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Mato Grosso mostra que pecuarista preserva (e não destrói) o meio ambiente

Mercados consumidores estão cada vez mais exigentes e os produtores de Mato Grosso estão prontos para atender essa demanda

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Fotos: Acrimat

O jornal O Presente Rural entrevistou o diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco de Sales Manzi, para saber como os produtores encaram a pressão externa por preservação ambiental. O Estado, que fica nos biomas Amazônia e Pantanal, tem o maior rebanho bovino do Brasil, com aproximadamente 30 milhões de cabeças. Atualmente, a Acrimat reúne em torno de três mil associados. Manzi é médico veterinário, pós-graduado em Julgamento de Zebuínos e em Reprodução Animal. Confira.

“Antes de tudo, é importante dizer que a carne de Mato Grosso é uma das melhores do mundo e conta com qualidade garantida, o que lhe confere maciez e marmoreio, além de atender todos os critérios de sanidade, certificação e rastreabilidade que fazem com que nosso produto chegue à mesa de milhões de brasileiros e de consumidores de mais de 150 países.

Os mercados consumidores estão cada vez mais exigentes e os produtores de Mato Grosso estão prontos para atender essa demanda por carne de qualidade e produzida de modo sustentável”.

O Presente Rural – Cite números de produção, frigoríficos, fazendas, exportação, empregos, etc., da pecuária de corte de Mato Grosso?

Francisco de Sales Manzi – Mato Grosso tem o maior rebanho comercial do país, com cerca de 30 milhões de cabeças. São 41 frigoríficos. São mais de 109 mil propriedades rurais.

Exportação – MT

2º maior exportador de carne bovina do país. O estado exporta hoje para mais de 150 países e disputa a liderança das exportações mês a mês com São Paulo. Os produtores mato-grossenses estão se tornando os maiores fornecedores de carne para o mundo. Hoje de toda carne bovina produzida, 20% é exportado.

As exportações de carne bovina mato-grossense registraram novo recorde histórico no mês de julho. Foram comercializadas 49,08 mil Toneladas Equivalente Carcaça-TEC, maior volume da série histórica acompanhada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) desde janeiro de 1996. O volume exportado equivale ao valor de US$ 153,70 milhões. Em toneladas, excede em 41,42% o registrado no mesmo mês do ano passado; em valores, é quase 50% maior.

Empregos

A pecuária é extremamente importante para a economia de Mato Grosso e isso é reflexo do comprometimento dos produtores rurais com o setor agropecuário e com a economia do estado.

Todas as etapas do setor produtivo, sejam elas da porteira para dentro ou da porteira para fora, geram emprego e renda. No campo, nas estradas, na indústria, no atacado e no varejo, até chegar na mesa do consumidor são milhares de pessoas trabalhando e movimentando a economia do nosso estado. São 38.900 empregos formais na pecuária de MT.

O Presente Rural – Quais os sistemas produtivos mais usados?

Francisco de Sales Manzi – Na pecuária mato-grossense ainda predomina a pecuária extensiva, que depende basicamente das pastagens. Já na pecuária intensificada é crescente a preocupação com a manutenção e melhoria das pastagens, empregando-se fertilizantes, rotação dos animais e culturas forrageiras. Além da suplementação mineral, ocorre suplementação por proteinados e rações a pasto (semiconfinamento) e em confinamento.

Cerca de 80% do nosso gado é produzido a pasto, mas com a intensificação das pastagens, semiconfinamentos, confinamentos e integração lavoura pecuária floresta, estima-se que mais de 2 milhões de cabeças já se alimentem de grãos em alguma fase da vida, quer seja em sal proteico/energético, quer seja uma suplementação via ração.

O Presente Rural – Como a produção de gado de corte se relaciona com a Amazônia? Há ainda desmatamento para a povoação de novas terras com novos rebanhos? Se sim, quanto?

Francisco de Sales Manzi – A pecuária se relaciona de forma harmoniosa com os diversos biomas onde ocorre, inclusive com a Amazônia. De fato, a atividade preserva mais que qualquer outra atividade: (Preservação em áreas rurais é 108% maior que nas áreas de conservação e terras indígenas). A pecuária evitou desmatamento de 270 milhões de hectares.

A pecuária é ainda a atividade que mais investe em preservação. Produtores investem cerca de R$ 20 bilhões por ano para preservar o meio ambiente.

A tecnologia possibilitou o aumento da produtividade sem a necessidade abertura de novas fronteiras para pastagem. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam, por meio de estudos realizados durante décadas, que a pecuária brasileira alia produtividade à preservação do meio ambiente.

De acordo com a empresa, 25,6% do território nacional dedicado a preservação da vegetação nativa está localizada em imóveis rurais, o que mostra que o papel do produtor é importantíssimo na preservação do meio ambiente.

As áreas protegidas de vegetação nativa em unidades de conservação integral e terras indígenas somam 24,2% do nosso território; isso quer dizer que o total de áreas protegidas no Brasil equivale a superfície de 15 países da União Europeia.

O código florestal aprovado em 2012 prevê que no bioma Amazônia, que em MT está localizado acima do paralelo 13, se preserve 80% da área da propriedade, antes de 2008 era de 50%. Isso faz com que mais de 63% do estado ainda possua cobertura vegetal nativa intacta. Os números do Indea da última vacinação comprovam que temos 31 milhões de cabeças de gado, de forma que se fossemos um país, Mato Grosso seria o 9° maior do mundo, portanto excelente relação.

O Presente Rural – O desmatamento é fruto de poucos produtores, mas há outros culpados, como madeireiros e mineradores. Fale sobre isso.

Francisco de Sales Manzi – Mato Grosso conta com uma das maiores reduções de desmatamento no Bioma Amazônia. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2004 foram desmatados 11.814 km² e, em 2019 esse número reduziu 86%, passando para 1.702 km². Esse número está abaixo do limite estabelecido pelo Acordo de Paris, que é de 1.788 km².

O governo estadual divulgou no início do agosto deste ano que a média da redução do desmatamento no Bioma Amazônia foi de 64% entre 2004 e 2019. Deste modo, Mato Grosso teve uma redução 34,4% superior à média nacional.

O estado possui ainda um ativo ambiental muito grande uma vez que a maioria dele é de Cerrado, onde a reserva é de 35%. Mesmo assim, as áreas de pastagem veem diminuindo consideravelmente, pois somente nos últimos anos, Mato Grosso disponibilizou mais de 3 milhões de hectares de pastagem para lavoura e, ao mesmo tempo, o rebanho cresceu e esse crescimento é vertical. Se produz cada vez mais na mesma área.

O desmatamento é fruto de poucos produtores, mas há outros culpados, como madeireiros e mineradores. É preciso separar o que é desmatamento ilegal que é em áreas de reservas indígenas ou áreas públicas e o desmatamento legal, previsto no código florestal. Portanto somente o primeiro possui culpados e que devem ser punidos com os rigores da lei, os legais estão fazendo nada mais do que exercendo seu direito previsto em lei.

O Presente Rural – Muitos países importadores atacam o agronegócio do Brasil com o pretexto de devastação da Amazônia. Como o senhor avalia isso? Como esses entraves impostos especialmente por europeus atrapalham a produção brasileira?

Francisco de Sales Manzi – Não só o Mato Grosso, mas o Brasil é os país que mais preserva o meio ambiente. Esses números foram apresentados pela Embrapa territorial e ratificados pela Nasa. 25% de toda reserva florestal brasileira está localizada dentro das propriedades privadas a um custo de 20 bilhões de reais por ano quando levamos em conta o que se deixa de produzir nessas áreas, mais o que se gasta com aceiros, vigilância e combate a incêndios.

O Presente Rural – A redução no desmatamento vem ocorrendo ano a ano. Em MT foi reduzido em 86% num intervalo de 15 anos. Como isso aconteceu?

Francisco de Sales Manzi – Através da aplicação de tecnologias que viabilizam produzir cada vez mais em cada vez menos áreas. Se utilizássemos a mesma lotação que tínhamos em 1990 que era de 9 milhões de cabeças em 15 milhões de hectares para o plantel que temos hoje de 31 milhões teríamos que ter desmatado 20 milhões de hectares a mais.

Hoje os sistemas de produção são avançados. Se produz mais, em menos espaço. São vários fatores, mas os quatro principais pilares são sanidade, genética, nutrição e manejo. Mato Grosso não registra um único caso de febre aftosa há quase 25 anos e reduziu pela metade os casos de brucelose.

O melhoramento genético, tanto do nosso gado zebuíno como através de cruzamentos industriais, transformou o nosso rebanho em termos de produtividade. Os 45 anos de Embrapa e a integração lavoura pecuária e o boi verde amarelo, produzido a pasto com terminação de grãos e as boas práticas agropecuárias fazem toda a diferença na eficiência.

O Presente Rural – Hoje os sistemas de produção são avançados. Se produz mais, em menos espaço. Fale sobre isso.

Francisco de Sales Manzi – Em 1999, Mato Grosso possuía 17,6 milhões de cabeças de gado em aproximadamente 23,1 milhões de hectares, 20 anos depois o rebanho mato-grossense chegou a 30 milhões de cabeças, mas a área usada para criação se manteve praticamente igual: 23,7 milhões/ha. Isso significa um aumento de 72% no tamanho do nosso rebanho”.

Isso só é possível com a adoção de tecnologias que permitem o aumento de produtividade nas mesmas áreas. A pecuária de Mato Grosso evoluiu muito, e é um exemplo para todo o país. Estes dados mostram que o rebanho tem mostrado uma curva de crescimento ascendente, enquanto as áreas de pastagens estão diminuindo, e isso significa produtividade. Estes resultados têm origem no melhoramento genético aplicado na pecuária.

A pecuária está alicerçada em pilares como nutrição, saúde, manejo, gestão das propriedades e é claro o melhoramento genético. Recai sobre o ombro do produtor a responsabilidade de tomar boas decisões, e ele tem feito isso.

O Presente Rural – Quais são as políticas apoiadas pela Acrimat para conter o desmatamento?

Francisco de Sales Manzi – A Acrimat defende a observação irrestrita da lei, não só ambiental, mas sob todos os aspectos. Qualquer ato ilegal não tem nem o respaldo nem a defesa da entidade.

O Presente Rural – Como melhorar a imagem da pecuária, sabendo que boas práticas de produção são adotadas?

Francisco de Sales Manzi – A Acrimat entende que a melhor forma de melhorar a imagem do agronegócio como um todo é informar bem, com qualidade, mostrar para a população que não somos os vilões do meio ambiente.

O brasileiro é um povo que tem conhecimento do seu papel enquanto agente ativo na preservação do meio ambiente, devemos nos orgulhar do trabalho que fazemos na preservação de nossos recursos naturais, não só pecuaristas e agricultores, mas a nação como um todo.

Através da divulgação dos nossos números que são inquestionáveis, baseados na ciência e ratificados por empresas isentas.

O Presente Rural – O que fazer para conter as produções ou fazendas que estão fora dos padrões de cuidados com o meio ambiente?

Francisco de Sales Manzi – Que se regularizem, façam o CAR, e se tiverem passivo ambiental que façam a adesão ao PRA. Os que possuem ativos ambientais que tenham a liberdade de exercer o seu direito de desmate legal ou que negocie pagamentos por serviços ambientais.

O Presente Rural – Como o senhor avalia esse discurso de que o agro e a pecuária prejudicam o meio ambiente?

Francisco de Sales Manzi – Um discurso totalmente infundado, utilizado por quem não conhece o agronegócio brasileiro, que alimenta mais de ¼ da população mundial e que mais preserva o ambiente. O Brasil é um país agroambiental.

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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