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Ministro da Agricultura exalta trabalho das cooperativas de produção em Show Rural

Uma das maiores feiras de agronegócio da América Latina e contou com o lançamento de novas tecnologias da Embrapa

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Foto: Divulgação/Mapa

Na quarta-feira (7), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou 36° edição do Show Rural Coopavel, realizado em Cascavel (PR). Na ocasião, evidenciou o trabalho desenvolvido pelas cooperativas de produção e ressaltou o papel fundamental do cooperativismo para fomentar a competitividade no agronegócio.  

“Estamos aqui no Paraná, o berço do cooperativismo no Brasil, assim como em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. É um sistema tão perfeito que dá oportunidade para o pequeno e médio produtor e produtora ter competitividade em grande escala”, destacou Fávaro. “Exige das cooperativas preços mais acessíveis, vendas mais qualificadas, serviços de qualidade e, por outro lado, exige também resultados financeiros. Faz crescer a economia e gera empregos”, completou. 

Fávaro também relembrou que neste mês o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou medidas com foco em melhorar condições de apoio ao setor agropecuário e às cooperativas de crédito. “Lançamos uma linha de crédito para os associados de todas as cooperativas brasileira. São 100 mil reais de limite anual, com juros de menos de 8% ao ano e podendo ter de 12 a 15 anos para amortizar. É o governo do presidente Lula deixando clara a importância do cooperativismo no país”, reforçou o ministro. 

Com 720 mil m², o Show Rural Coopavel é o maior evento da América Latina. A feira conta com 600 empresas expositoras do mundo e marcas dos principais segmentos do agronegócio. Segundo a organização do evento, é esperado que mais de 350 mil pessoas participem visitando estandes de pesquisadores e profissionais e conhecendo a mais novas tecnologias da atualidade. 

Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli ressaltou como o cooperativismo está presente no Brasil, sobretudo no Paraná, que contabiliza 235 cooperativas do total de 4.325 espalhadas pelo país. “O cooperativismo é muito forte no Brasil. Não obstante o sistema cooperativista, o Paraná tem 140 agroindústrias que beneficiam esses produtos e está agregando valor no peixe, no frango, carne suína e leite”, disse. Para Grolli, o sistema no estado tem uma missão de não só atender a produção de grãos, mas também a transformação agregando valor da propriedade até os outros setores que move a economia.

Novas tecnologias 

Durante o evento também ocorreu o lançamento de tecnologias da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). São tecnologias de 11 centros de pesquisa da Embrapa, disponíveis na Casa da Embrapa, na Vitrine de Tecnologias, na Unidade Didática Agroecológica e no Show Rural Digital. Entre elas, é possível conhecer tecnologias sobre as culturas da soja, milho, sorgo, feijão, forrageiras, mandioca, manejo do solo, inoculação, agricultura de baixo carbono, e mais. 

“Além de ser muito gratificante estar no Show Rural Coopavel junto com o ministro Fávaro, comemorando 20 anos da vitrine agroecológica, ficamos muito felizes em lançar várias tecnologias para as culturas de soja e milho e bioprodutos. Aqui tem sido um momento de troca de experiências com os produtores rurais, enfatizando a importância da Embrapa e das parcerias público e privadas” disse a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.  

“De todas as revoluções positivas que vemos no mundo nos últimos anos, não podemos esquecer que, aqui no Brasil, fizemos uma das mais importantes, que foi a revolução da tecnologia agrícola por meio da Embrapa. Hoje, os lançamentos realizados aqui, já chegam aos produtores com a certeza de ser um produto fruto de pesquisa, ciência e muita qualidade técnica. E é isso que revoluciona a produção de alimentos no Brasil e no mundo”, destacou o ministro Carlos Fávaro. 

Dentre os lançamentos, está a cultivar BRS 1064IPRO, um tipo de soja com alta tecnologia para as regiões produtoras dos Estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul. A cultivar apresenta ampla janela de semeadura e de adaptação, e registra ótimo desempenho também na abertura de plantio, bom para produtores de milho segunda safra. Apresentando estabilidade de produção, resistência ao acamamento, tipo de crescimento indeterminado e ciclo precoce, outro tipo de soja foi lançado. A cultivar BRS 1056IPRO tem superado os rendimentos das melhores cultivares. 

BRS FS313 é uma cultivar de feijão comum tipo jalo que se destaca pelos grãos graúdos, com produtividade superior às cultivares deste grupo disponíveis no mercado. As características agronômicas desta cultivar, aliada à qualidade dos grãos, tornam a nova tipagem uma alternativa para produtores que buscam cultivares diferenciadas e com alto valor agregado. Por fim, a Embrapa lançou um bioproduto com ação na fixação de nitrogênio e na promoção de crescimento de plantas. A inoculação de sementes de soja é a principal aplicação a que se destina o ativo tecnológico.

Fonte: Mapa

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Plantio de milho em Santa Catarina entra na fase final com boas perspectivas

Controle fitossanitário segue ativo e produtores monitoram impacto das chuvas na germinação.

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Foto: Gilson Abreu

A semeadura do milho de verão em Santa Catarina entra na fase final, com 92% da área estimada já plantada, segundo os dados mais recentes do Boletim Agropecuário de Santa Catarina. Até o momento, 93% das lavouras apresentam condição considerada boa, reforçando a expectativa de um início de ciclo favorável no estado.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O ritmo da safra é descrito como adequado, com bom estabelecimento das plantas e condições climáticas favoráveis, o que tem permitido avanço dentro do calendário previsto pelo zoneamento agroclimático.

O controle fitossanitário segue ativo, especialmente no monitoramento da cigarrinha-do-milho, praga que preocupa produtores nos últimos anos. Até agora, porém, a incidência registrada é baixa. No litoral catarinense, técnicos observaram falhas de germinação em algumas áreas, atribuídas ao excesso de chuvas no período de emergência das plantas.

O boletim também alerta para as chuvas intensas na região Sul, que podem exigir maior atenção no manejo de doenças e na aplicação de adubação de cobertura, etapas cruciais para o desenvolvimento das lavouras.

Apesar dos pontos de atenção, o cenário até o momento é favorável. A Epagri/Cepa mantém perspectiva positiva de produtividade, condicionada à continuidade de clima e sanidade adequados nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Caminho Verde recebe R$ 30 bilhões e inicia recuperação de 1,3 milhão de hectares no país

Primeiro aporte do Mapa viabiliza crédito com juros reduzidos para converter áreas degradadas em produção sustentável, com meta de restaurar 40 milhões de hectares em dez anos.

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Foto: Freepik

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na segunda-feira (17), o primeiro aporte de recursos da ordem de R$ 30 bilhões para o Programa Caminho Verde, com foco nos investimentos voltados para a conversão de áreas degradas para a produção de alimentos. O programa será financiado por bancos, com juros abaixo do mercado, entre eles o Banco do Brasil, o BNDES, o BTG, o Itaú, Caixa Econômica, entre outros. Os recursos começarão a ser acessados a partir de 2026 e conta com a parceria do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Fazenda para o financiamento. A meta inicial é recuperar, com este montante, cerca de 1,3 milhão de hectares nesta primeira rodada.

A meta geral do programa é recuperar até 40 milhões de hectares de áreas degradadas em dez anos. Este foi o debate do painel “Programa Caminho Verde Brasil: avanços, desafios e oportunidades”, realizado nesta segunda-feira em um dos auditórios da AgriZone, espaço da Embrapa e parceiros, também conhecido como “Casa da Agricultura Sustentável” na COP30. O evento técnico foi organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), a Embrapa e o Banco do Brasil.

Para o assessor especial do ministro da Agricultura e Pecuária e presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Carlos Augustin, o Caminho Verde reforça a posição estratégica do País na agenda global e destaca as práticas regenerativas como solução para garantir segurança alimentar e estabilidade climática.

“O programa cria condições para um expressivo aumento da produção de alimentos e de biocombustíveis, sem desmatamento de novas áreas, preservando matas nativas”, explica. “Dessa forma, promove simultaneamente a segurança alimentar, apoia a transição energética e conserva o meio ambiente”.

Dados do Mapa indicam que, atualmente, o Brasil possui cerca de 280 milhões de hectares destinados à agropecuária, dos quais 165 milhões são pastagens, sendo que aproximadamente 82 milhões de hectares estão em algum grau de degradação. A proposta do programa é a recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade ao longo dos próximos dez anos, convertendo essas áreas em terras agricultáveis de alto rendimento, sem a necessidade de desmatamento.

O recurso que será aportado no valor de R$ 30 bilhões representa o início do programa, mas o Mapa está em busca de novas parcerias. O programa Caminho Verde faz parte da carteira de financiamento do Ministério da Fazenda – O Eco Invest Brasil, parte do Novo Brasil,  criado para impulsionar investimentos privados sustentáveis e atrair capital externo para projetos de longo prazo, oferecendo instrumentos de proteção contra a volatilidade do câmbio. Com mecanismos financeiros inovadores, o programa viabiliza projetos estratégicos para a indústria verde, recuperação de biomas, infraestrutura para lidar com os efeitos das mudanças do clima e de inovação tecnológica para a Transformação Ecológica. Serão R$16,5 bilhões do Tesouro e os outros R$ 16 bilhões das instituições financeiras.

Judson Valentim, pesquisador da Embrapa Acre, destacou que as áreas degradadas oferecem um potencial forte de recuperação para a produção de grãos, fibras e biocombustíveis, aumentando a capacidade brasileira de fornecimento de alimentos em um cenário global, de forma sustentável.

Na perspectiva da sustentabilidade, o Programa Caminho Verde inclui o uso de boas práticas recomendadas pela Embrapa. No caso de produção de alimentos, plantio conforme recomendação do ZARC, plantio direto, uso de bioinsumos e inoculantes, uso de sementes certificadas ou salvas legalmente, plantio de cobertura, gestão de embalagens de agroquímicos. No caso de pecuária o uso de sementes de forrageiras, divisão das pastagens e manejo do pastejo, proteção aos corpos d´água, taxa de lotação de acordo com a capacidade de suporte das pastagens e rastreabilidade. Para florestas plantadas a Embrapa sugere as seguintes recomendações: uso de bioinsumos, manejo de solos, manejo integrado de pragas, plano de combate a incêndios e proteção dos corpos d´água.

A Embrapa também elaborou um conjunto de indicadores métricas para aplicação no programa. Entre elas: metodologia de Bioanálise dos Solos (BioAs), metodologia de determinação de estoques de carbono no solo, metodologia de balanço de emissão de gáses, dentre outras. Além de calculadoras como o RenovaCalc, ABC+Calc, Zarc, Plataforma de Saúde do Solo, Carne Baixo Carbono, entre outras.

Para o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, o tema da sustentabilidade é uma das suas prioridades. Ele explicou que o primeiro estímulo para que o produtor entre no programa é a expectativa efetiva de rentabilidade com a recuperação de suas áreas degradadas. “Este convencimento é o primeiro argumento para a tomada de decisão de recuperar a pastagem”, explicou. Ele acrescentou que o incentivo, via crédito e tecnologias, deve vir junto com o controle do estado brasileiro contra o desmatamento ilegal. Por fim, o acesso ao crédito será fundamental com pagamento a longo prazo. “As três ações serão determinantes para o acesso ao crédito para o Caminho Verde”.

Para ele, o Caminho Verde é uma das soluções que traz vários elementos positivos, mas para o agricultor familiar, o ideal ainda é o Pronaf. O Caminho Verde se aplicará melhor aos médios e grandes produtores rurais. Mas a grande vantagem deste financiamento é sua veiculação à uma área que usará boas práticas para a sua recuperação. “Um programa de governo com um compromisso mensurável do ponto de vista de área recuperada e o compromisso de não desmatar e um monitoramento que soma qualitativo e quantitativo”.

Saiba mais sobre o Programa Caminho Verde acessando aqui

Fonte: Assessoria Ascom
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Brasil lidera integração inédita entre clima, natureza e uso da terra na COP30

No principal painel das três Convenções da ONU, o Mapa apresentou políticas públicas que recuperam áreas degradadas, reduzem emissões e fortalecem a produção sustentável, alinhando agendas globais.

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Foto: Eufran Amaral

Pela primeira vez, as três Convenções da ONU reuniram suas agendas de clima, natureza e uso da terra em um mesmo debate, e o Brasil foi protagonista. No painel realizado nesta terça-feira (18), na COP30, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou como políticas públicas já implementadas pela pasta integram essas frentes e transformam áreas degradadas em solos produtivos, resilientes e de baixa emissão.

O encontro destacou a necessidade de alinhar agendas globais de clima, natureza e uso do solo, reforçando soluções que reduzam emissões, restaurem ecossistemas e ampliem a segurança alimentar. O representante do Mapa no painel, Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Rural, afirmou que há caminhos concretos capazes de entregar resultados simultaneamente para as três convenções — e o Brasil já demonstra isso com políticas públicas consolidadas.

“Eles estão falando das sinergias e das complementaridades entre os objetivos das três convenções e que existem investimentos custo-eficientes do ponto de vista do clima, da natureza, da segurança alimentar e do desenvolvimento socioeconômico. Um bom exemplo é a recuperação de áreas agrícolas degradadas com boas práticas, como vemos no Plano ABC, no ABC+ e no Caminho Verde Brasil”, afirmou.

Durante sua intervenção, Bruno reforçou que o país chega ao debate com programas robustos, ampla experiência técnica e capacidade de escalar iniciativas alinhadas ao desenvolvimento sustentável. “O Brasil já possui políticas públicas de destaque nesse sentido, como as que mencionei. E esperamos continuar trabalhando em parceria com os países anfitriões das COPs de biodiversidade, combate à desertificação e do clima no próximo ano, de forma a atrair novos investimentos”, destacou o diretor.

O painel também marcou a preparação para o lançamento da Belém Joint Statement on Action Agendas on Land, Climate and Nature, iniciativa que orientará esforços conjuntos das três convenções para restaurar terras degradadas, proteger ecossistemas, fortalecer meios de vida sustentáveis e integrar agendas globais de adaptação, biodiversidade e produção agrícola.

A sessão reuniu representantes de governos, organismos internacionais, comunidade científica, setor privado e lideranças indígenas, reforçando que o avanço na restauração de paisagens depende de cooperação, ciência, financiamento adequado e do protagonismo de produtores, comunidades rurais e povos tradicionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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