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Melhores práticas na granja: o controle dos cascudinhos

Cascudinhos podem ser encontrados em aviários de frangos de corte em todo o mundo, pois o ambiente dos aviários é ideal para o seu crescimento e sobrevivência

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito pela equipe técnica Aviagen

Os cascudinhos podem ser encontrados em aviários de frangos de corte em todo o mundo, pois o ambiente dos aviários é ideal para o seu crescimento e sobrevivência. Eles são vetores comuns dos vírus de aves, como o da doença infecciosa da bursa (VDIB), mais conhecida como doença de gumboro, o vírus da doença de Marek (VDM) e o reovírus; bactérias, como a E. coli e a Salmonella spp., e protozoários, como o Histomonas meleagridis. As doenças podem ser transmitidas pelos cascudinhos, por contato direto, recontaminação do ambiente desinfetado pela reutilização da cama ou pela ingestão direta pelas aves. Eles também podem causar grandes danos aos aviários.

O ciclo de vida dos cascudinhos é de 40 – 100 dias, dependendo dos fatores ambientais. Depois dos primeiros 15 dias após o acasalamento, as fêmeas podem depositar de 200 – 400 ovos a cada 1 – 5 dias, e os ovos levam menos de 1 semana para eclodir na forma de larva. Portanto, a população pode se multiplicar consideravelmente se não houver um controle eficaz.

Melhor prática para o controle dos cascudinhos

1.Controlar ou eliminar a população de cascudinhos em uma granja pode ser difícil.

  • Eles se reproduzem melhor nos aviários em condições de 21-35°C e com a umidade da cama de pelo menos 10%.

2. Identificar os locais comuns para as populações de cascudinhos no aviário é fundamental para o seu controle. Os cascudinhos podem ser encontrados:

  • Na cama.
  • Nas laterais dos pilares.
  • Nas cortinas.
  • Nos ninhos.
  • Nos slats, comedouros, bebedouros e outros equipamentos.
  • Nos vãos, orifícios ou rachaduras na parede.
  • Nos depósitos e áreas de estoque de ovos.

3. Métodos químicos e físicos funcionam melhor para o controle dos cascudinhos.

  • A aplicação de inseticidas e um programa minucioso de limpeza e desinfecção são fundamentais para o seu controle.

Presença de cascudinhos na granja

A avaliação da população de cascudinhos no aviário é subjetiva; no entanto, a gravidade da infestação pode ser estimada.

  • Verifique se há cascudinhos no ambiente antes que os pintos sejam alojados e, depois, uma vez ao mês até o abate.
  • Os pontos de observação devem ser os mesmos descritos na seção anterior, mas deve-se verificar não menos que 20 pontos no aviário.
  • Conte os besouros em um espaço de 0,10 m2 (1 pé2) (sob uma bandeja de alimentação, por exemplo).
    • População baixa: 1-10 besouros
    • População média: 11-50 besouros
    • População alta: > 51 besouros

Controle químico dos cascudinhos

1.O controle químico com a aplicação de inseticidas terá como alvo os besouros adultos e as larvas.

É importante assegurar a cobertura adequada dos inseticidas, principalmente em lugares de difícil alcance ou atrás de painéis elétricos. Os inseticidas devem:

  • Ser aplicados imediatamente após o despovoamento.
    • Os inseticidas devem ser aplicados dentro e fora do aviário. Assim que a temperatura do aviário baixar, os cascudinhos começarão a migrar para um local mais quente. A área externa do aviário deve ser pulverizada para impedir a migração para outros aviários na granja.
  • Ser utilizados antes do alojamento dos pintos.
  • Aplique um inseticida aprovado e monitore a área do aviário até que os besouros tenham desaparecido.
  • A aplicação deve ser feita durante o período de produção.
    • O inseticida deve ser aplicado mensalmente.
    • Verifique se o inseticida pode ser aplicado nas aves vivas do aviário.

2. Siga as orientações do fabricante relativas à segurança e mistura adequada dos inseticidas, e faça a utilização alternada de acordo com o ciclo recomendado.

  • Certifique-se de que a água utilizada para misturar o inseticida tenha pH neutro e siga sempre as instruções do inseticida para acidificar a água antes de usá-la. Lave o equipamento do pulverizador antes de usá-lo, para evitar contaminação.
  • Alterne os inseticidas pelo menos a cada 2-3 plantéis, para obter os melhores resultados. Isso reduzirá as chances de que os cascudinhos desenvolvam resistência química.
  • Um plano comum de alternância de inseticidas deve incluir grupos químicos diferentes.
  • A aplicação do ácido bórico na cama é comumente usada na indústria e mostrou-se eficaz e economicamente viável. Calafetação, fita adesiva espuma isolante saturada com ácido com ácido bórico também podem ser utilizados para evitar a nidificação dos cascudinhos.
  • A fita de alumínio com adesivo utilizada para vedar os vãos ou orifícios das cortinas é eficaz para impedir que os besouros entrem no aviário.

3. Há muitos fatores que influenciam o sucesso do controle químico

  • A qualidade dos produtos químicos utilizados com concentração mais baixa ou pouca estabilidade pode não ser capaz de controlar a população de besouros com eficácia.
  • O uso do mesmo grupo químico por longos períodos pode causar resistência.
  • Condição da cama – as condições alcalinas da cama reduzirão a eficácia do inseticida.
  • Grau de infestação – infestações graves podem necessitar de vários tratamentos.
  • Aplicação de inseticida antes do alojamento dos pintos – a cama deve ser tratada com inseticida, como medida de controle.

Controle físico dos cascudinhos

1.A implantação de um bom programa de limpeza e de desinfecção do aviário pode controlar consideravelmente as populações de cascudinhos

  • Os cascudinhos vivos devem ser erradicados ao preparar o aviário para limpeza e desinfecção, antes de sua lavagem e desinfecção.
  • Ao retirar o equipamento do aviário, na preparação para a limpeza, verifique se há sinais dos cascudinhos nos equipamentos removíveis e fixos do aviário, debaixo dos comedouros e bebedouros, ao longo das paredes e cortinas, vãos e no interior dos ninhos.
  • Seguir criteriosamente os procedimentos de limpeza e desinfecção garantirá que os resíduos dos cascudinhos e qualquer contaminação bacteriana por eles deixados sejam removidos.

2. A estrutura do aviário desempenha um papel importante no controle dos cascudinhos.

  • Os aviários fechados, com boa drenagem de água e um piso de cimento liso, reduzirão as populações de cascudinhos.

Outras notícias você encontra na edição de Aves de setembro/outubro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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Avicultura

Exportações gaúchas de aves avançam e reforçam confiança do mercado global

Desempenho positivo em outubro, expansão da receita e sinais de estabilidade sanitária fortalecem o posicionamento do estado no mercado externo.

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O setor agroindustrial avícola do Rio Grande do Sul mantém um ritmo consistente de recuperação nas exportações de carne de frango, tanto processada quanto in natura. Em outubro, o estado registrou alta de 8,8% no volume embarcado em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 60,9 mil toneladas exportadas, um acréscimo de 4,9 mil toneladas frente às 56 mil toneladas enviadas em outubro de 2023.

A receita também avançou: o mês fechou com US$ 108,9 milhões, crescimento de 5% na comparação anual.

No acumulado de janeiro a outubro, entretanto, o desempenho ainda reflete os impactos do início do ano. Os volumes totais apresentam retração de 1%, enquanto a receita caiu 1,8% frente ao mesmo período de 2024, conforme quadro abaixo:

O rápido retorno das exportações de carne de aves do Rio Grande do Sul para mercados relevantes, confirma que, tanto o estado quanto o restante do país permanecem livres das doenças que geram restrições internacionais.

Inclusive, o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e muitos outros mercados demonstram a importância do reconhecimento da avicultura do Rio Grande do Sul por parte da China, ainda pendente. “Estamos avançando de forma consistente e, em breve, estaremos plenamente aptos a retomar nossas exportações na totalidade de mercados. Nossas indústrias, altamente capacitadas e equipadas, estão preparadas para atender às demandas de todos os mercados, considerando suas especificidades quanto a volumes e tipos de produtos avícolas”, afirmou José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (Asgav/Sipargs).

Indústria e produção de ovos

O setor da indústria e produção de ovos ainda registra recuo nos volumes exportados de -5,9% nos dez meses de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, ou seja, -317 toneladas. Porém, na receita acumulada o crescimento foi de 39,2%, atingindo um total de US$ 19 milhões de dólares de janeiro a outubro deste ano.

A receita aumentou 49,5% em outubro comparada a outubro de 2024, atingindo neste mês a cifra de US$ 2.9 milhões de dólares de faturamento. “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”, pontua Santos.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras de carne de frango registraram em outubro o segundo melhor resultado mensal da história do setor, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram exportadas 501,3 mil toneladas de carne no mês, saldo que superou em 8,2% o volume embarcado no mesmo período do ano passado, com 463,5 mil toneladas.

Presidente Eeecutivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “A indústria e produção de ovos do Rio Grande do Sul está cada vez mais presente no mercado externo, o atendimento contínuo aos mais diversos mercados e o compromisso com qualidade, evidenciam nosso potencial de produção e exportação”

Com isso, as exportações de carne de frango no ano (volume acumulado entre janeiro e outubro) chegaram a 4,378 milhões de toneladas, saldo apenas 0,1% menor em relação ao total registrado no mesmo período do ano passado, com 4,380 milhões de toneladas.

A receita das exportações de outubro chegaram a US$ 865,4 milhões, volume 4,3% menor em relação ao décimo mês de 2024, com US$ 904,4 milhões. No ano (janeiro a outubro), o total chega a US$ 8,031 bilhões, resultado 1,8% menor em relação ao ano anterior, com US$ 8,177 bilhões.

Já as exportações brasileiras de ovos (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 2.366 toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,6% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2.083 toneladas.

Em receita, houve incremento de 43,4%, com US$ 6,051 milhões em outubro deste ano, contra US$ 4,219 milhões no mesmo período do ano passado. No ano, a alta acumulada chega a 151,2%, com 36.745 toneladas entre janeiro e outubro deste ano contra 14.626 toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, houve incremento de 180,2%, com US$ 86,883 milhões nos dez primeiros meses deste ano, contra US$ 31,012 milhões no mesmo período do ano passado.

Fonte: Assessoria ABPA
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