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Notícias DEFESA AGROPECUÁRIA

Mapa terá complexo de treinamento para cães farejadores da vigilância agropecuária

O complexo terá capacidade de treinar 11 animais em um mesmo ciclo

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Fotos: Divulgação MAPA

O labrador Leo, a golden retriever Meg, os pastores-belga malinois Frida e Vamp correram pelo gramado e posaram para fotos no novo espaço que será destinado aos animais, em Brasília, nesta terça-feira (5). No local, de mais de 17 mil metros quadrados, será construído um complexo para a atuação do Centro Nacional dos Cães de Detecção (CeNCD), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O objetivo é aumentar a disponibilidade de espaço físico para o alojamento e treinamento de um número maior de cães farejadores que atuam na fiscalização agropecuária brasileira em portos, aeroportos e postos de fronteira. Com atuais cinco integrantes (além dos já citados, em Curitiba fica o labrador Thor), a equipe K9 receberá, em breve, outros oito cães para reforçar a fiscalização.

Com capacidade para treinar num mesmo ciclo 11 cães, o centro de treinamento reunirá oito prédios com estrutura para o ensino e treinamento dos animais, além de canis, laboratório de faro, depósito e área administrativa. As áreas livres também fazem parte do complexo e serão utilizadas para o manejo de baixo estresse e o enriquecimento ambiental.

“O complexo da CeNCD não será apenas um canil. Aqui, acima de tudo, será um centro de treinamento, de difusão do conhecimento, propagação de bons serviços prestados e produção de materiais científicos”, frisou o chefe do CeNCD e auditor fiscal federal agropecuário, Romero Teixeira.

As ações para implementação da primeira etapa, que consiste no canil de observação com oito baias, já começaram e a previsão de licitação da obra deve ocorrer ainda este ano. A entrega de todas as etapas do complexo e a inauguração estão previstas para 2023.

 

Atuação dos cães farejadores

Os cães farejadores atuam na Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) para evitar a entrada de pragas e doenças no país que podem estar contidas em alimentos, como mel, frutas, certos tipos de queijo, bacalhau, além de sementes e outros produtos de ingresso proibido no Brasil ou de entrada controlada. Muitos deles são trazidos de forma irregular nas bagagens de passageiros que retornam ao país após viagens internacionais.

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, explica que a adoção de cães farejados nesta atividade é um trabalho “moderno e reconhecido internacionalmente”.

“Os cães são mais um elemento de segurança para a defesa agropecuária do Brasil, principalmente no sentido de barrar a entrada de fatores de risco para a nossa agropecuária. Representa um trabalho eficiente, moderno e que permite ganho de produtividade”, destacou o secretário no evento de lançamento do complexo de treinamento.

Ainda participaram do evento de lançamento do complexo de treinamento, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF); o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Marcelo Osório; e o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, Janus Macedo.

 

Seleção e treinamento

O chefe do CeNCD conta que na seleção dos cães são avaliadas as características físicas e comportamentais, além de critérios de saúde.  Os animais são adquiridos por licitação ou doados ao serviço de fiscalização.

Para ser um cão farejador, não há uma raça específica e o animal dever ter entre nove e 24 meses de idade. Ao chegar à equipe, os cães participam de processo de socialização nas áreas de atuação sejam elas aeroporto, rodovias e locais com trânsito de pessoas.

O treinamento para a detecção dos odores em si se dá ao longo de um período de três a nove meses, de acordo com o local de atuação do cão e do tipo de odor a ser identificado. Ao final do treinamento, o cão irá sinalizar caso seja identificado algum odor, sentando ou deitando.

“Todo o treinamento é baseado em brincadeira a partir da bolinha, que é a recompensa que damos aqui. Associamos o encontro do item odorante com a bolinha, que é o brinquedo do cão”, contou Teixeira sobre o treinamento.

A rotina de treinamento dos cães farejadores é diária e começa com a limpeza dos canis e análise clínica do animal. Os cães, então, seguem em viatura seja para o aeroporto ou local de simulação de fronteira para que se treine o olfato com os odores alvos. Após o almoço e descanso, o treino é repetido no período da tarde.

Em alguns dias, o treinamento é focado em socialização com passeios para adaptação ao local de trabalho e o convívio com pessoas em locais de grande circulação. Nas noites em que não há operação de fato no aeroporto, com a chegada de voos internacionais, os animais descansam.

Atuantes em larga escala mundialmente, os cães farejadores são uma ferramenta ágil, versátil e de grande mobilidade e sensibilidade para auxiliar nos trabalhos de fiscalização agropecuária.

 

Obrigatoriedade do uso de cães farejadores

O uso de cães farejadores pelo Ministério da Agricultura nas operações de fiscalização sanitária é tema do Projeto de Lei 6028/2019, que está em análise na Câmara dos Deputados.

O texto prevê que os cães farejadores sejam de uso obrigatório nas ações de fiscalização do Mapa em fronteiras internacionais e ainda cria um regulamento que estabelecerá a quantidade de cães a ser empregada em cada porto, aeroporto e posto de fronteira, bem como os prazos para efetivação da medida.

O texto foi aprovado, em agosto deste ano, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A proposta é substitutiva a aprovada pela Comissão de Agricultura ao Projeto de Lei 6028/19, do deputado Neri Geller (PP-MT). A relatora, deputada Bia Kicis (PSL-DF), apresentou parecer favorável.

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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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Notícias Em Pontes e Lacerda

Novilhas do projeto de transferência de embriões do Governo de MT produzem até 200% litros de leite a mais do que média do Estado

Ação é realizada por meio da Seaf e começou em 2022 no município, com apoio da Empaer e da Prefeitura.

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Fotos: Rafaela Sanchez de Lima

O projeto Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro do Estado – Transferência de Embriões, do Governo de Mato Grosso, começa a apresentar resultados positivos em Pontes e Lacerda. Novilhas girolando meio-sangue, que nasceram pelo projeto, estão produzindo leite até 200% acima da média do Estado na primeira gestação, confirmando a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado.

Realizado com investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o projeto tem a parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Prefeitura de Pontes e Lacerda.

Jonas de Carvalho, empreendedor do campo em Pontes e Lacerda, conta que, na sua propriedade, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Elas pariram recentemente com aproximadamente 22 meses de vida, o que ele classifica como “surpreendente”.

Por dia, revela o produtor, cada novilha do projeto chega a produzir 15 litros, o que supera a produção das suas outras vacas. “Neste ano, participei com quatro prenhezes confirmadas e estou ansioso para que elas nasçam e comecem a produzir. Eu não sabia que esse projeto existia, mas não tinha noção de que poderia ter esses resultados”, destaca.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que a média da produção de leite por animal por dia em Mato Grosso é de 4,66 litros.

A precocidade reprodutiva das novilhas foi uma surpresa para o produtor Ildo Vicente de Souza, que teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Atualmente, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.

“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para o produtor. Os resultados são muito bons”, avalia Ildo.

Também beneficiado pelo projeto de transferência de embriões da Seaf, o produtor Jânio Alencar Leme relata que as novilhas, que nasceram da etapa de 2022, estão produzindo cerca de 12 litros por dia.

“Os resultados da transferência dos embriões são muito bons. Acho muito importante o pequeno produtor ter ações como essas feitas pelo Governo para que possa se desenvolver. Para fazer a transferência de embrião de forma particular é muito caro. Agora, com o apoio financeiro da Seaf, da prefeitura e as orientações da Empaer, podemos ter esse melhoramento genético com raças que são caras”, conta Jânio.

As novilhas são frutos de transferência de embrião do projeto que iniciou, em Pontes e Lacerda, em 2022. Nesta primeira etapa, 31 produtores participaram com nascimento de 94 bezerras girolando meio-sangue. Os embriões são produzidos em laboratório por fertilização in vitro (FIV). São utilizadas vacas doadoras Gir e touros Holandeses de alta produção, e transferidos para vacas comuns do rebanho de cada produtor, as receptoras.

“Temos tido relatos importantes sobre os resultados do projeto de melhoramento genético da Seaf e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos que investir no pequeno empreendedor rural, segurar na mão dele, para que ele possa começar e depois desenvolver a produção com sustentabilidade. Neste projeto, eles também puderam constatar os avanços que a tecnologia e o manejo correto trazem”, destaca a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.

A extensionista e veterinária da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, destaca que é importante considerar que a região passava pelo período de seca e que a alimentação é feita a pasto na maior parte dos casos, o que mostra a boa genética das novilhas e a boa produção se comparadas a média de produção da região.

“O projeto vem surpreendendo todos os que estão envolvidos. Dos animais já nascidos, várias novilhas entraram em puberdade com 11 meses, demonstrando a precocidade delas. E com os ajustes nutricionais necessários elas poderão produzir muito mais leite”, diz Rafaela, que atua na região com a também extensionista, Loana Longo.

Neste ano, o projeto entrou na terceira etapa. Na primeira e na terceira, a Seaf pagou 80% do valor por prenhez e os produtores deram a contrapartida. Na segunda, quem fez o aporte foi a Prefeitura de Pontes e Lacerda, com metade do valor da prenhez e os produtores dando a outra metade como contrapartida. A Empaer deu o suporte técnico em todas as etapas.

Do começo do projeto até este ano, 46 produtores já foram beneficiados no município. Neste período, nasceram 192 fêmeas girolando meio sangue.

Fonte: Assessoria Secretaria do Estado de Agricultura Familiar do Mato Grosso
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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