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Manejo das lagartas que atacam o milho

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Os prejuízos causados pela lagarta Helicoverpa armigera, sobretudo nas lavouras de milho do oeste da Bahia, mobilizaram pesquisadores, autoridades e profissionais agrícolas de Sergipe com objetivo de melhor conhecer essa praga, como também se atualizar das diversas lagartas que atacam o plantio de milho no Estado.
A Embrapa Tabuleiros Costeiros organizou palestra na quarta-feira (16/07) ministrada pelo entomologista Ivan Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo de Sete Lagoas (MG), e também visita de campo com o objetivo de constatar a presença de lagartas, seus insetos predadores e outros agentes benéficos. O evento contou também com reuniões técnicas com o objetivo de articular ações para o manejo das pragas mais comuns como a lagarta do cartucho, da espiga, pulgão do milho como também da Helicoverpa armigera.
 "A primeira coisa que o produtor precisa saber é quando e qual praga chega em sua lavoura", disse o pesquisador Ivan Cruz que recentemente recebeu o prêmio Frederico de Menezes Veiga por suas pesquisas com controle biológico, sobretudo sobre a lagarta-do-cartucho, que ainda é a principal praga da cultura do milho em Sergipe.
"Muitas vezes, o produtor quando toma uma atitude, a praga já está na lavoura e causou muitos estragos", complementou. Ele destaca o uso inteligente de tecnologias no Manejo Integrado de Praga (MIP) recomendando o monitoramento, como primeiro passo, com armadilhas de feromônio, um atraente sexual da mariposa macho, para detectar sua presença.
Foi dessa forma que técnicos recentemente detectaram a presença da Helicoverpa armigera no Estado de Sergipe, em dois municípios, Carira e Propriá. Durante a palestra do pesquisador Ivan Cruz, na Embrapa, o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, na presença do secretário da Agricultura do Estado de Sergipe, Francisco Dantas, anunciou oficialmente a chegada dessa lagarta que já mobilizou muitos profissionais agrícolas e autoridades em todo o país.
Uma vez capturadas em armadilhas de feromônio, pode-se identificar o tipo de lagarta e definir  a tecnologia adequada para o controle.  Tanto para a lagarta Helicoverpa armigera como para outros tipos, o pesquisador Ivan Cruz recomenda o controle biológico aplicado que visa à redução dessas pragas através dos seus inimigos naturais.

Inimigos naturais

"Para cada tipo de lagarta, existe um inimigo natural. No caso da lagarta-do-cartucho  como para a Helicoverpa armigera, a grande saída para o produtor é uma vespa de apenas 0,5 mm,  o Trichogramma , que uma vez liberada na área, consegue sentir o cheiro do ovo da praga e coloca nele seu próprio ovo, evitando assim, o nascimento da lagarta", disse Ivan. Ele ressalta que o método é muito eficiente e não causa nenhum risco ao meio-ambiente. "É chamada de tecnologia limpa", destaca ele.
O pesquisador Ivan Cruz sugere a criação em Sergipe de uma biofábrica para produção em larga escala de organismos benéficos, sobretudo o Trichogramma, evitando danos da praga e causando impacto positivo na sociedade com segurança alimentar reduzindo a quantidade de agrotóxicos, além de ser barato e de fácil aplicação para o produtor.
Ele conta que, em 2012, a Helicoverpa armigera causou prejuízo enorme nas lavoras do oeste da Bahia por não ter os organismos benéficos devido a aplicação massiva de agrotóxicos que também os destruíram, causando enorme desequilíbrio. Ele salientou que em outros Estados o problema não foi tão grave, pois não havia tanto desequilíbrio devido a presença dos insetos benéficos predadores das lagartas.
Ele acredita que não seja o caso do Estado de Sergipe onde predomina a agricultura familiar e médio porte com uso menos intenso de agrotóxicos que causam desiquilíbrio ao meio ambiente.  "Nós já sabemos que em Sergipe existe uma quantidade razoável de inimigos naturais da praga, evitando que o dano seja grande", disse.      

Agrotóxicos

Ivan Cruz não dispensa totalmente os agrotóxicos. "Deve ser utilizado quando outros métodos não funcionarem". Mas ressalta que o agricultor deve realizar o manejo integrado pragas com as tecnologias menos impactantes ao meio ambiente, sobretudo as que não afetem os insetos benéficos. "Temos mais de 300 formulações de agrotóxicos. A questão não é só o veneno, mas a tecnologia de aplicação, pois o uso inadequado cria resistência na praga ao agroquímico, além de outros problemas", complementa. 
De acordo com o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Adenir Teodoro, os produtores em Sergipe geralmente utilizam produtos agrotóxicos do grupo dos piretroides, muito tóxicos aos organismos benéficos que controlam as lagartas que atacam o milho. "O ideal é a utilização de produtos biológicos ou do grupo das diamidas, reguladores de crescimento e espinosinas, considerados menos tóxicos a esses organismos benéficos", relata o pesquisador.
A coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade,  que esteve presente ao evento, afirmou que a Helicoverpa  armigera está sendo monitorada em Sergipe com a instalação de armadilhas específicas, em 15 municípios do Estado, além de 55 técnicos da Emdagro  trabalhando com lagartas. Essa é uma ação do grupo de trabalho Helicoverpa, coordenado pela Emdagro e comporta a Embrapa Tabuleiros Costeiros, IFS, Codevasf, Mapa e Cohidro.
"É um trabalho de prevenção que prepara os técnicos, as instituições e o produtor rural para o avanço da Helicoverpa armigera em Sergipe. Estaremos preparados com um corpo técnico, sabendo o que fazer", assegurou Aparecida.

Fonte: Ass. Imprensa da Embrapa

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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