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Milho safrinha sofre com a cigarrinha do milho

Alto potencial destrutivo do inseto levou as autoridades fitossanitárias paranaenses a cogitarem um vazio sanitário como forma de controle

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Pelo segundo ano consecutivo, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) vem preocupando os produtores do Paraná, que tem no cereal seu principal insumo para a alimentação animal. Na região Oeste, onde o milho safrinha tem papel importante no calendário agrícola, especialistas apontam uma redução de 20 sacas por hectare em função da praga. Além de sugar a seiva das plantas, o inseto atua como vetor de doenças causando problemas como enfezamentos, tombamento e morte precoce das plantas, chegando a reduzir em até 70% a produtividade das lavouras.

O alto potencial destrutivo do inseto levou as autoridades fitossanitárias paranaenses a cogitarem um vazio sanitário como forma de controle. O tema foi debatido durante reunião da Comissão Técnica de Grãos, Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP, realizada no dia 13 de julho, por videoconferência, com participação de 40 pessoas, representando todas as regiões do Estado.

Na ocasião, o especialista em fitossanidade e professor do Centro Universitário Ingá (Uningá), Claudinei Antônio Minchio, ministrou uma palestra na qual apresentou informações recentes sobre o controle do inseto, fruto de um trabalho de campo realizado em 2019 a pedido de uma cooperativa do Oeste do Paraná. Naquele ano, a praga causou prejuízos significativos aos produtores do cereal, com o agravante de que pegou muitos de surpresa, uma vez que conviviam em paz com o insetinho, sem grandes prejuízos aparentes.

“O produtor não estava despreparado, mas desinformado. Ele se concentrava no controle e nos sintomas do ataque de cigarrinha na fase reprodutiva do milho, quando o principal momento de ação é na fase jovem, vegetativa”, observa Minchio. “O momento em que ela mais ataca o milho [fase inicial até V5] é o mesmo em que o percevejo barriga verde ataca. Como os produtores fazem o controle do percevejo e, muitas vezes, utilizam inseticida de forma desnecessária, ocorre um desequilíbrio dos inimigos naturais que controlam tanto ovos, como ninfas, quanto a própria cigarrinha adulta”, explica. Sem os inimigos naturais para conter seu crescimento, a população de cigarrinhas disparou.

Monitoramento e controle

Para o professor Minchio, o vazio sanitário não seria a melhor estratégia para combater a cigarrinha do milho. A hipótese foi cogitada com o objetivo de eliminar a “ponte verde” entre a primeira e a segunda safra, por meio da qual o inseto sobreviveria e se multiplicaria. Porém, é possível reduzir esta ponte com a adoção do manejo correto e harmonizado entre os produtores, como a eliminação de plantas voluntárias (milho tiguera), sincronização dos períodos de semeadura e outras medidas, a fim de evitar uma medida tão drástica quanto esta.

“O Paraná vive uma situação diferenciada, pois não tem milho sobre milho. O problema não é a multiplicação da doença pelo ar. O vazio sanitário seria a forma de conter um patógeno, como um fungo, por exemplo, transmitido pelo ar. Não é o caso dos mollicutes ou dos vírus, que são transmitidos pela picada da cigarrinha. Então a chave do controle das doenças passa pelo controle do agente transmissor”, analisa o especialista.

As melhores alternativas para o controle dessa praga, segundo Minchio, estão na própria lavoura, na forma de fungos, insetos e outros organismos que são naturalmente inimigos da cigarrinha do milho. Ocorre que, muitas vezes, os produtores acabam matando esses aliados, com aplicações excessivas ou fora de hora.

“O Paraná é vanguarda nesses estudos. É possível o controle desde que a gente adote técnicas de monitoramento e manejo, evitando a entrada desnecessária de agroquímicos que eliminam os predadores da cigarrinha e dos seus ovos”, reforça o professor do Uningá.

Curso MIP Milho orienta produtores Para orientar os produtores a utilizarem essa rica biodiversidade a seu favor, o SENAR-PR criou o curso “Inspetor de Manejo Integrado de Pragas (MIP) Milho”, já disponível para os produtores do Estado. A iniciativa segue o mesmo caminho do MIP Soja, oferecido há mais de quatro anos e que vem colecionando ótimos resultados de produtividade e economia. No momento, por conta da pandemia do novo coronavírus, os cursos presenciais do SENAR-PR estão suspensos. Para mais informações sobre novas turmas, consulte o sindicato rural local ou o site do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Praga ganhou força em 2019

Integrante da Comissão Técnica da FAEP, o produtor Cévio Mengarda, de Marechal Cândido Rondon, não percebeu danos causados pela cigarrinha na safrinha deste ano. Isso porque a seca foi a grande vilã nessa temporada, atingindo boa parte das lavouras de milho do Estado. Na safra de inverno do ano passado, esse papel coube à cigarrinha. “Ela existia, mas não era uma praga significativa na região. Ninguém dava muita importância até a safrinha de 2019. Como não havia experiência nesse assunto, ninguém estava preparado, todo mundo plantava os mesmos cultivares de sempre, aí surgiram os problemas”, relata.

Segundo Mengarda, que possui propriedades entre Pato Bragado e Francisco Alves, naquela safrinha as perdas chegaram a 60% em algumas áreas, o que levou o produtor a buscar novas alternativas de manejo. “Com isso, a gente aprendeu muita coisa, buscou informação, se adaptou, com cultivares que sofrem menos, e assim passamos conviver melhor com a cigarrinha”, observa.

Com o conhecimento adquirido de lá para cá, o produtor conseguiu reduzir os danos da praga na safra de verão e nesta safrinha, que não fosse a falta de chuva poderia ser cheia. “Esse ano o dano foi muito pequeno, justamente por conta da experiência anterior”, afirma.

A exemplo do que ensinou o professor Claudinei Antônio Minchio, o caminho escolhido por Mengarda para combater a cigarrinha foi o do equilíbrio. “A forma mais fácil de controle é o manejo com cultivar resistente, e utilizar os inseticidas, sejam químicos ou biológicos, de forma consciente, correta, no momento certo, sem exageros”, finaliza o produtor.

Fonte: Sistema FAEP

Notícias

ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Notícias

Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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