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Mapa destaca ações voltadas para o setor agrícola

Por meio de suas Secretarias, o Ministério promove uma agricultura comprometida com a sustentabilidade econômica e ambiental

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Foto: Arquivo OPR

Na quarta-feira (20) celebrou-se o Dia Mundial da Agricultura. Setor que ocupa um papel relevante na economia brasileira, sendo responsável por 7,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, pela geração de empregos e pela segurança alimentar do Brasil e de muitos países ao redor do mundo. 

“Nos últimos 50 anos, o Brasil deixou de ser importador de alimentos para tornar-se o país responsável por garantir a segurança alimentar em países do mundo todo. Daqui pra frente, o nosso objetivo é incorporar à área de produção mais 40 milhões de hectares de pastagens degradadas, intensificando a produção de alimentos sem avançar no desmatamento sobre as áreas já preservadas e com práticas que levem à não emissão de carbono”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

Voltado para o setor, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o órgão responsável pelas políticas públicas de regulação dos serviços e estímulo ao agronegócio, em benefício da sociedade brasileira. 

Dentro da estrutura do Mapa, a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) atua na promoção e no desenvolvimento do uso sustentável e eficiente da agropecuária a partir de inovações e tecnologias. Uma das iniciativas da SDI é o programa Rural + Conectado, que tem como objetivo a ampliação da conectividade e da infraestrutura no campo, promovendo a inclusão digital e tecnológica de milhares de agricultores que vivem em áreas rurais. Nesta primeira fase foram priorizadas regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e, consequentemente, com maior potencial de impacto positivo.  

Rural + Conectado atua sobre dois pilares. O primeiro é a infraestrutura, onde as operadoras de telefonia acessam os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), com taxa de juros subsidiada, para realizar os projetos nas áreas rurais elencadas como prioritárias, em todo o território nacional. Recentemente, foram disponibilizados R$ 88,5 milhões do Fundo para a construção de mais de mil quilômetros de rede de fibra óptica em 24 municípios da Região Nordeste.  

O segundo pilar é voltado para o acesso a conteúdo de qualidade, capacitações e informações para os agricultores. Para tal, foram desenvolvidas plataformas como o Ater Digital e o e-campo, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

“Essas duas frentes caminham lado a lado. Estudos mostram que a cada 1% de conectividade a mais que é disponibilizada na área rural, aumenta em dois bilhões de reais o valor bruto da produção. Isso significa que, ao promovermos a inclusão digital do produtor rural estamos possibilitamos o acesso destes às tecnologias mais adequadas à sua realidade, permitindo o aumentando da produtividade, a redução de custos e a melhoria da renda, além de outros tantos benefícios”, destacou a secretária da SDI, Renata Miranda.  

A Secretaria de Política Agrícola (SPA) é a unidade que cria programas para que os agricultores tenham acesso a linhas de créditos para utilizarem em suas propriedades. O Crédito Rural consiste em um instrumento de política pública para suprir os recursos financeiros necessários para estimular as atividades no campo. Para tanto, ele estimula investimentos ordenados nas áreas rurais, incluindo armazenamento, beneficiamento e industrialização de produtos agropecuários; favorece o custeio oportuno e adequado da produção e a comercialização de produtos agropecuários; fortalece economicamente, especialmente os pequenos e médios; e incentiva métodos racionais de produção para aumentar a produtividade e melhorar o padrão de vida no meio rural. 

As linhas de crédito rural visam apoiar o agricultor por meio da oferta de financiamento a taxas menores que as linhas de crédito tradicionais, do auxílio à expansão da produção de todos os tipos de produtores rurais e do incentivo à adoção de novas tecnologias e práticas agropecuárias que visam o aumento da eficiência, sustentabilidade e produtividade.   

“Assim, o crédito rural possibilita ao produtor rural manter o equilíbrio econômico-financeiro de sua atividade rural, ao possuir a sua disposição um instrumento que garante que o valor das suas obrigações permaneça proporcional ao valor das suas receitas ao longo do tempo”, destaca o secretário da SPA, Neri Geller.  

Já a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) trabalha para garantir que a plantação, a colheita e ao redor da propriedade estejam seguros e certificados. Uma das atividades é o acompanhamento de campos de produção de sementes as quais serão processadas e comercializadas ao agricultor. O resultado leva à certificação do Mapa, que significa um atestado de qualidade para o produto. 

Atua também na proteção do campo contra pragas de plantas e doenças animais de produção, em que executa atividades de inspeção de produtos agropecuários importados nos pontos de entrada como aeroportos, portos e rodovias. “Com esse serviço, várias ameaças às lavouras e rebanhos são eliminadas diariamente, livrando o campo de pragas e doenças”, expressa o secretário da SDA, Carlos Goulart. 

Além disso, durantes as tratativas internacionais, a SDA trabalha por meio dos programas sanitários e fitossanitários para agregação de valor na produção agrícola destinados à exportação. No comércio internacional, alguns países impõem requisitos que exigem do Mapa um acompanhamento durante o ciclo produtivo. Nesses casos, apenas a produção de campos e rebanhos voluntariamente participantes dos programas especiais da SDA são elegíveis de acessarem os mercados mais exigentes.   

Em trabalho conjunto com a SDA, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), trabalha na abertura de novos mercados, que consiste novos parceiros comerciais (países ou blocos de países) chegam oficialmente a bom termo entre os requisitos sanitários ou fitossanitários do importador e as garantias oferecidas pelo exportador, como resultado de consultas ou negociações entre as partes, possibilitando a exportação de um determinado produto de interesse comercial para determinado país (ou bloco).   

Desde o início de 2023, foram abertos 100 novos mercados em 49 países, permitindo que produtores do agro nacional exportem uma ampla variedade de produtos para destinos anteriormente inacessíveis. Essa expansão fortalece a presença do agronegócio brasileiro no cenário mundial, promove desenvolvimento sustentável, geração de renda e emprego, beneficiando diretamente os agricultores ao oferecer novas oportunidades de mercado para seus produtos. 

A SCRI incentiva os produtores agrícolas a participarem de feiras internacionais e missões oficiais, pois permitem a visibilidade de seus produtos no exterior. Para os agricultores, a presença nessas feiras representa uma excelente oportunidade para networking, identificação de novas possibilidades de negócios e aumento do comércio, contribuindo significativamente para o fortalecimento e expansão do agronegócio brasileiro no mercado global.  

Além disso, o Mapa tem sido fundamental na promoção do aumento contínuo das exportações brasileiras. Em 2023 houve um recorde nas exportações do agronegócio atingindo US$ 166,55 bilhões em 2023, com aumento de 4,8% em comparação a 2022 e um acréscimo significativo de US$ 7,68 bilhões.  

“Tal feito não apenas ressalta a competência e a importância do setor agropecuário na economia nacional, mas também evidencia o comprometimento do Mapa em apoiar os agricultores brasileiros para expandir sua presença nos mercados internacionais, garantindo assim uma fonte sustentável de renda e promoção do desenvolvimento econômico do país”, destaca o secretário adjunto da SCRI, Julio Ramos.

Fonte: Assessoria Mapa

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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro

Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

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Foto: Jaelson Lucas

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.

Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock

Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.

Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.

Fonte: Assessoria Cepea
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26

Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

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Foto: Sistema Faep

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.

Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura

No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.

No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.

O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional

Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

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Foto: Daiane Mendonça

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.

Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves

A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.

A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.

Fatores que influenciam mercado 
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.

1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves

Fatores de alta:

  • Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
  • Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.

Fatores de baixa:

  • Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
  • Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
  • Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
  • Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.

2. Oferta e mercado interno

Fatores de alta:

  • Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
  • Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.

Fatores de baixa:

  • Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.

3. Safra e clima
Fatores de baixa:

  • Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

    Foto: Claudio Neves

    ciclo 2025/26;

  • Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.

Acordo China-EUA 
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.

Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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