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Sanidade vegetal

Milho safrinha entra no período mais crítico para infecção pelos enfezamentos; confira boletim atualizado

Na sexta avaliação da flutuação populacional de Dalbulus maidis na cultura do milho safrinha, das 68 propriedades em avaliação, 49 (72%) já estão com o milho semeado, dos quais 63% estão na fase de duas a cinco folhas (V2-V5), e quatro lavouras (8%) já estão acima do estádio V8 (mais que 8 folhas) e caso não tenham sido contaminadas pelos molicutes, apresentam baixo risco de perda de produtividade.

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Foto: Sandra Brito

O Boletim Técnico nº6 – Alerta Cigarrinha, divulgado na sexta-feira (03), mostra que a maior proporção de cigarrinhas contaminadas por ponto de avaliação se concentra na sede de Marechal Cândido Rondon (PR) e nos Distritos de São Roque, Porto Mendes e Margarida – que apresenta a maior média de insetos capturados. O Distrito de Novo Horizonte teve no período de avalição a menor taxa – 1,5 cigarrinhas capturadas por armadilha.

O período dessa avaliação foi de 22 a 27 de fevereiro de 2023, sendo as condições climáticas no período com média de precipitação pluvial acumulada no município de 124 mm, com pouca variação na distribuição das chuvas sendo registrado média de 108 mm em São Roque e 151 mm no Distrito de Novo Três Passos. A temperatura média no período foi de 22,5 °C, máxima de 27,4 ºC; mínima de 19,2 ºC e a umidade relativa do ar média de 85% com máxima de 96% e mínima de 64%.

Na sexta avaliação da flutuação populacional de Dalbulus maidis na cultura do milho safrinha, das 68 propriedades em avaliação, 49 (72%) já estão com o milho semeado, dos quais 63% estão na fase de duas a cinco folhas (V2-V5), e quatro lavouras (8%) já estão acima do estádio V8 (mais que 8 folhas) e caso não tenham sido contaminadas pelos molicutes, apresentam baixo risco de perda de produtividade.

Das lavouras implantadas 70% já recebeu pelo menos uma aplicação de inseticida para controle das pragas iniciais.

Armadilhas

Quanto a população de cigarrinhas, 14 (21,9%) das armadilhas não capturaram cigarrinhas do milho (cor branca no mapa) e 50 pontos registraram a presença do inseto nas armadilhas, que contabilizaram um total de 508 cigarrinhas, sendo que 26 armadilhas (40,6%) capturaram até cinco cigarrinhas (pontos cor amarela); 16 armadilhas (25%) de seis a 20 cigarrinhas (pontos cor laranja claro), sete armadilhas (10,9%) capturam entre 21 e 50 cigarrinhas (pontos cor laranja escuro) e uma armadilha (1,6%) capturou entre 51 e 100 cigarrinhas (pontos cor vermelho claro). Quatro armadilhas foram perdidas pela condição de forte chuvas e vento.

O município rondonense apresentou média de 7,9 cigarrinhas por ponto de avaliação, isso significa aumento de 55% em relação a avaliação anterior, no entanto deve ser considerado que a avaliação anterior foi prejudicada pela redução no universo amostral em 12 pontos.

Na Figura 2 pode-se observar que o Distrito de Novo Horizonte apresentou menor presença do inseto (1,5 cigarrinhas), redução de 54% em relação a avaliação anterior e o Distrito de Margarida apresentou a maior presença, com 15,5 cigarrinhas capturadas em média. Embora se registre aumento em relação a avaliação anterior, salienta-se que o dado anterior do Distrito de Margarida foi prejudicado pela falta de armadilhas para análise não refletindo a realidade, assim não sendo possível precisar se houve aumento ou redução (vide Boletim Técnico nº5 – Alerta Cigarrinha).

A sede municipal e o Distrito de São Roque apresentaram média de 8,2 cigarrinhas por armadilha (aumento de 110% e 412% respectivamente). Novo Três Passos apresentou média de 7,5 cigarrinhas por armadilha (aumento de 63%) e os Distritos de Iguiporã e Porto Mendes em média 5,8 e 5,3 cigarrinhas por armadilha respectivamente (redução de 44% e 25% respectivamente).

Na Figura 4 pode-se visualizar a flutuação populacional desde o início das avaliações em 16 de janeiro, com ajuste da flutuação no Distrito de Margarida conforme avaliações dos períodos de 06 a 12 de fevereiro e 21 a 27 de fevereiro (linha vermelha tracejada na Figura 4).

Análise das amostras coletadas

Na Tabela 1 estão os dados completos do monitoramento para cada ponto (data, número de cigarrinhas e infectividade) que você pode conferir no Boletim Técnico nº6 – Alerta Cigarrinha. Para cada região de monitoramento foram coletadas amostras de cigarrinhas nas armadilhas que capturaram o maior número de cigarrinhas, para analisar se elas estão ou não contaminadas com os molicutes (Candidatus Phytoplasma asteris e Spiroplasma kunkelii) e o vírus da risca do milho (Maize Rayado Fino Virus – MRFV).

O resultado das três primeiras análises laboratoriais referente a captura de cigarrinhas no período de 16 de janeiro a 6 de fevereiro pode ser visualizada na Tabela 1 e a presença de pontos positivados com patógenos (+) no mapa (Figura 1).

Até o fechamento do Boletim Técnico nº6 – Alerta Cigarrinha o resultado laboratorial da quarta avaliação (07 a 13 de fevereiro) não havia sido concluído e será divulgado no próximo Boletim Técnico.

Precipitação pluvial

Na sexta avaliação da flutuação populacional de cigarrinhas no milho a precipitação pluvial continua elevada (média 124 mm), porém com menor intensidade do que a semana anterior.

Com a redução das chuvas nota-se a retomada do crescimento populacional e exige atenção com monitoramento constante em cada propriedade, pois 70% das propriedades onde o milho já está em desenvolvimento estão entre a germinação e 5 folhas (VE-V5).

Nesse período as plantas infectadas pelos molicutes reduzem drasticamente a produção em cultivares mais sensíveis sendo importante adotar o manejo recomendado pelo Engenheiro Agrônomo que presta assistência técnica.

Presença de molicutes

Quanto a presença de molicutes (Fitoplasma e Espiroplasma) circulantes nas cigarrinhas, em amostragem aleatória de 10 pontos de avaliação na Sede Municipal e nas seis regiões distritais coletadas no período entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro (Figura 5) observou-se a proporção de cigarrinhas contaminadas por amostra.
Na amostra da sede municipal (ponto 1.6) 60% das cigarrinhas estavam contaminadas tanto com Fitoplasma como com Espiroplasma.

No Distrito de Margarida (pontos 2.2 e 2.7) em duas amostras constatou-se a presença de 100% e 40% respectivamente das cigarrinhas infectadas apenas com Fitoplasma.

No Distrito de São Roque (ponto 6.4) constatou-se que 60% da amostra estava contaminada apenas com Espiroplasma.

No Distrito de Porto Mendes duas amostras foram coletadas (Pontos 7.6 e 7.8) das quais resultou em 40% da amostra 7.6 contaminada com Espiroplasma e 60% da amostra 7.8 contaminada com Fitoplasma.

Por outro lado, as amostras dos distritos de Iguiporã, Novo Horizonte e Novo Três Passos se mostraram descontaminadas.

Se esta situação fosse generalizada nesses distritos pelo menos no período crítico (VE a V8), há grande possibilidade não ocorrer grandes perdas.

Acompanhamento do Alerta Cigarrinha

O jornal O Presente Rural realizou uma parceria com a equipe do Projeto Alerta Cigarrinha e é o veículo de mídia oficial para divulgação dos boletins técnicos.

Para acompanhar os resultados e informações do último monitoramento clique no Boletim Técnico nº6 – Alerta Cigarrinha.

Fonte: Ascom Ulsa/Adapar

Alerta Cigarrinha

Adapar apresenta relatório final do Projeto Alerta Cigarrinha

A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.

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O Projeto Alerta Cigarrinha é uma rede de monitoramento da cigarrinha do milho composta por 68 pontos de monitoramento distribuídos estrategicamente em sete regiões (Distritos) do município de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, com objetivo de monitorar a flutuação populacional das cigarrinhas do milho e sua infectividade antes e durante o cultivo do milho safrinha 2023. A iniciativa é endossada pelos setores representativos da agricultura e executado pelas instituições de fomento à pesquisa e ensino superior, pelas instituições públicas e privadas ligadas a assistência técnica agrícola e da defesa agropecuária.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A iniciativa desenvolvida pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), contou com a participação de 66 produtores rurais da região, que abriram suas propriedades para a execução do projeto. Esse engajamento demonstra a importância atribuída pelos agricultores ao monitoramento e controle da cigarrinha do milho, uma praga que pode causar prejuízos significativos nas lavouras.

Na vasta extensão da região Oeste do Paraná, a presença da cigarrinha do milho tem se destacado como um desafio constante para os agricultores, especialmente durante o período de safra de soja. O monitoramento contínuo revela uma elevada população desses insetos, exigindo medidas rigorosas para garantir a saúde das plantações e a maximização da produtividade.

Ao longo do processo de monitoramento, ficou evidente a necessidade de manutenção do controle químico para combater a cigarrinha do milho. Mesmo no início da janela de semeadura, a população média permaneceu em níveis relativamente baixos até 15 de fevereiro. Contudo, a partir desse ponto, observou-se um aumento exponencial, demandando ação imediata por parte dos agricultores.

Uma estratégia eficaz que emergiu durante a análise dos dados foi o cultivo antecipado, realizado até meados de fevereiro. Essa prática revelou-se crucial para

Fotos: Divulgação/Adapar

mitigar a incidência e severidade dos enfezamentos, resultando em menor ocorrência de danos e, consequentemente, em uma maior produtividade. O timing preciso da semeadura parece ser um fator-chave na gestão dessa praga, conferindo aos agricultores uma vantagem na busca por colheitas mais saudáveis e abundantes.

Destaca-se ainda a importância da aplicação de inseticidas durante o período crítico, compreendido entre as fases VE (emergência) e V8 (oito folhas). Essa prática se revelou fundamental para a manutenção da baixa incidência e severidade dos enfezamentos, contribuindo diretamente para altas produtividades. O manejo integrado, combinando a utilização de inseticidas no momento certo com práticas culturais adequadas, emerge como uma abordagem eficiente na luta contra a cigarrinha do milho.

Em suma, os desafios impostos pela cigarrinha do milho na região Oeste do Paraná demandam uma abordagem abrangente e proativa. A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.

Confira aqui os resultados finais do Projeto Alerta Cigarrinha.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)

Nova legislação sobre milho voluntário e resultados do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados amanhã pela Adapar

Evento terá início às 13h30 no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Inscrições são gratuitas e podem ser feitas online. A reunião técnica também será transmitida ao vivo.

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Foto: Divulgação/Adapar

Os resultados dos trabalhos de monitoramento das 68 armadilhas, instaladas antes da semeadura do milho safrinha 2023 nos seis distritos e na sede de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura, serão apresentados nesta terça-feira (05), a partir das 13h30, em Reunião Técnica do Projeto Alerta Cigarrinha, promovida pela Regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar).

Durante cinco meses foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar; e manejos e ações realizados pelos agricultores na lavoura como a época de semeadura, adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários entre outros.

“O evento técnico pretende apresentar todos os resultados produzidos por este trabalho para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, afirma o fiscal agropecuário da Adapar e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.

No período reprodutivo da cultura, o setor de Fitopatologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e o trabalho de campo foi finalizado com a coleta das informações de produtividade.

Eliminação do milho voluntário

Além dos resultados alcançados com o Projeto Alerta Cigarrinha, o evento ainda terá uma palestra da Adapar sobre a nova legislação da obrigatoriedade de eliminação do milho voluntário nas áreas agrícolas do Paraná, que entrou em vigor neste ano e os agricultores precisam ficar atentos a norma.

Inscrição

Para participar de reunião, os interessados devem se inscrever clicando aqui ou podem acompanhar a transmissão do evento pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon. “O acesso é gratuito ao evento. Estamos pedindo para que os interessados façam sua inscrição prévia devido a capacidade de acomodação”, ressalta Lemiska.

 

Fonte: Com assessoria
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Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)

Resultados do projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica na próxima semana 

Evento será realizado em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os resultados da Rede de Monitoramento do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica, na próxima terça-feira (05), na Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Para participar do evento faça sua inscrição aqui. O Jornal O Presente Rural foi parceiro do projeto, sendo o canal oficial de divulgação dos resultados de cada levantamento.

A equipe do Projeto iniciou os trabalhos de monitoramento com a instalação de 68 armadilhas antes da semeadura do milho safrinha 2023, as quais foram distribuídas em sete regiões em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura.

Neste período foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar, além de levantamento dos períodos de semeaduras, manejos utilizados pelos agricultores (adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários), entre outros.

No período reprodutivo da cultura, o setor de fitopatologia da Unioeste, campus de Marechal Rondon, realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e finalizando com a coleta das informações de produtividade em cada área. “Durante o evento técnico serão apresentados todos os resultados produzidos por este trabalho, desde o monitoramento das cigarrinhas até os dados de produtividade para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, expõe o fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.

A reunião será realizada em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.

Confira a programação da Reunião Técnica 

 

 

Fonte: O Presente Rural
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