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Mercado acompanha clima sobre o trigo e projeções de safras

Os movimentos do mercado devem reagir cada vez mais ao clima sobre as lavouras do Brasil e da Argentina

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Arquivo/OP Rural

O mercado brasileiro de trigo mantém a baixa liquidez com os moinhos bem abastecidos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, os movimentos do mercado devem reagir cada vez mais ao clima sobre as lavouras do Brasil e da Argentina.

“No Brasil, o cenário é bastante favorável, gerando otimismo por boas produtividades. Isso deve acarretar uma baixa de preços. Na Argentina as previsões climáticas não vem sendo positivas, trazendo preocupação aos produtores vizinhos, que buscam intensificar os trabalhos de plantio a fim de minimizar possíveis danos neste período inicial da safra”, disse.

Conab

A produção brasileira de trigo em 2020 deverá ficar em 5,69 milhões de toneladas, segundo o nono levantamento para a safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), subindo 10,4% sobre a temporada passada, quando foram colhidas 5,155 milhões de toneladas. Em maio, a Conab apostava em safra de 5,433 milhões de toneladas.

A Conab indica uma área plantada de 2,178 milhões de hectares, contra 2,040 milhões do ano anterior. A produtividade está projetada em 2.613 quilos por hectare, 3,4% acima do ano anterior, quando o rendimento ficou em 2.526 quilos por hectare.

USDA

O relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe novos números para as safras 2019/20 e 20/21 de trigo global. A safra mundial de trigo em 2020/21 é estimada em 773,43 milhões de toneladas, contra 768,49 milhões de toneladas em maio. Para 2019/20, o número ficou em 764,41 milhões de toneladas.

Os estoques finais globais em 2020/21 foram estimados em 316,09 milhões de toneladas, acima das 310,12 milhões de toneladas estimadas no mês passado. O mercado esperava 307,5 milhões de toneladas. Para 2019/20, as reservas finais são previstas em 295,84 milhões de toneladas, acima das 294,7 milhões esperadas pelo mercado antes do relatório.

A safra 2020/21 do cereal nos Estados Unidos é estimada em 1,877 bilhão de bushels, contra 1,866 bilhão em maio. O mercado esperava a produção em 1,852 bilhão de bushels. Para a safra 2019/20, a produção estadunidense ficou em 1,92 bilhão de bushels. Os estoques finais do país em 2020/21 foram projetados em 925 milhões de bushels, contra 909 milhões em maio e 983 milhões de bushels em 2019/20. O mercado esperava 904 milhões de bushels.

Fonte: Agência SAFRAS

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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