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MBRF alcança nota máxima em avaliação ambiental internacional
Grupo obteve classificação Triplo A do CDP em clima, água e florestas com base nos dados de 2024.

A MBRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, é Triplo A no CDP, organização global sem fins lucrativos que administra o principal sistema independente de divulgação ambiental do mundo. O resultado é referente ao ano de 2024, período em que Marfrig e BRF foram avaliadas separadamente. No ciclo, a Marfrig obteve, pelo segundo ano consecutivo, nota máxima nas três categorias — Clima, Segurança Hídrica e Florestas —, integrando o seleto grupo de empresas que alcançaram performance máxima em todas as frentes. A BRF também apresentou progressos expressivos, e integra A List do CDP nas dimensões de Clima e Segurança Hídrica, além de manter A- em Florestas.
A pontuação A representa o mais alto nível de liderança ambiental, indicando que a empresa está divulgando de forma transparente dados abrangentes e tomando medidas significativas para mitigar os impactos ambientais.
Com 25 anos de história, o CDP incentiva empresas a reduzir emissões de gases de efeito estufa, preservar recursos hídricos e proteger ecossistemas. Seus critérios de avaliação consideram a gestão eficiente e as metas de redução de emissões, as políticas de uso responsável da água, as ações de conservação de florestas e a atuação junto à cadeia de fornecedores. As companhias são classificadas de A a D, sendo A para as exemplares em transparência e sustentabilidade.
“Esse resultado reflete a consistência da plataforma de sustentabilidade que estruturamos ao longo dos últimos anos, ancorada em práticas que conciliam produtividade, conservação dos recursos naturais e proteção da biodiversidade. Marfrig e BRF já trilhavam esse percurso de forma convergente, guiadas por uma mesma visão ambiental. Com a fusão concluída em 2025, os desempenhos de ambas no CDP passam a integrar a trajetória ESG da MBRF, ampliando nossa capacidade de gerar impacto positivo. A união de duas companhias historicamente reconhecidas por sua gestão socioambiental fortalece o posicionamento da MBRF, que já nasce como referência no setor, e reafirma nosso compromisso com uma produção de alimentos cada vez mais sustentável,” afirma Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da MBRF.
Sustentabilidade na MBRF
Os pilares da plataforma de sustentabilidade da MBRF abrangem o uso eficiente de recursos naturais — como água e energia —, a redução das emissões de GEE e a gestão responsável da cadeia de fornecimento, com foco no controle de origem, no combate ao desmatamento e na promoção da inclusão social, entre outros aspectos.
O Programa Verde+ reforça esse compromisso ao trabalhar para garantir uma cadeia de suprimentos 100% monitorada, livre de desmatamento e conversão e de baixa emissão. Estruturado nos princípios de produção–conservação–inclusão, o programa se apoia em três frentes: a incorporação de tecnologias de monitoramento e rastreabilidade; a assistência técnica voltada ao desenvolvimento dos produtores; e mecanismos financeiros que incentivam práticas sustentáveis. Como resultado, a MBRF monitora 100% dos fornecedores diretos e indiretos de grãos nos biomas brasileiros. Na cadeia de bovinos, a companhia também alcançou 100% de monitoramento dos fornecedores diretos e, entre os indiretos, já atinge 91,4% na Amazônia e 88,4% no Cerrado.
Para mitigar os efeitos da mudança do clima e contribuir para uma economia de baixo carbono, a MBRF estabeleceu compromissos e metas de redução das emissões de gases de efeito estufa validados pela Science Based Targets initiative (SBTi), alinhados ao objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 ºC, conforme o Acordo de Paris. O plano de ação da companhia concentra-se na construção de uma cadeia livre de desmatamento, na agropecuária de baixo carbono, na transição energética e na eficiência operacional — áreas em que vem avançando de forma consistente.

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VBP do Amazonas cresce e chega a R$ 5,84 bilhões em 2025
Projeção do Mapa aponta avanço da produção agropecuária do estado, com destaque para a mandioca e a pecuária.

O Valor Bruto da Produção (VBP) do Amazonas deve atingir a marca histórica de R$ 5,84 bilhões em 2025, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O resultado representa um salto significativo de 45,6% em relação aos R$ 4,01 bilhões registrados em 2024. Contudo, o expressivo crescimento nominal não altera a posição relativa do estado, que permanece com um dos menores VBP agropecuário do Brasil, evidenciando um abismo estrutural em comparação aos grandes polos produtores.
Enquanto o Amazonas projeta uma expansão acelerada, o VBP total do Brasil apresenta uma trajetória mais estável, porém em patamares monumentais. O valor nacional para 2025 está estimado em R$ 1,412 trilhão, um leve recuo frente aos R$ 1,424 trilhão consolidados em 2024.
Essa divergência de tendências, o Amazonas crescendo enquanto o Brasil sinaliza estabilidade — revela um descolamento da economia agrícola amazonense. Enquanto a dinâmica nacional é ditada pelas cotações internacionais de commodities e pelo câmbio, o desempenho do Amazonas reflete uma recuperação interna e o fortalecimento de cadeias voltadas ao consumo regional. Atualmente, a participação do Amazonas no VBP brasileiro é de apenas 0,41%, o que significa que, para cada R$ 100,00 gerados pelo agro no país, o estado contribui com apenas 41 centavos.
Raio-X da Produção: Mandioca lidera e Pecuária sustenta base
A composição do VBP amazonense em 2025 mostra uma predominância das lavouras (70%, ou R$ 4,09 bilhões) sobre a pecuária (30%, ou R$ 1,74 bilhão). No topo do ranking, a mandioca consolida-se como o principal motor econômico, projetando R$ 2,99 bilhões em 2025, um aumento substancial sobre os R$ 1,69 bilhão de 2024.
Bovinos: Segunda maior força do estado, deve gerar R$ 1,36 bilhão em 2025, um crescimento de 12,3% em relação aos R$ 1,21 bilhão de 2024.
Ovos: Atividade de destaque, saltou de R$ 294,6 milhões para R$ 343,2 milhões (+16,5%).
Evolução Histórica
A análise do gráfico histórico (2018-2025) mostra que o Amazonas viveu um período de oscilação entre 2020 e 2022, com uma queda acentuada em 2022 (R$ 2,83 bilhões). A partir de 2023, o estado iniciou uma trajetória de recuperação que culmina na projeção recorde de 2025.
Este crescimento, embora expressivo em percentuais, é caracterizado tecnicamente como uma expansão sobre uma base pequena. A trajetória indica um fortalecimento estrutural de culturas de subsistência e mercado interno (mandioca e banana), mas ainda mostra baixa penetração em cadeias globais, como o trigo (inexistente nos registros do estado) ou suínos e frangos, que não figuram no topo do ranking estadual.
Os dados divulgados pelo Mapa em 21 de novembro reforçam que o desafio do agronegócio amazonense é a escala. O estado ocupa o 18º lugar no ranking de estados no VBP do país. A forte dependência da mandioca, que responde por cerca de metade de todo o VBP estadual, aponta para uma concentração produtiva que torna a economia rural vulnerável a variações de preços dessa cultura específica, evidenciando a necessidade de diversificação e integração produtiva para reduzir a marginalidade econômica frente ao restante do país.
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Pescadores precisam regularizar registro até 31 de dezembro
Envio do REAP é obrigatório para manter o RGP ativo e garantir o acesso ao seguro-defeso; ministério intensifica auditorias e alerta para cancelamentos.

Opescador e a pescadora profissional têm até 31 de dezembro para enviar o Relatório Anual de Exercício da Atividade Pesqueira (REAP) no sistema PesqBrasil, do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). O prazo é fundamental para manter o Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) ativo e garantir o direito ao seguro-defeso.
O REAP é o documento que comprova que o trabalhador exerceu regularmente a pesca ao longo do ano. Nele, são informados, mês a mês, os volumes pescados, as espécies capturadas e os locais de pesca. Sem esse envio, o RGP fica irregular e o pescador não poderá acessar benefícios, como o seguro-defeso.
Registros estão sendo auditados
O MPA reforça que todas as informações declaradas passam por verificação. Segundo a secretária Nacional de Registro, Monitoramento e Pesquisa da Pesca e Aquicultura, Carolina Dória, o ministério já vem realizando um amplo processo de fiscalização. “O Ministério está conferindo todos os registros e cancelando aqueles que não estão ativos. Já foram mais de 300 mil cancelados apenas neste ano”, afirmou.
Ela também alerta que o preenchimento do REAP deve refletir a realidade da atividade exercida. “O seguro-defeso é um direito de quem vive da pesca. Quem não exerce a atividade e mantém registro ativo pode ser responsabilizado”, completou.
RGP e CIN
Para enviar o REAP, é necessário que o pescador esteja com o RGP ativo e regular. Além disso, até o prazo final, também é obrigatória a Carteira de Identidade Nacional (CIN), que passa a ser exigida tanto para a manutenção do RGP quanto para o envio do relatório.
A adoção da CIN permite ao Governo Federal integrar as bases de dados e aumentar a segurança na concessão do seguro-defeso e de outros benefícios sociais, como o Bolsa Família, reduzindo fraudes e garantindo que os recursos cheguem a quem realmente trabalha na pesca.
Como preencher o REAP
O preenchimento é feito de forma online e leva poucos minutos:
Acesse o Sistema PesqBrasil, do Ministério da Pesca e Aquicultura
Clique na opção “Manutenção” do seu cadastro
Entre no módulo REAP
Informe os dados da sua atividade pesqueira (espécies, quantidades, métodos e locais de pesca)
Envie o relatório
O acompanhamento pode ser feito no próprio menu “Manutenção”.
Não deixe para a última hora. O prazo termina no dia 31.
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Invasão de fazenda no Noroeste do Paraná acende alerta no campo
Sistema Faep repudia ação em Xambrê, cobra reintegração imediata e aponta risco à segurança jurídica e aos investimentos na produção agropecuária.

O Sistema Faep manifesta repúdio à invasão da Fazenda Santa Fé, no município de Xambrê, na região Noroeste do Paraná, neste sábado (27), por 250 integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) e do Movimento de Terra e Alimento. Diante do ocorrido, o presidente da entidade, Ágide Eduardo Meneguette, solicitou apoio ao secretário estadual de Segurança Pública, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, para a imediata reintegração de posse.
Desde a invasão, equipes da Polícia Militar do Paraná, por meio do 25º Batalhão, com sede em Umuarama, estão no local. O acesso à fazenda permanece fechado e controlado pelas forças policiais.
Nos últimos meses, a escalada de invasões promovidas tem gerado insegurança entre produtores paranaenses. Para o presidente do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette, a invasão de propriedades produtivas e privadas constitui ato ilegal e afronta direta ao Estado de Direito, além de comprometer a produção agropecuária e desestimular investimentos no setor.
“Não vamos aceitar que grupos organizados desrespeitem a lei e coloquem em risco a segurança dos nossos produtores rurais”, afirma Meneguette. “O meio rural não pode estar atrelado a práticas ilegais e coercitivas promovidas por grupos criminosos. Essas ações enfraquecem as instituições, prejudicam o andamento de políticas públicas e ameaçam a segurança jurídica, um risco grave para o desenvolvimento do setor agropecuária”, complementa.
O Sistema Faep segue acompanhando o caso, dando suporte aos proprietários, por meio do Sindicato Rural de Umuarama, e cobrando a imediata reintegração de posse. Para a entidade, esse procedimento gera instabilidade, desestimula investimentos no campo e favorece a atuação de grupos que agem à margem da lei.



