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Suínos / Peixes Nutrição

Manejo na alimentação pré-parto influencia número de leitões nascidos vivos

Diversos fatores podem contribuir para redução na ocorrência de natimortos e otimização da produtividade em granjas

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 Artigo escrito por Hebert Silveira, nutricionista da divisão de Suinocultura da Agroceres Multimix

O número de leitões nascidos em uma leitegada é um dos grandes sucessos da seleção genética da suinocultura atual. Entretanto, diversos trabalhos relataram que quanto maior o tamanho da leitegada, maior a duração do parto, e demonstraram que a duração do parto e o número de natimortos têm correlação positiva. A grande maioria dos leitões natimortos estão vivos quando o processo de parto se inicia, sendo que, entre 70 e 90% das mortes ocorre devido ao tempo de parto prolongado.

A principal causa relacionada à morte de leitões durante o parto é a asfixia, decorrente de partos prolongados. A asfixia é um processo normal durante o parto, e contribui como gatilho para a movimentação fetal no canal de nascimento e para liberação de oxitocina, o que auxilia no processo do parto. Entretanto, asfixia moderada ou severa, que impeça o leitão de respirar por um tempo de 2 a 3 minutos, é fatal.

Os últimos leitões a nascerem em uma leitegada possuem maior tendência de sofrer com asfixia durante o parto. Isso ocorre devido aos efeitos cumulativos das contrações uterinas, que reduzem a oxigenação para os leitões que ainda não nasceram, além de aumentar o risco de fechamento ou da ruptura do cordão umbilical, aumentando, desta forma, o risco de natimortos.

A contração uterina durante o parto pode comprometer o status energético das matrizes, principalmente nos casos de partos prolongados. A maior parte da energia da dieta é absorvida no trato intestinal, na forma de glicose, durante as primeiras 4 a 6 horas após a alimentação. Por outro lado, a energia originada da fermentação de fibras no intestino grosso está disponível por um período maior após a alimentação, entretanto, em menores quantidades.

Desta forma, a utilização correta de alimentação pré-parto, que vise um parto com menor tempo de duração e, consequentemente, menor incidência de complicações, pode aumentar o número de leitões nascidos vivos e possibilitar aumento no número de leitões desmamados por porca.

Em trabalho recente, pesquisadores avaliaram o efeito do tempo de alimentação das porcas antes do parto, sobre a necessidade de assistência ao parto e ocorrência de natimortos. As porcas foram divididas em três tempos de alimentação, sendo: 3 horas antes do parto, 3 a 6 horas antes do parto e acima de 6 horas antes do parto. Períodos prolongados de alimentação antes do parto aumentam a necessidade de assistência ao parto, enquanto tempo de jejum superior a 6 horas aumenta a ocorrência de natimortos em 1,76 vezes.

Os autores verificaram que uma grande proporção de porcas sofre com um status de baixa energia durante o parto, afetando negativamente o processo, e indicam que as porcas devem ser alimentadas no mínimo 6 horas antes do parto, se possível 3 vezes por dia, após serem transferidas para maternidade.

Dessa forma, temos que ter muita atenção ao período entre a última alimentação e o início do parto das porcas, principalmente em granjas que utilizam indução de parto, para que esse período não seja superior a 6 horas. Já foi possível reduzir entre 3 e 4% a ocorrência de natimortos em uma granja comercial, utilizando esse procedimento. Se pensarmos em uma granja de 1000 fêmeas, isso representa aproximadamente 1.300 leitões nascidos vivos a mais por ano.

Outros fatores

Diversos fatores podem contribuir para redução na ocorrência de natimortos e otimização da produtividade em granjas. Outros pontos importantes a se destacarem é a utilização e tipo de fibra na gestação, dietas de transição e volume de ração oferecido as porcas. Vale lembrar que é muito importante o acompanhamento de um técnico para definição da estratégia a ser utilizada na granja.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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