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Minerais orgânicos na dieta são alternativa para maior desempenho e sustentabilidade

Na piscicultura, minerais orgânicos auxiliam animais a alcançar potencial nutricional, além de proporcionar melhor performance e estado imunitário, destinando toda energia para crescimento e ganho de peso

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A piscicultura tem se mostrado uma atividade promissora no Brasil. Cada vez mais, a atividade vem ganhando espaço em território nacional, em todas as regiões. No mundo não é diferente. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o crescimento na produção da pesca baterá 104% até 2025. Para manter o destaque na produção e para que os peixes alcancem seu potencial nutricional, a inserção de minerais orgânicos na dieta é uma das alternativas mais promissoras para os produtores.

De acordo com a zootecnista e mestre em Ciência e Tecnologia Animal, Carolina Vasconcelos Tavares de Farias, na aquicultura os organismos são produzidos imersos em seu ambiente de cultura. Dessa forma, é de suma importância a atenção em todos os componentes adicionados, tanto nas rações quanto no ambiente, para que não haja desbalanço no ecossistema de produção. “Também podemos dizer que o aquicultor cultiva água. Desta maneira, forma a utilização de ingredientes com maior biodisponibilidade, ou seja, que podem ser absorvidos pelos animais com maior facilidade, levam à redução na excreção e perda para o ambiente”, informa.

Caroline explica que animais alimentados com minerais orgânicos apresentam melhor status imunitário, maior produção de muco intestinal e redução de ectoparasitismos. “Além disso, os minerais orgânicos proporcionam maior poder antioxidante celular, que resulta em melhor frescor de carne e maior biodisponibilidade de nutrientes essenciais para um bom funcionamento do metabolismo”, conta. A profissional diz que os microminerais orgânicos estão envolvidos em diversas reações metabólicas e funções vitais, tais como cicatrização, produção de muco, queratinização, transporte de oxigênio, função antioxidante, entre outros. “Sua proteção por di e tri peptídeos não permite ao mineral interagir com outros componentes da dieta, tais como vitaminas, minerais, enzimas, antioxidantes e demais componentes, que são essenciais para um bom desempenho e segurança alimentar”, afirma.

Mais performance

Ainda conforme a profissional, a utilização de minerais orgânicos também pode proporcionar melhor performance nos animais, assim como estimular um melhor estado imunitário, destinando toda energia para crescimento e ganho de peso. “Diversos trabalhos realizados demonstram melhores índices imunitários e sanitários quando se utilizou minerais orgânicos. Por exemplo, alevinos e juvenis de tilápias alimentadas com minerais orgânicos apresentaram redução na infestação por ectoparasitas mesmo em sistemas altamente adensados, onde a transmissão é facilitada, além de maiores taxas de sobrevivência”, cita.

A zootecnista esclarece que os retornos econômicos perante à utilização dos minerais orgânicos vão além dos ganhos com formulações de dietas mais eficientes, uma vez que as exigências se alteram com a maior biodisponibilidade, sendo necessário menores níveis de inclusão. “O produtor também ganha em índices sanitários e ambientais que refletem diretamente em sobrevivência e desempenho”, menciona.

Carolina reforça que utilizados na dieta do peixe, os minerais orgânicos podem também ajudar na saúde do animal. “Os microminerais são cofatores de enzimas imunológicas e como minerais orgânicos são melhor metabolizados, apresentam aumento nas atividades destas enzimas, ajudando a manter a saúde animal. Trabalhos demonstram que o aumento na atividade de enzimas envolvidas no sistema imune está diretamente relacionado ao aumento na performance animal”, conta.

Sustentável e bom para a genética

A profissional comenta que o conceito de sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. “Desta forma, o uso racional dos recursos naturais e a utilização de produtos mais eficientes que proporcionem melhorias como um todo no sistema produtivo são formas sustentáveis de promover um melhor futuro para as próximas gerações”, comenta.

Sabendo disso, os minerais orgânicos auxiliam na manutenção da qualidade da água. Carolina esclarece que em caso de animais aquáticos, onde o desenvolvimento é totalmente dependente da qualidade de água, esse fator é de elevada importância. “Existem diversos nutrientes que são depositados nos sedimentos que podem interferir na qualidade da água. A menor excreção de microminerais orgânicos faz com que haja um menor acúmulo destes no sedimento de viveiros escavados ou mesmo de reservatórios onde se cultiva peixes em tanque-rede. Muitas vezes águas destes reservatórios são utilizados para abastecimento de cidades e o acúmulo de minerais é indesejável”, explica.

A zootecnista ainda afirma que os minerais orgânicos também potencializam a genética do peixe, proporcionando para o consumidor final um melhor resultado. “A expressão do potencial genético só ocorre quando não falta nenhum nutriente e quando o meio ambiente é favorável. Desta forma, se o manejo, o ambiente e a nutrição atenderem as necessidades dos animais, auxiliam a atingir o melhor potencial genético. Quanto à nutrição mineral, a utilização de microminerais orgânicos é a melhor opção para atingir o potencial genético de animais aquáticos”, aponta.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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