Conectado com

Notícias

Mercado dos suínos tem boas perspectivas com queda de custos

Do lado das exportações, o setor tem conseguido ampliar as vendas para diversos destinos além da China, que segue sendo o principal comprador externo.

Publicado em

em

Foto: Arquivo/OP Rural

Após dois anos de margens negativas, a suinocultura começou a adentrar num período mais favorável aos resultados do setor, em função da queda dos custos dos grãos que vem ocorrendo desde o primeiro trimestre do ano. Certamente, a continuidade desses bons ventos, do ponto de vista dos custos, dependerá primeiramente de um resultado favorável da safra americana, que está em desenvolvimento mas ainda não definida e, mais adiante, da consolidação das expectativas hoje favoráveis para a safra sul americana 2023/24, que tende a ser beneficiada pelo clima mais favorável associado ao El Niño.

Cabe destacar que, apesar das margens apertadas desde o início de 2021, a produção brasileira de carne suína não decresceu, apenas desacelerou, especialmente no ano passado, devendo ganhar tração daqui em diante caso o panorama de custos mais baixos vistos hoje se mantenha. Com isso, o desafio de sustentar os preços da carne no mercado interno seguirá presente, dado que não esperamos moderação da oferta de animais para abate.

Do lado das exportações, o setor tem conseguido ampliar as vendas para diversos destinos além da China, que segue sendo o principal comprador externo. O peso da China entre os destinos da carne suína in natura brasileira, que chegou a 50% em 2021, caiu para 43% no ano passado e no primeiro semestre de 2023 foi de 39%. O setor baterá um novo recorde de exportação neste ano, superando as 1,1 milhão de toneladas do ano passado.

Segundo o USDA, a produção chinesa de carne suína em 2023 será 1,1% maior que a do ano passado, da ordem de 56 milhões de toneladas. Ainda assim, as importações são previstas em 2,3 milhões de toneladas, 8,2% maior sobre o ano anterior. Com os preços dos suínos baixos na China, não estimulando o aumento de produção, além de preocupações com novos surtos de Peste Suína Africana, as importações tenderão a seguir ocupando parte da necessidade do país.

Além da perspectiva de estabilidade para a produção chinesa em 2023, o segundo maior produtor mundial, a União Europeia, deverá ter nova redução neste ano, da ordem de 2,8%, o que equivale a 625 mil toneladas a menos, enquanto para os EUA, o crescimento previsto é de 1,4% (170 mil t a mais). Com isso, ainda que os custos dos grãos possam seguir aliviando e estimular os produtores mundiais, não devemos observar uma reação da oferta ainda neste ano.

Frigoríficos – cenário mais favorável não dispensa disciplina financeira

Embora os menores custos de ração previstos sirvam de impulso ao crescimento do setor, é fundamental manter o equilíbrio da expansão da produção vis a vis a demanda por carne suína. Apesar das boas exportações nos últimos dois anos, a velocidade alta da produção dificultou o ajuste das margens, dado que os preços não acompanharam os custos.

Como há grande heterogeneidade financeira entre as processadoras de carne suína brasileiras, algumas operações mais sólidas tenderão a acelerar. Com isso, é importante, sobretudo para as companhias menores, preservar a liquidez para fazer frente à eventuais adversidades derivadas de um ambiente mais competitivo. Isto é especialmente importante num cenário de aumento da oferta das demais proteínas animais, o que pode desafiar os preços de venda e exigir caixa para equilibrar margens.

Fonte: Consultoria Agro/Itaú BBA

Notícias

IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

Publicado em

em

Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Notícias

ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
Continue Lendo

Notícias

Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.