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Máquina agrícola sem limpeza adequada não pode entrar no Paraná

Medida visa impedir o ingresso de pragas e plantas daninhas. Fiscalização é feita em postos da Adapar nas divisas do Estado.

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Fotos: Divulgação/Faep

Desde o início de dezembro de 2023, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) intensificou as ações de fiscalização e vistoria a máquinas e implementos agrícolas que entram no Estado. O maquinário que não estiver com todos os compartimentos limpos adequadamente não poderá cruzar as divisas do Paraná. A medida tem por objetivo evitar a entrada de pragas e plantas daninhas, que podem ser conduzidas em colhedoras e outros equipamentos, caso não sejam limpos adequadamente.

As inspeções ocorrem em todos os Postos de Fiscalização de Trânsito Agropecuário (PFTAs) da Adapar, situados nas divisas do Paraná com outros Estados. Segundo o coordenador do Programa de Certificação, Rastreabilidade e Epidemiologia Vegetal da agência, Juliano Farinazzo Galhardo, os fiscais fazem a inspeção visual do maquinário, a fim de constatar as condições de limpeza. Caso as máquinas e implementos não estejam devidamente limpos, a entrada será “rechaçada” – ou seja, os veículos não poderão entrar no Estado.

Caso não estejam limpas, as máquinas serão impedidas de entrar no Paraná, sendo feito o seu rechaço. Assim, elas deverão retornar, passar por limpeza adequada, e só então sua entrada será autorizada. (…) Esse procedimento é adotado objetivando proteger a nossa agricultura, pois os restos culturais e solo aderidos às máquinas que vêm de outros Estados podem trazer pragar, como nematoides e sementes de plantas daninhas, capazes de provocar sérios danos à agricultura paranaense.

A ação tem apoio direto do Senar-PR, que desenvolveu um procedimento de limpeza de colhedoras e outros implementos. Com base nisso, a entidade promoveu dois treinamentos a técnicos da Adapar, para que estejam aptos a inspecionar os maquinários e identificar quando estão adequadamente limpos, sem risco de trazer pragas e plantas daninhas ao Estado. No total, 30 servidores da agência estadual foram capacitados, entre 27 de novembro e 1º de dezembro, na concessionária New Agro, em Londrina, no Norte do Paraná, com apoio do sindicato rural do município.

“É um processo inédito, desenvolvido em conjunto com nossos instrutores do SENAR-PR. Fizemos visitas a campo para entender a extensão do problema, definir os parâmetros de uma máquina considerada contaminada e que pode oferecer riscos à agricultura do Estado. Com isso, definimos um processo eficaz de limpeza de todos os compartimentos, usando ar comprimido ou soprador”, aponta Jocelito Cruz, técnico do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

No treinamento, a New Agro disponibilizou diferentes modelos de colhedoras e implementos agrícolas, dando a possibilidade de os participantes entenderem os conceitos aplicados em tipos variados de equipamentos.

“Os técnicos puderam, na prática, verificar uma máquina limpa, o acúmulo de resíduos e quando esse acúmulo pode causar contaminação. Quando as máquinas chegam aos postos da Adapar, os técnicos têm condições de fazer essa inspeção de forma assertiva”, destaca Cruz.

Ação preventiva

Além da intensificação da fiscalização, a Adapar também adotou uma ação preventiva de orientação. Quando as máquinas agrícolas passam pelos PFTAs, saindo do Paraná com direção a outros Estados, os transportadores são informados da necessidade de os equipamentos estarem completamente limpos quando retornarem ao território paranaense. Para reforçar essa iniciativa, o Senar-PR vai produzir uma cartilha explicando como deve ser feita a limpeza do maquinário. Além disso, o protocolo de limpeza desenvolvido pelo Senar-PR deve ser incluído como módulo extra nos cursos de colhedora de grãos, já ofertados pela entidade.

“A expectativa é que a Adapar e o Senar-PR façam trabalhos de orientação e divulgação durante o Show Rural, que deve ocorrer em fevereiro, em Cascavel”, diz Farinazzo Galhardo.

Risco

O trânsito entre máquinas agrícolas entre Estados não é raro. O caso mais recorrente é o de prestadores de serviços – os chamados prancheiros –, que são contratados para fazer colheita de grãos ou que alugam seu maquinário a agricultores. Também há casos de produtores com propriedades rurais em diferentes Estados e que transportam os implementos em época de colheita.

Recentemente, a Adapar acendeu um alerta em relação ao caruru-palmeri (Amaranthus palmeri), planta daninha que ainda não está presente nas lavouras do Paraná, mas que já foi identificada com incidência preocupante em outros Estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A praga tem crescimento rápido e é extremamente agressiva: segundo a Embrapa, uma única planta pode dar origem a mais de 100 mil sementes, em condições ideais de crescimento, facilitando a disseminação. Além disso, a planta daninha é resistente a herbicidas.

Fonte: Assessoria Faep

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Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
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A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

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Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

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Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
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ABMRA 2024

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