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Mapa aprova mudanças no Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas

Entre as novidades está a criação da Autorização de Transferência Consignada (ADT-C) para animais comercializados a prazo, além de alterações para concessão de Registro Genealógico de Nascimento (RGN) e Registro Genealógico Definitivo (RGD) a animais de todas as raças zebuínas.

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou, nesta semana, mudanças no regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ), propostas pelo Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas (CDT) da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

Entre as novidades está a criação da Autorização de Transferência Consignada (ADT-C) para animais comercializados a prazo, além de alterações para concessão de Registro Genealógico de Nascimento (RGN) e Registro Genealógico Definitivo (RGD) a animais de todas as raças zebuínas.

O presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, destaca que as propostas foram muito bem aceitas pela

Presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior: “São mudanças que irão impactar positivamente em um melhor custo-benefício nas propriedades, otimizando o trabalho, reduzindo custos, tudo sem comprometer a qualidade do Registro Genealógico” – Fotos: Divulgação/ABCZ

equipe do Ministério. “São mudanças que irão impactar positivamente em um melhor custo-benefício nas propriedades, otimizando o trabalho, reduzindo custos, tudo sem comprometer a qualidade do Registro Genealógico”, diz.

Sobre a criação da ADT Consignada, o diretor de Patrimônio da ABCZ, Manassés de Melo Rodrigues, afirma que o documento dá mais liberdade ao comprador do animal. “Sem a ADT, ele não podia utilizar o animal, nem fazer comunicações, já que o exemplar ainda estava vinculado ao vendedor. Agora, com o documento provisório, o comprador já pode trabalhar com o animal adquirido e, quando houver a quitação, ele terá o documento definitivo”.

Confira as novas determinações que passam a integrar o regulamento do SRGRZ:

  • Criação da Autorização de Transferência Consignada (ADT-C), para animais comercializados a prazo e que não possuem transferência definitiva:
  • Em caso de venda parcelada ou a prazo de animais, o criador transmitente, a seu critério, poderá fornecer uma Autorização de Transferência Consignada (ADT-C) do animal ao criador adquirente, ficando este impedido de ser transferido para terceiros até que o transmitente forneça a ADT Definitiva;
  • A Autorização de Transferência Consignada terá validade de no máximo de 03 (três) anos, a critério do transmitente, e poderá ser cancelada pelo criador transmitente a qualquer momento, dentro do prazo estabelecido;
  • Vencido o prazo final da ADT Consignada e caso o transmitente não tenha fornecido a ADT Definitiva, a propriedade do animal retorna para o criador transmitente;
  • Para a transferência definitiva do animal constante da ADT Consignada, o criador transmitente deverá emitir uma ADT em caráter definitivo e encaminhar ao SRGRZ;
  • Todas as comunicações de cobrição do animal consignado e comunicações de nascimento de produtos, sejam através de monta natural, monta controlada, inseminação artificial, transferência de embriões ou fertilização in vitro, realizadas dentro do prazo determinado pelo transmitente na ADT Consignada, serão feitas e aceitas pelo SRGRZ em nome do criador adquirente, e, caso ocorra o cancelamento da ADT Consignada, estas comunicações e os respectivos produtos filhos do animal consignado não sofrerão nenhum efeito do cancelamento, garantindo ao transmitente apenas o cancelamento da transferência do animal consignado;
  • A colheita, processamento e industrialização de sêmen do animal consignado ficam autorizados ao adquirente durante a vigência da ADT Consignada, sendo que autorização do uso de estoques remanescentes serão definitivos e permanentes;

A ADT Consignada não dá direito ao adquirente de utilizar a técnica de transferência nuclear (clonagem) do produto.

Mudanças para concessão de RGN e RGD aos animais das raças zebuínas:

  • Aumento da idade do animal com a exigência de RGN e RGD, simultaneamente, para aqueles animais que não foram controlados dentro da idade regulamentar. Era a partir de 18 meses. A partir de agora, será a partir de 24 meses, evitando assim a concessão de RGD para animais que estão em fase de transição de crescimento;
  • Quando o RGN, RGD e Controle de Genealogia Definitivo de um animal não for concedido em uma inspeção, essa situação poderá ser modificada pelo próprio técnico que o inspecionou ou por uma comissão composta por 3 (três) outros inspetores de registro genealógico do SRGRZ, limitando-se a 3 (três) inspeções;
  • A inclusão dos afundamentos uni ou bilaterais de chanfro como uma característica desclassificatória em todas as raças;
  • Criação da modalidade de impressão do Certificado de Registro Genealógico de Nascimento (RGN) pelo próprio criador. Poderá ser impresso pelo SRGRZ ou pelo proprietário do animal.

Sobre este último quesito, o superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antônio Josahkian, explica que a mudança na forma de emissão dos Certificados de RGN foi decorrente de uma exigência do Mapa, fundamentada em aspectos legais. “Esse ajuste compulsório permitiu preservar a agilidade e a eficiência na emissão dos RGNs e evitar o desperdício de papel, caso viéssemos a emitir dois certificados para cada animal (RGN e RGD).

Existe ainda a alternativa, caso o criador queira, de emitirmos o RGN no papel timbrado da ABCZ, porém, com uma taxa adicional pelo serviço”, explica, lembrando ainda que a impressão do RGN pelo criador somente precisará ser realizada quando necessário, ficando todos os animais sempre disponíveis em sua base de dados, a qual ele acessa com uso de login e senha de uso exclusivo. Os certificados contam com um QR Code que permite a qualquer pessoa confirmar sua autenticidade.

Fonte: Ascom ABCZ

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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