Sanidade vegetal No Oeste paranaense
Marechal Rondon apresenta aumento de infectividade de cigarrinhas nas lavouras de milho; confira boletim atualizado
No quarto levantamento do Alerta Cigarrinha duas armadilhas não capturaram insetos e 63 pontos registraram sua presença nas armadilhas, que contabilizaram um total de 852 cigarrinhas.
O Boletim Técnico nº 4 – Alerta Cigarrinha, divulgado nesta sexta-feira (17), aponta queda consecutiva da população de cigarrinhas e aumento elevado da infectividade nas lavouras de milho de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.
O período dessa avaliação foi de 07 a 13 de fevereiro, em que a média de precipitação pluviométrica acumulada foi de 54,7mm, com variação na distribuição das chuvas, com registro média de 25mm no Distrito de Novo Três Passos e 72mm no Distrito de Margarida.
A temperatura média no período foi de 26°C, com máxima de 35ºC e mínima de 17ºC. A média da umidade relativa do ar foi de 66%, com máxima de 94% e mínima de 24%.
Na quarta avaliação da flutuação populacional de Dalbulus maidis na cultura do milho safrinha, cuja área de avaliação consta de 57% de milho semeado, dos quais 59% ainda está na fase de germinação e primeira folha (VE-V1) e 54% ainda não realizaram a primeira aplicação de inseticida para controle das pragas iniciais.
Quanto a população de cigarrinhas, duas armadilhas não capturaram cigarrinhas do milho e 63 pontos registraram a presença do inseto nas armadilhas, que contabilizaram um total de 852 cigarrinhas, sendo que 31 armadilhas capturaram até cinco cigarrinhas; 20 armadilhas entre seis e 20 cigarrinhas, 10 armadilhas capturaram entre 21 e 50 cigarrinhas, duas armadilhas capturaram entre 51 e 100 cigarrinhas e uma armadilha capturou entre 101 e 200 cigarrinhas.
O município apresentou média de 12,9 cigarrinhas por ponto de avaliação, isso significa redução de 31% em relação a avaliação anterior, segunda redução consecutiva.
O Distrito de Novo Três Passos apresentou menor presença do inseto (6,9 cigarrinhas), diminuição de 41,1% em relação a avaliação anterior e o Distrito de Margarida apresentou a maior presença, com 24,5 cigarrinhas capturadas em média, o que corresponde a redução de 46%.
Na sequência, o Distrito de Porto Mendes apresentou em média a captura de 13,1 cigarrinhas – redução de 22,5%, seguido de Novo Horizonte e São Roque, que apresentaram captura de 11,3 (redução de 7%) e 11 cigarrinhas (único com aumento de 57%) em média respectivamente.
A sede municipal manteve o número estável, apresentando em média 9,9 cigarrinhas – redução de 2%. E o Distrito de Iguiporã teve média de 8,7 cigarrinhas, redução de 43% em relação a avaliação anterior.
Na Tabela 1 do Boletim Técnico nº 4 – Alerta Cigarrinha estão os dados completos do monitoramento para cada ponto, com data, número de cigarrinhas e infectividade.
Resultados das amostras
Para cada região de monitoramento foram coletadas amostras de cigarrinhas nas armadilhas que capturaram o maior número de cigarrinhas, para analisar se elas estão ou não contaminadas com os molicutes (Candidatus Phytoplasma asteris e Spiroplasma kunkelii) e o vírus da risca do milho (Maize Rayado Fino Virus – MRFV).
O resultado das três primeiras análises laboratoriais referente a captura de cigarrinhas no período de 16 de janeiro a 06 de fevereiro pode ser visualizada na Tabela 1 do Boletim Técnico nº 4 e a presença de pontos positivados com patógenos no mapa (Figura 1).
Até o momento constatou-se oito pontos positivados com Fitoplasma (Candidatus Phytoplasma asteris), sendo três na sede municipal, três em Margarida e dois em Porto Mendes; três pontos positivados com Espiroplasma (Spiroplasma kunkelii) na sede municipal enos Distritos de Novo Horizonte e São Roque; e sete pontos positivados do vírus da risca do milho (Maize Rayado Fino Virus – MRFV), um em cada distrito e na sede municipal.
“Esta é a segunda semana consecutiva com redução do número de cigarrinhas capturadas coincidindo com o aumento da área semeada com milho, e consequente oferta de milho novo por todo o município de Marechal Cândido Rondon e região, favorecendo a migração. O que se observa é um efeito de diluição, considerando que os insetos estavam concentrados próximo a áreas de milho verão e agora migram para uma extensa área de milho safrinha. Parte dessa população migrante leva consigo os patógenos causadores dos enfezamentos e viroses. Portanto o monitoramento e consulta ao engenheiro agrônomo é fundamental em cada propriedade nesse início do desenvolvimento da cultura”, alerta a equipe do Alerta Cigarrinha.
Acompanhamento do Alerta Cigarrinha
O jornal O Presente Rural realizou uma parceria com a equipe do Projeto Alerta Cigarrinha e será o veículo de mídia oficial para divulgação dos boletins técnicos.
Para acompanhar os resultados e informações do último monitoramento clique no Boletim Técnico nº 4 – Alerta Cigarrinha.
Alerta Cigarrinha
Adapar apresenta relatório final do Projeto Alerta Cigarrinha
A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.
O Projeto Alerta Cigarrinha é uma rede de monitoramento da cigarrinha do milho composta por 68 pontos de monitoramento distribuídos estrategicamente em sete regiões (Distritos) do município de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, com objetivo de monitorar a flutuação populacional das cigarrinhas do milho e sua infectividade antes e durante o cultivo do milho safrinha 2023. A iniciativa é endossada pelos setores representativos da agricultura e executado pelas instituições de fomento à pesquisa e ensino superior, pelas instituições públicas e privadas ligadas a assistência técnica agrícola e da defesa agropecuária.
A iniciativa desenvolvida pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), contou com a participação de 66 produtores rurais da região, que abriram suas propriedades para a execução do projeto. Esse engajamento demonstra a importância atribuída pelos agricultores ao monitoramento e controle da cigarrinha do milho, uma praga que pode causar prejuízos significativos nas lavouras.
Na vasta extensão da região Oeste do Paraná, a presença da cigarrinha do milho tem se destacado como um desafio constante para os agricultores, especialmente durante o período de safra de soja. O monitoramento contínuo revela uma elevada população desses insetos, exigindo medidas rigorosas para garantir a saúde das plantações e a maximização da produtividade.
Ao longo do processo de monitoramento, ficou evidente a necessidade de manutenção do controle químico para combater a cigarrinha do milho. Mesmo no início da janela de semeadura, a população média permaneceu em níveis relativamente baixos até 15 de fevereiro. Contudo, a partir desse ponto, observou-se um aumento exponencial, demandando ação imediata por parte dos agricultores.
Uma estratégia eficaz que emergiu durante a análise dos dados foi o cultivo antecipado, realizado até meados de fevereiro. Essa prática revelou-se crucial para
mitigar a incidência e severidade dos enfezamentos, resultando em menor ocorrência de danos e, consequentemente, em uma maior produtividade. O timing preciso da semeadura parece ser um fator-chave na gestão dessa praga, conferindo aos agricultores uma vantagem na busca por colheitas mais saudáveis e abundantes.
Destaca-se ainda a importância da aplicação de inseticidas durante o período crítico, compreendido entre as fases VE (emergência) e V8 (oito folhas). Essa prática se revelou fundamental para a manutenção da baixa incidência e severidade dos enfezamentos, contribuindo diretamente para altas produtividades. O manejo integrado, combinando a utilização de inseticidas no momento certo com práticas culturais adequadas, emerge como uma abordagem eficiente na luta contra a cigarrinha do milho.
Em suma, os desafios impostos pela cigarrinha do milho na região Oeste do Paraná demandam uma abordagem abrangente e proativa. A integração de práticas como o cultivo antecipado e a aplicação estratégica de inseticidas durante o período crítico tem se mostrado como a chave para o sucesso na manutenção da saúde das plantações e na garantia de colheitas robustas em meio a essa complexa realidade agrícola.
Confira aqui os resultados finais do Projeto Alerta Cigarrinha.
Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)
Nova legislação sobre milho voluntário e resultados do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados amanhã pela Adapar
Evento terá início às 13h30 no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Inscrições são gratuitas e podem ser feitas online. A reunião técnica também será transmitida ao vivo.
Os resultados dos trabalhos de monitoramento das 68 armadilhas, instaladas antes da semeadura do milho safrinha 2023 nos seis distritos e na sede de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura, serão apresentados nesta terça-feira (05), a partir das 13h30, em Reunião Técnica do Projeto Alerta Cigarrinha, promovida pela Regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar).
Durante cinco meses foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar; e manejos e ações realizados pelos agricultores na lavoura como a época de semeadura, adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários entre outros.
“O evento técnico pretende apresentar todos os resultados produzidos por este trabalho para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, afirma o fiscal agropecuário da Adapar e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.
No período reprodutivo da cultura, o setor de Fitopatologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e o trabalho de campo foi finalizado com a coleta das informações de produtividade.
Eliminação do milho voluntário
Além dos resultados alcançados com o Projeto Alerta Cigarrinha, o evento ainda terá uma palestra da Adapar sobre a nova legislação da obrigatoriedade de eliminação do milho voluntário nas áreas agrícolas do Paraná, que entrou em vigor neste ano e os agricultores precisam ficar atentos a norma.
Inscrição
Para participar de reunião, os interessados devem se inscrever clicando aqui ou podem acompanhar a transmissão do evento pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon. “O acesso é gratuito ao evento. Estamos pedindo para que os interessados façam sua inscrição prévia devido a capacidade de acomodação”, ressalta Lemiska.
Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)
Resultados do projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica na próxima semana
Evento será realizado em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.
Os resultados da Rede de Monitoramento do Projeto Alerta Cigarrinha serão apresentados em Reunião Técnica, na próxima terça-feira (05), na Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar). Para participar do evento faça sua inscrição aqui. O Jornal O Presente Rural foi parceiro do projeto, sendo o canal oficial de divulgação dos resultados de cada levantamento.
A equipe do Projeto iniciou os trabalhos de monitoramento com a instalação de 68 armadilhas antes da semeadura do milho safrinha 2023, as quais foram distribuídas em sete regiões em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e substituídas semanalmente até a fase reprodutiva da cultura.
Neste período foram monitoradas a quantidade de cigarrinhas do milho capturadas em cada armadilhas, analisadas sua infectividade para verificar a presença da doença nos insetos, coletados dados climáticos como precipitação pluviométrica, temperatura, umidade do ar, além de levantamento dos períodos de semeaduras, manejos utilizados pelos agricultores (adubações, híbridos cultivados, tratamentos fitossanitários), entre outros.
No período reprodutivo da cultura, o setor de fitopatologia da Unioeste, campus de Marechal Rondon, realizou a análise fitossanitária para levantamentos de incidências e severidade da doença em cada lavoura monitorada e finalizando com a coleta das informações de produtividade em cada área. “Durante o evento técnico serão apresentados todos os resultados produzidos por este trabalho, desde o monitoramento das cigarrinhas até os dados de produtividade para auxiliar a assistência técnica e agricultores da região nas tomadas de decisões no campo e reduzir os danos na produtividade ocasionados pelos enfezamentos do milho”, expõe o fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e um dos integrantes do projeto, Anderson Lemiska.
A reunião será realizada em formato híbrido, podendo o público participar, mediante inscrição, de forma presencial ou acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.
Confira a programação da Reunião Técnica