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Notícias Segundo Cepea

Menores estoques de milho devem sustentar preços em 2020

Temporada 2019/20 de milho deve se iniciar com disponibilidade restrita, num cenário de consumo doméstico crescente

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Arquivo/OP Rural

A temporada 2019/20 de milho deve se iniciar com disponibilidade restrita, num cenário de consumo doméstico crescente. Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a nova safra de verão deve ficar em linha com a registrada em 2019, não conseguindo alterar de forma expressiva a disponibilidade interna no primeiro semestre. Assim, há fatores de sustentação de preços no curto prazo, o que tende a estimular o semeio da cultura na segunda safra e, consequentemente, a elevar a oferta no segundo semestre. Em termos globais, são esperadas reduções da produção, do consumo e dos estoques, o que reforça a perspectiva de sustentação de preços.

O forte movimento de alta nos preços domésticos no último trimestre de 2019 estimulou produtores a aumentarem a área semeada com milho primeira safra. Informações da Equipe de Custos do Cepea apontam que houve melhora nas relações de troca entre produtos e insumos nas principais regiões acompanhadas.

Em relatório divulgado no dia 9 de janeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a primeira safra de milho 2019/20 deva atingir 26,6 milhões de toneladas, 3,8% a mais que na temporada anterior, resultado do aumento de 1,1% na área e da expectativa de crescimento de 2,7% na produtividade. O consumo interno é estimado em 68,13 milhões de toneladas, quantidade 6,6% superior ao da temporada passada e 12,8% acima da média das últimas três safras. Esse cenário se deve às maiores procuras por parte do setor pecuário e de novas usinas produtoras de etanol de milho do Centro-Oeste.

A soma da produção do milho verão ao estoque de passagem – estimado até o momento pela Conab em 11,53 milhões de toneladas ao final de janeiro/20 – resulta em suprimento de 38,15 milhões de toneladas para o primeiro semestre. Este volume é equivalente a 56% do consumo doméstico no ano. Como comparação, na temporada passada, o volume dos estoques iniciais somado à produção do milho primeira safra respondeu por 65% do consumo interno. Ou seja, na atual safra, o consumo interno deverá absorver percentual maior da produção de milho segunda safra.

Para a segunda temporada, por enquanto, a Conab mantém as estimativas de área da temporada anterior e a perspectiva de produtividade média de 5,5 t/ha. Com isso, a produção do milho segunda safra 2019/20 é estimada em 70,9 milhões de toneladas, redução de 3,1% frente à anterior. Caso as estimativas da Conab se concretizem, a produção total de milho deverá atingir 98,4 milhões de toneladas – estimativas privadas sinalizam volume mais próximo de 100 milhões de toneladas.

Em Mato Grosso, após os problemas enfrentados no início da temporada, a semeadura de soja ganhou ritmo, ficando acima da média dos últimos cinco anos, segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária). Apesar disso, a janela ideal de semeio de milho de segunda safra ainda preocupa parte dos agentes. Até o início de janeiro, o Imea indica que a área plantada no estado deve crescer 2,36%, mas a produtividade pode cair 4,25%, o que resultaria em produção geral em 2020 de 31 milhões de toneladas, queda de 2% em relação à de 2018/19.

A disponibilidade interna brasileira para a próxima safra – referente à soma de estoques iniciais, importação e produção – pode superar as 111 milhões de toneladas, quantidade 4,8% inferior à safra passada, mas ainda 4,6% superior à média dos últimos três anos. Este é um quadro favorável aos vendedores, uma vez que o excedente interno, que se refere à diferença entre a disponibilidade interna e o consumo, seria de 44,3 milhões de toneladas, quantidade 16% inferior à da temporada passada. Este volume estará disponível para exportação. Por enquanto, a Conab estima que 34 milhões de toneladas sejam embarcadas entre fevereiro/20 e janeiro/21.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção mundial seja de 1,11 bilhão de toneladas, redução de 1,04% em relação à temporada anterior. Essa diminuição é decorrente da menor produção nos Estados Unidos. O consumo deve somar 1,133 bilhão de toneladas, queda de 0,87%.

Quanto às transações internacionais, o USDA projeta aumento de 0,2%, indo para 172,3 milhões de toneladas. Por enquanto, a expectativa é de que o Brasil se consolide como segundo maior exportador, com 39,5 milhões de toneladas, seguido pela Argentina, com 33,5 milhões, e Ucrânia, com 30,5 milhões. Para os Estados Unidos, esperam-se que 48 milhões de toneladas sejam embarcadas.

Com perspectivas de reduções na produção e no consumo, o estoque mundial deverá atingir 297,8 milhões de toneladas, quantidade 7% inferior à da temporada passada. Quando analisada a relação estoque final / consumo para a safra 2019/20, observa-se redução frente à temporada passada, de 1,4 p.p., para 26,2%, a menor relação desde a temporada 2013/14, o que pode contribuir para a sustentação dos preços internacionais no médio prazo.

Ainda para 2019/20, o USDA estima redução de 2% na produção e na exportação da Argentina em relação à temporada passada. Esse cenário e também o aumento na tributação de exportações agrícola argentinas anunciado em meados de dezembro devem reduzir a competividade internacional do cereal do país vizinho e favorecer as exportações brasileiras nos próximos meses.

Fonte: Cepea

Notícias Fenagra 2024

Maior encontro da agroindústria Feed & Food acontece em São Paulo no mês de junho

Grandes players do setor de pet food, nutrição e reciclagem animal, graxaria, biodiesel, óleos e gorduras participam do evento, que conta também com a realização de congressos técnicos.

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Fotos: Divulgação/Fenagra

A Fenagra – principal Feira Internacional da Agroindústria Feed & Food, Tecnologia e Processamento na América Latina – retorna à cidade de São Paulo, conectando conhecimento e negócios em um só lugar. O evento que, a cada edição, supera a expectativa de expositores, congressistas e visitação, acontecerá dias 05 e 06 de junho, das 10 às 19 horas, no Centro de Convenções do novo Distrito Anhembi, em São Paulo.

Em sua 18ª edição, a Fenagra reunirá, em uma área de 11 mil metros quadrados, mais de 260 expositores, de 17 países, entre fabricantes de maquinários, matérias-primas, insumos, equipamentos para laboratórios e serviços, abrangendo os setores de Biodiesel, Frigoríficos e Graxarias, Nutrição Animal (pet food, Aqua Feed, Animal Feed – aves, suínos e bovinos), Óleos e Gorduras Vegetais, Grãos e Derivados.

A trajetória da feira deu início em 2006, com apenas oito estandes em um hotel na cidade de São Paulo. A cada edição, o evento foi ganhando notoriedade, com passagem pelo interior paulista, nas cidades de Ribeirão Preto, Valinhos e, depois, Campinas, onde foi realizada nos últimos anos, consagrando-se como o maior encontro do mercado de pet food, nutrição animal, reciclagem animal, graxaria, biodiesel, óleos e gorduras, para troca de informação, conhecimento, inovação, tecnologia e investimento.

“Em 2024, a Fenagra inicia uma nova etapa em sua história ao retornar à cidade de São Paulo, em um dos mais tradicionais pavilhões de exposição. Certamente, vamos superar os resultados do ano passado. A expectativa é receber mais de 7 mil visitantes e estima-se cerca de R$ 500 milhões em volume de negócios gerados durante os dois dias de evento”, declara Daniel Geraldes, Diretor da Editora Stilo e idealizador e responsável pela realização da Fenagra.

“A GL events está honrada em receber a Fenagra como primeiro evento a inaugurar o Centro de Convenções do novo Distrito Anhembi. É um marco histórico e memorável para a cidade. Estamos satisfeitos em entregar um novo espaço qualificado para receber diferentes tipos de eventos. O Anhembi é o espaço em que a cultura, a inovação e a diversidade se encontram”, diz Rodolfo Andrade, diretor do Distrito Anhembi.

Paralelamente à feira, acontecerão os tradicionais Congressos Técnicos, promovidos pelas próprias Associações dos setores que representam. Neste ano, serão 11 congressos, 156 palestrantes, vindos também do exterior, que devem atrair cerca de 3.000 participantes.

10º Clana

Pela primeira vez no evento será realizado o 10º Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal (Clana), um dos mais importantes eventos da América Latina, promovido pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA). Esse Congresso acontece a cada quatro anos e, nesta edição, abrangerá o tema ‘Nutrição Animal: o caminho para uma produção competitiva’, incorporando três Congressos para as áreas de Aves, Suínos e Bovinos.

1º Fórum Biodiesel e Bioquerosene Tecnologia e Inovação

Outro destaque será o 1º Fórum Biodiesel e Bioquerosene Tecnologia e Inovação, realizado pela União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), que debaterá tecnologias, inovações, rotas, precificação, qualidade, novidades do mercado, investimentos, financiamentos e temas relacionados ao aproveitamento e eficiência energética.

Demais congressos

Ainda farão parte da programação o Congresso CBNA PET, o Congresso CBNA sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais, o Congresso CBNA Nutrologia, o Congresso Óleos & Gorduras, da SBOG (Sociedade Brasileira de Óleos e Gorduras), o Congresso Brasil Rendering, do Sincobesp (Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores e Subprodutos de Origem Animal), o 8° Diálogo Técnico – Setor de Reciclagem Animal, da ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal) e o Congresso ABISA Sudeste, da Associação Brasileira de Produtos de Higiene & Limpeza e Afins.

Fonte: Assessoria Fenagra
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Notícias

ABCS protocola ofício no Ministério da Agricultura com contribuição ao Plano Safra 2024/2025

Objetivo é garantir mais suporte ao suinocultor através de linhas de crédito adequadas à realidade dos custos.

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Presidente da ABCS, Marcelo Lopes: "Nossa expectativa é que o Ministério analise as demandas, que estão embasadas com os números do setor e atue para fornecer as condições de crédito favoráveis" - Foto: Divulgação/ABCS

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) protocolou, nesta semana, ofício no Ministério da Agricultura e Pecuária, destacando importantes contribuições para o Plano Safra 2024/2025. O documento aborda sugestões fundamentais para o setor suinícola brasileiro, como linha de retenção de matrizes com carência de dois anos e adequação do limite por beneficiário na linha Inovagro.

Em primeiro lugar, a ABCS reforça a necessidade de linhas de suporte específicas para o suinocultor independente. Este segmento enfrenta um cenário desafiador, mesmo com a redução de cotações de insumos desde o segundo semestre do ano anterior, o resultando em quase três anos consecutivos é de prejuízos com os preços comercializados.

Entre os pleitos, a entidade solicita uma linha de retenção de matrizes com carência de dois anos. A ABCS ressalta a complexidade e o longo ciclo de produção da suinocultura, que demanda cerca de 9 meses para se ajustar à demanda do mercado, desde a inseminação da matriz até o abate dos animais. Esta carência de dois anos é justificada pelo ciclo reprodutivo das matrizes, que permanecem em produção por cerca de 5 ciclos, totalizando aproximadamente 24 meses.

Outra demanda relevante é a adequação do limite por beneficiário na linha Inovagro. A ABCS enfatiza a necessidade de constantes investimentos em novas tecnologias para atender às exigências dos mercados consumidores e às normas vigentes, como a IN 113 de dezembro de 2020, que trata do bem-estar animal. No entanto, o limite atual por beneficiário está defasado em relação aos valores das tecnologias disponíveis no mercado, dificultando a contratação de crédito para essas adequações e até mesmo ampliação de granjas em projetos de integração.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, enfatizou a importância do pedido e a necessidade de suporte para os suinocultores brasileiros. “É fundamental que o MAPA compreenda a importância estratégica da suinocultura para a economia nacional e a segurança alimentar do país. Nossa expectativa é que o Ministério analise as demandas, que estão embasadas com os números do setor e atue para fornecer as condições de crédito favoráveis”, explicou.

Fonte: Assessoria ABCS
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Faesc alerta produtores sobre o Plano de Governo para renegociação de parcelas de operações de crédito rural

Além dos produtores de milho, o anúncio do plano para renegociação de parcelas de operações de crédito rural de investimento contempla produtores de soja, pecuária de corte e leite.

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Foto: Divulgação/CNA

O anúncio de que o plano do Governo Federal para renegociação de parcelas de operações de crédito rural de investimento aos produtores de soja, milho, pecuária bovina e leite deve sair nesta semana foi bem-recebido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). A informação foi transmitida pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A expectativa é de que o recurso dessa operação seja retirado da reserva para equalização de juros de novos financiamentos do Plano Safra 2024/25, que está previsto para o segundo semestre.

O ministro informou, ainda, que está tudo estruturado e depende apenas de um voto do Conselho Monetário Nacional (CMN), que não ocorreu na semana passada em razão da espera do resultado do Copom. O índice foi positivo e a taxa básica de juro caiu meio por cento, representando menos despesas de dinheiro público para rolar essa dívida.

O presidente da Faesc e vice-presidente de Finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, e o 1º vice-presidente de secretaria da Faesc, Enori Barbieri, pedem atenção aos produtores sobre a informação destacada pelo ministro em relação ao acesso à prorrogação. A rolagem das parcelas de investimentos é uma alternativa aos produtores que precisam de auxílio em situações de emergência. Para acessar esse benefício, é necessário apresentar o laudo técnico de perdas feito por um profissional da área, comprovantes da situação de emergência de sua cidade e de incapacidade financeira de saldarem seus débitos junto aos agentes financeiros.

Barbieri reforça que para renegociar as dívidas é fundamental que o produtor busque um profissional habilitado para fazer laudo técnico comprovando as perdas ou a dificuldade de comercialização. “Outra medida importante é solicitar junto a sua agência a prorrogação da parcela conforme previsto no MRC 2-6-4. Também é necessário comunicar ao agente financeiro, antes do vencimento da parcela, sobre as perdas de produção e sobre a dificuldade de honrar com seus compromissos”.

O vice-presidente da Faesc orienta, ainda, para que os produtores solicitem um decreto de emergência da Prefeitura confirmando os prejuízos provocados pelo clima. “Isso é essencial para negociar parcelas de dívidas junto ao agente financeiro”.

A Faesc e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vêm alertando há muito tempo sobre a importância da necessidade de prorrogação.

Fonte: Assessoria Faesc
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