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Mais de 1.100 pessoas participam do Circuito ExpoCorte em Cuiabá

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Mais de 1.100 pessoas participaram da primeira etapa da edição de 2015 do Circuito ExpoCorte, evento que percorre os principais polos de produção pecuária do País para difundir tecnologia e fomentar discussões sobre a cadeia produtiva da carne. Do total de público, que ocorreu em Cuiabá (MT), nos dias 11 e 12 de março, 90% era composto por pecuaristas provenientes de 46 cidades do Estado de Mato Grosso.
O Circuito ExpoCorte deste ano apresentou o conceito do boi 7.7.7, desenvolvido por pesquisadores do Polo Regional da Alta Mogiana, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo. Esse parâmetro de produção preconiza a busca por animais com 7@ na desmama, 7@ na recria, 7@ na engorda e terminação e abate com 21@ aos 24 meses.
Em dois dias, foram realizadas 15 palestras sobre as diversas etapas da vida do animal e os aspectos necessários para obter o boi 7.7.7, além de momentos em que palestrantes e participantes puderam debater os assuntos abordados, tirar dúvidas e trocar experiências.  
“A receptividade ao tema proposto foi excelente, principalmente porque os produtores entenderam que é preciso ter uma métrica de avaliação. Esse é o primeiro grande ganho do Circuito ExpoCorte aqui em Cuiabá. Outro ponto é que eles compreenderam que se trata de uma meta factível e atingível e já conseguiram identificar em quais pontos precisam avançar. Senti o pessoal muito animado e espero que a ExpoCorte possa voltar no próximo ano para colher os frutos desses resultados positivos da busca pelo boi 7.7.7”, avalia o médico veterinário Diede Loureiro, coordenador do comitê de conteúdo do Circuito ExpoCorte.
“De todos os eventos realizados em Mato Grosso acredito que este tenha sido ímpar, pois trouxe uma linha de pensamento com começo, meio e fim. A organização foi muito feliz em apresentar esse sistema 7.7.7, uma tecnologia que não é nova, mas que parametriza as diversas fases – cria, recria e engorda – do animal. Com isso, podemos ter metas bem claras de desempenho e cada um pode avaliar em seu próprio sistema como atingi-las”, afirma o pecuarista Luis Carlos Meister, do município de Acorizal (MT).
 
Para o pesquisador do Polo Regional da Alta Mogiana, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Gustavo Rezende Siqueira, um dos idealizadores do conceito do boi 7.7.7, que ministrou palestra no evento, o grande interesse dos produtores após as apresentações, as perguntas e conversas demonstram o interesse das pessoas e a vontade de buscar conhecimento e tecnologia. “A ExpoCorte cada vez mais se consolida como um dos principais eventos de pecuária de corte do Brasil, com um grande diferencial que é o fato de ser itinerante, o que é fantástico! Tivemos em Cuiabá um público de extrema qualidade, muitos produtores e muitos técnicos. Fazia tempo que eu não via um público tão grande e tão qualificado”, destaca o pesquisador.
 Tecnologia na prática
Além do workshop, os participantes puderam conferir na prática quais as soluções tecnológicas disponibilizadas por empresas de referência no mercado que participaram da feira de negócios que compõe o evento. Estiveram em Cuiabá as empresas Minerva Foods, Zoetis, Philbro, DSM – Tortuga, Premix, Ouro Fino, Beckhauser, Novanis, Bellman, CRI Genética, ABS Pecplan, Romancini, DeltaGen, Senepol Nova Vida, Agroceres Multimix, Santo André Madeiras e Rubber Tank.
 “Assim como em anos anteriores, a participação dos pecuaristas de Mato Grosso na ExpoCorte surpreendeu a expectativa. Os produtores vieram interessados em saber das novidades e trocar conhecimentos. É preciso ressaltar que eventos como esse  contribuem para que o pecuarista se mantenha informado. Com esse conhecimento é possível investir em tecnologia, visando aumentar a rentabilidade do negócio e o rendimento da propriedade. A pecuária precisa de ideias novas que promovam a sustentabilidade da atividade”, comemora o presidente da Acrimat – Associação de Criadores de MT, José João Bernardes, que promoveu o Circuito ExpoCorte em parceria com a Verum Eventos.
 
“O Circuito ExpoCorte por si só já é um desafio e a abordagem do boi 7.7.7 foi um desafio maior ainda, que conseguimos cumprir graças à união dos muitos elos da cadeia que acreditaram na proposta e se engajaram. A satisfação dos participantes demonstra que esse novo desafio foi cumprido, pois percebemos que a forma como esse tema foi apresentado proporcionou uma reflexão em quem participou, motivando a melhorar. Avalio que começamos com grande êxito a edição de 2015 do Circuito ExpoCorte”, salienta a diretora da Verum Eventos, Carla Tuccilio.
 Depois de Cuiabá, o Circuito ExpoCorte segue para Campo Grande (MS) nos dias 29 e 30 de julho; Uberaba (MG) em 24 e 25 de setembro como parte da programação da Expoinel Nacional, Araguaína (TO) nos dias 29 e 30 de outubro, finalizando com Ji-Paraná (RO) em 25 e 26 de novembro.

Fonte: Attuale Comunicação

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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