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Melhor prevenir do que remediar. Conceito também vale para aqüicultura

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Em
outras criações intensivas é bastante comum trabalhar com conceitos de
prevenção e biosseguridade. Na aquicultura essas questões nem sempre tinham o
destaque que deveriam. “Tinham”, porque atualmente o setor técnico quer
conscientizar cada vez mais os produtores de que ser pró-ativo pode refletir nos
resultados de produtividade e, mais ainda, econômicos. No Paraná, a região do
município de Maripá tem investido muito na aquicultura e o assunto foi tema do
12º Ecnontro Regional de Psicultura, realizado em agosto. Na oportunidade, o
biólogo João Felipe Moutinho Sant’Anna, coordenador de território Aquicultura da
MSD Saúde Animal, falou sobre Manejo Sanitário Preventivo, tema sintonizado a
esse processo de informar e conscientizar o aquicultor. “Manejo preventivo é um
conceito inovador na aquicultura. Mas hoje temos tecnologias e manejos que
contemplam isso e devem ser aplicados”, menciona.

De
acordo com o biólogo, um dos principais conceitos referentes à prevenção é a
biossegurança, cuja implantação de programa específico na propriedade é
essencial para o futuro da atividade. Ele lembra que a biossegurança é amplamente
aplicada em outras atividades, o que tem colaborado para a progressão positiva
das atividades, caso da avicultura. O que se busca com um programa de
biossegurança, explica Sant’Anna, é implantar padrões de produção e controles
do ambiente, higiene, manejos, desinfeção, vetores de doenças (pragas e
outros), além de vacinação, entre outros. A intenção, com isso, é aumentar
também o padrão produtivo nas indústrias. 
“Hoje as indústrias têm arcado com problemas de carcaça, entre outros.
Mas a tendência é a responsabilidade desses problemas acabem sendo
compartilhados com os produtores como já acontece nas demais atividades”,
alerta. Mas a boa notícia é que a maioria deles (dos problemas) tem solução com
a prevenção e adoção de programas de biossegurança.

O
profissional da MSD acredita que essas medidas favorecem não só a indústria,
mas também o produtor, que poderá melhorar sua produtividade. Porque assim como
há tendência de compartilhar entre indústria e aquicultores as condenações de
carcaça, também deve começar a haver bonificações.

Detalhes

João
Moutinho Sant’Anna expõe que a higienização e desinfecção nada mais é que
manter padrões que evitem contaminação. Ele usa mais uma vez a avicultura como
exemplo: “Não se pode entrar em um aviário de uma propriedade e depois entrar
em outra sem tomar medidas de prevenção sanitárias. Assim também é preciso
também cuidados com detalhes na aquicultura. Uma caixa usada para transportar o
peixe de uma propriedade a outra precisa passar por desinfecção e não se pode jogar
a água do tanque do primeiro local no açude do segundo”, expõe, lembrando que
equipamentos e pessoas podem estar transportando microrganismos e doenças de um
ambiente a outro, como é o caso de rede de arrasto e tarrafa, que produtores
costumam compartilhar ou emprestar entre si.

Para
evidenciar como a situação é delicada, o biólogo menciona que uma bactéria que
hoje em dia vem causando dor de cabeça na tilapicultura brasileira veio com a
importação de peixes ornamentais. “Se não houver biossegurança, o risco é
iminente. Ele lembra que a desinfecção de equipamentos é algo muito simples de
se fazer e, inclusive, podem ser utilizados produtos específicos, indicados por
um técnico.

 Controle

Outro
item mencionado pelo coordenador de território da MSD é o controle de doenças e
de pragas. Segundo ele, pelo fato de não haver o contato direto do
aquicultor  com os animais, alguns
aspectos podem ser negligenciados ou não tão terem a devida atenção. No caso do
controle de pragas na propriedade, seja insetos ou roedores, a medida pode
prevenir vários problemas.  Conforme
Sant’Anna, alguns desses vetores podem contaminar a ração ou transmitir doenças
aos peixes ou até mesmo zoonoses. “Um gargalo é que não temos garantia do
quanto isso pode estar acontecendo, mas sabemos que muitos casos de mortalidade
estão ligados à contaminação por pragas”, alerta.

O
técnico expõe que é sempre preciso analisar que tipo de doenças está acometendo
a cultura, quais bactérias ou parasita e o que está levando pro açude o
problema. Cita a importância de coleta de peixes para análises mais
aprofundadas, até mesmo com a utilização de laboratório, para que o diagnóstico
seja o mais preciso possível. “Por isso é importante o monitoramento do
produtor para agir preventivamente, conhecendo o comportamento de doenças
oportunistas, em que período ocorrem, fatores que pré-dispõe a elas e tudo que
tenha influência. Se a doença for detectada precocemente, fica mais fácil fazer
a interferência curativa”, ressalta, lembrando que a prevenção também passa por
cuidados com a nutrição adequada e a rigidez no manejo da produção.

Leia a matéria completa na edição impressa de O Presente ou na edição on-line.

Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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