Conectado com

Notícias

Mapa realiza workshop para discutir ideias que vão auxiliar na reestruturação do Inmet

Uso de novas tecnologias, o papel do Inmet na Organização Meteorológica Mundial e o fomento a cooperações interinstitucionais foram alguns dos temas debatidos.

Publicado em

em

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reuniu na última quarta-feira (30), em Brasília (DF), nomes consagrados da meteorologia nacional e internacional para o workshop sobre a reestruturação da atuação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com o objetivo de ouvir sugestões, debater iniciativas e identificar inovações no setor, de modo a auxiliar no aprimoramento das atividades e no planejamento estratégico da instituição.

Fotos: Divulgação/Mapa

Elaborado pela Subsecretaria de Gestão de Pessoas e Gestão do Conhecimento em parceria com a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, ambos do Mapa, o encontro promoveu o debate de temas como: o uso de novas tecnologias; a colaboração em programas de inovação e pesquisa; o uso da Inteligência Artificial (IA); a necessidade de aprimoramento na coleta, registro, qualificação e compartilhamento de dados meteorológicos; o fomento a cooperações interinstitucionais; o papel do Inmet na Organização Meteorológica Mundial (OMM); as variáveis relevantes no contexto de mudanças climáticas; a infraestrutura necessária para fazer previsões meteorológicas competitivas; dentre outros.

Na parte da manhã, a oficina contou com a participação da secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, que qualificou como oportuno o evento e destacou a importância do debate. “O Inmet é o Brasil na OMM, por isso é fundamental integrar habilidades e conhecimentos técnicos ao processo de reestruturação e de gestão para o fortalecimento da instituição. Torço para que todos os envolvidos aqui tornem essa agenda algo real, tangível para o Brasil e exemplo para esses outros países, principalmente os de língua portuguesa”, afirmou.

Segundo o Subsecretario de Orçamento, Planejamento e Administração, Fernando Soares, é uma orientação ministerial que o Inmet reveja sua estrutura e sua permeabilidade junto ao mercado e à iniciativa privada. “Reunimos aqui acadêmicos e gestores públicos do setor meteorológico, com alto nível de conhecimento, e a partir da análise feita por eles acerca da estrutura atual do Instituto, traçaremos um diagnóstico para subsidiar a reestruturação e o planejamento estratégico do Inmet até 2031”, completou.

Presente ao encontro, o professor doutor do Departamento de Ciência Atmosférica da Universidade de São Paulo, Pedro Leite da Silva Dias, destacou a atuação do Instituto e o importante trabalho que exerce a serviço da meteorologia no país. “A atividade do Inmet é fundamental, razão pela qual faz-se necessário mais articulação e uma modernização do sistema de informação meteorológico. E o nosso papel aqui é contribuir com esse processo”.

“Estamos unindo esforços para elaborar um planejamento estratégico que venha fortalecer e alavancar essa importante instituição. Paralelamente, temos implementado medidas que visam a ampliação na sua atuação, a melhora da qualidade dos serviços e o aumento no quadro de funcionários, reafirmando o compromisso do Mapa em manter a operacionalidade e garantir a continuidade das atividades de maneira mais eficiente”, ressaltou a secretária-adjunta da SDI, Lizane Ferreira.

Reestruturação da Inmet
Dentre as medidas de reestruturação, já estão em curso estão:

  • A aquisição de 98 novas estações meteorológicas via Crédito Extraordinário, no valor de R$ 25 milhões, já em processo de finalização:
  • A aquisição, instalação e manutenção de 220 estações meteorológicas automáticas e da sala de monitoramento do clima, no valor de mais de R$ 49 milhões, obtidas a partir da parceria com os Comitês Gestores das Contas dos Programas de Revitalização dos Recursos Hídricos das bacias do Rio São Francisco – Eletrobras;
  • Criação de 80 novos postos de trabalhos de nível superior, prevendo a contratação de 40 novos meteorologistas, buscando a recomposição de quadro de pessoal a partir do Concurso Nacional Unificado, já em fase final de divulgação do resultado.
  • A criação de portaria ministerial (nº 714 – 30/08/24) que atribui às Superintendências Federais de Agricultura a governança dos polos e distritos de meteorologia em seus respectivos estados de atuação, ampliando as equipes, o alcance do serviço e a representatividade para as 27 Unidades Federativas.

Fonte: Assessoria Mapa

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.