Suínos
Mais que produtores, fãs da piscicultura
Muito mais do que entusiastas da piscicultura, o casal Beck acredita que a atividade tem tudo para dar certo e ser destaque na produção brasileira de proteína animal
Acreditar é um verbo que acompanha empreendedores. E este é, com certeza, um verbo que não somente acompanha, como também descreve o produtor rural. Ele acredita na produção que tem, acredita na atividade que trabalha e acredita, principalmente, nos investimentos que faz. Não é diferente com o casal Ricardo e Ivete Beck, do interior de Nova Santa Rosa, no Oeste do Paraná. Há oito anos os dois acreditam na piscicultura e no quanto esta atividade pode trazer retorno. Com uma propriedade funcionando em sua total capacidade e com grandes aplicações em uma nova, o casal sabe que o peixe é um investimento em que vale a pena apostar.
Atualmente o casal trabalha em uma área de 75 mil metros quadrados, com uma produção de aproximadamente 500 mil peixes por ciclo. “Isso nos rende perto de 450 toneladas de tilápia por ano”, informa Ivete. Mesmo vivendo em uma região onde a integração é extremamente forte e presente em todas as atividades agrícolas, o casal trabalha de forma independente. “Toda a produção entregamos para São Paulo, para o grupo Pão de Açúcar. Trabalhamos com eles há sete anos desta forma”, dizem.
O interesse pela piscicultura é de família. Foi o pai de Ricardo, que em 1976 escavou os primeiros tanques onde hoje eles produzem. “Naquela época não havia o comércio que há hoje. Nos açudes haviam outras espécies de peixes, e tínhamos tudo mais para lazer, porque o pai adorava isso”, lembra o piscicultor. Foi somente em 2010 que o peixe começou a ficar mais “popular” entre os produtores rurais da região, com diversos compradores e investimentos. “Foi nesta época que conhecemos o técnico em piscicultura da C. Vale, que então passou a nos auxiliar e indicar o caminho correto. Com isso, a atividade começou a funcionar e nós nos empolgamos e passamos a criar os peixes e investir na propriedade”, conta Ivete. O casal aplicou praticamente R$ 2 milhões naquele ano para adequar a propriedade e reformar os 12 tanques que hoje produzem.
Mas, no início nem tudo foram flores. Ivete e Ricardo contam que nas primeiras safras, alguns vendedores mal-intencionados compraram a produção, mas não pagaram. “Vendemos para um vendedor de Santa Catarina, que no início chegou a entregar um cheque, mas era frio. Com isso perdemos um valor de cerca de R$ 56 mil”, lembra Ricardo. E não somente eles, mas outros produtores da região sofreram com o mesmo golpe – o que fez com que muitos desistissem da atividade. “Por isso, depois que fechamos o contrato com o pessoal do São Paulo, ficamos somente com eles, porque sabemos que são confiáveis e pagam certo”, complementa.
Ciclo Completo
Hoje o casal produz o peixe na propriedade desde o alevino, com cerca de duas gramas. “Fazemos o ciclo completo. Compramos ele bem pequeno e criamos até a terminação, quando chega a até 1,2 quilos”, conta Ivete. “Por conta disso, a ração acaba se tornando um dos fatores mais caros na produção. Porque ela também varia. Há épocas em que é mais cara e outras em que está em um preço mais estável. Então, você ter que tratar um peixe das duas gramas até 1,2 quilos é muita ração que vai”, comenta, complementando que há lotes em que eles chegam a gastar até R$ 1,2 milhão somente em ração. “Por isso temos que sempre estar bastante atentos para tratar de tudo na propriedade e não perder nenhum lote”, afirma.
Tecnologia Contra Riscos
Para não ter estas perdas repentinas, o casal investe bastante em tecnologias na propriedade. A atenção vai para todo e qualquer detalhe que faça a diferença. “Se faltar energia ou queimar algum arreador, temos alarmes que nos avisam. Porque se o peixe ficar sem estes equipamentos por duas horas, ele morre. Em um dos tanques maiores o número chega a 100 toneladas, perder isso gera um prejuízo de R$ 50 mil. Por isso, não podemos ter negligência nenhuma e tomar todos os cuidados”, comenta Ricardo. O casal prima pelo investimento em tecnologia. “Queremos investir em uma câmera e alarme que desperta em todos os celulares, avisando caso haja algum imprevisto, como queda de energia, por exemplo. Porque nós temos muito a perder”, diz.
Este muito a perder é destacado por Ivete, que conta que atualmente o casal aloja cerca de oito peixes por metro quadrado em cada tanque. “Porque você precisa ter retorno”, justifica. Ela comenta os custos com outros insumos, como água e energia elétrica, são os mesmos se ela alojar três ou oito peixes por metro quadrado. Por conta disso, a opção de ter mais peixes. “E até mesmo por conta do maior número de peixes é preciso investir pesado nas tecnologias disponíveis”, conta.
Sanidade
Outro ponto destacado pelo casal, o qual eles levam muito a sério, é a importância da limpeza dos tanques para melhor sanidade e aproveitamento do peixe. “O certo é cada vez que esvazia um taque limpar todo o lodo – que são ração e nitritos da tilápia – que fica por baixo”, afirma Ivete. Ela conta que muitas pessoas não raspam esse lodo, e que isso também não é bom. “Nós também raspávamos a cada três lotes. Mas então, no segundo lote já notávamos que estava pior que o antigo. No terceiro então, a dificuldade para limpar era muito maior”, revela.
Além do mais, esta “falta de limpeza” fazia com que os gastos com o novo lote também se tornassem maiores. “Você gasta muito mais em ração e energia, porque tem que colocar oxigênio ali nessa água, por conta do nitrito; tem que jogar sal para não dar problemas”, diz. Ela informa que o casal tem notado que a limpeza do fundo dos tanques é também muito importante, fazendo toda a diferença na produção.
Para auxiliar nesta limpeza, o casal financiou uma máquina escavadeira nova. “Quando você faz o serviço, a máquina praticamente se paga, já que as horas/máquina são muito caras”, informa Ricardo. Ele conta que, como o casal decidiu fazer a limpeza dos tanques todas as vezes que eles são esvaziados, o custo dessa limpeza acabava se tornando muito alto se terceirizado. “Quando fazemos a limpeza destes tanques gastamos em torno de 950 horas/máquina. E com isso gastávamos uma média de R$ 280 mil sempre que precisávamos limpar”, conta.
Com este alto custo na limpeza, não seriam todas as vezes que os tanques seriam limpos, causando assim outros tipos de despesas para o casal. “A situação financeira não me permite limpar todas as vezes, não me permite pagar tudo isso, é muito caro. Todo o lucro que eu tenho com o peixe some”, esclarece. Tendo a própria máquina, complementa Ricardo, eles conseguem limpar os tanques sempre conforme a necessidade, a um custo bem menor, todas as vezes que forem necessárias. “É um investimento que você tem que fazer, porque depois ele acaba se pagando e você não depende de mais ninguém para fazer isso”, afirma.
Conhecimento
Aprender a mexer com peixe não é tão fácil quanto aparenta. O casal teve dificuldades no começo, mas aos poucos foi aprendendo como trabalhar e o que deveria ser feito. “A vida nos ensina a trabalhar. Conforme o tempo foi passando, fomos aprendendo”, conta Ivete. Ela informa que o casal, sempre que possível, participa de palestras e seminários para ampliar o conhecimento e buscar novas informações.
Porém, mesmo com todo o conhecimento adquirido ao longo dos anos, o casal frisa a importância da ajuda de ter um técnico qualificado ao lado dando suporte. “Como desde o início compramos todos os insumos da C. Vale, a cooperativa nos fornece o técnico de piscicultura. Então, sempre que temos uma dúvida ele nos auxilia”, comenta Ivete. Ela complementa que o auxílio do técnico no dia a dia, envolvido em tudo na propriedade, tem feito com que a atividade desse certo. “No início nós não sabíamos como funcionava a piscicultura, e o auxílio do técnico neste começo foi muito importante. Nós ligávamos e ele nos explicava o que deveria ser feito. Ele fez toda a diferença na nossa produção”, afirma a piscicultora.
Daqui para Frente
O casal conta que 2017 não foi um ano tão bom quanto outros anteriores. “O peixe saiu, mas foi menos. Por exemplo, antes vendíamos cerca de 15 toneladas por semana, e ano passado houve períodos que vendemos sete, oito toneladas por semana. Isso faz diferença”, afirma Ivete. Os dois produtores contam que ainda não têm a experiência da integração, já que mesmo com tantos anos na piscicultura nunca trabalharam com esta modalidade, mas que acreditam que a tendência para os próximos anos seja esta. “Agora, principalmente com o novo frigorífico da C. Vale, sabemos que a piscicultura somente tende a crescer”, afirmam. “O futuro é a integração, não tem o que discutir”, confirmam.
Agora, segundo os dois, a tendência é investir em tecnologia e aumentar a produção, pois a cadeia de peixes é algo que veio para ficar e vai tomar cada vez mais espaço. “Agora ela (a piscicultura) só tende a aumentar”, dizem. Esse otimismo é trazido para as expectativas para 2018. “Tudo tende a melhorar, porque a procura pelo peixe tem sido muito maior e crescente nos últimos anos. Com o novo frigorífico, a confiança na cadeia aumenta muito mais”, acredita Ricardo.
Toda esta confiança na piscicultura é uma característica do casal desde o início, há oito anos. “Desde o começo insistimos que daria certo, lutamos e com muito foco fizemos acontecer”, lembra Ivete. “Com o peixe, diferente da agricultura, por exemplo, é muito difícil você perder uma safra. Se você fizer tudo certo, não ter negligência nenhuma, você sempre vai ter lucro, ou no mínimo empatar para pagar as contas. É muito difícil você perder tudo”, diz.
Novos Investimentos
Todo esse otimismo do casal na piscicultura fez com que agora eles investissem em uma nova área, de 100 mil metros quadrados. No município de Terra Roxa, vizinho àquele que os dois atualmente moram e têm a atual propriedade, o investimento será de mais de R$ 2 milhões. O local ainda está em obras para adequar aos padrões necessários da C. Vale, já que com este espaço o casal trabalhará integrado com a cooperativa. “A nossa expectativa é criar de 800 mil a um milhão de alevinos”, revela Ivete.
Os piscicultores contam que o alto investimento é justificável por tudo que será feito na nova área. “Vamos deixar do jeito que queremos, e vai ser tudo padrão. Além disso, as mais novas e modernas tecnologias que existem para piscicultura, vamos aplicar neste novo local”, expõe Ivete. A nova área conta ainda com um fator crucial para a criação de peixes: muita água. “Lá tem mais água e tudo o mais que precisamos. Por isso acreditamos muito nisso, porque lá a produção será em alta escala. Estamos investindo para produzir não somente em qualidade, mas também quantidade. Tudo altamente profissional”, complementa. O local, que, segundo o casal, será modelo, em seis meses estará pronto para começar a alojar os primeiros lotes.
A meta é que futuramente a nova área, quando estiver em plena capacidade, produza um milhão de toneladas. “Vamos trabalhar para isso”, garante Ricardo. Em uma primeira etapa, no novo local terá 10 tanques de 10 mil metros quadrados cada. A intenção é que a produção chegue entre 80 e 90 toneladas por tanque neste início de trabalho. “Mas nossa expectativa é chegar a até 100 toneladas por tanque; é o nosso sonho”, diz.
O casal revela que sempre foi ousado nos projetos que fizeram. “Mas ousados com os pés no chão, sabendo dos retornos que nós teríamos”, conta Ricardo. Segundo os dois piscicultores, eles não teriam investido em uma nova área maior se a C. Vale não tivesse garantido a parceria para a produção. “Aqui vamos investir pesado porque sabemos que não vamos ser deixados na mão. Tudo que fizermos vai ter retorno”, conclui o produtor.
Mais informações você encontra na edição de Suínose Peixes de fevereiro/março de 2018 ou online.
Fonte: O Presente Rural

Suínos
Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre
Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.
No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.
Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.
Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.
Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.
Suínos
Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro
Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.
Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.
Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton
De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.
A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.
Impacto social e ambiental
Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.
A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.
O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.
Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.
O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.
Futuro sustentável
Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”
Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”
O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.
Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.
Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
