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Milho movimentado em junho pelo câmbio à espera da safrinha

Mercado brasileiro de milho, assim como em maio, teve um mês de junho conturbado

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Arquivo/OP Rural

O mercado brasileiro de milho, assim como em maio, teve um mês de junho conturbado por toda a volatilidade câmbio, com os altos e baixos do dólar. E esteve à espera da safrinha, com junho encerrando ainda com uma colheita discreta e com expectativa de intensificação dos trabalhos agora em julho.

A volatilidade cambial afetou muito os preços do milho nos portos, com as oscilações do dólar tendo efeito direto sobre os valores do cereal em Santos e Paranaguá, especialmente, diante das exportações. Mexendo com os preços nos portos, pouco a pouco o mercado doméstico disponível também foi influenciado.

O mês abriu com o dólar caindo, mas depois passou por um processo de recuperação. Isso garantiu recuperação nas cotações do milho nos Portos e foi melhorando os valores também ao produtor. Sem o peso ainda da colheita da safrinha, o mercado reagiu a essa volatilidade cambial. No balanço mensal, o dólar comercial no Brasil subiu de R$ 5,337 no último dia de maio para R$ 5,436 no fechamento de junho, acumulando alta de 1,8%. Mas, a mínima do mês ficou em 10 de junho, quando o dólar caíra a R$ 4,839, e a máxima foi no dia 30, quando a moeda americana chegou a bater em R$ 5,509.

O mercado brasileiro também acompanhou as oscilações na Bolsa de Chicago, para o milho, que também afetam primeiro mais diretamente os preços nos portos. A Bolsa de Chicago fechou junho acumulando uma alta de 3,5% no contrato setembro. Ao final do mês, as cotações deram um salto refletindo a previsão de área plantada menor que a esperada nos Estados Unidos, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

A alta do dólar garantiu sustentação aos preços no mercado brasileiro de milho em junho e pode contribuir para o suporte também em julho, segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari. Ele destaca que o mercado seguirá monitorando também a Bolsa de Chicago e dependendo muito de boas exportações para limitar quedas nos preços com a entrada da safrinha. Um bom volume exportado mensalmente daqui até a virada do ano, que leve o Brasil a fechar a temporada 2019/20 (que encerra em janeiro próximo) com 30 milhões de toneladas embarcadas, será decisivo para garantir um suporte às cotações. A tendência é de natural pressão de baixa com a colheita desta segunda safra.

O mês de junho também encerrou com o mercado acompanhando a chegada de massas de ar polar sobre as regiões produtoras, com a possibilidade de geadas ao longo de julho. Se geadas atingirem as lavouras, podem trazer prejuízos e mexer com a oferta de milho safrinha.

No balanço de junho, o preço do milho na base de compra no Porto de Santos subiu de R$ 46,50 para R$ 52,00, acumulando alta de 11,8%. No Porto de Paranaguá, a cotação avançou de R$ 45,00 para R$ 52,50, elevação de 16,7%.

Já no mercado disponível, o preço do milho em Campinas/CIF subiu de R$ 51,00 do final de maio para R$ 53,00 a saca de 60 quilos na base de venda no fim de junho, acumulando alta de 3,9%. Na região Mogiana paulista, o cereal passou de R$ 49,00 para R$ 50,00 a saca no comparativo, valorizando no mês 2,0%.

Em Cascavel, no Paraná, no comparativo mensal, o preço se manteve estável em R$ 46,00 a saca na base de venda. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação subiu de R$ 36,00 para R$ 37,00 a saca, elevação de 2,8%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, houve alta de R$ 49,50 para R$ 52,00 (+5,0%).

Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotações do milho subiu no mês de R$ 48,00 para R$ 49,00 a saca, valorização de 2,1%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado passou de R$ 41,00 para R$ 42,00 a saca (+2,4%).

Fonte: Agência SAFRAS

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Deral divulga estimativa da safra de inverno no Paraná

Há previsão de retração na área das culturas de inverno no Estado. Informações estão na Previsão Subjetiva da Safra, relatório produzido pelo Departamento de Economia Rural da Seab.

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Foto: Gisele Barão/EPR

A área da segunda safra de feijão no Paraná no ciclo 2023/2024 atingiu um novo recorde para a época. A estimativa foi revisada em março para 391,4 mil hectares, 12% superior à projetada em fevereiro, de 348 mil hectares, e 33% maior do que a área semeada no ciclo 2022/2023, de 295 mil. As informações estão na Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada na última quarta-feira (27). O relatório é produzido pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O aumento na área consolida a preferência do plantio no verão em detrimento do plantio na primavera, quando agronomicamente a planta teria condições de responder melhor, mas acaba substituída pela soja. “Caso as condições climáticas continuem ajudando, a produção de feijão na segunda safra do Paraná pode chegar a 777 mil toneladas, ainda que existam riscos até a confirmação desta produção”, explica o agrônomo Carlos Hugo Godinho.

Outro destaque do relatório deste mês é a primeira estimativa para as culturas de inverno na safra 2023/24, e o Deral projeta uma retração na intenção de plantio. O aumento da área dedicada à segunda safra de grãos limitou a possibilidade de plantio a partir de abril, pois muitas áreas estarão ocupadas pelo feijão e pelo milho no período de semeadura do trigo.

Foto: Jaelson Lucas/AEN

A área está estimada em 1,17 milhão de hectares de trigo, 17% inferior aos 1,41 semeados em 2023. Canola, centeio, cevada e triticale também devem ocupar uma área menor. Além do avanço da segunda safra, também explicam essa redução a menor rentabilidade esperada pelos produtores comparativamente aos anos anteriores e a desmotivação ocasionada pela safra de 2023.

Com a entrada da safra de inverno, é possível estimar uma produção total de grãos de 41 milhões de toneladas no Paraná. “Esse volume já é 10% inferior ao colhido em 2022/23”, completa o chefe do Deral, Marcelo Garrido.

Soja

O relatório mensal do Deral relativo a março de 2024 também revisou a área de soja. Espera-se que, ao final da safra, o Paraná colha 18,3 milhões de toneladas em 5,77 milhões de hectares. Este volume é 3,5 milhões de toneladas menor que a expectativa inicial para a safra, que era de 21,8 milhões de toneladas. A perda percentual no campo chega a 16%.

“Nesta semana a colheita chegou a 87% da área e as condições climáticas, no geral, estão favoráveis para avançar nos próximos dias”, diz o analista Edmar Gervásio. De acordo com ele, os preços se mantêm estáveis nos últimos três meses, com a saca de 60kg sendo comercializada entre R$ 103,00 e R$ 110,00.

Milho

A colheita da primeira safra de milho 23/24 chegou a 91% dos 297 mil hectares plantados nesta safra. A produção esperada é de 2,5 milhões de toneladas, com uma perda estimada no campo de 418 mil toneladas ou 14% a menos do que a expectativa inicial de produção.

Já o plantio da segunda safra do grão atingiu 99% dos 2,4 milhões de hectares esperados. A expectativa de produção para a safra é de 14,2 milhões de toneladas. “A produção foi

Foto: Fagner Almeida

revisada para baixo, pois os fatores climáticos como calor intenso e chuvas irregulares afetaram o desenvolvimento do milho e com isso já é possível apontar uma safra menor que a inicialmente esperada”, explica Gervásio.

Boletim Agropecuário

O Deral também divulgou hoje o Boletim de Conjuntura Agropecuária. Além da análise da produção de grãos, o boletim traz informações sobre a produção de tomate. Os números mostram que os cultivos da primeira safra, cujo plantio começou em agosto de 2023, estão com 91% da área de 2,4 mil hectares colhida.

De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, a produção estimada de 138,5 mil toneladas é 10,1% menor que as 154,1 mil projetadas na semeadura. O excesso de chuvas no início da primavera e os bolsões de calor intenso desde o início do ciclo dos plantios contribuíram para esta queda, repercutindo na qualidade do produto final e na volatilidade dos preços praticados.

O boletim também mostra dados sobre a produção de suínos e ovos no Paraná, com base em levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e sobre leite.

Fonte: AEN-PR
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Prazo para o preenchimento da plataforma Contabilizando Resíduos é prorrogado até julho

Entidades privadas também ganharam mais tempo para apresentação de relatório sobre planejamento de logística reversa.

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Foto: Divulgação/AEN

O Governo do Paraná prorrogou por meio da Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 004/2024 publicada no Diário Oficial do Estado na última quarta-feira (27) os prazos para o preenchimento da Plataforma Contabilizando Resíduos, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), que se encerrariam domingo (31). Agora, municípios podem preencher o módulo de “Resíduos Sólidos Urbanos – RSU” até 31 de julho de 2024.

Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo também têm até 31 de julho de 2024 para apresentação, de forma individual ou coletiva, do Relatório Comprobatório dos Planos de Logística Reversa. Este relatório deve conter as informações e resultados, tendo como base o ano anterior (janeiro a dezembro) a fim de que seja avaliado e aprovado, e emitido documento que ateste sua aprovação pela Secretaria. A plataforma e os manuais de utilização podem ser acessados no site da Sedest.

O coordenador de Gestão Econômica e Territorial da Sedest, Filipe Dalboni, afirma que havia necessidade de prorrogar o prazo para garantir a qualidade dos dados recebidos. “Aumentamos o prazo para que tivéssemos tempo hábil de fornecer uma formação online para quem está com dificuldades de preenchimento da plataforma, a fim de que possamos obter dados mais fidedignos”, explica.

A formação online ainda não possui data marcada, mas está prevista para ocorrer ainda em abril e buscará trazer informações aos gestores municipais sobre o preenchimento adequado da Plataforma Contabilizando Resíduos – Módulo RSU. Os municípios serão informados do dia da formação por meio do Grupo R-20.

Outros prazos

Dentro deste contexto, a Sedest definiu 31 de outubro de 2024 como o prazo aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo sujeitos à logística reversa submeterem o Plano de Logística Reversa referente ao ano de 2025. A razão desta definição é garantir que os empreendimentos sujeitos à logística reversa entrem no ano de 2025 com seus planos devidamente aprovados.

Para aqueles que que iniciarem suas atividades entre 01/11/2024 e 31/12/2024, será admitida a apresentação de seus respectivos Planos de Logística Reversa dentro deste período.

Dalboni reiterou a importância de municípios e entidades privadas estarem em dia com os prazos legais de preenchimento da Plataforma. “Queremos que os municípios estejam em dia com suas obrigações referentes aos resíduos sólidos urbanos, e lembramos que as empresas que não enviarem suas comprovações poderão ter dificuldade em renovar algumas licenças”, pontua.

Sobre a plataforma

O Sistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos do Estado do Paraná, a plataforma digital Contabilizando Resíduos, é uma ferramenta de gestão e planejamento sobre os resíduos sólidos do Estado, a qual foi instituída pela Lei Estadual nº 20.607, de 10 de junho de 2021, e teve seus critérios e procedimentos regulamentados pelas Resoluções Conjuntas Sedest/IAT n° 20, de 20 de julho de 2021, e n° 22, de 28 de julho de 2021.

Fonte: AEN-PR
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Embrapa e Agricampanha realizam giro técnico do projeto Integra Pampa

Evento teve como objetivo mostrar alguns dos resultados do primeiro ano do Integra Pampa, iniciativa das duas instituições que visa avaliar os melhores arranjos para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta no bioma Pampa, a partir de diferentes desenhos envolvendo a produção de grãos, carne e madeira.

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Foto: Fernando Goss

A Embrapa Pecuária Sul e a Associação de Agricultores da Região da Campanha (Agricampanha) realizaram o primeiro giro técnico sobre as atividades do projeto Integra Pampa, nesta quinta-feira (28), nos campos experimentais da Embrapa em Bagé (RS). O evento teve como objetivo mostrar alguns dos resultados do primeiro ano do Integra Pampa, iniciativa das duas instituições que visa avaliar os melhores arranjos para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no bioma Pampa, a partir de diferentes desenhos envolvendo a produção de grãos, carne e madeira.

O presidente da Agricampanha, Gesiel Porciúncula, ressaltou a importância da parceria com a Embrapa por aproximar mais os produtores rurais da instituição de pesquisa. “A Região da Campanha é delicada para a agricultura pelo regime de chuvas e características de solos e a parceria visa justamente buscar respostas para que o agricultor tenha melhores resultados no campo”. Já para o Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, um dos grandes méritos do projeto é abordar sistemas de produção como um todo. “Estamos trabalhando com diferentes atividades que podem compor um sistema de produção na propriedade, sempre tendo em vista a sustentabilidade da agrocupecuária”.

O coordenador do projeto, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Naylor Perez, apresentou em linhas gerais as diferentes pesquisas que estão sendo desenvolvidas no escopo do projeto. Segundo ele, o Integra Pampa vai desde a avaliação e desenvolvimento de cultivares de soja adaptados à região e para sistemas integrados, sistemas integrados de pecuária-lavoura e pecuária-lavoura-floresta, uso de adubação, agricultura de precisão, uso de bioinsumos, entre outros aspectos. “Nosso objetivo é gerar informações sólidas que possam ser utilizadas pelos produtores, tanto em relação aos sistemas de produção como no uso de novas tecnologias já desenvolvidas ou em desenvolvimento”.

Já a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado e especialista em melhoramento genético da soja, Ana Cláudia Barneche de Oliveira apresentou alguns experimentos que estão sendo realizados nesse primeiro ano de trabalho. Ana destacou que em diversas parcelas estão sendo testadas diferentes cultivares já disponíveis no mercado, além de linhagens que vão ser utilizadas no desenvolvimento de uma variedade adaptada para a região da Campanha. Também estão sendo testados o uso de dois bioinsumos nas lavouras e o controle de plantas indesejadas. “Desde que comecei a visitar a região recebo dos produtores a demanda por cultivares de soja mais resistentes à seca. Nosso objetivo é entregar uma cultivar que atenda a essa demanda, sempre com o grande desafio de ser altamente produtiva”, destacou.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sul
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