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Mega Encontro Senepol presencial está de volta

ABCB Senepol reunirá associados e criadores em Uberlândia para o principal evento da raça no País e um dos maiores do mundo

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Foto: Divulgação

Os pecuaristas de todo o país terão, de 27 de agosto a 7 de setembro, uma grande oportunidade de conhecer umas das raças que mais crescem na pecuária brasileira. O Mega Encontro Senepol, que será realizado em Uberlândia (MG), durante o Camaru 2022, é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol, a ABCB Senepol. Trata-se do principal evento no calendário anual da entidade.

A expectativa para essa edição do Mega Encontro Senepol é muito grande – será o primeiro encontro nacional presencial depois de dois anos no formato virtual em razão da pandemia. O presidente da ABCB Senepol, Itamar Netto, observa que as edições virtuais atenderam aos objetivos, mas que a feira presencial tem uma série de atrativos, em especial o contato direto com os animais e também a interação com outros criadores e amigos produtores. Dessa forma, o evento cumpre seu papel como fomentador de negócios e como espaço de relacionamento e confraternização entre os associados e usuários da raça.

“Vamos resgatar esse formato de evento pelo qual há um clamor de grande parte da sociedade pecuária, de poder ir a uma feira e ver pessoalmente o que tem de novidades”, afirma Itamar Netto. O encontro terá palestras com temas de interesse dos criadores, entre eles o cruzamento de touro Senepol com fêmeas de outras raças, notadamente a Nelore. Serão mostrados os resultados dessa cruza, que o presidente da entidade define como fantásticos, por oferecer um bezerro de grande precocidade e qualidade.

O diretor de Marketing da associação, Giuliano Wassall, afirma que nesse período sem eventos presenciais da raça, muitos criadores ingressaram na entidade, especialmente das regiões Norte e Nordeste, áreas em franca expansão. O Mega Encontro será, portanto, a oportunidade de receber esses sócios pela primeira vez na “casa” da associação, que é Uberlândia. Wassall destaca que o Mega Encontro Senepol é o maior evento da raça no mundo, pelo número de animais expostos e de criadores reunidos.

 

Pesquisa – Outro tema importante a ser abordado no encontro é o incremento da pesquisa genômica no Senepol. “Hoje conseguimos encontrar pelo genoma os marcadores negativos que não interessam para a manutenção da raça Senepol, como as manchas brancas, o pelo longo ou a musculatura dupla”, explica o presidente Itamar Netto.

O estudo do genoma é dinâmico e constante e tem contribuído para o melhoramento genético da raça, aumentando a acurácia das DEPs (diferença esperada na progênie) e, consequentemente, permitindo a realização de acasalamentos mais assertivos que produzem animais superiores a cada geração. Numa realidade mundial de demanda crescente de alimentos, será preciso produzir cada vez mais e em menos tempo. “Somente através da pesquisa é que vamos conseguir avançar com resultados muito significativos”, diz o presidente.

A evolução alcançada pela raça permite ter um animal meio sangue pronto para o abate, no caso do cruzamento com fêmea Nelore, com 16 meses de idade, peso de 18 arrobas e um acabamento de carcaça excelente. Isso torna a carne do Senepol muito saborosa, não ficando nada a dever para nenhuma outra proteína animal do mercado.

“O cruzamento do Senepol com outro animal, Nelore por exemplo, vai resultar num bezerro meio sangue de grande qualidade e precocidade, de maciez da carne e de uma docilidade encantadora”, destaca Itamar Netto. O Senepol é uma raça muito tranquila, calma. E sem estresse, o animal tem como se desenvolver mais rápido e de agregar grande conversibilidade alimentar. Assim, ele come menos e converte mais, o que gera uma economia de escala e melhores resultados aos criadores.

Evento com transmissão online – Giuliano Wassall acrescenta que o evento será também virtual, com a programação de cursos e palestras transmitidos via Youtube. Esse é um legado do aprendizado adquirido durante a pandemia, quando só era possível realizar eventos online. “Sabemos que nem todos têm condições de vir participar de um evento presencial”, justifica Wassall. Os criadores que estão em regiões muito distantes e não terão como ir à feira poderão assistir todos os conteúdos virtualmente. “Queremos levar esse conhecimento para o maior número possível de criadores da raça.”

O diretor de Eventos da ABCB Senepol, Alberto Zerlotini, afirma que o Mega Encontro terá como novidade um curso de cortes de carne e churrasco com o digital influencer, açougueiro e churrasqueiro Vitão Vieira, além da programação de palestras técnicas voltadas tanto para criadores iniciantes quanto para aqueles com mais tempo de raça. O lounge da associação terá degustação de carne de Senepol e será ponto de apoio para dois leilões que acontecerão durante o evento.

Zerlotini ressalta que os criadores estão ansiosos pela volta das exposições. “O evento sempre foi marcado pelo encontro de criadores de todo o país. Muitos passam a se conhecer pessoalmente e com isso há troca de experiência e realização de negócios.”

 

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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