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Suínos / Peixes Nutrição

Maximizando os benefícios de seu comedouro seco/úmido

Regular os bebedouros para o fluxo de água correto no comedouro é chave para o sucesso e a melhor performance

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Artigo escrito por Todd Heisterkamp, diretor executivo da Crystal Spring Hog Equipment

Uma das perguntas mais frequentes que escutamos de produtores que resolveram adotar a alimentação seco/úmida em comedouros é: “E agora? Como faço para maximizar meu investimento?” A resposta é bastante simples: maximizar os benefícios de um comedouro seco/úmido não é nenhum “bicho de sete cabeças”. O que é importante entender, no entanto, é que as recomendações e o manejo são diferentes dos de um comedouro seco ou de outros métodos de alimentação mais comuns, e, portanto, é fundamental que o comedouro seco/úmido funcione como tal.

Com este entendimento, aliado ao treinamento do pessoal da granja e estímulo para que a equipe adote esta nova cultura e manejo, o sucesso e resultados que podem ser extraídos deste novo método não tardam a chegar. Buscar equipamentos confiáveis é chave para evitar que “o tiro saia pela culatra”.

Manejo de comedouros seco/úmidos

Regular os bebedouros para o fluxo de água correto no comedouro é chave para o sucesso e a melhor performance. Sem a compreensão deste princípio básico, muitos produtores podem notar muita ou pouca ração na base do comedouro, o que geralmente os leva a ajustar o fluxo de ração para mais ou para menos. Porém se o fluxo de água nas chupetas dos comedouros é inadequado, apenas ajustar o fluxo de ração não vai resolver o problema, aliás pode causar problemas ainda maiores.

Se o fluxo de água nos bebedouros é alto demais, ou inconsistente, os animais tendem a trazer mais ração para a mistura, para tentar compensar o excesso de água. Aí, como a mistura fica líquida demais, eles vão tocando mais e mais ração para a bandeja inferior do comedouro para compensar isso e tentar chegar à consistência desejada. Só que chega uma hora que tem tanta ração umedecida na base do comedouro que o fluxo de animais comendo não é suficiente para consumi-la e a ração acaba azedando e sendo desperdiçada. Os suínos não querem uma sopa, querem apenas uma ração umedecida, em estilo “papa”.

Outro problema comum é a ração engomar na parte superior da bandeja do comedouro, fenômeno que acontece porque os animais ficam com a face muito úmida pelo alto fluxo de água e como tentam constantemente trazer ração seca para a parte inferior do comedouro, esta ração vai engomando e trava o fluxo de ração na bandeja.

Por outro lado, se o fluxo de água dos bebedouros é muito baixo, o comedouro acaba trabalhando muito mais como um comedouro seco ao invés de seco/úmido, fazendo com que os tão sonhados benefícios da alimentação seco/úmida simplesmente desapareçam.

Manejo de fontes de água suplementares com comedouros seco/úmidos

Outro ponto crucial para extrair a máxima performance da alimentação seco/úmida é repensar todo o manejo da água no galpão. Erro muito comum é não contar as chupetas dos comedouros como fontes de água para os animais ao fazer o cálculo de chupetas necessárias por animal em cada baia.

As chupetas dos comedouros, desde que apresentem vazão de água correta para a fase de crescimento do suíno, não só devem ser contabilizadas como chupetas disponíveis, mas devem ser encaradas como a principal fonte de água dos animais, deixando as fontes suplementares, como diz mesmo o nome, apenas para a suplementação de água em condições de ambiência severas e à medida que os animais vão chegando a pesos mais elevados.

O principal benefício da alimentação seco/úmida é estimular o consumo e reduzir o desperdício. É isso que faz com que este método tenha os melhores índices de GPD (ganho de peso diário) e CA (conversão alimentar). Ao estimular o uso das chupetas nos comedouros, os animais automaticamente comem enquanto bebem água, garantindo assim melhor consumo e conversão. Sem falar dos benefícios de um lote mais homogêneo.

Lembrando que em um galpão nenhum elemento funciona bem sozinho. Ventilação, ambiência, densidade da baia, espaço de comedouro por animal, qualidade da água e da ração, genética e nutrição impactam a forma de pensar seu manejo e afetam a escolha de equipamentos que sejam os mais adequados para este conjunto de fatores. Cada um destes fatores precisa trabalhar junto, como em um time de futebol, que precisa estar em perfeita sintonia para que o resultado seja uma goleada.

Você deve estar pensando que tudo isso parece muito complicado, mas na verdade não é. Tudo pode ser muito simples, desde que estes princípios de manejo básicos sejam compreendidos e sua equipe esteja disposta a abraçar esta nova forma de trabalhar, e fazer da alimentação seco/úmida uma fonte de sucesso e de benefícios de longo prazo.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Pesquisadores adaptam técnica que acelera o crescimento do tambaqui

Por meio de um equipamento de pressão, é possível gerar um par a mais de cromossomos no peixe, gerando animais triploides e favorecendo o seu crescimento. Técnica foi adaptada de versões empregadas em criações de truta e salmão no exterior. Método gera animais inférteis, o que possibilita criações em regiões em que o tambaqui é exótico, uma vez que eventuais escapes não impactarão a fauna aquática local no longo prazo.

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Além do crescimento mais rápido e do peso maior do tambaqui, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa - Foto: Siglia Souza

A Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) estuda uma técnica capaz de deixar o tambaqui (Colossoma macropomum) aproximadamente 20% maior e mais pesado. A técnica consiste em gerar, por meio de aplicação de pressão nos ovos fertilizados, peixes com três conjuntos de cromossomos (triploides) – em condições naturais são dois conjuntos – para deixar o peixe infértil. Com isso, ele cresce e engorda mais rápido do que em condições normais. A pesquisa faz parte da tese de doutorado de Aldessandro Costa do Amaral, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sob a orientação da pesquisadora Fernanda Loureiro de Almeida O´Sullivan.

Além do crescimento mais rápido, a esterilidade provocada pela técnica de produção de peixes triploides é uma vantagem para a disseminação da piscicultura nativa. “Quando você tem um peixe estéril, abre a possibilidade de regularização de seu cultivo em uma região onde ele seja exótico”, ressalta a pesquisadora. Isso porque, em caso de escape para a natureza, os animais estéreis não ofereceriam risco de se reproduzir em regiões das quais eles não fazem parte como, por exemplo, a Bacia do Prata, no Pantanal. “Assim, você expande os locais em que a espécie pode ser cultivada, mediante a regularização da atividade”, destaca a cientista.

A tecnologia já é empregada no exterior em peixes como salmão e truta, e o maior desafio era adaptá-la para o tambaqui, a segunda espécie mais produzida no Brasil. “Nas pisciculturas de truta na Escócia, o peixe cultivado tem que ser obrigatoriamente triploide, para não desovar. Como essas espécies são criadas em gaiolas no mar, precisam ser estéreis para não se reproduzir, o que causaria uma contaminação genética na população natural. Por isso é uma obrigação que todos os peixes sejam triploides”, explica a pesquisadora, acrescentando que a técnica em si não é nova; a novidade está na aplicação em peixes nativos brasileiros. “É uma tecnologia antiga, relativamente simples e de grande efeito na aquicultura, que estamos adaptando para o tambaqui.”

Equipamento de pressão para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes – Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

Equipamento importado
A pesquisa faz parte do projeto Aquavitae, o maior consórcio científico já realizado para estudar a aquicultura no Atlântico e no interior dos continentes banhados por esse oceano. Por meio do Aquavitae, a Embrapa utilizou de 2019 até 2023, para os primeiros testes dessa técnica, um equipamento de pressão próprio para a indução de poliploidia de cromossômica em peixes. A empresa norueguesa Nofima cedeu o equipamento para os experimentos na Embrapa Pesca e Aquicultura. Trata-se de aparelho de grande porte que opera de forma automática, bastando regular a pressão e o tempo desejados. A máquina é inédita no Brasil. “O aparelho que mais se assemelha pertence à Universidade de Santa Catarina, porém, a aplicação da pressão é manual”, conta a pesquisadora.

Como é a técnica utilizada?
O´Sullivan explica que a pesquisa buscou definir três parâmetros cruciais para induzir à triploidia. Primeiro, o tempo após a fecundação do ovo em que se deve iniciar o choque de pressão. Depois, foi preciso definir a intensidade da pressão a ser aplicada para o tambaqui, e, por fim, a equipe teve que descobrir a duração ideal da pressão. “Tivemos que identificar esses três parâmetros para o tambaqui ao longo do projeto”, explica a cientista.

Para realizar a técnica, são utilizados um milhão de ovos recém fertilizados, que vão para a máquina de pressão. Em seguida ao choque de pressão, os ovos vão para as incubadoras comumente usadas e o manejo é igual à larvicultura tradicional e à alevinagem. A quantidade de ração também é a mesma por biomassa; apenas os peixes começam a crescer mais. A pesquisadora conta que o protocolo para obtenção de 100% de triploides levou cinco anos para ser alcançado, após vários testes-piloto.

À esquerda, animais convencionais e, à direita, peixes submetidos ao processo de indução de poliploidia. Ambos originários da mesma desova e de idades idênticas.

Em seis meses, 20% maior
Durante a pesquisa, que avaliou o ciclo de crescimento e engorda do tambaqui triploide durante seis meses, observou-se que o peixe ficou 20% maior e mais pesado que os irmãos que não tinham passado pelo choque de pressão (usados como controle). O próximo passo da pesquisa é fazer uma avaliação durante o ciclo completo de crescimento da espécie, que dura 12 meses. “Produzimos um novo lote de triploides que deixaremos crescer até chegarem a um quilo. Se o resultado for o mesmo que tivemos com o peixe de seis meses, eles vão chegar a um quilo em menos de 12 meses”, calcula a pesquisadora, acrescentando que também estão sendo avaliadas a sobrevivência larval e a ocorrência de deformidades nesses peixes.

Outra característica que preocupa os pesquisadores são as consequências da triploidia no sistema imunológico destes peixes. Resultados preliminares indicam que o tambaqui triploide pode ter uma resistência reduzida a condições desafiadoras, como alteração da temperatura da água. Por isso, segundo a pesquisadora, antes que a tecnologia seja repassada para o setor produtivo, serão realizados estudos para a validação completa da técnica de produção de tambaquis triploides. “O primeiro passo era conseguir obter um protocolo que nos desse 100% de triploidia em tambaqui. Ficamos muito felizes e esperançosos de termos alcançado esse objetivo. Agora, outros estudos vão avaliar as vantagens e possíveis desvantagens dessa técnica na produção da espécie”, conclui Fernanda O’Sullivan.

Produção de tilápia usa outra técnica
Embora a infertilidade dos peixes seja uma vantagem para o crescimento do animal e para a expansão a novas regiões de produção, a triploidia não é indicada para a tilápia (Oreochromis niloticus), a espécie mais produzida no Brasil. Segundo a pesquisadora, há para a tilápia uma técnica mais econômica, que promove a criação do monosexo do macho pelo tratamento com hormônio para esse fim.

“A tilápia também tem protocolo de triploidia desde 1980, mas não estão mais usando, pois fica mais barato fazer a masculinização pela ração”, ressalta O´Sullivan. Ao contrário do tambaqui, em que as fêmeas são maiores do que os machos, na tilápia, os machos é que são maiores. Assim, foram desenvolvidas técnicas para masculinizar as larvas da tilápia. Ainda, para se fazer a triploidia, os ovos devem ser fertilizados in vitro, ou seja, artificialmente. E a produção de larvas de tilápias hoje se baseia na reprodução natural dos casais e coletas dos ovos já em desenvolvimento.

No caso da criação de monosexo da tilápia, quando os alevinos começam a comer, é oferecida ração com metiltestosterona. Isso faz com que todos os peixes se tornem machos. Com a produção exclusiva de machos, além de acelerar o crescimento, evita-se problemas de reprodução desenfreada da espécie, que é exótica no Brasil.

A pesquisadora ressalta que a técnica do monosexo nada tem a ver com a triploidia. “A técnica empregada no peixe triploide está ligada ao crescimento e à esterilidade. A esterilidade é muito importante, porque é uma característica que o monosexo não tem. Os peixes são do mesmo sexo, porém são férteis”. Ela conta que a Embrapa já está pesquisando produzir monosexo de tambaqui feminino, também pelo uso da ração – no caso, acrescida de estradiol.

Fonte: Assessoria Embrapa Pesca e Aquicultura
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