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Ministra viaja ao Nordeste por quatro dias para se reunir com produtores e acelerar projetos Semiárido

A partir desta quinta-feira, Tereza Cristina visitará unidades de produção de frutas, flores, camarão, pescado, caprinos, bovinos e aves

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Foto: Assessoria

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, vai percorrer quatro estados do Nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba), a partir desta quinta-feira (14), para conhecer de perto projetos que têm apoio do ministério na região, de produção de frutas, flores, camarões e pescado, além da caprinocultura e da produção de aves e ovos. Ela também vai obter informações sobre a questão fundiária na região.

A viagem, que vai até domingo (17), faz parte do Plano de Ação do Ministério da Agricultura (Mapa) para o Nordeste, voltado à geração de emprego e renda. O Mapa quer reunir todos os dados disponíveis sobre os projetos voltados à agricultura familiar, à pesca e à aquicultura, os assuntos fundiários e as demandas do Serviço Florestal, entre outros, que estavam sendo coordenados por outras áreas do governo. A proposta é reunir esforços por microrregiões para acelerar os projetos com os recursos disponíveis. O secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke, vai acompanhar a ministra nas visitas técnicas.

Será feito um cruzamento de dados disponíveis na Embrapa, no Incra e outros órgãos sobre tipos de solo, disponibilidade de água, existência e conservação de estradas, com o objetivo de aprofundar as ações para atender as realidades do semiárido. O uso de imagens de satélite (sistemas de georreferenciamento) será uma das ferramentas de destaque nos projetos do Mapa.

Rosas e frutas

Nesta quinta-feira, será visitado o Projeto Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba, no Piauí, que desenvolve empreendimentos de fruticultura irrigada. São, ao todo, 430 lotes agrícolas irrigados, com capacidade para 6 mil postos de trabalho. Tereza Cristina fará uma reunião com os produtores rurais da região para apresentação do potencial do agronegócio na Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi).

No dia 15, já no Ceará, a ministra visitará inicialmente as fazendas Reijers e Amway Nutrilite do Brasil. A Reijers, localizada no município de São Benedito, é referência no mercado na produção de flores, há quatro décadas. Líder na exportação de rosas, ela destina sua produção de duas toneladas de flores por dia, basicamente ao mercado interno, e destaca-se pela utilização do controle biológico na produção, com práticas que causam baixo impacto ambiental.

A Amway, situada no município de Ubajara, é a maior unidade de produção e processamento de acerola orgânica e biodinâmica do mundo, fabricante de vitamina C liofilizada, resultante de processo de desidratação para manutenção do sabor e dos nutrientes.

No município de Tianguá, a ministra conhecerá também a Granja Emape, produtora de aves e de 500 mil ovos por dia. A unidade conta com distribuição automática de ração, coleta de ovos e resíduos, por esteiras transportadoras. O sistema faz também a transferência dos ovos até o entreposto, onde são classificados e embalados automaticamente. Na granja, a ministra terá encontro com empresários, produtores rurais, líderes do agronegócio e políticos da região.

Ainda na sexta-feira (15), Tereza Cristina viajará a Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde visitará a Fazenda Agrícola Famosa (RN), a maior produtora de melões e melancias do Brasil e uma das maiores do mundo, com área total de mais de 30.000 hectares.

Açúcar e couro de cabra

No sábado (16), a primeira visita técnica será à Fazenda Potiporã, em Pendências (RN), considerada a maior produtora de camarões do Brasil. Em 2015, a doença conhecida como mancha branca dizimou a produção. A empresa foi vendida, ampliada, replanejada e, em 2018, ainda aprendendo a conviver com a mancha branca – valendo-se de cuidados com a qualidade da água e da alimentação, pois ainda não existe vacina – passou a produzir mais do que antes de enfrentar o problema.

Na sequência, Tereza Cristina fará uma reunião com os presidentes das Associações de Criadores de Camarão do Nordeste, que tem representação do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia.

Ainda no sábado, Tereza Cristina viajará para a Paraíba e irá à Usina Japungu, no município de Santa Rita, integrante de um grupo de cinco usinas processadoras de açúcar e álcool (anidro e hidratado). Depois, a ministra irá se reunir com lideranças dos produtores. No fim da tarde, a ministra viajará para Campina Grande (PB), e de lá se deslocará a Cabaceiras (PB).

No domingo (17), o encerramento das visitas técnicas será na Cooperativa dos Curtidores e Artesãos em Couro Arteza, de Cabaceiras. Fundada há 14 anos, a cooperativa trabalha a pele dos caprinos usando processo de curtimento vegetal, um dos melhores do país, que praticamente não gera odor. A cooperativa também processa couros de origem bovina (10% da sua produção). A ministra também vai conhecer a Cooperativa dos Caprinobovinocultores de Cabaceiras e Região antes de regressar a Brasília.

Fonte: Mapa

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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