Avicultura
Mato Grosso confirma foco de gripe aviária em aves de subsistência
Ações de erradicação da doença e vigilância sanitária em um raio de 10 quilômetros ao redor do foco começaram no domingo (08). O ministério informou que não há estabelecimentos avícolas comerciais na área afetada.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou no último sábado (07) um foco de Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma criação de aves domésticas de subsistência no município de Campinápolis, em Mato Grosso. Trata-se do quarto registro da doença em aves de subsistência no Brasil.
De acordo com o Mapa, o Serviço Veterinário Oficial já interditou a propriedade e coletou amostras das aves, que resultaram positivas para o vírus da gripe aviária. As ações de erradicação da doença e vigilância sanitária em um raio de 10 quilômetros ao redor do foco começaram no domingo (08). O ministério informou que não há estabelecimentos avícolas comerciais na área afetada.
A pasta reforçou que a ocorrência do foco não afeta o comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação seguem seguros, uma vez que a detecção envolveu apenas aves de subsistência.
O Mapa também esclareceu que o novo foco não altera o prazo de 28 dias de vazio sanitário iniciado após a desinfecção da área em Montenegro (RS), onde foi registrado um caso da doença em um matrizeiro de aves comerciais, e que se encerra dia 18 de junho.

Avicultura
Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer
Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.
A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.
Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.
Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.
Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.
Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.
Avicultura
Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026
Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.
Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.
Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.
Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.
Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.
Avicultura
Frango congelado registra estabilidade após leves ajustes de preço
Após recuos pontuais ao longo de dezembro, a cotação se mantém sem variação diária e acumula leve queda de 0,25% no mês, segundo dados do Cepea/Esalq.

Os preços do frango congelado no mercado paulista mantiveram-se estáveis nesta terça-feira (16), de acordo com dados do Cepea/Esalq. A cotação permaneceu em R$ 8,09 por quilo, sem variação diária.
Na comparação com o dia anterior, o valor já havia recuado 0,25% na segunda-feira (15), quando o produto passou de R$ 8,11 para R$ 8,09. O movimento de queda teve início no fim da semana passada, após o frango congelado atingir R$ 8,13 por quilo nos dias 10 e 11 de dezembro, período em que os preços ficaram estáveis.
No acumulado do mês, o mercado registra leve retração de 0,25%, refletindo um cenário de ajustes nas negociações ao longo de dezembro. Desde o dia 12, quando a cotação estava em R$ 8,11, o produto perdeu R$ 0,02 por quilo, consolidando o patamar atual.
O comportamento dos preços indica acomodação do mercado no Estado de São Paulo, com oscilações pontuais e sem novos movimentos de alta no curto prazo, segundo o acompanhamento do Cepea.



