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Mato Grosso transforma carne bovina em referência mundial de qualidade

Estado deixa de ser apenas o maior exportador do Brasil para se consolidar como fornecedor de carne premium, com cortes valorizados no mercado internacional.

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Fotos: Shutterstock

Além do volume exportado de carne bovina por Mato Grosso, o maior entre os estados brasileiros e o 9º se o estado fosse um país, tem chamado a atenção na última década também a excelência da proteína animal que produz, comparável às melhores carnes do mercado internacional. Entre os cortes de alto padrão disponíveis em território mato-grossense está a Wagyu, uma das carnes mais valorizadas do mundo.

Se há algumas décadas era necessário buscar carnes de outros estados para encontrar qualidade superior, hoje a pecuária de Mato Grosso entrega produtos com alto valor agregado, destacando-se pelo bom marmoreio, a gordura entremeada que confere maciez e suculência à carne.

Mestre churrasqueiro com quase 20 cursos em seu currículo, Waldez Souza Miranda afirma que a carne produzida no estado está entre as melhores do mundo, com atributos semelhantes aos cortes exportados por países como Uruguai, Argentina e Estados Unidos. “Em Mato Grosso, não existe carne de baixa qualidade. A dedicação do criador, do nascimento ao abate, é algo impressionante e resulta em uma carne fenomenal, de altíssimo padrão”, explica Waldez.

“Somos o maior exportador de carne bovina do Brasil. Nossa carne é extremamente saborosa e não perde para nenhuma outra no mundo. Hoje, não precisamos mais sair de Mato Grosso para consumir carne premium, com ótimo marmoreio. É um gado criado a pasto, com melhoramento genético, que nos proporciona uma carne de excelência”, enfatiza o churrasqueiro.

Raça mais comum no rebanho mato-grossense, o Nelore também passou por melhoramentos nas últimas décadas na

busca por uma carne de mais qualidade. Entre os projetos que têm esse objetivo está a Confraria da Carcaça Nelore, que reúne integrantes de todo o país neste trabalho que aumenta o rendimento e agrega mais valor ao produto. “Estou nesse projeto há 10 anos, que trabalha para que o Nelore tenha mais carne e, também através da genética, estamos incluindo a uma melhor qualidade da carne, inserindo marmoreiro. Dessa forma conseguimos enviar para o mercado um animal de carne de excelente qualidade”, explica o pecuarista há mais de 30 anos, Marco Túlio Duarte Soares.

Para o diretor de Projetos do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade, o perfil do consumidor, tanto no mercado interno quanto no externo, mudou na última década, com aumento na busca por proteína animal de alto valor agregado. “Essa mudança é positiva e demonstra o reconhecimento da qualidade da nossa carne, tanto no Brasil quanto no exterior. Antes, os melhores cortes eram quase exclusivamente destinados à exportação. Agora, os mato-grossenses também têm acesso à mesma excelência que chega a outros países”, destaca Andrade.

“O estado já era referência em boas práticas na pecuária e, agora, se consolida como fornecedor de carne premium para o Brasil e para o mundo. Até mesmo os estabelecimentos regionais estão investindo na carne local como um produto diferenciado, com forte apelo de origem e sabor”, acrescenta o diretor do Imac.

Mato Grosso no centro das atenções do mercado global
A qualidade da carne produzida no estado será um dos temas abordados no World Meat Congress (Congresso Mundial da Carne), um dos maiores eventos do setor no mundo, que será realizado pela primeira vez no Brasil, em outubro, em Cuiabá.

O congresso já passou por países como Estados Unidos, Austrália, Argentina, México, Uruguai e Holanda. Em 2025, terá como tema “Sustentabilidade e Inovação Tecnológica”, reforçando o compromisso com o futuro da produção de proteína animal. O evento reúne representantes de toda a cadeia produtiva e promove o intercâmbio global de conhecimento e experiências.

Fonte: Assessoria Imac

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Regeneração de pastagens e sistemas integrados ganham protagonismo na pecuária brasileira

Especialistas destacam que eficiência produtiva, solo saudável e adoção de ILPF são caminhos centrais para uma pecuária sustentável e de baixo carbono.

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Foto; Gabriel Faria

A regeneração de pastagens degradadas e a adoção de sistemas integrados de produção devem ocupar o centro da estratégia da pecuária brasileira para os próximos anos. Essa visão foi defendida por Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS, durante sua participação no VEJA Fórum de Agronegócio, realizado nesta segunda-feira (24), em São Paulo.

Ao participar do painel “Agricultura Sustentável: como produzir sem desmatar”, o executivo ressaltou que a eficiência produtiva e a sustentabilidade caminham juntas para garantir a perenidade do negócio. Com atuação em 20 países e relacionamento diário com centenas de milhares de produtores, a JBS enxerga a saúde da cadeia de fornecimento como prioridade. “A produção pecuária e agrícola precisa prosperar por muitos anos, não apenas por alguns. Se os produtores não forem bem, toda a cadeia não irá bem”, explicou.

Dias também analisou a mudança de paradigma no setor: se antes o foco estava exclusivamente no volume de produção, hoje a degradação e a queda de produtividade, especialmente em áreas de abertura mais antigas, impulsionaram uma nova mentalidade voltada à longevidade e à qualidade do solo.

Segundo Dias, essa agenda regenerativa é um imperativo de gestão, focada na melhoria contínua do ativo ambiental. “É fundamental garantir que a fazenda seja mantida em condições de produtividade superior a cada ano, demonstrando que a exploração pecuária de longo prazo é totalmente sustentável”, afirmou.

O executivo reforçou a singularidade do modelo brasileiro, capaz de acomodar duas ou três safras na mesma área. Nesse contexto, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) surge como ferramenta vital. A presença animal no sistema não apenas diversifica a renda, mas eleva a biologia do solo e sua capacidade de estocagem de carbono. “Colocar animais numa área aumenta a vida do local, eleva a qualidade da terra e mantém o solo coberto durante todo o ano”, explicou Dias. De acordo com o executivo, a eficiência gerada pela ILPF, somada à redução da idade de abate dos animais, resulta em menor pressão por desmatamento e queda nas emissões entéricas, pavimentando o caminho para uma pecuária brasileira de baixo carbono.

Para acelerar a adoção dessas tecnologias e fortalecer a formalização da cadeia, a JBS estruturou um ecossistema robusto de difusão de conhecimento, assistência técnica e gerencial. O objetivo é empoderar o produtor para a tomada de decisões embasadas. “Construímos um ecossistema que difunde conhecimento e apoio aos produtores”, reforçou Dias.

Essa estratégia, operacionalizada por meio do programa Escritórios Verdes, criado em 2021, e que que oferecem assistência técnica, ambiental e gerencial gratuita, tem gerado impacto mensurável: desde então, já foram mais de 20.000 produtores apoiados, reinseridos na cadeia produtiva legal e sustentável.

O líder de Pecuária Sustentável da JBS concluiu que o potencial do Brasil em ter uma pecuária baixa em carbono é evidente, dada a capacidade de armazenagem do solo tropical e a redução da idade de abate dos animais. “Ao aumentar a produção por área, a JBS enxerga um futuro brilhante para a pecuária brasileira, onde a sustentabilidade se torna o novo padrão de eficiência e inclusão produtiva”, pontuou.

Fonte: Assessoria JBS
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Mercado do leite volta a cair em novembro e mantém pressão sobre o produtor

Demanda mais fraca e custos elevados sustentam pressão negativa sobre o preço ao produtor.

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Foto: Shutterstock

O preço médio nacional do leite ao produtor fechou novembro de 2025 em R$ 2,44 por litro, conforme o boletim Indicadores Leite e Derivados, elaborado pelo Cileite/Embrapa. O valor representa queda de 3,8% na comparação mensal e recuo de 14,8% em 12 meses, consolidando um ano de forte retração para o setor.

A análise regional mostra que todos os estados acompanhados registraram variações negativas, como em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As barras do gráfico destacam uma tendência comum de queda, com redução próxima a 4%.

Derivados também caem

Foto: Sistema Faep

Os preços dos lácteos seguiram o mesmo movimento. O boletim indica retração de 1,0% no conjunto de “Leite e Derivados” e queda de 0,2% em outro agrupamento de produtos monitorados. Entre os itens acompanhados individualmente, o leite UHT apresentou variação negativa mais intensa, acompanhado por baixas em queijos, manteiga, creme de leite e leite condensado — todos com índices de redução destacados na coluna “Em 12 meses”.

Consumo interno não reage

O relatório também traz a evolução do ticket de compra de lácteos no varejo, mostrando oscilações ao longo de 2023, 2024 e 2025. A curva referente a 2025 revela leve recuperação no segundo semestre, mas ainda distante dos patamares observados em anos anteriores. Segundo o boletim, o consumo interno não tem acompanhado a oferta, o que contribui para a continuidade da pressão sobre os preços ao produtor.

Cenário segue desfavorável ao produtor

Com custos ainda elevados em várias regiões e baixa capacidade de repasse pela indústria, o momento permanece desafiador para a cadeia produtiva. A retração em praticamente todos os indicadores reforça o ambiente de margens apertadas e de incerteza para o início da temporada 2026.

Fonte: O Presente Rural com Cileite/Embrapa
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Mato Grosso institui Passaporte Verde e eleva padrão socioambiental da pecuária

Nova lei, que entra em vigor em 2026, estabelece critérios socioambientais e rastreabilidade completa do rebanho para atender às exigências dos mercados internacionais.

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Foto: Divulgação/Imac

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em duas votações, na última quarta-feira (19), o projeto de lei que institui o Programa Passaporte Verde, iniciativa que coloca o Estado na vanguarda da pecuária sustentável no Brasil. A nova legislação entra em vigor em janeiro de 2026 e estabelece critérios socioambientais para todo o monitoramento de rebanho bovino e bubalino mato-grossense, com o objetivo de atender às exigências dos mercados internacionais mais competitivos.

O Passaporte Verde, desenvolvido pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) em parceria com o Governo do Estado e o setor produtivo, propõe o monitoramento socioambiental completo da cadeia da carne, desde o nascimento do animal até o abate. O programa prevê etapas de implantação para incluir propriedades de todos os portes, oferecendo suporte técnico e orientação aos produtores.

Entre os objetivos dessa política de sustentabilidade estão o desenvolvimento sustentável, a inclusão e consciência produtiva, o acesso ao mercado global, qualidade e monitoramento, incentivo de parcerias do setor privado com entidades públicas, a valorização de serviços ambientais, além do estímulo do ambiente de concorrência equitativa na cadeia produtiva.

A iniciativa reforça o compromisso de Mato Grosso com a produção responsável, rastreabilidade, transparência e conservação ambiental, critérios cada vez mais valorizados pelos importadores e consumidores globais. Países da Europa e da Ásia, por exemplo, têm adotado políticas que priorizam produtos com comprovação de origem sustentável e desmatamento zero. “Mato Grosso se consolida como pioneiro em sustentabilidade com o Passaporte Verde. Estamos mostrando ao mundo que é possível produzir mais, com responsabilidade ambiental e inclusão social. Esse programa será uma vitrine da pecuária moderna, transparente e comprometida com o futuro do planeta”, comemorou o presidente do Imac, Caio Penido.

Fonte: Assessoria Imac
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