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Mapa lidera participação brasileira na COP 30 com foco em agricultura sustentável
Ministério marca presença na AgriZone, em Belém, apresentando políticas, tecnologias e modelos de produção de baixo carbono durante a conferência climática da ONU.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) será protagonista nas discussões sobre sustentabilidade e clima durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém (PA).
O órgão participa ativamente da AgriZone, espaço temático coordenado pela Embrapa, que reunirá centenas de iniciativas voltadas à agricultura sustentável, segurança alimentar e descarbonização da produção. “Convidamos os representantes do setor produtivo, da academia, dos governos e da sociedade civil para participarem desse diálogo baseado em ciência, que abordará tópicos como a recuperação de áreas degradadas, adaptação à mudança do clima, pecuária sustentável e financiamento climático”, disse Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa.
Aberta ao público de 10 a 21 de novembro, das 10 horas às 18 horas, com entrada gratuita mediante inscrição, a AgriZone está localizada a menos de dois quilômetros da Blue Zone e Green Zone, áreas oficiais de negociações da conferência.

A AgriZone é uma grande vitrine de tecnologias, ciência e cooperação internacional voltada à agricultura sustentável e ao combate à fome em um contexto de mudanças climáticas. O espaço abrigará aproximadamente 400 eventos, com painéis, exposições, experiências gastronômicas e culturais, além de vitrines de soluções tecnológicas e práticas agroambientais de baixo carbono.
A programação inclui painéis e encontros que discutem desde políticas públicas de mitigação de emissões até experiências práticas de restauração produtiva e bioeconomia.
Acesse a programação completa aqui.
Entre os principais eventos com coordenação ou participação do Mapa, destacam-se:
- 11 de novembro – Mitigação de metano na bovinocultura de corte: das políticas públicas até o campo – O Mapa participa do debate sobre estratégias de mitigação de emissões na pecuária de corte, em parceria com o Instituto Imaflora.
- 13 de novembro – Recuperação e conversão de áreas degradadas com práticas resilientes ao clima – Iniciativa conduzida pelo Mapa, em parceria com o Diálogo Agropolítico Brasil–Alemanha (APD), para debater políticas e tecnologias voltadas à restauração de áreas produtivas.
- 15 de novembro – Programa Castanheir@s e Castanha Sustentável – destacam o fortalecimento da cadeia da castanha-do-brasil como instrumento de inclusão social e desenvolvimento sustentável na Amazônia.
- 17 de novembro – Caminho Verde Brasil – Um dos destaques da participação brasileira na COP 30, o painel apresentará ações do Mapa voltadas à bioeconomia, descarbonização e financiamento verde, com foco em práticas agrícolas inovadoras.
- 17 de novembro – “One Health – Saúde Única” – Realizado em parceria com a Organização Mundial de Sanidade Animal (OMSA), o evento abordará a integração entre saúde animal, humana e ambiental como estratégia para garantir segurança alimentar global.
- 18 de novembro – PLACA: Cooperación regional en agricultura y cambio climático desde América Latina y el Caribe – Encontro coordenado pelo Mapa e pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário do Peru (Midagri), voltado à cooperação latino-americana em políticas agrícolas sustentáveis.
- 20 de novembro – Urubatan Piatã e a transferência de tecnologia como desenvolvimento sustentável da Amazônia – Evento apoiado pelo Mapa que evidencia a importância da bioeconomia e da valorização de produtos da floresta na geração de renda e conservação ambiental.
A programação inclui ainda debates sobre comércio agrícola sustentável, em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e sobre inovação e economia circular no uso de fertilizantes, conduzidos pelo Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Cefenp), unidade vinculada ao Mapa.
Durante os 11 dias de conferência, a AgriZone tem como objetivo apresentar como o agro brasileiro é parte da solução climática global, apresentando políticas públicas, tecnologias e modelos produtivos sustentáveis que unem produção, conservação e inclusão social.

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Bovinos puxam alta no VBP do Acre e concentram mais de 70% da renda do campo
Atividade responde pela maior parcela do faturamento agropecuário estadual, com R$ 2,76 bilhões.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Acre deve encerrar 2025 com um crescimento expressivo. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 21 de novembro, o estado alcançou o montante de R$ 3.945,64 milhões, o que representa uma alta nominal de 17,25% em relação aos R$ 3.365 milhões registrados em 2024. O desempenho reflete uma recuperação estrutural que coloca o faturamento do campo acriano em seu patamar mais elevado desde 2018.
Apesar do avanço de dois dígitos no estado, a realidade do Acre frente ao Brasil revela um forte descolamento. Enquanto o VBP nacional atingiu a marca histórica de R$ 1,412 trilhão em 2025, a participação acriana permanece estagnada em apenas 0,28% do total do país.

Foto: Jonas Oliveira/SEAB
Embora o estado figure na base da pirâmide produtiva, o Acre não detém o menor VBP do Brasil. Esse posto cabe ao Amapá (R$ 235,7 milhões), seguido pelo Distrito Federal e Roraima. O Acre ocupa a 22ª posição no ranking nacional, superando cinco outras unidades da federação. Contudo, a distância para os líderes é grande, o Mato Grosso, primeiro do ranking, fatura sozinho R$ 220,4 bilhões, valor 55 vezes superior ao do Acre.
A estrutura produtiva do Acre é fortemente concentrada. A pecuária responde por 72% de todo o valor gerado (R$ 2.842 milhões), enquanto as lavouras contribuem com 28% (R$ 1.104 milhões).
Ranking de Atividades em 2025
Bovinos: Liderança absoluta com R$ 2.755,9 milhões, sendo o pilar central da economia rural do estado.
Mandioca: Principal cultura agrícola, com R$ 444,5 milhões.
Milho: Terceira força, registrando R$ 187,0 milhões.
Banana: Estável na quarta posição com R$ 169,8 milhões.
Café: Fecha o “Top 5” com R$ 158,4 milhões.
A comparação dos dados aponta um setor de grãos e proteína animal com comportamentos distintos. No ramo de proteínas e derivados, além dos bovinos, destacam-se os Ovos (R$ 55,0 milhões) e o Leite (R$ 31,0 milhões), que mantêm relevância local, embora com pouca escala para exportação interestadual. Atividades como frangos e suínos não figuram entre os principais destaques financeiros do estado neste levantamento.
Já nas lavouras, a Soja, que vem ganhando espaço na fronteira agrícola do Norte, registrou R$ 108,5 milhões. Outras culturas de subsistência e mercado interno apresentam valores mais modestos: Feijão (R$ 16,0 milhões), Arroz (R$ 9,1 milhões) e Laranja (R$ 8,7 milhões). A Cana-de-açúcar (R$ 1,7 milhão) e o Amendoim (R$ 0,1 milhão) ocupam posições marginais na composição do faturamento.
Perspectiva Histórica (2018–2025)
O gráfico histórico revela que o crescimento atual não é apenas conjuntural, mas o ápice de uma retomada. Após um período de estagnação entre 2019 e 2022 (onde o valor oscilou na casa dos R$ 2,7 bilhões), o setor engatou uma sequência de três anos de alta. O salto de R$ 3,02 bilhões em 2023 para os atuais R$ 3,94 bilhões indica um incremento real na produtividade ou na valorização das commodities locais, especialmente a carne bovina.
Os dados indica que o agronegócio acriano enfrenta um desafio de diversificação e verticalização. A dependência de 72% de um único setor (pecuária bovina) torna a economia estadual vulnerável a oscilações de preços internacionais da carne e a barreiras sanitárias.
Além disso, a baixa participação no VBP nacional (0,28%) evidencia que o crescimento, embora robusto em percentuais internos (17,25%), ainda é nominalmente baixo para alterar o status do estado na logística nacional. O avanço da soja e do milho sugere uma transição para sistemas de integração lavoura-pecuária, mas a predominância da mandioca e banana como principais lavouras reforça um perfil de produção ainda muito voltado ao consumo regional e de baixo valor agregado industrial.
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VBP agro da Paraíba cresce 2,7% em 2025 com força da pecuária
Estado alcançou R$ 3,52 bilhões com destaque para cana-de-açúcar, frango, ovos e bovinos mostrando evolução consistente e produtos estratégicos fortes.

Em 2025, o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária da Paraíba alcançou R$ 3.522,0 milhões, registrando um crescimento de 2,7% em relação aos R$ 3.427,3 milhões de 2024. O avanço reflete a resiliência e a consolidação de produtos estratégicos, especialmente a cana-de-açúcar, a pecuária de corte e de ovos, que continuam a sustentar a economia agro do estado. Embora a Paraíba ainda represente apenas 0,28% do VBP nacional, que totalizou R$ 1.267,4 bilhões, o crescimento contínuo demonstra progressos consistentes no cenário regional.
No ranking interno de produtos, a cana-de-açúcar lidera, com R$ 1.247,1 milhões, destacando-se não apenas pela produção em volume, mas também pelo valor agregado que contribui para a indústria de açúcar e etanol. Em seguida aparecem frangos (R$ 492,4 milhões), banana (R$ 417,1 milhões), ovos (R$ 300,1 milhões) e bovinos (R$ 297,5 milhões). A pecuária, composta por frango, ovos e bovinos, representa 39% do VBP estadual, enquanto as lavouras respondem por 61%, mostrando um equilíbrio entre produção vegetal e animal que sustenta a diversidade econômica do estado.
Entre 2024 e 2025, alguns produtos mantiveram-se como pilares estruturais da economia agropecuária paraibana. A cana-de-açúcar, além de liderar em valor, tem apresentado incrementos consistentes de 2 a 3% ao ano, reflexo de ajustes na produtividade e estabilidade de preços. A produção de frango e ovos segue dinâmica, acompanhando a demanda crescente do mercado interno e potencializando a geração de emprego e renda local. Os bovinos, apesar de menor em volume comparado a outros grandes estados, têm mantido estabilidade com potencial de expansão em segmentos de carne de qualidade.
O histórico do VBP paraibano, entre 2018 e 2025, revela um crescimento acumulado de cerca de 70%, passando de R$ 2.070 milhões para R$ 3.522 milhões. Esse avanço reflete tanto valorização de preços quanto incrementos pontuais na produção, evidenciando um mercado agropecuário regional que cresce de forma constante, ainda que sem mudanças estruturais capazes de alterar significativamente a posição relativa do estado no ranking nacional.
Do ponto de vista estratégico, a Paraíba apresenta produtos com forte presença regional, como ovos, frango e cana-de-açúcar, que funcionam como base econômica sólida. O desafio está em ampliar a diversificação e agregar valor aos produtos agrícolas, potencializando oportunidades em nichos de mercado e cadeias produtivas integradas. A expansão de tecnologias agrícolas, investimentos em irrigação e em processamento de alimentos pode contribuir para elevar o VBP estadual e fortalecer ainda mais o papel do Paraíba no contexto nacional.
Em resumo, a Paraíba mostra crescimento consistente e solidez em produtos-chave, com perspectivas de evolução se houver ampliação de diversidade produtiva e agregação de valor.
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Plataforma Agro Brasil + Sustentável libera habilitação automática de áreas para exportação
Nova funcionalidade permite ao produtor rural verificar se a área de produção atende exigências socioambientais de mercados internacionais de forma gratuita e voluntária

Foi disponibilizado, na terça-feira (23), na Plataforma Agro Brasil + Sustentável, serviço de habilitação de Área de Produção para Exportação, funcionalidade que permite ao produtor rural validar, de forma automática, se a área de produção cumpre requisitos críticos para a exportação à mercados externos que impõem barreiras de compliance socioambiental.
O principal objetivo da Plataforma é integrar, organizar e disponibilizar informações de governança ambiental, social e corporativa relacionadas aos produtores (pessoas físicas), empresas agrícolas (pessoas jurídicas) e propriedades rurais para qualificar os produtos agropecuários brasileiros, com transparência, credibilidade e confiança, entre todos os participantes da cadeia agropecuária.
Nesse cenário, a Plataforma Agro Brasil + Sustentável também visa atender às exigências de um dos grandes mercados internacionais, permitindo a habilitação do produtor e de lotes de produtos agropecuários, a partir de requisitos, padrões, processos e tecnologias, devidamente caracterizados quanto à sua produção.
A Plataforma é uma ferramenta gratuita e voluntária ao produtor rural e possui abrangência universal a todas as cadeias produtivas.
Plataforma Agro Brasil + Sustentável, do serviço de habilitação de Área de Produção para Exportação.



