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Ministro da Agricultura destaca importância dos fertilizantes para intensificação da produção de alimentos
Segurança alimentar e diminuição da dependência externa são desafios do setor debatidos durante o Congresso Brasileiro de Fertilizantes.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura do 10º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, na manhã desta terça-feira (29), e destacou a importância dos insumos para o maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, que está sendo desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil.
“Fertilizante é sinônimo de alimentos, de emprego, de oportunidades, de crescimento, estabilidade da economia e controle inflacionário, porque afinal de contas, não se produz alimentos se não tivermos fertilizantes. Fertilizante é segurança nacional e significa paz no mundo porque onde tem comida, tem paz”, ressaltou o ministro.
Diante da importância do tema, o presidente Lula recriou, em maio deste ano, o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), que vem se dedicando na elaboração de políticas públicas para diminuir a dependência da importação de fertilizantes e garantir mais competitividade ao país.
Presidente do Confert, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente Geraldo Alckmin, lembrou que o Brasil é quarto maior produtor agrícola mundial, maior exportador de soja do planeta, mas 85% dos fertilizantes usados na produção brasileira são de origem estrangeira. “Entre 1998 e 2001, para se ter uma ideia, houve um crescimento de 440% na importação de fertilizantes. A dependência externa nessa área custa US$ 25 bilhões por ano. Precisamos reverter esse quadro com investimento em pesquisa e tecnologia”, disse Alckmin.
Para isso, Fávaro ressalta que a recriação do Confert pelo presidente Lula, com Alckmin na presidência, mostra a força e a relevância deste assunto, colocando todos os ministros na mesa para trabalharem conjuntamente em soluções, ouvindo a iniciativa privada, para enfrentar os diversos desafios que levaram a tal nível de dependência externa.
Além da importação dos fertilizantes, também vêm de fora mais de 90% das tecnologias utilizadas na indústria do setor. Por isso, uma das medidas já adotada foi a criação de um grupo de trabalho para a implementação do Centro de Excelência em Fertilizantes sob coordenação da Embrapa, que também conta com uma rede de pesquisa de mais de 50 tecnologias em fertilizantes e insumos para nutrição de plantas já nos próximos três anos.
Ainda, o Mapa, junto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), trabalha num sistema de informação unificado para a desburocratização dos processos de licenciamento e registros, desde a pesquisa mineral até a distribuição de fertilizantes.
Entre os temas que estão em debate pelo setor, estão o papel do Brasil e desses insumos na solução de desafios globais. E um importante papel para os insumos está na segurança alimentar. “O Brasil desenvolveu tecnologia para produzir alimentos com eficiência. Nossa área plantada com agricultura há 50 anos era algo em torno de 27 milhões de hectares e éramos importadores de alimentos. A partir da Embrapa e da pesquisa privada que se aliou e desenvolveu, incrementamos 140% a mais de área ocupada com a agricultura, mas o que é mais importante, 580% foi o nosso crescimento da produção”, detalhou o ministro da Agricultura e Pecuária.
Agora, o Mapa vem trabalhando num programa que pretende dobrar a área de produção agrícola com a incorporação de mais 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade nos próximos 10 anos. “Vamos incrementar esses 40 milhões de hectares preservando e conservando o meio ambiente, transformando pastagens emissoras de carbono em áreas eficientes que capturam a emissão com boas práticas de sustentabilidade e trabalhistas e, para que isso aconteça, só tem um caminho: investir em fertilizantes”, disse Fávaro.
Ele explica que os insumos devem ser utilizados na correção do solo para torná-lo mais produtivo.
Outro cenário de oportunidades que a recriação do Confert vem trabalhando para o setor é, por exemplo, o programa Gás para Empregar, oportunizando mais competitividade para a produção nacional de nitrogenados.
Alckmin também anunciou que o novo Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) será lançado em novembro deste ano.
Notícias
Copercampos lança programa “Mais Gratidão” para homenagear funcionários de longa data
Forma de expressar admiração e gratidão por aqueles que contribuíram e continuam a contribuir com o sucesso da Copercampos.
Foram homenageados os funcionários:
Notícias No Rio Grande do Sul
Manifestação de Interesse do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras encerra em dezembro
Iniciativa beneficia mais de 10 mil agricultores e pecuaristas familiares, em sua maioria produtores de leite que têm a base da alimentação do seu rebanho sobre pastagens.
A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) deu início na última segunda-feira (11), a operacionalização da etapa 2024/2025 do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras. O cronograma de execução foi publicado no Diário Oficial do Estado, e o prazo para envio das manifestações de interesse vai até 06 de dezembro.
O Programa de Sementes e Mudas Forrageiras é uma ação do Programa Leite Gaúcho e Pecuária Familiar e tem como objetivo fomentar a aquisição de sementes e mudas de espécies forrageiras, anuais e perenes, de inverno e verão, a serem utilizadas na formação de pastagens, produção de silagem, feno ou pré-secado, para destinação à alimentação dos rebanhos de leite e corte nas unidades de produção da agricultura familiar gaúcha
O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, exaltou as inovações da edição 2024/2025 do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras. “A atual versão do programa é um marco das políticas públicas de fomento do Estado para a agricultura familiar. Temos um conjunto robusto de novidades e oportunidades para os agricultores que querem qualificar sua produção de leite e carne, principalmente, nesse cenário de reconstrução do Rio Grande do Sul”, concluiu Covatti.
O programa é operacionalizado anualmente, beneficia mais de 10 mil agricultores familiares e pecuaristas familiares, em sua maioria produtores de leite que têm a base da alimentação do seu rebanho sobre pastagens. São cultivadas aproximadamente 30 mil hectares de espécies como azevém, aveia preta, aveia branca, trigo duplo propósito, capim sudão, milheto, entre outras.
Edição 2024/2025
A atual edição do programa conta com uma parceria entre SDR, Embrapa e Emater/RS para uma execução das ações com foco em aumento de produtividade, eficiência, sustentabilidade e renda para os produtores. A nova edição traz um conjunto grande de novidades e qualificações para o cultivo de forragens no próximo ano, tornando o programa mais completo e atrativo aos produtores. Entre as principais novidades estão:
• Inclusão das espécies de cereais de outono-inverno (trigos de duplo propósito, triticales e cevadas), mudas e sementes de espécies perenes e leguminosas;
• Ampliação dos valores passando para até R$ 2 mil por CPF de produtor e R$ 300 mil por entidade;
• Ampliação do bônus adimplência de 30% para 50%;
• Qualificação técnica com ATER diferenciada pela Emater/RS e suporte técnico da Embrapa para manejo assertivo de altos rendimentos;
• Unidades de Referência Tecnológica e Dias de Campo para difusão das tecnologias para os produtores.
A apresentação do programa, o Manual Operativo e o Modelo Manifestação de Interesse da edição 2024/2025 da iniciativa, pode ser acessado clicando aqui.
Mais informações podem ser obtidas com a Divisão de Sistemas Produtivos/Departamento de Agricultura e Pecuária Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural, pelo telefone (51) 3288-6728 ou pelo e-mail leitegaucho@agricultura.rs.gov.br.
Notícias COP29
Preservação e alta produtividade no campo andam juntas, afirma diretora de Sustentabilidade da JBS
Em painel na Conferência do Clima, Liège Correia ressaltou ainda a necessidade de acesso ao crédito e o papel dos Escritórios Verdes, iniciativa da Companhia, para práticas sustentáveis.
Preservação e alta produtividade no campo são metas que andam juntas. Para que elas caminhem no mesmo passo, é preciso avançar em programas de assistência técnica e diminuir barreiras de acesso ao crédito. Esse cenário de falta de acesso à tecnologia e a recursos financeiros muitas vezes leva, especialmente os pequenos produtores, à adoção de práticas que aumentam a pressão sobre as florestas. Essa situação precisa ser modificada, defendeu Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, durante a COP29.
Na última quarta-feira(13), o painel Amazônia Solução Climática: Mecanismos financeiros para catalisar um futuro sustentável reuniu lideranças para debater iniciativas e soluções inovadoras voltadas para a preservação ambiental e o desenvolvimento da Amazônia, com ênfase na promoção de práticas agrícolas sustentáveis entre pequenos agricultores.
“O Brasil tem 4 milhões de estabelecimentos rurais familiares. Na área de atuação da JBS, trabalhamos para incluí-los no sistema socioambiental, principalmente aqueles que enfrentam desafios com compliance”, afirmou. “Com suporte técnico e financeiro, esses produtores conseguem não somente melhorar a gestão de suas propriedades, mas também acessar crédito de forma digna e sustentável”, complementou Correia.
A executiva também destacou o programa Escritórios Verdes da JBS como uma resposta prática e eficaz para apoiar esses produtores. Com uma abordagem integrada e personalizada, os Escritórios Verdes levam assistência técnica diretamente às realidades locais, considerando as particularidades de cada região. “A ideia é levar conhecimento ao produtor para que ele possa gerenciar sua propriedade com eficiência e sustentabilidade”, disse.
Com 20 escritórios físicos espalhados pelo Brasil, agora com uma versão virtual que expande ainda mais o atendimento, o programa é gratuito e acessível a qualquer produtor rural, independentemente de ser fornecedor da JBS. “Acreditamos que a preservação e a alta produtividade são metas que andam juntas. Por isso, o Escritório Verde é uma ferramenta aberta e acessível a todos, ampliando o impacto positivo da agricultura responsável em escala nacional.”
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também participou do painel, quando apresentou o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) como uma das principais iniciativas do governo para transformar a lógica da agricultura na Amazônia. O plano, desenvolvido em parceria com diversos ministérios, visa incentivar uma agricultura mais produtiva e de menor impacto ambiental. “Com o apoio de universidades e instituições como Embrapa e Sebrae, estamos mudando a lógica econômica da agricultura, criando um sistema em que o agricultor vê vantagem econômica em manter a floresta em pé, pois o valor da preservação supera o da floresta suprimida”, declarou Teixeira.
Além disso, o ministro ressaltou novas oportunidades de financiamento por meio do Fundo Amazônia e do Pronaf para expandir a assistência técnica, com destaque para o programa Bolsa Floresta e as parcerias com universidades para levar capacitação aos agricultores. Segundo ele, essa abordagem é crucial para promover um desenvolvimento econômico que respeite o meio ambiente e valorize os recursos naturais da região.
Moderado por André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o painel também contou com Mirey Atallah, chefe de Adaptação e Resiliência do PNUMA, da ONU; Helder Barbalho, governador do Pará e presidente do Consórcio Amazônia Legal; Maurício Bianco, vice-presidente da Conservação Internacional; Nabil Kadri, representante do BNDES; Leonardo das Neves Carvalho, secretário de Meio Ambiente do Acre; Gabriela Savian, representante do Ipam; e Jo Macrae, chefe do departamento de florestas do Reino Unido.