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Mercoagro 2014: Modelo de miniusina de leite gera receita e agrega na economia do agronegócio
Quais são os procedimentos para a fabricação de queijos? Que cuidados são imprescindíveis na produção de iogurtes? Que equipamentos são necessários para a industrialização de itens lácteos? Os interessados nestas questões podem esclarecer suas dúvidas na Via Láctea Miniusina de Leite, durante a MercoAgro 2014 10ª Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne e do Leite, que prossegue até sexta-feira (12) no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves, em Chapecó.
A Via Láctea Miniusina está em Chapecó pela segunda vez e percorre todo o Brasil com duas finalidades, uma social e outra cultural. O projeto surgiu em 2000, visitou, praticamente, metade do Brasil. Apenas em 2014 esteve nos Estados de São Paulo, Ceará, Santa Catarina e Minas Gerais.
A primeira finalidade refere-se a mostrar aos produtores de leite e às pessoas interessadas no setor que em um pequeno espaço, com poucos equipamentos, baixo investimento é possível fazer vários derivados do leite.
O objetivo é incentivar a formação de associações, por meio de vizinhos ou familiares, e com isso agregar valor ao produto, aumentar a renda das famílias e manter as pessoas no campo, observa a coordenadora de transferência e difusão de tecnologia do ILCT, Luiza Carvalhaes de Albuquerque.
A outra finalidade remete a trabalhar com crianças e adolescentes apresentando toda a cadeia produtiva, desde a ordenha até o produto final. Com ênfase para a qualidade higiênica, nutrição e segurança alimentar.
A Miniusina foi desenvolvida pelos pesquisadores do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, e tem capacidade de processar até 500 litros de leite por dia.
Os visitantes poderão conhecer um modelo de Miniusina em funcionamento e assistir o processo de produção de leite e derivados e a apresentação das inovações tecnológicas de produtos, serviços, instalações, máquinas e equipamentos relacionados ao setor.
Na MercoAgro 2014 são produzidos três tipos de iogurte, sendo um lançamento, o açaí com guaraná, o morango e ameixa. Além disso, são feitos os queijos: minas frescal e minas frescal condimentado (um com milho, azeitona, salaminho e outro com pimentinha, calabresa e ervas finas). Também estão disponíveis para degustação os produtos fabricados no Instituto de Laticínios Cândido Tostes: minas padrão, prado, edam, queijo de vinho, aziago e provolone.
Ao término da produção, os operadores da Miniusina esclarecem dúvidas sobre como produzir, equipamentos, higienização, qualidade e processo. Também abordam sobre os cursos disponibilizados pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes, a exemplo de queijos, doce de leite tradicional, iogurte e bebidas lácteas, higienização na indústria de laticínios, doce de leite tradicional e para confeitaria, reciclagem global em laticínios e análise sensorial do leite e derivados.
Feira
A realização da MercoAgro Carne & Leite pela BTS Informa conta com a promoção da ACIC Associação Comercial e Industrial de Chapecó, o patrocínio do BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, o apoio da Prefeitura Municipal de Chapecó, da ABIAF Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada, da ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, da ABPA Associação Brasileira de Proteína Animal, da ABRAVA Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicional, Ventilação e Aquecimento e do SENAI Chapecó.
Fonte: MB

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações
Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.
As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso
Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.
Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.
Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais
Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).
O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.
O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.
O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.
A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.
Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.
O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira
Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.
O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.
De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.
A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.
O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.
