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VOZ DO COOP

Avicultura Edição terá novidades

Mercado, abatedouro, sanidade, manejo e nutrição norteiam Simpósio Brasil Sul de Avicultura

Entre as novidades do evento, que acontece de 05 a 07 de abril, em Chapecó (SC), está a adoção do formato híbrido, com transmissão online em tempo real.

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Presidente da Comissão Científica do Nucleovet, Guilherme Lando Bernardo: “Nosso grande desafio foi condensar todos os temas sugeridos em apenas três dias de evento, com espaço para a participação e interação do público” - Foto: UQ Eventos

Depois de dois anos sendo realizado online em virtude da pandemia da Covid-19, o Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) voltará ao formato presencial em 2022. Realizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o evento acontece entre os dias 05 e 07 de abril, no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó, SC. Paralelamente, será promovida a 13ª Brasil Sul Poultry Fair, uma das mais aguardadas feiras de negócios do setor avícola no Brasil.

Considerado um dos principais eventos técnicos do Brasil e da América Latina, referência em transferência de conhecimento, aperfeiçoamento da classe, desenvolvimento de novas tecnologias e troca de experiências, a 22ª edição contará com algumas novidades.

Depois do sucesso das últimas duas edições do SBSA transmitido online, a organização vai manter o formato online com transmissão em tempo real, realizando a primeira edição híbrida na história do evento. “Acreditamos na nova era de eventos presenciais, mas que possam ser transmitidos online e em tempo real para um maior número de espectadores. Isso é o que a pandemia nos deixou de herança boa, sem sombra de dúvida”, evidencia o presidente da Comissão Científica do Nucleovet, Guilherme Lando Bernardo.

Outra novidade é o espaço Granja do Futuro, uma estrutura para que empresas possam expor máquinas, equipamentos e tecnologias, demonstrando tudo o que uma granja necessita para ser eficiente, sustentável e produtiva. Os participantes ainda vão conferir as feiras de negócios e os eventos paralelos que tradicionalmente são realizados junto ao SBSA.

Programação científica

A programação científica está dividida em quatro módulos, definidos como mercado, abatedouro, sanidade e manejo e nutrição. “Os temas foram pensados de acordo com os assuntos sugeridos pelo público em eventos anteriores e abrangendo os desafios do setor avícola que estão acontecendo no momento”, destaca o presidente da Comissão Científica, ampliando: “Para cada tema selecionado, trouxemos palestrantes de renome trazer a maior informação técnica possível para que o público tenha conhecimento, mas também senso crítico sobre o assunto”, expõe.

Cerca de dez profissionais integram a Comissão Científica, que levou cerca de sete meses para chegar à grade de palestras e demais atrações. Bernardo diz que entre os desafios para realizar a programação está em acolher todas as sugestões de temas em apenas três dias de evento: “Devido a importância e ao comprometimento em entregar para o público uma grade de qualidade e que atenda às necessidades e os desafios dos profissionais iniciamos o planejamento ainda em 2021. Nosso grande desafio foi condensar todos os temas sugeridos em apenas três dias de evento, com espaço para a participação e interação do público”, relata.

Vários debates do Bloco Mercado abrem a programação científica dia 05, às 13h45. E a abertura acontece às 18h30, com a palestra sobre “O agronegócio brasileiro frente ao novo cenário mundial”, com o professor sênior de agronegócio no Insper e coordenador do Centro Insper Agro Global, Marcos Sawaya Jank.

O presidente da Comissão Científica diz ainda que a maior dificuldade da organização se concentrou na parte de estrutura para o evento presencial e o suporte para a transmissão remota sem falhas, entendendo as limitações de conexão que o Brasil possui atualmente. “Queremos entregar um evento de qualidade”, enfatiza.

A programação segue no dia 06, com palestras do Bloco Abatedouro no período da manhã, a partir das 08 horas. E à tarde, com início às 14 horas, segue o cronograma com painéis do Bloco Sanidade. O evento prossegue no dia 07, com as palestras do Bloco Nutrição e Manejo, encerrando a programação às 11h30, com o painel sobre “Bem-estar e aspectos relacionados à saúde intestinal”.

Protocolo sanitário

Na retomada do evento presencial, neste ano, o Nucleovet organizou um protocolo de saúde e segurança, seguindo as determinações das autoridades sanitárias e em respeito à preservação da saúde de todos os públicos envolvidos no 22º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) e na 13ª Brasil Sul Poultry Fair. Vale ressaltar que este protocolo foi elaborado antes de várias autoridades públicas acabarem com algumas exigências, como uso de máscaras, em março deste ano.

Elaborado numa linguagem clara e objetiva, o protocolo coloca em prática a expertise do Nucleovet em organização de eventos presenciais, alinhado com o aprendizado adquirido nos dois últimos anos com os eventos virtuais em face da pandemia.

O protocolo sanitário está apoiado nos seguintes pilares: segurança sanitária: orientação para estar com o sistema vacinal em dia, uso correto de máscara, aferição de temperatura, higienização de ambientes e equipamentos, disponibilização de álcool em gel; distanciamento social: capacidade máxima do pavilhão, estandes, auditórios e áreas comuns, organização de filas, credenciamento online; e comunicação: campanha visual no local presencial do evento.

Suínos e bovinos de leite

A agenda dos próximos eventos já está definida e o formato também será híbrido. O Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) está marcado para os dias 16 a 18 de agosto; e o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) acontece entre os dias 08 e 10 de novembro. “Como sempre o público pode esperar excelentes temas, com palestrantes de renome, ambiente agradável e interação entre os participantes. É o que sempre esperamos ao final de cada evento. Nossos participantes satisfeitos e munidos de informações para transformar em ações no dia-a-dia”, afirma Bernardo.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura Corte & Postura.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Em meio ao Siavs 2024, Facta promove simpósio sobre quadro atual e avanços científicos da Influenza aviária

Especialistas do Brasil e da Europa debatem migração, gestão de crise e experiências de quem já enfrentou o problema.

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Coordenador do simpósio e presidente da Facta, Ariel Mendes: "Como único país entre os grandes produtores a permanecer livre de registros no plantel comercial, o Brasil precisa avaliar constantemente seus erros e acertos para fortalecer ainda mais não apenas a sua biosseguridade, como também a sua agilidade em uma eventual reação" - Foto: Divulgação/Facta

A Fundação de Apoio às Ciências e Tecnologias Avícolas (Facta) promoverá um amplo debate sobre a conjuntura internacional e as pesquisas relativas à Influenza aviária, em simpósio que acontecerá durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), programado entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

Evento tradicional da programação dos Siavs, o Simpósio Facta será dividido em dois blocos nesta edição. Na primeira etapa, abordará o papel das aves migratórias e mamíferos marinhos na ecopidemiologia da enfermidade, principais rotas na América do Sul, além das origens e contenções de casos na região. Especialistas como Jansen de Araújo, da Universidade de São Paulo, Priscilla Prudente do Amaral  da ICMBio e Mário Sérgio Assayag  da Aviagen participarão do painel, que será mediado pela auditora fiscal federal agropecuária, Taís Oltramari Barnasque.

Na segunda etapa, a chefe da Divisão de Gestão de Planos de Vigilância do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa/DF), Daniela de Queiroz Baptista, e o pesquisador Sjaak de Wit, da Universidade de Utrech da Holanda, vão apresentar experiências diferentes no enfrentamento da enfermidade, indo das lições aprendidas pelo Brasil sobre as ocorrências em aves silvestres e de fundo de quintal, chegando ao debate atual em torno do desenvolvimento de vacinas para a enfermidade. A jornalista Juliana Azevedo mediará o debate.

“Estamos em um contexto em que a Influenza aviária deixou de ser um tema estritamente de prevenção, e se tornou rotina na produção avícola global. Como único país entre os grandes produtores a permanecer livre de registros no plantel comercial, o Brasil precisa avaliar constantemente seus erros e acertos para fortalecer ainda mais não apenas a sua biosseguridade, como também a sua agilidade em uma eventual reação”, avalia o coordenador do simpósio e presidente da Facta, Ariel Mendes.

As inscrições para a programação de palestras do Siavs já estão abertas. Preços promocionais e mais informações podem ser encontradas clicando aqui.

Fonte: Assessoria Siavs
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Avicultura

Vendas externas de carne de frango voltam a crescer em março

No balanço do primeiro trimestre de 2024, as vendas externas totalizam 1,2 milhão de toneladas, 7,2% menos que no mesmo período do ano passado.

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As exportações brasileiras de carne de frango voltaram a crescer em março, depois de dois meses em queda.

Segundo dados da Secex analisados pelo Cepea, foram embarcadas 418,1 mil toneladas (entre produtos in natura e industrializados), volume 5,2% maior que o de fevereiro/24, mas 18,7% inferior ao de março/23.

No balanço do primeiro trimestre de 2024, as vendas externas totalizam 1,2 milhão de toneladas, 7,2% menos que no mesmo período do ano passado.

À China – ainda maior parceira comercial do Brasil –, os envios caíram 7,4% entre fevereiro e março, passando para 38 mil toneladas.

Apesar disso, pesquisadores do Cepea apontam que o setor avícola nacional está confiante, tendo em vista que oito novas plantas frigoríficas foram habilitadas para exportar à China.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Avicultura Saúde intestinal e saúde óssea

Impacto sobre a rentabilidade e qualidade das carcaças de frangos de corte

Dentre as afecções que podem comprometer a saúde intestinal dos bezerros está a Colibacilose, que tem como agente etiológico a bactéria Escherichia coli.

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A saúde intestinal e a saúde óssea estão em conexão por mecanismos que envolvem, principalmente, a microbioma intestinal e a comunicação com as células ósseas. O equilíbrio e estabilidade da microbiota intestinal influencia diretamente a homeostase óssea. “Um dos mecanismos que vem sendo estudado é o papel da microbiota sobre a regulação da homeostase do sistema imune intestinal. Alterações na composição da microbiota intestinal podem ativar o sistema imunológico da mucosa, resultando em inflamação crônica e lesões na mucosa intestinal”, explica a doutora Jovanir Inês Müller Fernandes, durante a Conexão Novus, evento realizado em 07 de março, em Cascavel, no Paraná.

Conforme salienta a palestrante, a ativação do sistema imunológico pode levar a produção de citocinas pró-inflamatórias e alteração na população de células imunes que são importantes para manter a homeostase orgânica e controlar os processos inflamatórios decorrentes, mas simultaneamente pode reduzir os processos anabólicos como a formação óssea. “Isso porque os precursores osteoclásticos derivam da linhagem monócito/macrófago, células de origem imunitária” frisa.

Consequentemente, o sistema imunológico medeia efeitos poderosos na renovação óssea. “As células T ativadas e as células B secretam fatores pró-osteoclastogênicos, incluindo o ativador do receptor de fator nuclear kappa B (NF-kB), o ligante do receptor ativador do fator nuclear kappa B (RANKL), interleucina (IL) -17A e fator de necrose tumoral (TNF-α), promovendo perda óssea em estados inflamatórios”, detalha a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Problemas

Além disso, doutora Jovanir também ressalta que o intenso crescimento em reduzido tempo das atuais linhagens de frangos de corte resulta em sobrecarga sobre um sistema ósseo em mineralização. Ela frisa ainda que o centro de gravidade dos frangos tem sido deslocado para frente, em comparação com seus ancestrais, o que afeta a maneira como o frango se locomove e resulta em pressão adicional em seus quadris e pernas, afetando principalmente três pontos de choque: a quarta vértebra toráxica e as epífises proximais da tíbia e do fêmur. “Nesses locais são produzidas lesões mecânicas e microfraturas, e tensões nas cartilagens imaturas, especialmente na parte proximal dos ossos. As lesões mecânicas danificam e rompem os vasos sanguíneos que chegam até a placa de crescimento e, como consequência, as bactérias que circulam no sangue conseguem chegar às microfaturas e colonizá-las, iniciando as inflamações sépticas”, relata.

O aumento do consumo de água e a produção de excretas que são depositadas na cama, associado a uma menor digestibilidade da dieta, segundo a médica veterinária, resultam em aumento da umidade e produção de amônia. “Camas úmidas aumentam a riqueza e diversidade da microbiota patogênica, que pode alterar o microbioma da ave e desencadear a disbiose intestinal, pode favorecer a translocação bacteriana pelas lesões de podermatite e afetar a mucosa respiratória pelo aumento da produção de amônia que, consequentemente, resulta em desafios à mucosa respiratória e aumento da sinalização imunológica por citocinas e moléculas inflamatórias” enfatiza a profissional.

lém desses fatores, doutora Jovanir explica que a identificação de cepas bacterianas e virais mais patogênicas e virulentas, que eram consideradas comensais, podem estar envolvidas na ocorrência e agravamento dos problemas locomotores e artrites, a exemplo dos isolamentos já feitos no Brasil de cepas patogênicas de Enterococcus faecalis. “O surgimento dessas cepas pode estar relacionado com a pressão de seleção de microrganismos resistentes pelo uso sem critérios de antibióticos terapêuticos e o manejo inadequado nos aviários”, elucida.

Segundo a médica-veterinária, devido a dor e a dificuldade locomotora, as aves passam a ficar mais tempo sentadas, o que compromete ainda mais a circulação sanguínea nas áreas de crescimento ósseo, contribuindo com a isquemia e necrose. “Isso também contribui para a ocorrência de pododermatite, dermatites e celulites. Importante ainda destacar que esses distúrbios podem resultar em alterações da angulação dos ossos longos e contribuir para o rompimento de ligamentos e tendões, bem como a ocorrência de artrites assépticas. Nesse sentido, é fundamental a manutenção de um microbioma ideal para modular o remodelamento ósseo das aves” adverte.

Importância do microbioma intestinal nos ossos

“Pesquisadores mostram que a comunicação entre microbioma e homeostase óssea garante a ação dos osteoblastos maior que a ação dos osteoclastos, com isso, garantindo boa remodelação óssea. Ou seja, forma mais osso sólido do que se rarefaz’, complementa Jovanir Fernandes.

Além disso, ela informa que a composição da microbiota do intestino impacta na absorção dos nutrientes, promovendo aumento de assimilação de cálcio, magnésio e fósforo – vitais na saúde óssea. “Durante o processo de fermentação, os micróbios intestinais produzem numerosos compostos bioativos, que são importantes para a saúde óssea, como vitaminas do complexo B e vitamina K. As bactérias intestinais produzem também ácidos graxos de cadeia curta (ácido butírico), importantes na regulação dos osteocitos e massa óssea”, ressalta.

Os estudos, de acordo com a palestrante, indicam que esses ácidos graxos inibem a reabsorção óssea através da regulação da diferenciação dos osteoclastos e estimulam a mineralização óssea. “Age também ativando células Treg (potencializadoras de células tronco nos ossos). Hormônios produzidos no intestino pela presença de bactérias boas desempenham um papel importante na homeostase e metabolismo ósseo”, aponta.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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