Suínos Premiação
Melhores da Suinocultura Agriness destaca aumento de produtividade nas granjas
A cerimônia de premiação foi realizada virtualmente e contou com mais de mil espectadores em todo o Brasil e América Latina

Com o compromisso de contribuir na evolução do setor suinícola, mesmo diante de um momento de adversidades, a Agriness, integrante do Programa Empresa Amiga da Suinocultura da ABCS, realizou a cerimônia de premiação do Melhores da Suinocultura pela primeira vez de forma virtual. A transmissão do evento aconteceu na quinta-feira (30), no canal do Youtube da empresa. Participaram do projeto 2.042 granjas do Brasil e da América Latina, totalizando mais de 1,58 milhão de matrizes.
A cerimônia foi um sucesso, com cerca de mil pessoas assistindo em todo o Brasil e em diversos países latinos. Além da premiação e do compartilhamento de dados consolidados sobre produtividade da suinocultura da América Latina, a live também foi uma oportunidade para arrecadar recursos para doação de cestas básicas para as famílias mais carentes. De acordo com os apresentadores Júnior Salvador, sócio da Agriness, e Everton Gubert, fundador e CEO da Agriness, a meta é de contribuir com 600 cestas básicas a serem entregues aos produtores ganhadores e distribuídas em cada região. Durante a live foram arrecadados R$16.200. A vaquinha online ainda ficará aberta por 10 dias, a contar do dia da premiação, para que mais pessoas possam doar.
Outra surpresa revelada durante o evento foi a realização de outras lives com os melhores produtores, ganhadores dos prêmios, a fim de discutir sobre suas experiencias práticas dentro de granjas e comentar sobre os segredos de suas atuações nas áreas de reprodução, maternidade, gestão de pessoas. Os encontros estão marcados para os dias 7 de maio, 14 de maio, 20 de maio, às 19h, no canal da Agriness no Youtube.
O Prêmio
A Agriness é uma empresa amiga que traz um trabalho importante, de desenvolvimento de tecnologia e que sabe prestigiar os produtores. Com o apoio das empresas patrocinadores De Heus, MSD Saúde Animal e Provimi, da Argentina, o Melhores da Suinocultura é uma forma de valorizar o setor suinícola, que precisa tanto de reconhecimento de seu valor e trabalho para levar para a mesa do brasileiro um produto da melhor qualidade, com segurança alimentar, boas práticas agropecuárias, e todas as medidas de precaução agora tomadas durante a pandemia.
O projeto tem como propósito ajudar a impulsionar a prosperidade no campo. Ele surgiu em 2007 e na época não havia muitos dados e fontes de informações brasileiras sobre o setor. Essa inquietação levou a Agriness a estimular a troca de informações, para criar um referencial de produtividade, inspirar produtores e fortalecer a suinocultura. Dentre as premissas definidas, estabeleceu-se que eram necessários indicadores confiáveis e que o prêmio deveria ser acessado virtualmente, trazendo diversas realidades, levando referência ao mercado e incentivando a produtividade.
Atualmente a iniciativa envolve não só o Brasil, mas também a Colômbia, a Argentina e outros países da América Latina como Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Equador e México. O processo de coleta dos dados funciona por ciclo anual. De janeiro a dezembro os produtores enviam as informações, que passam por auditoria, consolidação, e em seguida a premiação e publicação dos dados.
De acordo com Everton Gubert, essa iniciativa é fundamental para o setor, porque consegue reunir informações de uma boa amostra da suinocultura brasileira. Com isso, o produtor consegue ter um parâmetro de como ele está frente à suinocultura do país e do seu estado. Ele ressalta ainda que essas informações servem para todo o setor, para as cooperativas, para a agroindústria, para os produtores independentes, para que eles possam definir metas, fazer planejamento de quanto a granja vai produzir no ano. Os dados também são utilizados para pesquisa, para Embrapa e universidades.
“É uma iniciativa que é patrimônio do setor. São 12 anos já de informações da suinocultura brasileira e em cada país que a gente atua vamos criando essa memória e os países podem saber como está a evolução de cada um. É um ciclo virtuoso. Cada produtor que fornece esses dados faz toda a diferença. A Agriness é uma guardiã disso tudo, é essa é a nossa retribuição para o setor”, destacou Gubert.
Os apresentadores também comentaram sobre a adaptação do evento para o virtual, que segundo eles, também foi uma oportunidade para que mais pessoas pudessem assistir e ter acesso aos dados atualizados para 2020.“Nesse ano saímos da zona de conforto, para retornar o respeito que temos pelo produtor, que está na granja todo dia batalhando, e a gratidão ao nosso setor que não para, que todo dia trabalha para que não falte alimento na nossa mesa”.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, por meio dessa iniciativa é possível conectar pessoas em um só propósito. “O maior ganho do Melhores da Suinocultura é a valorização da nossa atividade. É poder compartilhar informação para que a cadeia tenha conhecimento sobre como é o setor, entender quais os principais desafios e o que pode melhorar”.
Dados atuais
Em 2019, quando foram coletados os dados apresentados para 2020, participaram do projeto 2042 granjas, sendo 1670 granjas no Brasil, 207 na Argentina, 97 na Colômbia, além de outras 68 granjas em outros países, totalizando mais de 1 milhão e 580 mil matrizes envolvidas do processo.
Entre os principais resultados apresentados, constatou-se que quase 30% das granjas brasileiras já produzem acima de 30 desmamados/fêmea/ano, o que indica um aumento de produtividade. O DFA é dos indicadores mais importantes da suinocultura. Escolhido para a realização do prêmio, o indicador facilita o registro dos dados e sua a classificação, pois é auditável. “Se a granja não desmamar, não há como terminar e quanto mais desmamar mais o custo fixo fica diluído”, explicou Júnior Salvador, durante a divulgação das informações.
Apurou-se também que 62,2% das granjas já parem acima de 13 nascidos vivos. No Brasil, 32,8% das granjas já possuem uma taxa de parição acima de 90%. As 10 melhores granjas do Brasil possuem uma média de evolução de 35,46 DFA. Já as 50 melhores granjas contam com 33,95 DFA e a média geral é de 28,20. O recorde brasileiro do ano passado de 36,30 DFA foi superado neste ano pela Granja Boa Esperança, de Minas Gerais, com 37,01 DFA. Em 11 anos de realização do Melhores da Suinocultura, os dados mostraram que o crescimento foi observado nas três situações. Os melhores continuaram crescendo.
A premiação foi separada em 4 tipos: os dados dos vencedores do Brasil, da Argentina, da Colômbia e dos outros países participantes. Cada um desses grupos contou com categorias específicas. No Brasil, a premiação foi distribuída de acordo com o perfil das granjas: Até 300 matrizes, de 301 a 500 matrizes, de 501 a 1000 matrizes, de 1001 a 3000 matrizes e mais de 3000 matrizes. Havia também a categoria Produtor Evolução, em que granjas menores foram avaliadas de acordo com os últimos 3 anos de produtividade, sendo que deveriam estar na média e ter crescido durante esse período. A Argentina contou com uma classificação geral e outra do Produtor Evolução, a Colômbia apenas com a classificação geral e os outros países com ambas as classificações.
Ao total foram distribuídos 5 prêmios: Leitão de Ouro, Leitão de Prata, Leitão de Bronze, Troféu Evolução e Troféu Recorde. Confira abaixo quais foram os melhores da suinocultura em 2020, as melhores granjas brasileiras e de outros países latino-americanos premiadas. O relatório final digital com os resultados poderá ser baixado a partir do dia 8 de maio no site da Agriness.
Outros países
Produtor Evolução: Granja El Espino
Finalistas classificação geral:
- 1º lugar Granja San Bernardo
- 2º lugar Sucesión Salvador Yanine Abadi
- 3º lugar Granja El Peumo
Colômbia
- 1º lugar Graja San Fernando
- 2º lugar Granja El Silencio
- 3º lugar Granja Asturias
Argentina
Produtor Evolução: Granja El Milagro
- 1º lugar Granja Fumisem
- 2º lugar Granja La Riojana
- 3º lugar Graja El Ceibo
Brasil
Destaques por estado
SC: Suinocultura Silva
PR: Granja Zorzo
RS: Granja Lemen
MG: Granja Boa esperança
GO: Granja Piva
SP: Granja Sossego
MS: Granja Colorada
MT: Granja Coper Mutum
BA: Granja B.H
DF: Granja Miunça
Outros: Granja São Miguel Maternidade
Produtor Evolução : Granja Stein PR (33,79)
Até 300 matrizes
- 1º lugar Granja Sossego SP (35,03)
- 2º lugar Chácara Vó Ita PR (34,02)
- 3º lugar Granja Barkema PR (33,55)
301 a 500 matrizes
- 1º lugar Granja Boa Esperança MG (37,01)
- 2º lugar Chácara Fazenda 5 estrelas MG (36,86)
- 3º lugar Granja Momento PR (33,73)
501 a 1.000 matrizes
- 1º lugar Fazenda Várzea do Pau D’alho MG (35,43)
- 2º lugar Granja Zorzo PR (34,70)
- 3º lugar Granja Mato Dentro MG (34,41)
1.001 a 3.000 matrizes
- 1º lugar Granja Colorada MS (36,25)
- 2º lugar Granja Capivari MG (35,74)
- 3º lugar Jeroá Suínos MS (34,71)
Mais de 3.000 matrizes
- 1º lugar Granja Becker PR (33,97)
- 2º lugar Granja Fetz GO (33,04)
- 3º lugar Fazenda São Paulo MG (32,83)
Recorde DHA premiação do record
- Granja Boa Esperança MG (37,01)

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



