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Mais de 100 palestras serão realizadas na Tecnoshow Comigo 2023

Feira busca ampliar conhecimento sobre temas que impactam a agropecuária. Em cinco dias, profissionais e renomados especialistas de vários setores do agro vão discutir diferentes assuntos e tirar dúvidas do público.

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Foto: Divulgação/Tecnoshow Comigo

Além de promover a difusão de tecnologia rural e ser espaço para a realização de negócios, a Tecnoshow Comigo é a oportunidade para levar informações e conhecimento sobre diferentes assuntos ligados à rotina do agro. É por esse motivo que a feira terá, em sua programação, mais de 100 palestras no período de 27 a 31 de março, no Centro Tecnológico Comigo (CTC), em Rio Verde (GO). Os assuntos serão debatidos nos auditórios 1, 2 e sede de Pesquisa, com capacidade para 700, 200 e 150 pessoas, respectivamente, além de outros espaços no evento, como estandes da Embrapa, do Sistema Faeg/Senar e Sebrae Goiás, do Governo de Goiás e Prefeitura de Rio Verde, entre outros.

Segundo o presidente do Conselho Administrativo da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antonio Chavaglia, a feira sempre se preocupou em possibilitar acesso à tecnologia e em gerar informação para que todos possam conhecer mais sobre o agronegócio. “Tecnologia sem informação não funciona. Se não proporcionarmos o conhecimento necessário para o uso de máquinas e equipamentos, por exemplo, a pessoa não consegue trabalhar. Por isso, a feira é a oportunidade para que produtores, trabalhadores rurais e outros visitantes possam ampliar o conhecimento sobre o setor”, ressalta.

A coordenadora da área de Palestras da Tecnoshow Comigo 2023, Siomara Martins, enfatiza que ao longo de 20 anos de realização da feira, o evento sempre contribuiu para debater temas ligados à vida do produtor rural. “Temos alcançado nosso objetivo de levar a informação correta a quem trabalha no agro. Por isso, a preocupação é definir os assuntos com o intuito de promover o conhecimento para ajudar na rotina da propriedade rural. É possibilitar conteúdos que vão agregar à condução das atividades no campo, possibilitando ampliar produtividade, melhorar manejos, evitar prejuízos nas lavouras e com o rebanho, conhecer sobre mercados e economia, traçar estratégias e realizar bons negócios. Já são duas décadas orientando sobre todos os temas que impactam o segmento agropecuário”, reforça.

Especialistas na área

No auditório 1, no CTC, principal espaço para as apresentações e os debates, estão confirmadas sete palestras com profissionais e renomados especialistas do setor. No dia 28 de março, às 9 horas, será debatido o tema “Economia e Agronegócios: o que vem por aí?”, com a participação da jornalista Kellen Severo, que é comentarista do Jornal da Manhã e apresentadora do Painel Hora H do Agro, na TV Jovem Pan News. Entre os assuntos que serão abordados pela palestrante estão cenários econômico e político, contexto internacional, pandemia e mudanças aceleradas, desafios e oportunidades para o Brasil, além de perspectivas do agronegócio para 2023.

Também no dia 28, às 14 horas, será a vez de abordar o tema “Manejo Fisiológico e Nutricional da Soja para Alta Produtividade”. O assunto será discutido pelo CEO da Fancelli & Associados, ex-professor e pesquisador da Esalq/USP, Dr. Antonio Luiz Fancelli. De acordo com ele, durante a apresentação será exposta, demonstrada e discutida a importância do conhecimento do processo produtivo e da capacidade de elaborar diagnósticos em tempo real (ajustes de percurso), assim como abordagem sobre manejo dos fatores básicos de produção e de suas interações, de forma a se evitar ou minimizar condições de estresse, contribuindo, desta maneira, para a melhoria do desempenho e da produtividade vegetal. “Este conceito de manejo possibilita o aproveitamento efetivo dos fatores de produção e considera suas respectivas interações, bem como propicia a manifestação do potencial produtivo da espécie considerada”, informa.

No dia 29 de março, a pecuária ganha espaço especial nos debates. Às 9 horas, o médico veterinário, pecuarista e analista de mercado do Notícias do Front, Rodrigo Albuquerque, ministrará a palestra ‘Pecuária atual, um convite à sua evolução’. “Vamos falar exatamente sobre ciclo pecuário, alguns aspectos globais que estão cada vez mais ligados ao nosso dia a dia, como guerra e eventos sanitários, e as perspectivas para 2023 e para os próximos anos. Queremos deixar bem claro que a pecuária passa por uma revolução, que é a revolução financeira do negócio”, explica.

Já às 14 horas, a pecuarista Carmen Perez é a convidada para conduzir a palestra “Bem-estar animal na pecuária”. O foco é mostrar que, no dia a dia nas fazendas, já está comprovado que a produtividade é impactada diretamente quando ocorrem situações de estresse para o animal, com reflexos como a redução na produção de carne e leite. Por isso, segundo a palestrante, avaliar as práticas de manejo é uma atitude relevante para garantir qualidade de vida ao animal e ainda evitar prejuízos.

A palestra do dia 30 de março, às 9 horas, será sobre ‘Fundamentos de grãos e câmbio – cenário de preços para soja e milho em 2023’. O tema será abordado pelo consultor sênior em Gerenciamento de Riscos, Etore Baroni. “Vamos explorar os fundamentos dos mercados de soja, milho e câmbio, com foco no cenário de preços para 2023. Para isso, vou discutir os principais indicadores macroeconômicos que podem afetar esses mercados, além de fazer uma retrospectiva de 2022. A partir dessa análise, vou apresentar diferentes cenários e estratégias que os produtores, traders e demais agentes do setor podem adotar para se prepararem para as possíveis variações nos preços e nas condições de mercado. Além disso, dar cada vez mais informações e bagagem para o produtor poder ter todas as informações para a melhor tomada de decisão”, acrescenta.

Também no dia 30, só que às 14 horas, o foco será “Sucessão Familiar: a experiência de sucesso da família Nishimura”. O assunto vai ser debatido por Alessandra Nishimura e Fábio Nishimura, que são integrantes da família Nishimura, responsável pela criação da Jacto – presente em mais de 100 países, com fábricas no Brasil, Argentina e Tailândia, além de escritório comercial no México. De acordo com Alessandra, o tema é relevante, porque sucessão não se faz de repente. “É preciso visão de longo prazo e ter um processo bem definido e estruturado para não ser pego de surpresa, até porque mortes, acidentes e separações podem ocorrer ao longo da vida”, explica.

Já Fábio esclarece que, em relação à sucessão, é importante perguntar aos filhos se eles estão preparados para assumir os negócios dos pais. “É uma pergunta que precisa sim ser feita, já que imposição tira toda vontade da próxima geração. Ninguém nasce pronto. Há aqueles que têm nas veias o empreendedorismo. Esses, normalmente, se encaixam na primeira geração. Os demais, se quiserem seguir na mesma pegada, também precisam amar o que fazem”, avalia. Alessandra e Fábio concordam que o maior desafio da sucessão familiar é acertar o lado emocional dos relacionamentos. “Muitas vezes usa-se apenas a razão: ‘tudo o que construí foi para vocês’. Mas nem sempre perguntam à próxima geração se eles tinham interesse no que foi construído. Esse tipo de comunicação tem de ser muito bem feito para que haja equilíbrio nas emoções”, pondera Fábio.

Para fechar a programação do auditório 1, no CTC, a palestrante do dia 31 de março, às 14 horas, será a produtora rural e também influenciadora digital com mais de 1 milhão de visualizações em seus vídeos, Camila Telles. Ela abordará o tema “Jovens: o futuro do agro”. Entre os tópicos da palestra, Camila vai indicar caminhos sobre como é possível tornar o campo mais atrativo para o jovem. “A chegada das novas tecnologias e a tendência de crescimento do mercado de produtos ambientalmente responsáveis têm reforçado cada vez mais a importância da presença e integração dos jovens à produção rural”, acredita Camila.

Programação do auditório 1 – Tecnoshow Comigo

28/03 (terça-feira)
9 horas – Palestra ‘Economia e Agronegócios: o que vem por aí?’
14 horas – Palestra ‘Manejo fisiológico e nutricional da soja para alta produtividade’

29/03 (quarta-feira)
9 horas – Palestra ‘Pecuária atual, um convite à sua evolução’
14 horas – Palestra ‘Bem-estar animal e as relações humanas’

30/03 (quinta-feira)
9 horas – Palestra ‘Fundamentos de grãos e câmbio – cenário de preços para soja e milho em 2023’
14 horas – Palestra ‘Sucessão familiar: a experiência de sucesso da família Nishimura’

31/03 (sexta-feira)
14 horas – Palestra ‘Jovens: o futuro do agro’

Fonte: Assessoria Tecnoshow Comigo

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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