Avicultura
Ministério da Agricultura declara fim da emergência zoossanitária para gripe aviária no Rio Grande do Sul
Considerando a manutenção das condições de vigilância epidemiológica mantidas em campo, o Mapa restringe, apenas à região ao redor de 10 km do foco da doença, a exportação de produtos avícolas e seu material genético.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta terça-feira (06), a Portaria nº 706 que declara o fim do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul, em função da detecção do vírus patogênico da Doença de Newcastle em aves comerciais.
A Doença de Newcastle é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nestes animais.
De notificação obrigatória pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), ela é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.
Considerando a manutenção das condições de vigilância epidemiológica mantidas em campo, o Mapa restringe, apenas à região ao redor de 10 quilômetros do foco da doença, a exportação de produtos avícolas e seu material genético.
Na área sob acompanhamento da fiscalização do serviço veterinário oficial, ainda estão mantidos os procedimentos especiais de fiscalização dos produtos destinados ao mercado doméstico, que podem incluir a necessidade de termoprocessamento, antes de sua comercialização no mercado doméstico.
A declaração do estado de emergência para a doença de Newcastle havia sido publicada no dia 19 de julho com validade de 90 dias, para que fossem realizadas ações de vigilância epidemiológica de forma mais ágil, com a aplicação dos procedimentos de erradicação do foco, já previstas no Plano de Contingência para a doença.
“A avaliação da condição epidemiológica e a ausência de novos casos com sintomatologia de doenças da síndrome respiratória e nervosa na região possibilitou a evolução na situação e a indicação da normalidade sanitária no estado do Rio Grande do Sul”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.
No dia 26 de julho, o Mapa notificou OMSA a conclusão dos trabalhos de limpeza e desinfecção do foco e na semana seguinte, 31 de julho, foram comunicados os resultados das ações de vigilância mantidas na área, que indicaram não haver novos casos suspeitos para a doença.
“Desde o início, tratamos o caso com total transparência, com o objetivo de tranquilizar tanto a nossa população quanto os países importadores sobre a segurança do nosso sistema de defesa agropecuária. A prontidão e o empenho das equipes de defesa agropecuária, tanto federal quanto estadual, foram fundamentais para que esse caso fosse resolvido de maneira rápida e eficiente”, destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Foco confirmado
No dia 17 de julho, foi confirmado pelo Mapa o diagnóstico positivo para Doença de Newcastle no município de Anta Gorda (RS).
A análise foi feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, reconhecido pela OMSA como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da doença.
Avicultura
Exportações de carne de frango alcançam maior preço médio em dois anos
Valor médio das exportações volta a superar US$ 2 mil dólares/Ton; receita em reais cresce 8,1%.
O preço médio das exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) voltou a superar o patamar de US$ 2 mil dólares por tonelada, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em agosto, o preço médio da tonelada exportada alcançou US$ 2.089, número 8,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de US$ 1.918. É o maior preço médio desde agosto de 2022, com US$ 2.106 dólares por tonelada.
Ao todo, foram embarcadas 379,8 mil toneladas em agosto, volume 12,3% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 433,3 mil toneladas. Em receita, a queda foi menor, de 4,5%, com US$ 793,6 milhões registrados em agosto deste ano, contra US$ 831 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita em Reais cresceu 8,1%, com R$ 4,406 bilhões em agosto deste ano, contra R$ 4,074 bilhões no oitavo mês de 2023.
No ano (janeiro a agosto), o volume embarcado de carne de frango alcançou 3,432 milhões de toneladas, volume 1,8% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com 3,495 milhões de toneladas. A receita registrada nos oito primeiros meses de 2024 chegou a US$ 6,319 bilhões, saldo 7,8% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 6,858 bilhões. A receita em Reais acumulada no ano totalizou R$ 33,004 bilhões, saldo 4,1% menor em relação ao ano anterior, com R$ 34,412 bilhões. “O fluxo de embarques registrado até aqui segue média mensal equivalente a dos 12 meses de 2023, se estabelecendo em torno de 430 mil toneladas”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
No levantamento por destino, os Emirados Árabes assumiram o primeiro posto, com 39,2 mil toneladas importadas do Brasil em agosto, número 17% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Em ritmo diferente, os embarques para o Japão cresceram 32%, alcançando 39 mil toneladas. Em seguida vieram África do Sul, com 28,1 mil toneladas (+11%), Arabia Saudita, com 26,9 mil toneladas (-28%) e a China, agora no quinto posto, com 16,3 mil toneladas (-69%).
No levantamento por estado, o Paraná segue na liderança das exportações, com 161,2 mil toneladas exportadas em agosto (-2,7), seguido por Santa Catarina, com 84,2 mil toneladas (-14,1%), Rio Grande do Sul, com 37,8 mil toneladas (-42,5%), São Paulo, com 23,8 mil toneladas (-3,1%) e Goiás, com 17,8 mil toneladas (+4,3%).
“O preço médio foi fortemente influenciado pelo crescimento dos embarques para mercados com alto valor agregado, como o Japão. Por outro lado, houve perda de janela de embarques em determinados portos, especialmente em Paranaguá, onde há grande represamento de fluxo logístico. Colaborou para o resultado menor, também, efeitos pontuais da Doença de Newcastle, especialmente nos embarques para a China e o México”, destaca Santin.
Avicultura
Encontro MercoLab de Avicultura traz pesquisadores nacionais e estrangeiros
Evento acontece nesta terça-feira (10) no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, no Oeste do Paraná.
A eficácia e a qualidade do controle sanitário animal brasileiro é o maior patrimônio e, ao mesmo tempo, desafio permanente da cadeia produtora nacional de proteínas. Os temas mais pertinentes do setor, responsável por fazer do Brasil o segundo maior produtor e o maior exportador de carne de frango do planeta, vão ser debatidos nesta terça-feira (10), em Cascavel (PR), durante a 15ª edição do Encontro MercoLab de Avicultura.
Cerca de 400 pessoas, de várias regiões do País, estarão no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, localizado à rua Fortunato Bebber, 987, para participar de um evento de atualização técnica consagrado e de bastante tradição. Os inscritos dessa 15ª edição terão a chance de ouvir pesquisadores brasileiros e estrangeiros convidados a compartilhar os mais recentes e importantes conhecimentos técnicos e descobertas para melhorar ainda mais a qualidade e os resultados da área da produção comercial de frangos. “Vamos contar com a participação de grandes especialistas nos mais diferentes assuntos da cadeia da avicultura, focando principalmente em aspectos considerados centrais para a sanidade dos plantéis”, informa o diretor do MercoLab e coordenador do encontro, o médico-veterinário Alberto Back.
Além de contribuir para a atualização de conteúdos, o Encontro permite unificar acesso a informações estratégicas para a prevenção de doenças avícolas capazes de impor restrições sanitárias severas ao Brasil e provocar prejuízos incalculáveis aos produtores e à economia.
Além dos especialistas brasileiros (programa abaixo), estão confirmados estrangeiros Sjaak de Wit do Instituto Royal GD da Holanda, que falará sobre “Bronquite infecciosa: visão global e suas consequências econômicas”, e a pesquisadora norte-americana Holly Sellers da Universidade da Georgia, que abordará o tema “Reovírus: Recentes avanços na pesquisa nos EUA”. Ao organizar um evento técnico dessa magnitude, observa Alberto Back, o MercoLab coloca-se ao lado da avicultura brasileira, que é destaque no mundo alcançando os mais diferentes mercados.
Liderança
O Brasil produziu em 2023 mais de 14,8 milhões de toneladas de carne de frango, atrás apenas dos Estados Unidos. Com 5,1 milhões de toneladas comercializadas e US$ 9,61 bilhões faturados (R$ 52 bilhões), o Brasil se consolida como o maior exportador dessa proteína. O Paraná é o maior produtor nacional. Sozinho, o Estado responde por 42% de tudo o que o País manda para 172 países. A produção mundial de carne de frango, no ano passado, foi de 102 milhões de toneladas.
O Brasil, que caminha para se consolidar como o maior celeiro exportador de alimentos do planeta, abastece a mesa de um bilhão de pessoas, ou 12% dos habitantes da Terra. E para manter essa liderança e o crescimento de cadeias tão indispensáveis para a economia nacional, com previsão de crescimento de 13% na de frango nos próximos sete anos, eventos como o Encontro MercoLab de Avicultura se tornam cada vez mais necessários, ressalta Alberto Back.
Inscrições
As inscrições para o 15º Encontro MercoLab de Avicultura ainda estão abertas e podem ser feitas clicando aqui. Para estudantes o valor é de R$ 100. O pagamento da inscrição pode ser feito pelo PIX 04.857.370/0001-09 ou ainda por meio de depósito/transferência (Bradesco): Agência 1987-9, Conta Corrente 12350-1.
Palestras confirmadas no 15º Encontro MercoLab de Avicultura
Abertura | Boas-vindas
Alberto Back, diretor do Mercolab
Palestras:
Desafios da produção de frangos: Presente e futuro
Ricardo Santin, presidente da ABPA – SP
Gestão do Programa de Autocontrole do Campo ao Abatedouro
Liris Kindlein
Professora e pesquisadora da UFRGS – RS
Diagnóstico e monitoria molecular de Reovírus, Bronquite infecciosa e Gumboro: Visão atual e futura
Jorge Marchesi
Biologia molecular – MercoLab – Cascavel – PR
Reovírus: Recentes avanços na pesquisa nos EUA
Holly Sellers
Pesquisadora da University of Georgia – EUA
Reovírus: Realidade brasileira
Jônatas Wolf
Corporativo técnico da JBS – Itajaí/SC
Bronquite infecciosa: Visão global e suas consequências econômicas
Sjaak de Wit
Instituto Royal GD – Holanda
Controle de salmonela: Importância da cama e da cadeia
Marcos DaiPrá
Consultor corporativo sanidade BRF – Curitiba/PR
O evento
O Encontro MercoLab de Avicultura, organizado pelo laboratório veterinário MercoLab, discute uma ampla gama de temas relacionados à sanidade avícola do Brasil e do mundo. Esse evento busca atualizar a cadeia produtiva ao divulgar resultados de pesquisas e novos conhecimentos que contribuirão para otimizar os custos e melhorar a produção, além de abordar aspectos econômicos da atividade e perspectivas futuras do setor.
Com mais de 90 colaboradores, distribuídos entre a matriz, em Cascavel, e a filial de Chapecó, em Santa Catarina, incluindo seis médicos veterinários e diversos profissionais com mestrado e doutorado, o MercoLab presta serviços de monitoramento e diagnóstico em todo o Brasil. O laboratório se dedica a treinar e a capacitar a sua equipe continuamente, consciente de que seus maiores patrimônios são os seus clientes e colaboradores.
Inicialmente focado na sanidade animal, o MercoLab também realiza análises ambientais (água e efluentes), bromatológicas e de alimentos para consumos humano e animal, fundamentado no princípio de que existe um só mundo e uma só saúde.
Avicultura
Conbrasfran 2024 debate monitoramento sanitário, estratégias para redução de condenas e programas de qualidade em plantas de abate
Painel sobre avanços nos processos em plantas de abate e o papel do médico-veterinário vai contar com a partipação de representantes da Embrapa, Cobb, Seara e Aurora Coop. A discussão será um dos destaques do evento, de 25 a 27 de novembro, em Gramado (RS).
O monitoramento microbiológico do desempenho sanitário no processo de abate, o atual cenário e estratégias para redução de condenações de carcaças em frigoríficos e a elaboração e o monitoramento de programas de qualidade em plantas de abate são alguns dos temas que serão discutidos com pesquisadores e representantes da agroindústria durante a Conbrasfran 2024, a Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango, que vai ser realizada pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, no Rio Grande do Sul.
O painel Avanços nos processos e o papel vital do médico-veterinário vai começar a partir das 08h45 do dia 27 de novembro e vai reunir especialistas renomados da cadeia produtiva. O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Arlei Coldebella, vai abrir a programação com um debate sobre o “Monitoramento microbiológico do desempenho higiênico-sanitário do processo de abate”.
Em seguida, o especialista em Processos de Qualidade da Cobb-Vantress, Eder Barbon, vai destacar o “Cenário atual: Estratégias e alternativas em abatedouros para redução de condenas” e a diretora de Qualidade da Seara Alimentos, Marisete Cerutti, vai apresentar o tema “Aprimorando a elaboração e o monitoramento de programas de controle de qualidade: principais aspectos e estratégias”. O coordenador de Relações Institucionais e Governamentais da Aurora Coop, Rafael Santos, vai moderar estes debates.
O painel Avanços nos processos e o papel vital do médico-veterinário faz parte da programação do 5º Encontro de Qualidade Industrial na Avicultura – Frigoríficos, promovido pela Asgav. Outras informações sobre a Conbrasfran 2024 podem ser encontradas no site do evento (www.conbrasfran.com.br), pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228.8844, do WhatsApp (51) 9 8600.9684 ou pelo Instagram do encontro (@conbrasfran).