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Suínos Em 2019

Maior produtor de pescados do Brasil, Paraná deve crescer 20%

Estado é líder absoluto na produção de tilápia e exemplo a ser seguido em regiões do Brasil

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Arquivo/OP Rural

A piscicultura é uma das atividades que mais vem ganhando espaço no Brasil. No entanto, ainda há espaço de sobra para crescer. No Paraná, líder na produção de pescados, com amplo destaque para a tilápia, a atividade de pesca de captura e a criação em cativeiro ainda não chega a representar 1% do Valor Bruto da Produção do Estado. Porém, possui importância regional para vários municípios. “A tecnologia evoluiu muito nos últimos anos, sendo que o foco é a produção em tanques no solo ou ainda em tanques redes. A produção com tecnologia de ponta e super intensiva, como em outros países, ainda está começando no Paraná e no Brasil”, afirma o relatório do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná.

Em 2018 o Paraná produziu 140 mil toneladas, 18 mil a mais que no ano anterior, ou aproximadamente 15%. A expectativa para 2019 é ainda mais promissora. A produção deve saltar para 170 mil toneladas, 20% a mais que a registrada no ano.

Em 2017 o Paraná produziu 122 mil toneladas de carne de peixe, representando um avanço de 15% comparativamente a 2016. Além disso, foram produzidas mais de 158 mil dúzias de ostras e 245 mil dúzias de caranguejo. Há também a produção de peixes ornamentais, que totalizou 1,6 milhão de unidades em 2017, aponta o Deral.

Os preços pagos também oscilaram para mais ou menos no Estado. Da tilápia, principal espécie produzida no Paraná, o preço médio do filé variou 3% para cima em 2017 comparado a 2016. Já 2018, comparado com o ano anterior, há uma oscilação negativa de 1%. O preço da carpa desviscerada (2017 x 2016) variou 18%, maior variação entre as três espécies pesquisadas. Já o Pacu teve variação positiva de 6% no mesmo período.

VBP

Esta representatividade da piscicultura é vista no Valor Bruto da Produção paranaense (VBP) de 2017, quando a atividade representou 0,9% do VBP total do Estado, sendo 16% do pescado marinho e 84% pelo pescado de água doce. “Verifica-se que o pescado marinho vem perdendo espaço no VBP, justamente pelos investimentos que estão sendo realizados para a produção de tilápia no Estado”, observa o Deral.

Segundo o relatório, no Paraná a produção de pescados está concentrada no núcleo regional de Toledo, que tem 39% do VBP paranaense. Em segundo lugar está Cascavel com 20%, ambas regionais que representam a região Oeste do Estado e que apresentam condições climáticas favoráveis à produção de Tilápia. Paranaguá, que tem pesca extrativista marinha como principal atividade, fica em terceiro lugar, com 16%.

Dos 22 núcleos regionais, quatro correspondem a quase 80% de todo o VBP da pesca e aquicultura paranaense. A atividade ainda tem sua concentração mais especificamente na região Oeste do Estado, que tem praticamente 60% do VBP e mais de 66% do volume produzido. Destaques para os municípios de Nova Aurora, Maripá e Palotina.

Perspectivas para 2019

As estimativas do Deral quanto a produção de pescados para 2019 são boas. Segundo o Departamento, a produção fechou o ano de 2018 com crescimento acima de dois dígitos, superando 15%. A estimativa é que a produção de carne de peixe no ano passado tenha chegado a 140 mil toneladas, representando um aumento de mais de 15% comparativamente a 2017.

Já para este ano, a expectativa é que haja uma produção superior a 20%, e com isso espera-se que o Paraná atinja a marca de 170 mil toneladas de carne de peixe produzidas, sendo que a tilápia deve representar pelo menos 80% desse volume. O Deral lembra que a produção de carne de peixe inclui tanto a pesca de captura quanto a produção em ambiente controlado.

Esta previsão otimista vinda do Departamento, como em anos anteriores, se baseia principalmente no fomento para o consumo do peixe, além da entrada de novas indústrias no segmento, aumentando a oferta e visibilidade do produto para o consumidor.

Exportações

Já quanto a participação do mercado internacional, o relatório demonstra que as exportações brasileiras de pescado não deverão ter mudanças significativas, tanto no consolidado 2018 como em 2019. A expectativa, segundo o Deral, é de que em 2018 o volume exportado não tenha superado as 35 mil toneladas, gerando receitas próximas a US$ 200 milhões. Já para este ano, o cenário é mais otimista, e o volume pode chegar próximo a 50 mil toneladas, entretanto com uma receita provavelmente menor.

Atualmente a China é o maior produtor mundial de pescados, com 40% do total. Já a segunda posição fica com a Indonésia (11,4%). Neste ranking, o Brasil está na 21ª posição, com apenas 0,6% da produção mundial de pescados.

Paraná tem o maior VBP

Já o Valor Bruto da Produção (VBP) da aquicultura brasileira, calculado pelo IBGE, ficou em R$ 4,4 bilhões em 2017, uma redução de 3% comparativamente aos dados de 2016. Neste sentido, o maior VBP da aquicultura é do Paraná, que tem como base a produção de tilápia, representando mais de 81% do total do Estado. Esta espécie de peixe é a que possui maior VBP no Brasil, tendo participação de quase 36%.

O relatório afirma que a atividade aquícola no Brasil pode ser considerada democrática, já que de Norte a Sul há produção. Porém, o caminho natural e já observado é a concentração, entretanto hoje seis Estados concentram pouco mais de 50% da produção e nos próximos anos este número deve crescer.

Maior consumo da proteína 

O consumo de peixe no Brasil gira em torno de 10 quilos/per capita/ano, valor abaixo do que preconiza a FAO como ideal, que é de 12 quilos/ano. Há também regiões no Brasil onde o consumo de peixe é mais acentuado, por exemplo, a região Norte, que tem consumo superior 50 quilos/per capita/ano. Segundo o relatório do Deral, o consumo de pescados vem crescendo ano a ano e em percentuais superiores a outras carnes, como a bovina e de frango, que são as mais consumidas hoje no Brasil.

Comércio internacional

Quanto ao comércio internacional do pescado, o Brasil ainda não tem uma participação muito forte. O Deral aponta no relatório que o país ainda não é representativo no comércio mundial de pescados. Em 2017 foram exportadas 41 mil toneladas de carne de peixe, representando US$ 246 milhões. Neste mesmo ano, o Brasil exportou em produtos do agronegócio pouco mais de US$ 96 bilhões. “Deste total, os produtos oriundos da pesca e aquicultura não chegam a representar 0,3%”, mostra o Deral. Como visto anteriormente, as exportações em 2018 caíram para 35 mil toneladas.

Já quando o assunto são as importações de pescado, os números são mais significativos. Em 2017 o país importou 403 mil toneladas de pescados, isso representou US$ 1,4 bilhão. Comparativamente ao ano anterior, foram importados 13% mais em volume a um custo 20% superior. Os países com mais representatividade neste quesito são o Chile e o Marrocos. Quanto ao primeiro, são importados mais de US$ 590 milhões (mais de 42%). Já o segundo, o valor chega a US$ 60 milhões.

Mais notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de fevereiro/março de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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