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Mapa fecha 2025 com recorde histórico de 507 mercados abertos para o agro brasileiro

Resultado impulsiona exportações, diversifica destinos e fortalece a presença internacional da agropecuária, com impacto direto em renda, emprego e competitividade em todas as regiões do país.

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Fotos: Claudio Neves

Em 2025, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) alcançou um marco histórico ao consolidar a abertura de 507 mercados para produtos da agropecuária brasileira desde o início da gestão, o maior avanço já registrado no setor. O resultado reflete a atuação integrada da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), com trabalho coordenado entre seus departamentos e o apoio estratégico da rede de 40 adidos agrícolas em 38 países.  

Ao longo do ano, a SCRI concentrou esforços na ampliação e diversificação das exportações, na negociação de protocolos sanitários e fitossanitários, na defesa dos interesses comerciais e regulatórios do Brasil, na cooperação técnica internacional, além da promoção comercial e da atração de investimentos. As ações tiveram como foco transformar cada nova abertura de mercado em oportunidades concretas para produtores rurais, cooperativas e agroindústrias, gerando emprego, renda e fortalecendo a presença global do agronegócio brasileiro.  

O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, destacou que 2025 foi decisivo para a consolidação desses resultados. “Somente neste ano, abrimos mais de 200 mercados, além de ampliações estratégicas, como o pre-listing para aves na União Europeia. Entre as aberturas de maior impacto estão sorgo, DDG, gergelim e miúdos de aves para a China, além da carne bovina para o Vietnã e das habilitações para Filipinas e Indonésia. São conquistas que ampliam oportunidades para o produtor rural brasileiro e reforçam a competitividade internacional do agro”, afirmou.  

Rua ressaltou ainda que a diversificação da pauta exportadora foi fundamental para o desempenho alcançado. “Produtos menos tradicionais apresentaram forte crescimento. A política de diversificação iniciada em 2023, alinhada às diretrizes do ministro Carlos Fávaro, mostrou-se acertada e necessária em um cenário global desafiador, permitindo um aumento de quase 20% no valor exportado desses segmentos”, observou. 

As aberturas de mercado ampliam a escala produtiva, geram novas fontes de renda e fortalecem a presença internacional do agro brasileiro. Cerca de 20% das aberturas realizadas contemplam produtos não tradicionais, como ervas, especiarias, castanhas e proteínas alternativas, abrindo novas frentes de exportação para todas as regiões do país. 

Exportações brasileiras em 2025

De janeiro a novembro de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 155,25 bilhões, o maior valor já registrado para o período e 1,7% acima do mesmo período do ano passado. O desempenho reforça o papel das vendas externas como complemento ao mercado interno, ao ampliar a escala produtiva, fortalecer cadeias, gerar emprego e renda e estimular investimentos em todas as regiões do país.  

No acumulado do ano, produtos como soja em grãos, carne bovina in natura, café verde, celulose, farelo de soja, algodão e carne suína registraram recordes tanto em valor quanto em volume exportado. Também se destacaram avanços em segmentos como café solúvel, bovinos vivos, miúdos de carne bovina, sementes de oleaginosas, pimenta-do-reino, sebo bovino e feijões secos.

Impacto das aberturas de mercado

Estudo desenvolvido pela ApexBrasil em parceria com o Mapa aponta que os mais de 500 mercados abertos desde 2023 já geraram US$ 3,4 bilhões em exportações adicionais, com impacto direto em todas as regiões do país. O levantamento demonstra que Norte, Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Nordeste foram beneficiados em diferentes intensidades, evidenciando o papel da abertura comercial como vetor de desenvolvimento regional.  

O levantamento estima ainda um potencial futuro de US$ 4 bilhões em exportações a partir dessas aberturas, caso o Brasil alcance participação equivalente à sua fatia no comércio global. Os países que passaram a importar produtos brasileiros representam, juntos, um mercado de US$ 37,5 bilhões em importações anuais, indicando amplo espaço para expansão. 

Destaque de 2025: principais aberturas e ampliações

Entre os principais avanços de 2025 estão a habilitação de 17 plantas de carne bovina para a Indonésia, o que ampliou em 80% o número de empresas aptas a exportar ao país e resultou em um crescimento aproximado de 250% nas vendas brasileiras. Também se destacam a habilitação das cinco primeiras unidades exportadoras de sorgo para a China e das dez primeiras plantas autorizadas a exportar DDG, consolidando novas frentes de demanda no mercado chinês.  

O ano marcou ainda a abertura do mercado de carne bovina no Vietnã, país que importa cerca de US$ 1,6 bilhão por ano, além do reconhecimento, por Singapura, da regionalização para peste suína africana, assegurando a continuidade das exportações mesmo diante de eventuais focos localizados.  

Ferramentas de apoio ao exportador brasileiro

Além das negociações internacionais, a SCRI ampliou e modernizou os instrumentos de apoio ao exportador. O Intercâmbio Comercial do Agronegócio 2025 apresentou análises e tendências do comércio internacional; o AgroInsights, elaborado mensalmente com informações dos adidos agrícolas, mapeou mais de 800 oportunidades de negócios; o Passaporte Agro, com 33 edições, orientou o setor produtivo sobre mercados estratégicos; e a plataforma ConnectAgro reuniu dados, eventos internacionais e orientações práticas para empresas interessadas em exportar, com acesso pelo portal do Mapa.

Promoção comercial: missões, feiras e atração de investimentos

A promoção comercial também foi intensificada em 2025. Ao longo do ano, a SCRI participou ou organizou mais de 80 missões oficiais em 57 países, envolvendo negociações sanitárias, reuniões governamentais e agendas com organismos internacionais, compradores e investidores. 

O Brasil esteve presente ainda em 20 grandes feiras internacionais, realizadas em 17 países, com a participação de 208 empresas brasileiras, incluindo cooperativas. As ações resultaram em US$ 40,4 milhões em negócios imediatos e aproximadamente US$ 427 milhões em expectativa de negócios para os 12 meses seguintes.  

Fonte: Assessoria Mapa

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Governo de São Paulo atinge recorde histórico na regularização fundiária rural

Programa de Regularização Fundiária Paulista alcança 5 mil famílias beneficiadas desde 2023, com foco em pequenos e médios produtores, ampliando a segurança jurídica no campo e fortalecendo a agricultura familiar no Estado.

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Foto: Divulgação

O Governo de São Paulo alcançou a maior regularização rural da história do estado, com 5 mil famílias agricultoras beneficiadas pelo Programa de Regularização Fundiária Paulista, uma média de cinco famílias atendidas por dia ou 143 por mês desde 2023. Do total de títulos concedidos, 90% contemplam pequenos e médios produtores, garantindo segurança jurídica em 220 mil hectares, com redução de litígios, custos e mais tranquilidade no campo.

O título de número cinco mil foi entregue na segunda-feira (15), no Palácio dos Bandeirantes, para os produtores Valdir Aparecido Teles e Leila Claudia Teles, do assentamento Água Limpa 2, em Presidente Bernardes. O evento contou com um pacote de investimentos para o agro paulista e teve a participação do governador, Tarcísio de Freitas, do secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, prefeitos, lideranças do setor e produtores rurais.

A marca contempla a entrega de títulos a famílias em assentamentos estaduais e comunidades quilombolas e representa um investimento de R$ 30 milhões por meio da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

O evento contou ainda com a assinatura de um novo decreto do programa paulista de regularização de terras. O novo decreto promove uma ampla reorganização da política fundiária do Estado ao consolidar toda a regulamentação existente em um procedimento único, digital e padronizado. A norma amplia o alcance da regularização ao autorizar a titulação de áreas devolutas, presumidamente devolutas ou particulares e áreas quilombolas, inclusive em situações já matriculadas ou sem prova conclusiva de domínio, desde que atendidos os critérios legais.

O decreto também introduz a transação fundiária como instrumento para reduzir litígios, direciona as receitas para o fortalecimento das políticas agrária e fundiária do Itesp, institui relatório anual de acompanhamento e revoga normas anteriores, ampliando a segurança jurídica e a eficiência administrativa. “O título de terra é mais do que um documento. Ele representa dignidade, segurança jurídica e a possibilidade real de planejamento e investimento para quem vive e trabalha no campo. Alcançar a marca de 5 mil títulos entregues mostra o compromisso do Governo de São Paulo com a regularização fundiária, com a inclusão social e com o fortalecimento da produção rural, garantindo direitos, estabilidade e novas oportunidades para milhares de famílias paulistas”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

Também foi entregue o primeiro Cadastro Ambiental Rural (CAR) a um assentado, juntamente com a primeira moradia construída por meio da parceria entre o ITESP e a CDHU no Assentamento Dom Evaristo Arns, em Marabá Paulista. A iniciativa marca um avanço na integração entre regularização fundiária, política habitacional e sustentabilidade ambiental, com outras unidades habitacionais atualmente em construção no local.

Também foi realizada a entrega de títulos de regularização fundiária à comunidade quilombola Ostras, no município de Eldorado, com os documentos sendo recebidos por Lauro Pedroso de Moraes, presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombos do Bairro Ostras, em nome das famílias beneficiadas.

Com essa etapa, o Bairro Ostras se torna o 12º quilombo titulado no Estado, completando a titulação de uma área que já havia sido parcialmente regularizada. A comunidade é formada por 17 famílias e ocupa uma área total de 238 hectares, garantindo segurança jurídica, reconhecimento territorial e fortalecimento dos direitos históricos da população quilombola.

Títulos que transformam vidas

A entrega de cada título representa mais do que um processo administrativo, pois traz segurança jurídica ao produtor rural. É o caso de Narciso Pereira Filho, do assentamento Santa Rita da Serra, em Teodoro Sampaio, no interior paulista, que relembra as dificuldades enfrentadas pelos pais quando a terra ainda não tinha documentação legal. “Meus pais vieram para cá e ficaram embaixo de um barraco de lona para adquirir o seu primeiro pedaço de terra e agora nós temos os documentos. Com isso, temos uma garantia, pois podemos buscar mais recursos para ampliar ainda mais a nossa produção”, relatou Narciso.

A entrega de títulos rurais é uma das principais estratégias do Governo de São Paulo para o fortalecimento da agricultura familiar. Para ampliar esse alcance, pela primeira vez, um trabalho conjunto com o Programa Casa Paulista, em parceria com o Itesp, autorizou o início de obras no município de Marabá Paulista. Ao todo, serão 42 unidades habitacionais no Assentamento Dom Paulo Evaristo Arns. “Eu morava com os meus pais, que também eram assentados. Depois que casei, fui morar com a minha sogra, porque não tínhamos condições de construir uma casa. Quando pegamos o lote, já pensamos em ter o título. Para a gente, é gratificante. Ter este título é um sonho realizado, porque antes vivíamos com medo e agora traz tranquilidade”, disse o produtor Marco Antônio.

Fonte: Assessoria SAA-SP
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Sem placa e sem rastro: por que roubo de máquinas agrícolas cresce no Brasil

Alto valor, fácil descaracterização e falhas na identificação transformam maquinário rural em alvo estratégico de quadrilhas.

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Fotos: Divulgação/ABIRPP

Os roubos e furtos de maquinários agrícolas, embora muitas vezes negligenciados, têm se tornado uma dor de cabeça crescente para produtores rurais no Brasil. Com valores que podem ultrapassar seis dígitos, os equipamentos são frequentemente alvo de criminosos que os descaracterizam, removendo placas, adesivos e identificações. Em alguns casos, as máquinas são revendidas em outros estados, tornando sua recuperação um desafio ainda maior.

Em abril deste ano, o empresário Tarcízio Rodrigues, de Cariacica, Espírito Santo, foi mais uma vítima dessa onda de furtos. Durante o feriado de Tiradentes, ele perdeu um equipamento avaliado em R$ 400 mil. “É um transtorno enorme. Ficar dois meses esperando o seguro, que acabou ressarcindo um valor bem abaixo, é difícil. Os ladrões costumam agir nos finais de semana, durante a madrugada. Por isso, estamos redobrando a segurança”, relatou Rodrigues.

Tecnologia como aliada no combate ao furto

Diante desse cenário de insegurança, o setor agropecuário tem adotado novas tecnologias para combater os furtos. Um exemplo é o aplicativo SINID, relançado pela Associação Brasileira de Identificação e Rastreabilidade de Partes e Peças de Veículos, Máquinas e Equipamentos (ABIRPP). A plataforma, disponível para Android e iOS, permite que proprietários de maquinários e veículos de alto valor registrem dados detalhados sobre seus equipamentos, facilitando a identificação de peças e a recuperação de máquinas roubadas.

De acordo com Sinval Pereira, presidente da ABIRPP e perito em Identificação Veicular, a principal vantagem do SINID é suprir a falta de um sistema de registro oficial para máquinas agrícolas, que não possuem a documentação regular como veículos de passeio. “Cada equipamento recebe uma identificação única por meio de QR Code e nanopartículas, garantindo que, mesmo desmontado, o maquinário possa ser rastreado. Isso ajuda a evitar o comércio ilegal de peças e assegura que o proprietário possa comprovar a posse da máquina”, explicou Pereira.

Rastreabilidade e segurança para o setor

Entre as funcionalidades mais relevantes do aplicativo, está a possibilidade de registrar a área de circulação dos equipamentos. Isso permite que, caso uma máquina seja localizada fora da área autorizada, as autoridades possam agir de forma mais rápida e eficiente. “Nosso objetivo é tornar a plataforma um elo forte entre os proprietários de máquinas, as forças policiais e a sociedade, para enfrentar esse tipo de crime. A cerca geográfica torna mais fácil a apreensão de equipamentos furtados”, afirmou o perito.

Além disso, o SINID também permite o registro de até 200 identificadores de peças, o que reforça a rastreabilidade de tratores, retroescavadeiras e outros equipamentos frequentemente visados pelos criminosos.

Botão de pânico e agilidade na recuperação

O aplicativo também conta com uma função de “botão de pânico”, que permite ao proprietário acionar diretamente as autoridades em caso de furto, enviando fotos do equipamento e facilitando a comunicação imediata com a polícia.

Com o aumento dos furtos de maquinário agrícola, o uso de tecnologias de rastreabilidade se apresenta como uma solução inovadora para proteger os bens dos produtores. O aplicativo SINID não só facilita a recuperação dos equipamentos roubados, como também representa um avanço no combate a um problema que tem se tornado cada vez mais comum no campo.

Fonte: O Presente Rural com ABIRPP
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Seapi reforça barreiras sanitárias no litoral gaúcho durante a Operação Verão 2025/2026

Secretaria da Agricultura mobiliza 50 servidores em nove equipes de fiscalização no Litoral Norte e Sul até 31 de janeiro de 2026, com foco na defesa sanitária animal, controle do trânsito de produtos de origem animal e apoio da Brigada Militar durante a temporada de veraneio.

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Foto: Cassiane Osório/Ascom Seapi

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) integra a Operação Verão Total 2025/2026, lançada no último sábado (13), em Tramandaí, pelo governo do Estado. A Agricultura atuará com barreiras sanitárias ao longo do Litoral Norte e Sul, mobilizando 50 servidores, entre fiscais estaduais agropecuários, técnicos agrícolas e equipes administrativas, distribuídos em 9 equipes de fiscalização. As atividades se estendem até 31 de janeiro de 2026.

A ação integra o eixo de Bem-Estar Social do plano de operação e tem foco na fiscalização agropecuária e na defesa sanitária animal. Além das equipes da Secretaria, a operação contará com o apoio de guarnições da Brigada Militar durante todo o período.

O chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Seapi, médico veterinário Paulo Coelho de Souza, destaca que as barreiras sanitárias são fundamentais para evitar a entrada e a circulação de produtos de origem animal sem procedência, garantindo a segurança sanitária no período de maior fluxo de pessoas e mercadorias no litoral. Segundo ele, a presença intensiva das equipes reforça o controle, previne riscos e orienta a população e os comerciantes sobre as normas vigentes.

Operação Verão

A Operação Verão Total reúne diversas secretarias e órgãos estaduais e busca ampliar a segurança, o bem-estar e o atendimento à população durante a temporada de veraneio. No caso da Seapi, o foco é impedir a disseminação de doenças, assegurar o cumprimento da legislação sanitária e fortalecer a vigilância em uma região que recebe grande circulação de turistas e produtos ao longo do verão.

Balanço 2024/2025

Na última edição da Operação Verão, a Agricultura realizou uma série de ações de fiscalização no litoral gaúcho, resultando em 132 barreiras de trânsito e na inspeção de 1.819 veículos. Foram verificadas 1.570 toneladas de produtos de origem animal e vegetal, com apreensão de 13,4 toneladas por irregularidades. As equipes também atuaram no combate a abatedouros clandestinos, incluindo a interdição de uma estrutura irregular na qual foram inutilizadas 12 toneladas de produtos impróprios ao consumo.

As ações abrangeram 16 municípios do Litoral Norte e Sul e incluíram orientações sanitárias relacionadas à influenza aviária para cerca de cinco mil veranistas. A Seapi também reforçou o controle sanitário na Cavalgada do Mar, vistoriando 261 equinos no trajeto entre Cidreira e Torres. As iniciativas integraram uma estratégia preventiva para garantir segurança alimentar, bem-estar animal e proteção sanitária durante o período de maior circulação de pessoas na região costeira.

Fonte: Assessoria Ascom Seapi
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