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Ministério da Agricultura discute ampliar parceria para incentivar o empreendedorismo e a inovação na agropecuária
Vai possibilitar a expansão da capacitação para os agrossistemas e produtores rurais.
Gestores da Wadhwani Foundation Brasil estiveram reunidos, na última sexta-feira (8), na sede da pasta, com gestores e técnicos da Secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para discutir a ampliação da parceria que visa impulsionar a empregabilidade e a qualificação da gestão no setor agrícola brasileiro, por meio da inovação e do uso de Inteligência Artificial (IA).
A Fundação finaliza este mês um projeto piloto executado em parceria com o Mapa, o Ignite, que tem como objetivo proporcionar, aos servidores e colaboradores da SDI e das Superintendências Federais de Agricultura, capacitação sobre empreendedorismo e inovação na gestão. A ação busca orientar o processo de criação de startups e o desenvolvimento qualificado do setor.
O secretário da SDI, Pedro Neto, recebeu a comitiva da Fundação Wadhwani e após conhecer as principais iniciativas da fundação e linhas de ação para o Brasil, afirmou que essa é uma grande oportunidade de ampliar o acesso dos diversos atores ligados ao setor ao empreendedorismo, a partir dos ecossistemas de inovação agropecuário.
“Estamos buscamos, junto ao Mapa, auxiliar o máximo de famílias de agricultores no Brasil a ampliar sua capacidade de ganho para além da subsistência, investindo no desenvolvimento profissional de si mesmos e de seus filhos”, ressaltou Ajay Kela, CEO (Chief Executive Officer) da Wadhwani Foundation Brasil.
Pela SDI, participaram a secretária-adjunta, Lizane Ferreira, o diretor de Apoio à Inovação para Agricultura (Diagro), Alessandro Cruvinel, o coordenador-geral de Articulação para Inovação do Diagro, Cesar Teles, o coordenador de Ambientes de Inovação do Diagro, Rodrigo Nazareno, e a consultora Internacional, Gabriela Valadão.
Estiveram presentes pela Fundação o vice-presidente de Empregabilidade, Thiago Françoso, o vice-presidente de Empreendedorismo, Felipe Maia, e a diretora de Parcerias de Empregabilidade, Lúcia Alves.
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Com preço acima de R$ 22/kg, a carcaça casada bovina atinge recordes diários
Demanda aquecida, em função de questões macroeconômicas – especialmente a queda do desemprego – e também da proximidade dos períodos de festas.
Desde o dia 1º de novembro, o quilo da carcaça casada bovina supera os R$ 22, batendo recordes diários, conforme levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, a demanda aquecida, em função de questões macroeconômicas – especialmente a queda do desemprego – e também da proximidade dos períodos de festas, faz com que varejistas busquem se abastecer, pagando preços significativamente maiores no atacado.
No mercado de boi gordo, pesquisadores do Cepea explicam que a dificuldade para novas aquisições de animais para abate continua.
A necessidade de preencher escalas próximas tem feito com que a indústria eleve o valor da arroba e ainda diminua o prazo de pagamento.
O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (média ponderada do estado de SP, à vista e livre de funrural) já acumula alta de mais de 5% na parcial de novembro.
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Suíno vivo registra nova máxima nominal
Maior liquidez no mercado de carne tem levado frigoríficos a buscarem mais lotes de suínos para abate.
Os preços do suíno vivo continuam subindo, renovando as máximas nominais da série histórica do Cepea – em termos reais, as médias atuais são as mais altas desde 2020.
Segundo pesquisadores do Cepea, a maior liquidez no mercado de carne tem levado frigoríficos a buscarem mais lotes de suínos para abate. Os altos valores da proteína bovina contribuem para elevar a demanda doméstica.
Além disso, o cenário é de baixa disponibilidade interna, reforçado pelo bom desempenho das exportações de carne suína.
Foram 129,7 mil toneladas (entre produtos in natura e industrializados) embarcadas em outubro, o segundo maior volume da série histórica da Secex, iniciada em 1997, atrás somente da quantidade escoada em julho deste ano.
Colunistas
Do crime culposo da civilização ao caráter doloso dos incêndios rurais
É urgente que as autoridades investiguem e punam esses crimes com rigor, enquanto soluções para o aquecimento global e compromissos climáticos, como os da COP 30, se tornam cada vez mais necessários para enfrentar essa crise ambiental.
Os incêndios no campo, que assolam numerosos municípios brasileiros, em vários estados, são provocados por duas graves causas. Uma delas resulta da exploração inadequada dos recursos naturais e da poluição ao longo dos séculos, numa paulatina degradação do meio ambiente e aquecimento global, provocando secas que tornam a vegetação mais suscetível às chamas. A outra é a prática de crimes dolosos, pois se constatou a ação de criminosos ateando foco em propriedades agrícolas, com a clara intenção de destruir as plantações.
A terrível ação desses bandidos precisa ser devida e rapidamente apurada e punida com o rigor da lei, para se evitar sua continuidade e desestimular esse grave crime, que mata pessoas, afeta a segurança alimentar, a produção de commodities e biocombustíveis, impõe imensos prejuízos aos produtores, provoca desemprego e causa sérios danos econômicos e ecológicos. É uma ação de extrema violência e intolerável.
Não é mera coincidência ou algo resultante de motivação pontual a eclosão de tantos incêndios, alguns deles já com autores confessos e outros presos em flagrante, em distintos pontos do território nacional, da Amazônia a São Paulo, passando pelo Planalto Central, até o Pantanal. Parece haver uma ação orquestrada. É necessário descobrir qual é a intenção real por trás desses crimes, para coibi-los de modo eficaz e duradouro.
Já é bem grave o risco permanente de incêndios resultante das secas prolongadas provocadas pelas mudanças climáticas. Estamos pagando um alto preço pelo “crime culposo” da nossa civilização na construção de uma economia baseada nos combustíveis fósseis. Quando esse modelo de desenvolvimento iniciou-se, ainda na era pré-industrial, nem havia condições de prever o aquecimento da Terra e suas consequências terríveis.
Hoje, apesar da plena consciência sobre o problema, ainda não se encontraram soluções adequadas, que esbarram na falta de vontade política dos governos e no descumprimento do Acordo de Paris, que limita a 1,5 grau Celsius a elevação da temperatura do planeta. Uma nova perspectiva surge por ocasião da COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que se realizará em Belém do Pará, em novembro de 2025, na qual os países deverão avaliar, renovar e/ou ampliar seus compromissos referentes à contenção do aquecimento.
Enfrentar essa causa de secas, incêndios, enchentes e cataclismos cada vez mais frequentes é um dos maiores desafios da humanidade na área ambiental, na segurança alimentar, na transição para combustíveis limpos e renováveis, na economia e na viabilização do amanhã. O combate ao crime doloso dos incêndios de plantações e matas é uma prioridade absoluta e urgente, pois se trata de um atentado absurdo contra o meio rural e nossos ecossistemas, ferindo de modo grave toda a população de nosso país. A segurança no campo é decisiva para o presente e o futuro deste Brasil protagonista do agronegócio mundial.