Notícias IFC 2020
Marcos Jank: Case das commodities brasileiras como bússola para o pescado
Evento híbrido e digital será transmitido a partir de estrutura montada em Foz do Iguaçu, PR

“Um Olhar Estratégico: Como a inserção internacional das commodities brasileiras pode servir de bússola para o nosso pescado?” é a provocação lançada pelo conferencista Marcos Jank – professor do Insper/SP e especialista em mercado de commodities, durante o primeiro dia do IFC Brasil Digital. O evento híbrido e digital será transmitido a partir de estrutura montada em Foz do Iguaçu, PR, onde estarão os palestrantes nacionais e debatedores, os palestrantes internacionais farão palestras via streaming a partir de 14 países.
A programação do evento digital inclui feira virtual, Arena do Conhecimento Sebrae e Seminário Nacional de Políticas Públicas e Gestão da Aquicultura e Pesca. Os participantes inscritos poderão acessar a plataforma através de link obtido na inscrição e acessar todo o conteúdo ao vivo.
Recentemente Jank afirmou “Saúde humana, sanidade animal e risco de zoonoses serão temas de atenção permanente nos próximos anos. A expressão “segurança do alimento” (food safety, em inglês) fará parte do “novo normal” que virá após a pandemia. A humanidade descobriu a sua inimaginável fragilidade em tempos de globalização, tornando-se refém da falta de respiradores, testes e vacinas, o que vai criar a necessidade de reorganizar a saúde pública global”, destacando a importância da sanidade e biossegurança na cadeia de alimentos.
Sobre o palestrante
Marcos Jank é professor sênior de agronegócio no Insper e coordenador do centro Insper Agro Global . Entre 2015 e 2019 foi presidente da Aliança Agro Ásia-Brasil (Asia-Brazil Agro Alliance – ABAA), iniciativa que reuniu três entidades exportadoras do agronegócio brasileiro (ABPA, ABIEC e UNICA) com o objetivo de ampliar a representatividade e o diálogo do agronegócio brasileiro nos países asiáticos. Anteriormente, foi vice-presidente de assuntos corporativos e desenvolvimento de negócios da BRF na região Ásia-Pacífico.
De 2007 a 2012, foi presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), principal organização de representação do setor sucroenergético brasileiro. Foi também fundador e presidente do Instituto de Estudos do Comércio e das Negociações Internacionais (ICONE). Em 2001-2002, serviu como especialista em integração e comércio no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington, DC. Integrou numerosos conselhos no país e no exterior e liderou projetos do Banco Mundial, FAO, PNUD, OCDE e outras organizações internacionais.
Durante quase 20 anos, Jank foi professor associado da Universidade de São Paulo, nas Faculdade de Economia e Administração (FEA), no Instituto de Relações Internacionais (IRI) e na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), além de passar períodos sabáticos em Universidades americanas e europeias. Em 2019-2020 foi também o 2º Titular da “Cátedra Luiz de Queiróz” da ESALQ-USP.
Jank é engenheiro agrônomo pela ESALQ-USP, mestre em política agrícola em Montpellier-França, doutor em administração pela FEA-USP e livre docente pela ESALQ. É ainda membro do “Board of Trustees” do International Food Policy Research Institute (IFPRI) em Washington, do Conselho Consultivo Independente da Cargill Global para sustentabilidade, uso da terra e proteção de florestas e membro dos Conselhos da RUMO Logística (CAD) e da COMERC Energia. Entre os diversos prêmios conquistados durante a sua carreira estão: 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro em 2012, 2014 e 2018 pela Revista “Dinheiro Rural”; Prêmio ABERJE pela melhor campanha de comunicação corporativa do País em 2011, para o Projeto Agora da cadeia sucroenergética; 100 personalidades mais influentes do Brasil em 2010 pela Revista Época e “Engenheiro Agrônomo do Ano” em 2007.
Área de Pesquisa : Agronegócio, Bioenergia, Comércio exterior, Economia e Gestão de Sistemas agroindustriais, Estudos de Ásia e China, Política agrícola e agroalimentar, Política comercial e negociações internacionais, Sustentabilidade.

Notícias Mercado
Procura elevada, alta do dólar e problemas logísticos elevam preços domésticos da soja
Esse atraso se deve à baixa disponibilidade de caminhões, o que tem gerado filas de navios nos portos

Os preços da soja subiram no mercado brasileiro nos últimos dias, impulsionados pela valorização do dólar, pela firme demanda e pelo atraso nos embarques do grão. Esse atraso se deve à baixa disponibilidade de caminhões, o que tem gerado filas de navios nos portos.
Agentes consultados pelo Cepea indicam que o frete rodoviário saltou de R$ 110/tonelada no início de fevereiro para aproximadamente R$ 200/t na primeira semana de março. Com o atraso na colheita e na entrega da soja, o volume disponível no mercado spot segue baixo, elevando as cotações.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá subiu 4,1% entre 26 de fevereiro e 5 de março, fechando a R$ 174,34/sc na sexta-feira (05). O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou alta de 3,6% na mesma comparação, a R$ 166,40/sc de 60 kg no dia 5.
Notícias Mercado Interno
Com dificuldades logísticas e preocupação com semeadura, preços do milho sobem no Brasil
Apesar da elevação dos preços, as negociações continuam em ritmo lento

Os preços do milho continuam em alta no mercado brasileiro. O impulso vem da combinação da posição firme dos vendedores – diante das preocupações com o atraso da semeadura da segunda safra frente à temporada anterior – com as constantes elevações dos fretes, visto que há escassez de caminhões para o escoamento da safra verão e entregas do cereal. Apesar da elevação dos preços, as negociações continuam em ritmo lento.
As maiores dificuldades de abastecimento têm sido observadas nas regiões consumidoras de São Paulo, o que impulsiona as cotações. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa segue registrando recordes nominais consecutivos, fechando a R$ 89,07/saca de 60 kg na sexta-feira (05), alta de 4,28% frente ao fechamento de 26 de fevereiro – vale reforçar que esse valor está bem próximo do recorde real da série do Cepea, de R$ 89,9/sc, registrado em 30 de novembro de 2007.
Devido à dificuldade enfrentada pelos consumidores, alguns têm optado pelo grão que está mais próximo, levando-os a aceitar os patamares mais elevados.
Notícias Agroengócio
Paraná apresenta sugestões para aprimorar Plano Safra 2021/22
Documento foi elaborado com a contribuição dos sindicatos, produtores rurais, cooperativas, assistência técnica e extensão rural

A Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) encaminharam, na sexta-feira (05), à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, as propostas das entidades para o Plano Safra 2021/2022.
O documento foi elaborado com a contribuição dos sindicatos, produtores rurais, cooperativas, assistência técnica e extensão rural, e apresenta os pontos considerados prioritários em relação às linhas de custeio, investimento, comercialização e industrialização do crédito rural. Traz ainda sugestões de aprimoramento ligadas às políticas de gestão de riscos, como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), Seguro Rural e Proagro. Além disso, são elencadas propostas para o apoio à agricultura familiar e medidas setoriais.
Exigibilidade bancária
O primeiro item que consta no documento trata da exigibilidade bancária, cujas demandas estão diretamente ligadas à disponibilidade de recursos obrigatórios para funding do crédito rural. As entidades do setor produtivo paranaense solicitam, por exemplo, manter em 27,5% o percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios, revogando o art. 5º da Resolução 4.829/20, que estabelece redução para 25%, a partir do período de cumprimento que se inicia em 1º de julho de 2021. Também, a manutenção em 59% o percentual de exigibilidades para a poupança rural, entre outros pleitos.
Recursos
Mais uma proposta importante refere-se ao montante que deverá ser disponibilizado pelo governo federal para o próximo ciclo. O Paraná está solicitando o total de R$ 277 bilhões para a safra 2021/2022, sendo R$ 209 bilhões para créditos de custeio e comercialização e R$ 68 bilhões para investimentos. No ano passado, o governo federal destinou R$ 236,6 bilhões para a safra 2020/2021. As entidades paranaenses reivindicam ainda o aumento no montante de recursos alocados para a equalização de taxas de juros no crédito rural, de R$ 11,3 bilhões para R$ 15 bilhões. Elas sugerem ainda a redução da taxa de juros do crédito rural em 1 ponto percentual para o Pronaf, Pronamp e demais produtores, além de não indexar a taxa de juros de nenhum programa de crédito rural.