Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Bovinos

Mastite e verão: uma perigosa combinação

A umidade e o calor, condições que propiciam um ambiente ideal para a proliferação de microrganismos e o aumento do estresse térmico entre as vacas, piorando a imunidade do rebanho de uma maneira gera

Publicado em

em

Foto: O Presente Rural

O verão já está aí e – com ele – a umidade e o calor, condições que propiciam um ambiente ideal para a proliferação de microrganismos e o aumento do estresse térmico entre as vacas, piorando a imunidade do rebanho de uma maneira geral. As condições climáticas e seus efeitos no ambiente e nos animais são fatores difíceis de controlar. No entanto, já existem algumas ferramentas e estratégias que podem auxiliar o produtor a passar pela estação sem sofrer os prejuízos da mastite. É o que veremos neste artigo.

 

Estresse térmico: como afastar esse grande vilão?

O estresse é uma resposta física do organismo a um estímulo. Quando falamos sobre estresse térmico, ele ocorre quando a taxa de ganho de calor excede a perda, levando o animal a sair da sua zona de conforto térmico. O calor produzido pelas vacas durante o verão pode representar um fator crítico para a saúde animal. Vacas estressadas pelo calor reduzirão a ingestão de alimentos, a produção de leite e, não menos importante, a sua fertilidade. Nessa situação, a taxa de respiração do animal aumenta na tentativa de manter a temperatura corporal interna. Esses ingredientes são um ‘prato cheio’ para que a vaca perca saúde devido à diminuição da imunidade e – em casos extremos – o animal pode ir a óbito.

Um outro ponto importante é que quanto maior a umidade relativa do ar, menor a capacidade das vacas trocarem calor com o meio, portanto acabam mais “estressadas”.

 

Declínio na produção leiteira

Algumas pesquisas apontam que nas fazendas que não resfriam as vacas adequadamente, o estresse térmico pode causar um declínio de 40 a 50% na produção de leite, enquanto que nas fazendas que utilizam algum sistema de resfriamento, a produção de leite pode subir de 10 a 15%. A maioria das espécies de animais apresenta bom desempenho na faixa de temperatura de 10 a 30°C. Além desse limite, a vaca tende a reduzir a produção de leite e a ingestão de alimentos. Temperaturas acima de 35°C podem ativar o estresse térmico em bovinos, reduzindo diretamente a ingestão de alimentos e criando um balanço energético negativo que afeta a produção leiteira.

 

Verão = vacas com mastite? Há maneiras de se prevenir!

Como consequência do calor as vacas podem se aglomerar em torno de uma árvore ou áreas de sombra acumulando esterco e urina, criando um ambiente propício para possíveis contaminações. Ao caminhar, os movimentos naturais das pernas podem transportar contaminantes ao redor da superfície do úbere. Vacas que estão de pé, deitadas e andando na lama profunda e esterco têm o potencial de contrair mastite e doenças dos cascos. A maior pluviosidade resulta em maior ocorrência de lama nas instalações e efeitos negativos na higiene das vacas.

Alguns pesquisadores relatam que o maior volume de leite produzido por uma vaca acontece quando esta está deitada descansando. O estresse por calor, também afeta o tempo de descanso de vacas leiteiras. Nas horas mais quentes do dia, elas preferem ficar em pé ao invés de se deitarem. Dessa forma, o tempo de descanso que ela passa deitada é menor quando não se proporciona espaço de sombra e ventilação suficientes para os animais.

Além disso, estudos demonstram que a CCS (Contagem de Células Somáticas) aumenta em níveis mais elevados de THI (Índice de Temperatura e Umidade). Além do possível maior contato com as dejetos e sujeiras, o estresse térmico pode levar a uma temperatura mais alta do úbere, fato que também propicia o surgimento de mastite.

A figura abaixo mostra que nos meses em que aumentam a temperatura e as chuvas, as vacas chegam mais sujas para ordenha, o que poderia resultar em mais mastite (+sujeira + mastite).

Figura 1 – Maiores porcentagens de vacas muito limpas (VC = 32,15%) e limpas (C = 52,96%) foram observadas em agosto, e maiores porcentagens de vacas muito sujas (VD = 23,39%) e sujas (D = 30,33%) foram observadas em janeiro. 

Fonte: Journal of Dairy Science Vol. 94 No. 8, 2011 

 

Cultura na fazenda é grande parceira no combate da mastite no verão

A prevalência da mastite ambiental aumenta muito no verão devido ao aumento da umidade e piora da condição do ambiente onde as vacas ficam. Porém a grande maioria dos casos de mastite clínica que ocorrem nesse período são provocados por bactérias que apresentam alta taxa de cura espontânea. Consequentemente, o produtor deixa de gastar com antibióticos e com o leite dessa vaca que seria descartado. Por isso, a importância da cultura na fazenda para a rápida identificação desses casos e consequente economia aos produtores.

Por outro lado, nos casos de mastite contagiosa, causada principalmente pelas bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae, a identificação rápida das vacas infectadas é ponto chave para o controle. É encontrando as vacas contaminadas e segregando-as que conseguimos impedir que as bactérias se alastrem por todo o rebanho. Por isso, a cultura na fazenda ajuda muito nesses casos também.

 

Outros pontos de atenção e melhorias

Algumas medidas podem ser realizadas no ambiente a fim de reduzir o estresse dos animais no calor, como por exemplo: adequado sistema de resfriamento construído devidamente para cada sistema de produção (ventiladores, aspersores, nebulizadores); sombreamento suficiente para as vacas; disponibilidade de água fresca, limpa e ilimitada; redução nas distâncias de deslocamento dos animais e cuidados com a sala de espera de ordenha, momento no qual as vacas sofrem bastante com o calor.

Outras ações que podem ser realizadas é manter a ordenha sempre nas horas mais frescas do dia, buscando minimizar os efeitos negativos do calor quando os animais estiverem aglomerados. E evitar a lida com os animais (vacinação, pesagem, inseminação, controle de parasitos, entre outros) nos momentos mais quentes do dia, pois o calor e aglomeração dos animais irá piorar o estresse térmico.

Fonte: Assessoria

Notícias

Malásia habilita quatro novas plantas de carne de frango

Mercado com critérios halal passa a contar com 07 plantas brasileiras

Publicado em

em

Foto - DIVULGAÇÃO Vibra

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a informação divulgada hoje pelo Ministério da Agricultura e Pecuária sobre a autorização de quatro novas plantas para exportação de carne de frango para o mercado da Malásia.

A habilitação pelas autoridades sanitárias malásias alcança quatro plantas frigoríficas do Brasil – duas unidades da BRF, uma da JBS Aves e uma da Vibra Agroindustrial, que estão localizadas no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. As unidades habilitadas se somarão às outras três plantas frigoríficas já autorizadas a embarcar produtos para a Malásia – duas da BRF e uma da Jaguafrangos, localizadas no Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.

A Malásia é reconhecida internacionalmente como um dos mercados com os mais elevados critérios para produtos halal entre as nações de maioria islâmica, e tem aumentado significativamente as suas importações de carne de frango do Brasil. No ano passado, o país importou 13,6 mil toneladas, volume 45,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

“Mais que dobramos o número de plantas habilitadas a atender o mercado malásio, que deverá registrar bons incrementos nos volumes embarcados ao longo de 2024. É uma importante notícia para o Brasil, que é o maior exportador global de carne de frango halal e tem visto sua presença aumentar no mercado islâmico”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Conforme o diretor de mercados, Luís Rua, “a articulação de ações entre o Ministério da Agricultura e as demais pastas do Governo, como o Ministério das Relações Exteriores, vem conquistando grandes avanços para a ampliação da presença internacional das proteínas do Brasil, o que se reflete, por exemplo, nas novas habilitações para a Malásia.

 

Fonte: ABPA
Continue Lendo

Notícias

Demanda enfraquecida de farelo de soja mantém pressão sobre cotações

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do produto caíram 2% comparando-se a média da primeira quinzena de abril com a média de março. No comparativo anual, a queda foi de 19,8%, em termos reais.

Publicado em

em

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Os preços do farelo de soja seguiram em queda no mercado brasileiro na primeira quinzena de abril, refletindo a cautela de consumidores, sobretudo domésticos.

Indústrias esmagadoras também não mostraram grande interesse em negociar, por conta da valorização da matéria- -prima e da dificuldade no repasse para o derivado.

Também atentos à firme procura por óleo de soja, consumidores esperam pelo aumento no volume do grão esmagado e, consequentemente, por um excedente de farelo, em um contexto em que a recuperação na oferta da Argentina deve limitar as exportações brasileiras deste derivado.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo de soja caíram 2% comparando-se a média da primeira quinzena de abril com a média de março.

No comparativo anual, a queda foi de 19,8%, em termos reais (IGP-DI de março).

Em Campinas (SP), Mogiana (SP), Rondonópolis (MT), Santa Rosa (RS), Passo Fundo (RS), Ijuí (RS) e Chapecó (SC), os preços do derivado foram os menores desde setembro de 2019, também em termos reais.

Por outro lado, o movimento de baixa foi limitado pelas exportações intensas. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou volume recorde de farelo de soja no primeiro trimestre de 2024, somando 5,2 milhões de toneladas, 15% superior ao registrado há um ano.

Os principais destinos do derivado brasileiro foram Indonésia (18,6%) e Tailândia (12,7%).

Fonte: Por Débora Kelen Pereira da Silva, do Cepea.
Continue Lendo

Notícias

Asgav promove campanha de valorização da carne de frango produzida no Rio Grande do Sul

Por meio deste movimento, o setor avícola quer destacar a procedência e a qualidade do produto que é disponibilizado no mercado gaúcho.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Incentivar o consumo de carne de frango produzida no Rio Grande do Sul. Este é o objetivo da 3ª etapa da Campanha de Valorização das Marcas produzidas no estado, promovida pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). Por meio deste movimento, o setor avícola quer destacar a procedência e a qualidade do produto que é disponibilizado no mercado gaúcho. Com o slogan “Carne de Frango do RS, a gente reconhece pelo sabor”, o intuito é reforçar o trabalho de divulgação em veículos de imprensa e redes sociais, como já ocorreu nos dois ciclos anteriores. A campanha começou nesta segunda-feira (22) e vai se estender até 30 de julho, com foco principal nas redes sociais e comunicação estratégica.

A continuidade desta ação da Asgav é fortalecer o consumo interno da carne de frango produzida no Rio Grande do Sul. O presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, comenta que a ideia desta nova etapa é de uma campanha criativa e dinâmica para conscientizar a população sobre os benefícios de levar para as suas mesas um produto gaúcho. “Este é um movimento contínuo e proativo da Asgav em busca de alternativas para melhorar as condições de competitividade para o setor, pois valorizar a produção local é valorizar milhares de pessoas, famílias, produtores e trabalhadores do nosso Estado”, esclarece.

Raio x da avicultura

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil. Tem 7,3 mil produtores e 21 frigoríficos.

A média de produção de carne de frango do estado é de 1,8 milhão de toneladas.

As vagas de trabalho criadas pelo setor são significativas. São 35 mil empregos diretos e 550 mil empregos indiretos.

Fonte: Assessoria Asgav
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.