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Suínos / Peixes

Mercado vai definir se abates da Frimesa de Assis sobem para 5 mil ou 7,5 mil até dezembro

O projeto que possibilitou esse crescimento começou a ser planejado em 2015. Naquela época, lembrou, o cenário da suinocultura era diferente do atual, com estudos indicando que até 2030 o setor manteria sua competitividade internacional.

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Foto: Divulgação/Frimesa

No Dia do Suinocultor O Presente Rural Frimesa, o presidente da Frimesa, Elias Zydek, realizou uma palestra focando a evolução dos abates de suínos na nova planta frigorífica da empresa, situada em Assis Chateaubriand, PR. Durante o evento, ele revelou avanços importantes no setor e representou projeções ambiciosas para o futuro.

Presidente da Frimesa, Elias Zydek – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Elias Zydek destacou que a Frimesa superou suas expectativas de produção. “Nosso plano era alcançar 7,5 mil abates por dia até 2025, mas deveremos atingir essa marca ainda no final deste ano, com dois anos de antecedência”, anunciou o presidente. No entanto, ressaltou que a capacidade de abate diário poderá ser ajustada de acordo com as condições do mercado. “Caso haja melhorias no mercado, devemos alcançar os 7,5 mil abates por dia até dezembro. Caso contrário, o número pode se aproximar de cinco mil por dia”, destacou.

O projeto que possibilitou esse crescimento começou a ser planejado em 2015. Naquela época, lembrou, o cenário da suinocultura era diferente do atual, com estudos indicando que até 2030 o setor manteria sua competitividade internacional. “Na comparação de custos de produção de suínos entre os Estados Unidos e o Brasil em 2015, o suíno estadunidense era produzido a US$ 1,30, enquanto no Brasil era em torno de US$ 1,00, o que conferia uma vantagem de 30% em competitividade. Contudo, devido a mudanças cambiais e outras questões, essa vantagem foi diminuindo. No entanto, mantivemos nossas vantagens básicas em relação ao resto do mundo, como clima favorável, conhecimento da atividade, produção de grãos e genética de qualidade”, lembrou.

Na época, os estudos apontavam que a suinocultura precisaria adotar estratégias de escala para enfrentar a competição e manter a lucratividade. “Hoje, após sete anos, essas previsões se confirmaram, com as granjas maiores em produção de desmamados, crechários e terminadores”, afirmou, lembrando que a Frimesa também apostou na escala da indústria, iniciada no projeto da nova planta frigorífica, cujo objetivo é preparar a empresa para as demandas até 2050.

Atualmente, a capacidade de abatimento diário da Frimesa é de 7,5 mil cabeças na primeira fase, porém, a produção atual gira em torno de 3 mil animais por dia, considerando o devido processamento e industrialização. O presidente destacou a importância de evitar a venda apenas de carcaças, uma vez que, em tempos de excesso de oferta, os preços podem cair, prejudicando a rentabilidade.

A Frimesa é uma importante exportadora, enviando 22% da sua produção para o mercado internacional, enquanto o restante é direcionado ao mercado interno brasileiro. Com uma demanda crescente pelo consumo de carne suína no país, a empresa tem expectativas otimistas em relação ao futuro. “Chegamos em 2022 com um consumo de 18 quilos per capita no Brasil. A projeção inicial, naquela época, é que, até 2030, o consumo per capita alcance 22 quilos, desde que os brasileiros tenham maior poder aquisitivo para adquirir mais carne”, lembrou.

Elias Zydek afirmou que a Frimesa está comprometida com uma visão de longo prazo, apostando na recuperação do mercado e retorno dos resultados positivos. Ele observou a estrutura sólida da empresa, o conhecimento dos produtores, os investimentos em instalações e a cooperação entre as cinco cooperativas filiadas à Frimesa como fatores que garantem a competitividade da empresa.

“Duas palavras guiam a concepção e execução do projeto: sustentabilidade e automação”, reforçou. Esses princípios têm sido fundamentais para a busca de soluções inovadoras e eficientes, tornando a Frimesa uma referência no setor da suinocultura e garantindo uma preparação para os desafios futuros.

Elias Zydek encerrou a palestra com otimismo, declarando que a tempestade passará e a empresa está preparada para enfrentá-la, buscando vencer os desafios e continuar crescendo em direção a um futuro promissor.

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Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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