Suínos / Peixes
Mercado ainda precisa entender novo consumidor
Especialistas no assunto falaram durante o Siavs sobre o perfil de consumo moderno
Um novo consumidor vem surgindo nos últimos anos. E atender a este novo e exigente cliente ainda tem sido um desafio para toda a cadeia de proteína animal. Mas a tarefa não é tão difícil quanto se pensa, já que, algumas mudanças já vêm sendo feitas, além de estratégias para melhorar a imagem também tem quebrado tabus sobre a proteína animal e assim conquistado estes novos fregueses. Para explanar melhor este assunto, durante o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs), que aconteceu em agosto em São Paulo, SP, aconteceu um painel sobre o perfil desse novo consumidor.
De acordo com o pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Renato Irgang, quando se fala em mercado de importadores específicos, o foco deve estar no mercado asiático, que tem a carne suína como preferência. “Somente o Japão consome mais que o dobro de carne suína por habitante ano que nós”, revela. Ele acrescenta que dos 12 países/regiões que mais consomem carne suína, cinco são asiáticos: Hong Kong, Coreia do Sul, Coreia do Norte, China e Japão. “Atualmente todos são importadores de carne suína”, diz. Sem contar que, segundo Irgang, os fatores de decisão do consumidor asiático são principalmente dois: a origem da carne e o preço do produto.
O pesquisador revela que é de suma importância saber o que o seu mercado consumidor quer. Ele exemplifica: Taiwan tem mais interesse por produtos in natura, já o consumidor brasileiro prefere produtos cozidos ou embutidos. Entre as formas de agregar valor aos produtos está acrescentar à imagem como uma forma de conceito de produção ou mesmo agregar produtos da flora brasileira na carne. Irgang explica que é possível utilizar produtos como alho e erva mate na nutrição animal, gerando assim um sabor diferenciado na carne e tornando o produto tipicamente brasileiro.
Para o pesquisador, se o Brasil quiser exportar mais carne para países específicos, é preciso estudas as especificidades e demandas de cada um. “Agregar produtos de interesse destes mercados ao atributo de qualidade nutricional e sanitária à carne brasileira é importante. Além de adaptar a produção interna para atender a demanda que existe. Precisamos atender a premissa do que o mercado quer comprar, e não do que nós estamos querendo vender”, afirma.
Pesquisa
Para atender a este novo mercado é preciso que toda a cadeia esteja envolvida. E neste contexto surge a importância da pesquisa. O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da BRF, Fábio Bagnara, afirma que a indústria brasileira é bastante inovadora e foi a cadeia de produção que empurrou a inovação. “Houve uma expansão nos produtos suínos, e com essa expansão houve a diversificação do portfólio. Desde o começo o mercado resolveu dar um passo a mais e fazer produtos mais diversificados para o consumidor”, comenta. De acordo com Bagnara, o portfólio para carne suína no Brasil é extenso, mas porque tudo foi pensado no que o consumidor precisa e traz praticidade para ele.
Ele explica que o propósito de ter uma área de pesquisa e desenvolvimento dentro da indústria frigorífica é pelo fato da área criar valor, gerar novos negócios, desenvolvendo novos produtos e novas categorias, além de melhorar o que já existe. “A área de P&D trabalha para uma melhoria importante, gerando, principalmente, inovação tecnológica”, diz.
Inovações
Bagnara conta que as inovações são movidas pela tecnologia, e que há quatro tipos principais de inovações, que vão desde as mais simples, com pequena novidade tecnológica, até as mais sofisticadas. Um dos tipos é a inovação com foco mercadológico, em que há baixo impacto tecnológico e alto mercadológico; a inovação incremental, onde há melhorias de produtos e processos, mas, na maioria das vezes, o consumidor não nota a diferença; a inovação radical, onde a tecnologia e o mercado coevoluem; e a inovação com foco tecnológico, onde há alto impacto tecnológico e baixo mercadológico. “Há um funil no mercado de inovações, onde o número de projetos tende a diminuir. Muito mais projetos entram do que saem, mas isso faz parte. Quando um projeto entra, temos que determinar se a viabilidade dele é boa”, diz.
Para ele, existem algumas tendências que são seguidas pelos consumidores e que a cadeia produtiva deve ficar atenta. “Há a sensorialidade e prazer, que são os mercados mais exigentes, com produtos bastante refinados; a saudabilidade e bem-estar, que são quesitos que o consumidor hoje busca, principalmente o bem-estar animal; a conveniência e praticidade; a qualidade e confiabilidade, que vai desde a certificação, até o atendimento SAC das empresas; e a sustentabilidade e ética, priorizando que o nosso negócio deve ser sustentável, além de saber que estamos usando bem nossos recursos”, sustenta.
Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2017 ou online.
Fonte: O Presente Rural
Suínos / Peixes
Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína
Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.
O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.
No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.
Cortes congelados de carne suína
Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).
No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.
Suínos / Peixes
O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?
Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.
A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.
Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.
Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.
Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.
A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.
Suínos / Peixes
PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro
Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.
Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).
O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.
A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa
Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.
Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.
Inscrições
Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.
Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.
Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.