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Melhorar práticas nutricionais durante a gestação garantem múltiplos benefícios aos bezerros, afirma pesquisador

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Divulgação/Pixabay

O princípio básico para cuidar bem da nutrição de uma vaca durante a gestação parte do conceito de programação fetal, principal norteador para melhorar os cuidados do animal no período gestacional, principalmente quando se trata de matriz de corte, a qual é justamente a unidade produtora dos recursos animais usados para produzir carne bovina – que começa na forma de um bezerro.

Pesquisador e professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA/SP), Mateus Pies Gionbelli – Foto: Reprodução

“O que essas matrizes vivem ao longo do processo de produção desses bezerros afeta como esses animais vão suportar todo o ambiente em que estão inseridos e dentro desta abordagem é que está sustentada o conceito de programação fetal, que diz que um indivíduo pode sofrer alterações do seu genótipo durante a fase fetal, cujos efeitos persistem ao longo de toda a vida. Pensando em gado de corte, isso traz impactos significativos na eficiência desse animal ao longo do ciclo produtivo e na qualidade do produto que ele produz”, afirmou o pesquisador e professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA/SP), Mateus Pies Gionbelli, em palestra sobre “Suplementação energética e proteica com foco na longevidade da matriz gestante – com foco na matriz” durante a 32ª Reunião Anual do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), promovida de forma online no mês de novembro.

Em todas as etapas da gestação há fatores importantes que acontecem na formação do bezerro. Gionbelli explica que o primeiro terço da gestação está focado na diferenciação celular para formação dos órgãos internos e na construção do corpo do animal. “No terço inicial há uma série de desenvolvimentos relacionados a diferenciação celular que vai afetar processos de formação dos tecidos que compõem a carcaça, basicamente ossos, músculos, gordura e outros tecidos que ajudam e dão sustentação, mas do ponto de vista de programação fetal é uma fase que temos pouco poder de programação fetal, por ser uma fase de altíssima diferenciação celular, fazendo com que ela se proteja do meio externo, uma vez que alterações nessa fase podem produzir animais não viáveis ou incapazes de cumprir o ciclo da vida”, discorre.

No segundo terço da gestação ocorre a miogênese secundária, com a formação de cerca de 95% do quantitativo de células dos músculos do animal, promovendo o desenvolvimento para diferenciação de células para a linhagem adipogênica, a qual vai formar o potencial de deposição de gordura do animal. E no último terço de gestação acontece uma diferenciação maior de tecidos na fase final da miogênese secundária e o processo de hipertrofia do tecido muscular, direcionando o crescimento do bezerro. “Os efeitos do que é feito com a vaca nestas diferentes etapas da gestação tem resultados que aparecem a longo prazo”, menciona Gionbelli.

A construção de uma carcaça bovina ao longo da gestação é dividida em duas fases: pré-natal – que engloba a concepção até seu nascimento – e a pós-natal – vida do animal até atingir o peso de abate. “Muitas vezes nos concentramos apenas na fase pós-natal, que é quando o vemos, mas antes do animal nascer acontecem muitas coisas importantes. Na fase pré-natal os nutrientes ou a falta deles podem impactar a expressão do potencial genético na formação dos tecidos desse animal, porque nessa fase formam todas as células de músculo e isso acontece com cerca de 60% das células de gordura também, com destaque para as células de gordura intramuscular que vão ter um papel importante na qualidade da carne por meio do marmoreio. Por outro lado, após o animal nascer tem o efeito do ambiente inibindo ou estimulando a construção de produtos”, pontua o pesquisador.

Dependência ambiental materna de um bezerro

Durante as fases neonatal e lactante o animal é 100% dependente da nutrição materna, dependência essa que encerra após a desmama do bezerro. “Durante o processo de expressão do genótipo para formação dos tecidos que vão definir a eficiência e a qualidade da carcaça produzida, um animal é mais de 90% dependente da mãe. O desempenho final do animal para abate é dependente do que acontece na fase inicial da vida do bezerro, então cuidar bem da vaca é também cuidar bem dos bezerros”, salienta o professor da UFLA/SP.

Vaca nunca tira férias

Dentro do ciclo produtivo, as matrizes das vacas de corte estão sempre realizando alguma atividade fisiológica extremamente importante. Elas podem estar ao mesmo tempo com lactação e gestação, ou seja, nutrem um bezerro no mesmo período em que também providenciam o crescimento e a formação de outro bezerro dentro do útero; ou essa vaca pode estar com lactação, mas está numa fase de preparação das suas estruturas reprodutivas para poder encarar uma nova gestação na monta seguinte. “Vamos sempre ter dentro do ciclo de produção eficiente uma vaca fazendo alguma coisa importante do ponto de vista fisiológico, ou seja, sem oportunidade de tirar férias e descansar, por isso é importante entender que a vaca merece bom cuidado ao longo de toda a sua vida”, enfatiza Gionbelli.

Conceito de metabolismo de vacas durante a homeorrese

O que muda essencialmente no metabolismo das vacas é o uso de energia que sustenta a gestação, principalmente no último terço do período gestacional, a qual provém em torno de 35 a 40% de lactato e glicose, 55% de aminoácidos (não são oxidados para gerar energia), e entre 5 a 10% de acetato e AG de cadeia longa. “Para uma vaca sustentar a gestação gerando energia por meio da mobilização de gordura é extremamente complexo, ela não é eficiente para fazer isso, o que uma vaca faz quando está nutricionalmente restrita, principalmente na mobilização de tecido muscular corporal, usa os aminoácidos para fazer o glicogênio no fígado para sustentar com glicose a gestação”, explica Gionbelli.

Conforme o profissional, um estudo mostra que em fêmeas ruminantes com boa nutrição, ou seja, que recebem entre 110 e 140% das suas exigências nutricionais de proteína e energia, mais de 80% da proteína digerida no intestino vai para o útero grávido. Por outro lado, em outro trabalho revela que uma condição insuficiente de proteína (abaixo de 100% das exigências) apresenta uma situação de mobilização de proteína na carcaça materna.

Quanto custo um bezerro? 

Para que você, leitor e leitora do O Presente Rural, entenda quanto vale cuidar bem de uma vaca de corte vamos mostrar o que uma vaca gasta para poder fazer um bezerro em moeda energética.

“Entre emprenhar e o bezerro nascer, o que uma vaca gasta de energia e proteína metabolizada é o equivalente a quantidade que podem ser usadas para fazer sete arrobas de carcaça de boi gordo, ou seja, convertido em reais fica em torno de R$ 1.820,00. E para desmamar um bezerro uma vaca gasta, entre a mantença do animal e o que precisa para gestar e fornecer leite para o bezerro, equivalente em energia e proteína metabolizada o suficiente para fazer 18 arrobas de carcaça em boi gordo, que convertido o custo totaliza R$ 4.680,00”, detalha Gionbelli.

No entanto, o preço do bezerro não chega nesse valor, então por que deste custo? Gionbelli diz que é neste momento que a vaca de corte desempenha um papel fundamental, extraindo tanto energia como proteína metabolizada de alimentos de baixa qualidade. “Do ponto de vista nutricional, as vacas operam quase um milagre para poder produzir um bezerro e manter a nossa pecuária funcionando, com um custo relativamente baixo ao ser comparado com outras categorias”, afirma.

Ganho de peso durante a gestação

Gionbelli expõe que se a vaca no dia da prenhez estiver com 480kg e até o dia do parto manter o peso na balança isso significa que o animal perdeu uma quantidade muito grande de peso. “Para um bezerro de 32kg, não significa que a vaca trocou apenas 32 kg de tecido materno por tecido de bezerro, até porque o bezerro representa aproximadamente 60% do peso da gestação, os outros 40% são formados pelas membranas fetais, placenta, crescimento do trato digestório, líquido amniótico, entre outros, então se uma vaca de 480kg pariu um bezerro de 32kg e não aumentou seu peso ela perdeu 54kg de tecido materno, isso quer dizer que quase duas arrobas da sua carcaça foram arrancadas”, salienta o pesquisador.

Para fazer a divisão do ganho de peso relacionado a gestação e para fazer o ganho de peso de tecidos maternos, Gionbelli apresenta um estudo conduzido por ele em 2015. “No conceito componente gestação o ganho de gestação é igual ao peso do útero grávido dessa vaca, menos o peso do útero em uma condição não grávido e mais o crescimento do úbere. Com base nestas informações vamos saber o quanto uma vaca precisa ganhar de peso durante a gestação, seguindo um referencial de meta, podendo ser adaptado a cada situação”, afirma.

Nutrição e longevidade

Conforme Gionbelli, os principais definidores de longevidade de uma vaca de corte no sistema produtivo são produzir um bezerro por ano e emprenhar cedo dentro da estação de monta. “O principal segredo para a vaca conseguir isso é melhorando os cuidados nutricionais, uma vez que a nutrição na gestação tem papel fundamental nisso, sendo capaz de proporcionar um maior escore corporal ao parto, um rápido retorno à atividade ovariana cíclica e uma rápida involução uterina que fará com ela se recupere mais rapidamente para encarar uma nova gestação”, detalha.

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Brasil avança em norma que libera exportação de subprodutos de bovinos e bubalinos

Proposta moderniza regras sanitárias e permite que empresas do Sisbi-Poa destinem materiais sem demanda interna a plantas com inspeção federal para exportação.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil deu um passo importante para ampliar o aproveitamento de subprodutos de bovinos e bubalinos destinados ao mercado internacional. O Projeto de Lei 4314/2016, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (RS), moderniza regras sanitárias e autoriza que empresas integrantes do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) destinem ao exterior materiais que não têm demanda alimentar no mercado interno, desde que o envio seja feito por estabelecimentos com fiscalização federal.

A proposta, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, na terça-feira (18), recebeu ajustes de redação e correções técnicas apresentadas pelo relator, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

Ele destacou que versões anteriores do texto acumulavam vícios materiais e erros de referência à Lei 1.283/1950, que regula a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal no país, o que comprometia a clareza normativa e poderia gerar insegurança jurídica.

Adequação técnica e segurança jurídica

Deputado Cabo Gilberto Silva: “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas” – Foto: Divulgação/FPA

Cabo Gilberto apontou que substitutivos anteriores citavam equivocadamente o artigo 11 da Lei 1.283/1950, quando a referência correta deveria ser o artigo 12, que trata diretamente das condições de inspeção sanitária. Para o relator, manter o erro poderia abrir brechas interpretativas. “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas”, afirmou.

Ele também corrigiu dispositivos que, segundo sua avaliação, extrapolavam a competência do Parlamento ao abordarem temas típicos de regulamentação pelo Poder Executivo. “Alguns trechos invadiam competências próprias do Poder Executivo. Ajustamos essas inconsistências para preservar a constitucionalidade e a técnica legislativa”, explicou.

Exportação via estabelecimentos com inspeção federal

Com essas correções, o texto final deixa claro que estabelecimentos estaduais ou municipais integrados ao Sisbi-Poa poderão destinar subprodutos sem demanda local a plantas industriais com inspeção federal, habilitadas pelo Ministério da Agricultura para exportação.

A medida atende mercados externos que utilizam esses materiais em diversas aplicações industriais e contribui para ampliar o aproveitamento de resíduos do abate, fortalecer a cadeia produtiva e garantir conformidade sanitária nas operações internacionais.

Avanço regulatório

Para o deputado Cabo Gilberto, a atualização moderniza a legislação e posiciona o Brasil para aproveitar melhor oportunidades no comércio global. “A atualização aperfeiçoa a legislação, reforça o papel do Sisbi-Poa e contribui para que o país aproveite oportunidades no mercado internacional sem comprometer a fiscalização sanitária”, destacou o relator.

Fonte: Assessoria FPA
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Aliança Láctea debate crise do leite e traça estratégias para fortalecer o setor no Sul e Sudeste

Encontro em Florianópolis reuniu lideranças de vários estados para discutir competitividade, exportações, antidumping e ações conjuntas para reverter a crise da cadeia produtiva.

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Encontro realizado na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis, ocorreu de forma híbrida reunindo participantes dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo - Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

Os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor foram destaques na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB), realizada na terça-feira (18), na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis. O evento, realizado de forma híbrida, reuniu lideranças das federações de agricultura, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, bem como de governos estaduais e entidades dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo, para discutir temas estratégicos para o futuro da cadeia produtiva do leite.

A abertura do evento reforçou a importância da atuação conjunta para a construção de políticas públicas que assegurem competitividade, sustentabilidade e crescimento para o segmento. Durante sua explanação, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, expressou a satisfação em sediar o encontro e expôs a preocupação com essa grave crise que afeta diretamente a economia rural e a sobrevivência de mais de milhares de famílias produtoras.

Registro das lideranças que participaram da reunião de forma presencial – Foto: Enzo Santiago

O dirigente lembrou da audiência pública, recém-realizada pela Alesc, para discutir a atual situação da cadeia produtiva. “A Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado estadual Altair Silva, promoveu essa audiência pública que oportunizou discussões relevantes sobre o tema. Representamos a Federação da Agricultura do nosso estado e, para nossa surpresa, a mobilização foi tão significativa que contou com mais de 700 pessoas. O evento resultou na criação de uma comissão que trabalhará estrategicamente junto ao governo federal e ao governo catarinense nas sugestões indicadas”.

Pedrozo também ressaltou que em janeiro deste ano levou à CNA, a preocupação com a queda constante no preço pago aos produtores. “A CNA imediatamente solicitou a aplicação de um antidumping provisório, pedindo a verificação dos preços do leite em pó importado da Argentina e do Uruguai”, afirmou.

As atividades seguiram com explanação do presidente da ALSB, Rodrigo Ramos Rizzo, que destacou a importância estratégica da reunião e mediou os debates. Entre os destaques da programação esteve a apresentação do Modelo de Negócios para exportação de lácteos, que focou nas oportunidades para ampliar a presença brasileira no mercado internacional e tornar a cadeia mais competitiva. A explanação foi conduzida pelo consultor Airton Spies e o objetivo é entregar a proposta ao CODESUL e ao BRDE.

“O documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho da Aliança está finalizado. Agora, estamos formatando para entregar de uma maneira formal ao CODESUL no mês de dezembro, com as adequações que cada uma das entidades julgar necessário”, afirmou Rodrigo Rizzo.

Outro item da pauta foi a apresentação do “Termo de Prorrogação” da ALSB, conduzida por Orlando Pessuti, representando o CODESUL. A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, representada por José Carlos de Faria Cardoso Junior, ampliou o diálogo da ALSB com outros Estados interessados em participar e fortalecer a Aliança Láctea Sul Brasileira.

Também ganhou ênfase a apresentação do presidente da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Caio Viana, e sua equipe que relataram o case sobre o status sanitário do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) da cooperativa. O encontro abordou, ainda, a definição da direção da ALSB para o período 2026–2027, que ficará sob responsabilidade da Faep, e abriu espaço para contribuições gerais dos participantes, que ampliaram o diálogo para fortalecer a cadeia produtiva.

Encontro produtivo para o futuro do setor

Rodrigo Rizzo fez uma avaliação positiva da reunião, destacando que foi produtiva ao trazer diversos itens de pauta que refletem o cenário atual do setor. Segundo ele, um dos temas de impacto foi a questão da brucelose e da tuberculose, apontada como uma melhoria ainda necessária para aprimorar todo o processo e fortalecer o acesso ao mercado internacional.

Na visão de Rizzo, a união das entidades tem sido fundamental, especialmente para enfrentar a ação antidumping movida pela CNA, relacionada ao leite em pó importado, principalmente do Uruguai e da Argentina, que tem prejudicado o setor. “Esse produto tem entrado no país e afetado tanto as indústrias, que perdem competitividade, quanto os produtores, que enfrentam a queda nos preços”, destacou.

Reunião discutiu os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor – Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

O presidente da Aliança Láctea frisou, ainda, que é importante seguir atento ao monitoramento que que vem sendo realizado em relação à ação antidumping movido pela CNA. “Também discutimos sobre as exportações e competitividade. Somos competitivos em praticamente todos os aspectos. Temos alta qualidade e excelência na produção do nosso leite. O único ponto que ainda precisamos melhorar é o preço. O Brasil ainda não é competitivo nesse quesito. Isso depende de tempo e de um trabalho interno que precisa ser realizado.”, ressaltou.

O presidente Pedrozo também avaliou positivamente o encontro. Em sua mensagem final, reforçou o papel da Aliança Láctea Sul-Brasileira como um fórum essencial para a articulação institucional, debate técnico e construção de estratégias conjuntas capazes de contribuir para a superação da crise enfrentada pelo setor e para impulsionar o desenvolvimento da cadeia láctea. “Agradeço a participação de todos e espero que esse encontro represente mais um passo para a busca por soluções que fortaleçam o setor, promovendo o crescimento não apenas nos Estados envolvidos, mas em todo o Brasil. “

Representação

Também participaram e contribuíram com suas que contribuíram com análises e encaminhamentos essenciais para o fortalecimento da cadeia láctea, as seguintes autoridades e representantes de entidades: o presidente do Sindileite/SC e Conseleite/SC, Selvino Giesel; o secretário adjunto da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, Admir Edi Dalla Cort; o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias; o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi;  o presidente do Sindileite/PR, Elias José Zydek; o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portela; o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni; representantes da Farsul e da Faep;  o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Marcio Fernando Nunes; o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Elias Verruck; o presidente do SILEMS, Abraão Giuseppe Beluzi; representantes da secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, da Secretaria de Articulação Nacional, representantes do Sindilat, do Sebrae/RS; Conseleite/RS; do Codesul/PR, da Epagri, da Cidasc; entre outros.

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar
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Bovinos / Grãos / Máquinas Pecuária no Pampa

Produtores da Campanha conhecem tecnologias para bovinos e gestão do clima

Tarde de Campo em Hulha Negra apresentou ferramentas de rastreabilidade, controle de pragas, nutrição animal e agrometeorologia aplicada ao campo.

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Fotos: Fernando Dias/Ascom Seapi

Produtores da região da Campanha gaúcha tiveram a oportunidade de conhecer, na terça-feira (18), tecnologias aplicadas à pecuária de corte durante a Tarde de Campo organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA). O evento ocorreu no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Sistemas Integrados e Meteorologia Aplicada (Cesimet).

O foco da atividade foram pesquisas e ferramentas práticas para manejo de bovinos, nutrição, controle de carrapatos, identificação biométrica e agrometeorologia, voltadas especialmente para produtores da região.

Segundo Gabriel Fiori, médico-veterinário do Cesimet e coordenador do evento, o objetivo é integrar pesquisa aplicada e necessidade do produtor. “Estamos apresentando uma seleção de experimentos e resultados-chave desenvolvidos pela Secretaria, após um longo período de interrupção desse tipo de atividade. Este momento simboliza a revitalização do Centro. As tecnologias e ferramentas demonstradas são direcionadas especialmente aos produtores da Campanha”, afirmou.

Fiori reforçou o papel estratégico do Cesimet para a região. “A força da pesquisa aplicada e da inovação está no coração do Pampa. Mais do que um centro de pesquisa, somos um espaço que integra produtores e poder público. Não é apenas um evento técnico, mas um ambiente de troca e construção de conhecimento conectado às tendências atuais”, completou.

Márcio Amaral, diretor-geral da Seapi, destacou a importância de conciliar produtividade e sustentabilidade. “O desafio é trabalhar em uma atividade que precisa aumentar a produtividade sem descuidar da questão ambiental. A pecuária está retomando força na região, e integrar lavoura e pecuária é o caminho ideal”, disse.

Agrometeorologia e planejamento do produtor

Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), apresentou dados em tempo real de 102 estações meteorológicas no Estado. O sistema permite ao produtor acessar informações sobre irrigação, umidade do solo e temperatura, tanto pelo site quanto pelo aplicativo gratuito. “Hoje contamos com previsão do tempo e dados agroclimáticos integrados. O produtor gaúcho tem, na tela do celular, informações essenciais para planejar suas atividades”, explicou Varone.

Geovanna Klassen Gielow, estudante de Agronomia da Urcamp, avaliou o aprendizado. “A palestra sobre clima agrometeorológico foi essencial para ver na prática a aplicação do que aprendemos na sala de aula”, comentou.

Rastreabilidade e sanidade animal

O controle de carrapatos foi apresentado pelo pesquisador José Reck Junior, do IPVDF/Seapi. O Rio Grande do Sul mantém testes gratuitos há 40 anos para avaliar a eficácia de carrapaticidas, um diferencial do Estado. “As condições climáticas da região favorecem a proliferação do carrapato durante grande parte do ano, e a resistência aos produtos usados no campo é um desafio constante”, disse.

A identificação biométrica de bovinos foi demonstrada pelo CEO da QR Cattle, Flávio Mallmann. A tecnologia permite rastrear cada animal, registrar sua localização georreferenciada e o tempo de permanência em cada propriedade. “Quando o animal se desloca, o sistema registra automaticamente essa mudança. A plataforma deve estar disponível ao público a partir de janeiro de 2026”, afirmou.

Além disso, o evento abordou nutrição e reprodução de bovinos, reforçando a integração entre pesquisa aplicada e necessidade produtiva da região.

Fonte: O Presente Rural com Seapi
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