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Melhores resultados no controle da coccidiose em frangos com uso rotacionado de vacina
Na região Nordeste, a Granja do Pina olha para o futuro e para as preferências do mercado ao empregar novas soluções como a vacina Bio-Coccivet.
Para controlar a coccidiose em frangos de corte na região Nordeste do Brasil, a Granja do Pina tem ido além do uso dos programas tradicionais à base de químicos e ionóforos. “Olhando para o futuro e para as preferências do mercado, temos empregado novas soluções já testadas e consolidadas, como o uso rotacionado da vacina, uma ferramenta na prevenção da coccidiose que tem ajudado a alcançar melhores resultados”, informa Thiago Dias, médico veterinário da empresa, sediada em Aracaju e que atua no mercado sergipano e estados vizinhos.
O MV da Granja do Pina refere-se à vacina Bio-Coccivet, composta por cinco espécies de Eimerias totalmente atenuadas, que já apresenta resultados promissores em diferentes integrações nacionais. Essa composição difere de Bio-Coccivet R, voltada às reprodutoras pesadas, leves e também aos lotes de aves de postura comercial. A formulação exclusiva para frangos de corte baseia-se em dados atualizados de levantamento epidemiológico realizado pelo Biovet em todo Brasil, os quais demonstram que em frangos de corte são cinco as espécies mais prevalentes, e não três como se verifica na composição das vacinas da concorrência.
Sendo a coccidiose aviária um desafio que precisa ser monitorado continuamente, com o objetivo de maximizar o desempenho das aves, a vacinação é uma solução que amplia as chances de controle do problema. No segmento de frangos de corte, o esquema recomendado é o de dois lotes seguidos com a vacinação para coccidiose aviária, como parte do programa de rotação de anticoccidianos. Conforme esse método, a utilização da vacina promove a “troca” dos oocistos virulentos por oocistos vacinais, que são mais sensíveis aos químicos anticoccidianos, revitalizando os programas de controle.
Na entrevista a seguir, confira outras impressões sobre a vacinação de frangos com Bio-Coccivet apresentadas pelo médico veterinário da Granja do Pina, Thiago Dias, que também possui Mestrado em Nutrição de aves:
Pergunta: Quais os reais custos da cocciodiose para avicultura de corte?
Thiago Dias: Os custos da coccidiose vão muito além dos custos do programa de anticoccidiano e das perdas zootécnicas à campo. Baseado em dados de programas de gestão de risco, existe um passivo de contaminação cruzada de diferentes fases de rações entre idades do frango ou, e muito mais temido, a contaminação de rações [das] reprodutoras com as rações iniciais de frango. Afinal, mesmo sendo produzidas em dias diferentes, com expedições separadas e caminhões exclusivos por setor, falhas humanas estão entre os principais desvios que podem acontecer no programa operacional padrão.
Pergunta: Como você descreve a importância da vacinação para controlar esses custos?
Thiago Dias: Ao longo da história, a coccidiose é um desafio controlado por programas tradicionais à base de químicos e ionóforos divididos em duas fases com rotação dos princípios ativos ao logo do ano. Mas olhando para o futuro e as tendências de mercado, novas soluções devem ser testadas e consolidadas. Uma solução que nos tire este passivo e que nos dê segurança foi encontrada: a vacinação.
Pergunta: O que foi observado no campo com a vacinação?
Thiago Dias: A vacina é mais uma ferramenta que temos na prevenção da coccidiose, e o seu uso, rotacionado com o programa de anticoccidianos, é a estratégia que escolhemos para prevenir a doença. Dessa forma, observamos no campo aves sadias, sem perdas zootécnicas no final do lote. No monitoramento de rotina encontramos uma reação suave entre 14 e 28 dias sem atraso no ganho de peso. Outro ponto importante observado foi uma melhor coloração dos pés, o que para a Granja do Pina é um efeito positivo, pois temos um mercado que exige aves bem “coradas”. No comparativo do uso da vacina com o uso de anticoccidiano, durante o período da avaliação (realizado entre abril/outubro em Itaporanga d’Ajuda/SE; num total de 500 mil aves), verificamos que as aves vacinadas obtiveram melhores resultados para todos os dados avaliados: Conversão Alimentar (CA), Viabilidade (VIAB) e Produtividade (FEP).
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

