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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes 2º dia

Meningite estreptocócica e resistência bacteriana em debate no 14º SBSS

Temas foram amplamente apresentados pelos especialistas Rafael Frandoloso e Jalusa Deon Kich.

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Rafael Frandoloso palestrou sobre “Estratégias de diagnóstico e controle de meningite estreptocócica

O segundo dia do 14º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) encerrou com palestras sobre diagnóstico e controle da meningite estreptocócica e sobre resistência bacteriana. O evento é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e acontece até esta quinta-feira (18), presencialmente no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), com transmissão on-line ao vivo.

Doutor em Imunologia e Microbiologia Veterinária e pós-doutor em Imunologia e Biologia Estrutural de Antígenos, Rafael Frandoloso, explicou o que fazer em casos de surtos clínicos – Fotos: Divulgação/Nucleovet

O doutor em Imunologia e Microbiologia Veterinária e pós-doutor em Imunologia e Biologia Estrutural de Antígenos Rafael Frandoloso palestrou sobre “Estratégias de diagnóstico e controle de meningite estreptocócica: como enfrentar este agente e sua diversidade antigênica?”. A meningite estreptocócica é uma enfermidade causada por uma bactéria que se encontra disseminada em todo o mundo e deixa os suínos debilitados rapidamente. Frandoloso comentou que o Streptococcus suis começou a ser estudado na década de 1950. Existem 30 cepas da bactéria e algumas delas podem ser encontradas de forma endêmica nas granjas, pois são integrantes da microbiota oral dos suínos. Outras cepas causam doenças, como meningite, artrite e pneumonia.

Para fazer o diagnóstico assertivo, é preciso selecionar corretamente os animais para a coleta de amostras e envio para análise laboratorial. As amostras devem ser coletadas em leitões com doença aguda, que morreram de morte súbita e que não receberam tratamento com antibióticos. “Deve-se coletar amostras sistêmicas de swab de meninge, swab de articulação, swab de peritônio, do fígado, coração e pulmão”, explicou o palestrante. As amostras são analisadas em laboratório e após seu isolamento, identificação da cepa e antibiograma, pode-se escolher o tratamento com o antibiótico adequado. Para prevenção da doença, são usadas vacinas, tanto em matrizes, quanto em leitões.

Frandoloso enfatizou que primeiro de tudo é necessário entender o surto clínico, observando doenças associadas ao Streptococcus suis. “É fundamental enviar amostras adequadas para o isolamento e caracterização da cepa clínica, escolher antibióticos efetivos para controlar o surto, definir o tipo de vacina que será utilizada na granja, levando-se em consideração as características de virulência e antigênicas da cepa, utilizar o melhor protocolo de vacinação pensando na infecção e não no manejo de vacinação da granja e construir o histórico genético das cepas de S. suis isoladas na granja ao longo dos meses/anos”, concluiu.

Resistência bacteriana

Jalusa Deon Kich apresentou conceitos de como a resistência acontece nas bactérias e tentou quebrar alguns paradigmas de entendimentos sobre o uso de antimicrobianos

“Resistência bacteriana: uma pandemia silenciosa!” foi o tema da palestra da pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, médica veterinária e pós-doutora na Unidade de Segurança dos Alimentos e Patógenos Entéricos do USDA, Jalusa Deon Kich. A especialista apresentou conceitos de como a resistência acontece nas bactérias. Jalusa também tentou quebrar alguns paradigmas de entendimentos que existem no sentido de que somente o uso de antimicrobianos seleciona as resistências, como por exemplo, mata as mais sensíveis e ficam as mais fortes. “Não é só assim que acontece. Existem muitos mecanismos que as bactérias utilizam para sobreviver, tais como a troca de material genético entre si. Elas têm recursos moleculares para conseguir se manter, criar evolução e variabilidade genética”, explanou, ao acrescentar que são conceitos de resistência cruzada, de co-resistência, onde estão os genes de resistência e como se comunicam.

Além disso, também é preciso avaliar o efeito da subdosagem dos antimicrobianos, que pode acontecer quando há uso de promotores de crescimento ou quando há falhas no tratamento seja via ração ou água de bebida. “Pode-se não ter a dose correta em função da disputa que os animais têm para acessar os bebedouros e/ou comedouros em função da hierarquia”, frisou Jalusa. De acordo com ela, uma maneira de ter dosagem mais correta é com o uso de medicamentos injetáveis. Outros conceitos expostos pela palestrante foram em relação à resistência a desinfetantes e ao cobre e zinco, que são utilizados normalmente na alimentação dos animais. “O objetivo foi trazer essa discussão à tona”, enfatizou. Jalusa também apresentou resultados de pesquisas de resistência antimicrobiana em alguns patógenos.

Para resolver essas questões, a especialista salientou que o caminho é difícil devido à complexidade de fenômenos que acontecem. Para ela, é preciso reduzir o uso de antimicrobianos e utilizá-los de maneira mais assertiva. “Temos que trabalhar em todas as áreas. É necessário ter estratégia sanitária integrada no sistema de produção para melhorar a Biosseguridade interna, reduzindo a pressão de contaminação, e também a Biosseguridade externa, para reduzir a oportunidade da entrada de patógenos”, discorreu, ao complementar que as vacinas são importantes. “Todos os países que reduziram a utilização de antimicrobianos enriqueceram muito os programas de vacinação”.

Além disso, é fundamental usar estratégias nutricionais. “Mas sempre tendo em mente que não haverá um substituto. O que temos que fazer é melhorar uma condição para reduzir a necessidade do uso de antimicrobianos. E temos que pensar que o antimicrobiano é um bem comum de fonte pouco renovável. Essa é a grande questão. Precisamos manter essas moléculas funcionando para o bem da medicina veterinária e para a saúde humana também”, concluiu.

Fonte: Ascom

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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