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Bovinos / Grãos / Máquinas

Maior participação de raças e muitas novidades agitam Expointer 2024 

Entre os que registraram maior aumento na participação estão os zebuínos da raça Nelore, com aumento de 62,07%. Em 2023, eram 29 animais inscritos, e neste ano passaram para 47.

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Dos 3458 animais inscritos em 2024 para participar da Expointer, entre bovinos de leite, corte, mistos, zebuínos, bubalinos, caprinos, equídeos e pequenos animais, houve registro de aumento na participação. Entre os que registraram maior aumento na participação estão os zebuínos da raça Nelore, com aumento de 62,07%. Em 2023, eram 29 animais inscritos, e neste ano passaram para 47.

O criador de Morrinhos do Sul, Alencar Scarpari, também presidente da Associação Sul de Criadores de Zebu do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Asulzebu), está vindo pelo terceiro ano consecutivo para Esteio. Desta vez, com 15 animais da raça Nelore.

Fotos : Divulgação/Seapi

A novidade, segundo ele, são os Nelore pelagens, ou pintados, como também são conhecidos. “Estes animais estão participando pela primeira vez e vão ir a julgamento já neste primeiro ano. O Nelore pelagens está crescendo muito, está sendo bastante procurado e vai ser uma sensação na feira”, acredita Scarpari. “Estamos muito ansiosos para fazer uma boa feira. Só com a ajuda de todos nós vamos fazer a Expointer e o Rio Grande do Sul voltar a ser como era antes”, afirma.

Os julgamentos do Nelore pelagens vão acontecer na segunda-feira (26/08), a partir das 9h, na pista central e do Nelore padrão a partir das 14h.  A participação das cinco raças de zebuínos totaliza 110 animais inscritos, aumento de 3,77% em relação a 2023.

Bovinos de leite

Entre os bovinos de leite, a raça Jersey registrou um aumento de 89,39%, passando de 66 para 125 animais inscritos.

De acordo com a presidenta da Associação de Criadores de Gado Jersey do Rio Grande do Sul, Ângela Maraschin, a raça aumentou sua participação na Expointer este ano porque ela fará parte do Circuito Nacional da Raça Jersey. “Os animais vencedores nesta etapa se credenciam para concorrer ao campeonato nacional, que é uma escolha virtual, feita por todos os jurados das etapas, das campeãs nacionais”, expõe.

A etapa gaúcha seria na Fenasul, mas como foi cancelada em função das enchentes, foi transferida para a Expointer.

O criador Vener Ebert Enns, da Granja Castelo, de Hulha Negra, vai trazer sete ou oito animais, sendo cinco jovens e duas ou três em lactação. A propriedade já trabalha há mais de 30 anos com seleção e criação. “A gente fez a opção pelo Jersey em função da rusticidade, animal que se adapta melhor, tem produção de sólidos mais alta e pela docilidade e facilidade no trato”, frisa.

Segundo ele, apesar de ser uma feira que ocorre numa época não muito boa, na saída do inverno, de ter um custo mais alto e ser mais longa, a expectativa para esta Expointer é boa, em função do circuito nacional. “Nós já temos animais premiados em outras etapas, então poderíamos melhorar a pontuação/classificação na Expointer”, pondera.

Os bovinos de leite têm 361 animais inscritos de 4 raças, aumento de 13,88% em relação a 2023.

Bovinos de corte

Entre os bovinos de corte, a raça Brangus aumentou 30,67% a sua participação na feira, passando de 75 em 2023 para 98 em 2024.

José Felipe Boll, de Tramandaí, vai participar da Expointer pela primeira vez e já chega com uma novidade: o brangus praiano, também pela primeira vez na feira. Ele começou a criação em 2021, comprando as primeiras matrizes, em 2022 nasceu a primeira geração e ano passado os resultados já foram considerados satisfatórios. Segundo ele, é uma raça com características como rusticidade, habilidade materna, desempenho, produção de carne e adaptabilidade ao ambiente. “Nos organizamos para levar para a Expointer três animais que acreditamos que tenham possibilidade de premiação, que representam mais a raça nas suas características”, declara Boll.

“O Rio Grande do Sul passou por um período extremamente difícil nos últimos meses e esta edição da exposição servirá para reforçar que o Estado tem sim força para seguir em frente”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Brangus (ABB), Cacaio Osório.

Segundo ele, a feira será um momento de aproximação de criadores e de tomadas de decisões para os próximos anos, como o Mundial Brangus 2026.

Os julgamentos de fêmeas e machos de argola vão ocorrer no dia 26 de agosto (segunda-feira), bem como o leilão Noite dos Campeões, a partir das 19 horas. Os bovinos de corte tiveram 615 inscritos, dois a menos do que em 2023.

Bovinos mistos

Já os bovinos mistos da raça francesa normanda passaram de nome para 10 animais, registrando um aumento de 11,11%.

O criador Jacques Schinemann, que vem do interior do Paraná, de Guarapuava, vai trazer dois animais para a feira, sendo um touro que já foi premiado em outras edições da Expointer e uma novilha de um ano. “Eu crio Normando desde 1987, e os primeiros animais que tive, inclusive, foram comprados aí na Expointer, no mesmo ano”, conta Schinemann. Segundo ele, a opção pela raça foi em função da dupla aptidão, com características de um leite muito rico para produção de queijos, como ocorre no seu país de origem, a França. “A gente cria porque gosta”, ressalta.

A presidenta da Associação dos Criadores de Normando do Brasil, Thais Bento Pires, afirma que se faz sempre um esforço para ter exemplares da raça na Expointer, porque é uma das exposições mais importantes. “A gente sabe que neste momento, depois de todas as dificuldades com as enchentes, no parque, é importante estar presente”, destaca.

Os julgamentos serão dia 26 de agosto (segunda-feira), na pista central, no período da tarde. No total de bovinos, entre mistos, de corte e de leite, são 1055 animais inscritos de 22 raças na Expointer 2024.

Equídeos

Entre os equídeos presentes na feira, os Pôneis registraram aumento de 30,77% nas inscrições, passando de 78 para 102 animais.

Gustavo Portela vem de Júlio de Castilhos pela primeira vez para a Expointer. Vai trazer três animais. “Nós começamos a criação no ano passado, uma criação pequena, com poucas matrizes, mas já estamos indo para a feira com uma expectativa bem boa, para adquirir experiência de ir para a feira, competir, trocar com outros criadores”, conta Portela.

Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi

Já experiência é o que não falta para o criador Oscar Collares, da Estância São Leonardo, de Bagé, que participa da Expointer desde 1992 de forma ininterrupta. “Quando nós chegamos na feira pela primeira vez, há 32 anos, com um pônei, era quase um acampamento com um galpão, no final do parque. Mas com o passar dos anos, se construiu uma sede bem bonita e fomos evoluindo”, conta Collares. Segundo ele, naquela época os animais tinham em torno de um metro, hoje medem em torno de 70 centímetros, e são animais mais perfeitos, morfológicos e menores.

Para o criador, a principal função de criação de pôneis é o estímulo da criança para seguir na atividade rural. “É a grande função, e isso aconteceu dentro da minha casa, meu filho se criou em cima de um pônei, toda a atividade campeira fez em cima de um pônei e hoje se formou médico veterinário e está na atividade junto conosco”, ressalta Collares.

Outro criador que tem histórias para contar é Vasco da Costa Gama, da Fazenda Bom Fim, de Guaíba. Ele participa da Expointer desde 1953, de forma ininterrupta, quando a feira ainda era no Parque de Exposições Menino Deus, em Porto Alegre. Neste ano completa 51 anos de feira, levando 11 pôneis e dois quartos de milha.

Além de pôneis, durantes estes 50 anos, levou também para a Expointer cavalos árabes, crioulos e quarto de milha, além de gado holandês. “São muitas histórias que passei junto com muitos amigos criadores, durante todos estes anos. São ótimas lembranças que eu guardo com muito carinho”, lembra Gama. E muitos prêmios também, o último em 2023, entregue pela Farsul pelos 50 anos de participação nas exposições de Esteio.

No primeiro final de semana da Expointer, no dia 24 de agosto (sábado) e no dia 25 de agosto (domingo), acontecem as provinhas para as crianças na pista ao lado do pavilhão dos pôneis. E nos dias 28 (quarta-feira) e 29 de agosto (quinta-feira) os julgamentos de classificação durante todo o dia.

As inscrições de equídeos aumentaram 1,95% neste ano, passando de 819 em 2023 para 835 neste ano. E com a novidade das mulas, que participam pela primeira vez da feira.

Fonte: Assessoria Seapi

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Com demanda externa forte e menor oferta de fêmeas, mercado de boi gordo ganha impulso em setembro

Nos últimos dias o animal tem sido negociado próximo de R$ 255/@. Com isso, apesar da reação do animal, o spread da indústria no MI voltou a se recuperar após dois meses de acomodação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado do boi gordo, em agosto e na primeira quinzena de setembro, continuou o movimento de recuperação iniciado em junho, ganhando um impulso extra neste mês. Do lado da oferta, as escalas de abate reduziram um pouco, com sinais de moderação do excesso de fêmeas enviadas à indústria que marcou o primeiro semestre do ano, isso além da seca forte que atinge a maior parte das regiões pecuárias brasileiras.

Além disso, a demanda externa continuou vigorosa e, mesmo no mercado interno, os preços das carcaças bovinas também subiram com maior ímpeto desde o início de setembro.

 

Spread da indústria no mercado interno (carcaça casada/boi gordo) – Fonte: Cepea, Itaú BBA

A alta do boi em São Paulo, entre o início de agosto e 16 de setembro, foi de 8,8%, enquanto a carcaça casada no estado subiu 13% no mesmo período. Nos últimos dias o animal tem sido negociado próximo de R$ 255/@. Com isso, apesar da reação do animal, o spread da indústria no MI voltou a se recuperar após dois meses de acomodação.

Os dados mais recentes dos abates do Mato Grosso (Imea), referentes a agosto, embora recordes para o mês, mostraram que a participação de fêmeas foi, pelo terceiro mês consecutivo, menor em relação ao ano passado.

Além disso, o deságio da arroba da vaca em agosto no Mato Grosso (MT) veio de -13% em agosto de 2023 para -9% em agosto de 2024, refletindo esta moderação do excesso de fêmeas abatidas.

Do lado das exportações, agosto marcou novo recorde histórico para o mês, com envios de 217 mil t in natura, 17% acima de agosto de 2023, acumulando crescimento de 30% no ano, até o referido mês. Entretanto, o forte volume embarcado não tem vindo acompanhado de melhora do preço médio da carne, que segue relativamente de lado.

Com o boi subindo em dólares nos últimos três meses e a carne estagnada, o spread das exportações acomodou um pouco.

Preços do boi gordo (SP) e do bezerro (MS) – Fonte: Cepea

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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ExpoLeite terá feiras do Pró-Genética e Pró-Fêmeas

Programa facilitará acesso de pequenos e médios produtores à genética superior durante evento, em Uberaba (MG)

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Foto: Divulgação/ABCZ

Durante a ExpoLeite, realizada pela ABCZ entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), produtores terão oportunidade de adquirir animais comprovadamente superiores, potencializando o melhoramento genético dos rebanhos nas fazendas. Nos dias 23, 24 e 25, as Feiras Pró-Genética e Pró-Fêmeas irão ofertar machos e fêmeas de alto valor genético.  Vale ressaltar que os animais comercializados através do programa são atestados pela ABCZ, com registro genealógico, exames reprodutivos e de saúde.

Criado em 2006 pela ABCZ, com apoio dos governos federal, estaduais e municipais, além de órgãos de extensão rural, o programa é voltado para pequenos e médios produtores e já comercializou milhares de animais melhoradores em todo o país, contribuindo para o aumento da produção sustentável de carne e leite bovinos. Os animais oferecidos podem ser financiados no próprio local da feira, com condições de pagamento e juros especiais, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

“Os técnicos da Emater-MG e nossos outros parceiros no programa identificam, dentre os produtores assistidos por eles, a demanda de animais, entre machos e fêmeas, além de que raças os produtores têm interesse.  A ABCZ e a Associação de Girolando entram em contato com seus associados, que disponibilizam os animais de acordo com o padrão de qualidade exigido pelo Pró-Genética e pelo Pró-Fêmeas. Todo esse processo é chancelado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG (Seapa)”, detalha o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

Para participar do Pró-Genética e Pró-Fêmeas durante a ExpoLeite, enquanto comprador ou vendedor, procure o setor do Pró-Genética na sede da ABCZ, ou entre em contato pelo telefone: (34) 3319-3883.

A 2ª ExpoLeite é uma realização da ABCZ, com apoio do Sebrae, BB Seguros, e CNA/FAEMG/SENAR. A feira é patrocinada por NEOGEN e Troncos Romancini, com assessoria de DBarros Rural. Itaipava é a cerveja e Dona Nenem é o café oficial da ExpoLeite.

Confira a programação completa, clicando aqui.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Preços do trigo reagem diante dos problemas de produção

Alta é impulsionada pela queda na produção europeia, menor exportação da Rússia e estabilidade nos preços dos grãos, enquanto o clima adverso global ainda pode gerar novas revisões.

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Foto: Divulgação/Pixabay

A queda nas estimativas de produção de trigo na Europa, além da estabilidade dos preços dos grãos em geral, e o arrefecimento das exportações da Rússia, são as principais causas por trás da alta dos preços do trigo. Porém, o clima adverso à produção em vários países ainda não foi totalmente mensurado no balanço global e novas revisões podem ocorrer.

Em Chicago, as cotações do trigo na bolsa americana terminaram agosto em leve alta, a USDc 533 /bushel, sendo que nos primeiros dez dias de setembro, subiram 4,3%. O clima é positivo para a cultura nos EUA e o USDA espera uma safra recorde para o trigo, o que chegou a pressionar os preços no início do mês, porém a redução no fluxo das exportações russas fez as cotações subirem.

 

Preços de trigo em Chicago e no Brasil. Fonte: Cepea, CBOT.

Do lado da oferta, na França e na Alemanha, o clima excessivamente úmido prejudicou a produção e as estimativas das associações locais para a safra atual foram reduzidas. Além disso, as condições climáticas na região produtora da Rússia foram hostis para a safra, com episódios de seca, geadas e frio extremo.

A pressão por conta do final da colheita do trigo nos Estados Unidos e na França, o que se estenderá aos principais países exportadores do Hemisfério Norte nas próximas semanas, pressiona as cotações. Além disso, a estratégia da Rússia é oferecer descontos pelo seu produto antes do inverno. A janela de exportação russa é limitada, necessitando que volumes saiam antes que o inverno rigoroso restrinja o uso dos seus principais portos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima a produção e o consumo global no seu último relatório, de forma que os estoques foram elevados, porém o balanço segue muito apertado. A relação estoque/consumo é a menor dos últimos 10 anos, em apenas 31,9% para a safra 2024/25. Adicionalmente, os preços do milho pararam de cair, melhorando a demanda por trigo para ração animal.

Preços de trigo nos portos.Fonte: Eikon, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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