados do Sul (R$/kg suíno vivo vendido), em 2023 e de janeiro a agosto de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado com dados: Embrapa (custos) e Cepea (preço).

Ainda é cedo para projetar a safra 2024/25. O plantio do milho 1ª safra (verão) já foi iniciado nos estados ao Sul. Segundo a consultoria MBagro, por enquanto há pouca informação disponível. O plantio da soja, embora já autorizado para início de setembro, avança a partir de meados do mês.

O clima mostra precipitações no Brasil restritas aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, mas com baixos acumulados. No restante do país o tempo seco e com temperaturas acima da média prevalece, mas está dentro do calendário normal. Segundo a mesma consultoria até o momento não há comprometimento da safra verão ou perspectiva de que o plantio da segunda safra fique fora da janela ideal.

De acordo com o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, com o mercado externo e doméstico aquecidos, a suinocultura brasileira consolida margens positivas e se prepara para o período historicamente mais favorável, o último trimestre do ano. “Todas as atenções ficam por conta do plantio da safra 2024/25 que, conforme o clima pode colocar pressão sobre os custos de produção”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCS
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