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Maior exportador do Sul, Paraná mandou produtos para 214 mercados em 2024
Esse aumento no alcance dos produtos paranaenses representa um crescimento de 48% em comparação aos 145 mercados atendidos no mesmo período de 1997.
O Paraná alcançou um novo recorde histórico ao exportar seus produtos para 214 mercados globais, incluindo países e territórios, de janeiro a outubro de 2024. No período, o Paraná exportou US$ 20,05 bilhões em produtos, se consolidando como o principal exportador da região Sul do Brasil, ficando à frente do Rio Grande do Sul (US$ 17,68 bilhões) e Santa Catarina (US$ 9,61 bilhões).
O resultado é o maior desde o início da série histórica em 1997. Ele foi extraído pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Esse aumento no alcance dos produtos paranaenses representa um crescimento de 48% em comparação aos 145 mercados atendidos no mesmo período de 1997, no início da série histórica, demonstrando o potencial exportador do Estado em mercados variados, dos grandes, como China e Estados Unidos, a economias menores, como Nepal, Mali e Liechtenstein.
A China segue como o principal destino das exportações do Paraná, com um volume de compras de US$ 5,4 bilhões de janeiro a outubro de 2024. Em seguida, estão os Estados Unidos (US$ 1,2 bilhão), Argentina (US$ 951 milhões), México (US$ 849 milhões) e Paraguai (US$ 526 milhões). No total, as exportações paranaenses superaram os US$ 20 bilhões no período, garantindo ao Estado a quinta posição entre os maiores exportadores do Brasil.
O comércio com os EUA cresceu 6,7% no período, saltando de US$ 1,204 bilhão para US$ 1,284 bilhão. Com o Irã, o aumento foi de 157%, saltando de US$ 171 milhões para US$ 441 milhões.
O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, destaca que a diversidade dos mercados e produtos exportados pelo Paraná reflete a competência das empresas locais e o fortalecimento do parque industrial do Estado. “Nos últimos anos, o Paraná recebeu investimentos privados significativos, com apoio do Governo Estadual, o que ampliou a capacidade de atender tanto a demanda interna quanto a externa”, observa.
Entre os principais produtos exportados, a soja lidera com um montante de US$ 5,1 bilhões em vendas, seguida por carne de frango in natura (US$ 3,2 bilhões), farelo de soja (US$ 1,3 bilhão), açúcar bruto (US$ 1,1 bilhão), papel (US$ 697 milhões) e automóveis (US$ 499 milhões). Em soja, por exemplo, houve um crescimento de 1,8% no volume de vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. Em açúcar o salto é ainda maior, de 24,5%. O Paraná já vendeu US$ 12,6 bilhões em produtos alimentícios a outros países em 2024.
“A diversificação tanto dos mercados quanto dos itens exportados evidencia a inserção estratégica do Paraná nas cadeias globais de produção e consumo”, complementa Callado.
Balança comercial
Com os resultados até outubro, a balança comercial (diferença entre exportações e importações) do Paraná aponta superávit de US$ 3,65 bilhões. O Estado soma US$ 16,3 bilhões em importações, com a pauta dominada por adubos e fertilizantes (US$ 1,8 bilhão), óleos e combustíveis (US$ 1,3 bilhão) e autopeças (US$ 1,072 bilhão).
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.Notícias
Tecnologias que aceleram desenvolvimento da pecuária atraem grande público à EuroTier 2024
Jornal O Presente Rural participa pela sétima vez consecutiva do evento na Alemanha.
Até a próxima sexta-feira (15), o Centro de Exposições de Hanôver, na Alemanha, recebe uma das principais feiras de pecuária e nutrição animal do mundo, a EuroTier. A grande variedade de tecnologias e inovações para os setores de aves, suínos, peixes e bovinos tem atraído um grande público ao evento. Os horários para visitação do público é das 09 às 18 horas.
A edição 2024 conta com a participação de 2.219 mil expositores de 51 países. O Jornal O Presente Rural participa pela sétima vez consecutiva do evento, fazendo a cobertura das principais tecnologias e tendências que vão moldar as atividades pecuárias nos próximos meses.
Promovida pela Sociedade Agrícola Alemã (DLG), a EuroTier se destaca como uma plataforma de inovações para o setor pecuário e será realizada em 25 pavilhões, com representações de diferentes países. Entre os eventos, a organizadora da feira vai apresentar seis DLG Spotlights para discussão sobre as principais inovações, tendências e desafios do setor pecuário global, proporcionando um ambiente de troca de conhecimento e networking para os profissionais da área:
- TopTierTreff : “Ponto de encontro da genética de ponta” (Pavilhão 11)
- Evento Barn Robot : tecnologia robótica para fazendas (Pavilhão 13)
- Criação de suínos sem corte de cauda : inovação em bem-estar animal (Pavilhão 15)
- IA na avicultura : inteligência artificial aplicada ao setor aviário (Pavilhão 17)
- Transição Solar : soluções de energia solar (Pavilhão 25)
- Agricultura Interna : novas práticas para produção indoor (Pavilhão 24)
Além disso, a EuroTier 2024 conta com diversos Expert Stages, plataformas dedicadas a apresentações especializadas, proporcionando aos visitantes a oportunidade de acompanhar, divulgar técnicas e inovações de ponta sobre as tendências e desafios atuais da pecuária e da produção sustentável. As áreas de destaque incluem:
Gado : Hall 11 (TopTierTreff) e Hall 13 (estande DLG)
Suínos : Pavilhão 15
Aves : Pavilhão 17
Agricultura Interna : Pavilhão 24
Energia Descentralizada : Pavilhão 25
Em paralelo, a EnergyDecentral, que foca em soluções para energia descentralizada, reforça o evento como uma referência em tecnologia e sustentabilidade; a Federação Alemã de Veterinários vai realizar o Congresso Anual “bpt”, entre quinta-feira (14) e sábado (16), acompanhado pela Feira Comercial bpt de Medicina Veterinária, que acontece no Pavilhão 7, com critérios especiais de admissão para os participantes.
Reconhecimento
Considerada a principal feira comercial do mundo para profissionais de criação animal, a EuroTier se consolidou como uma plataforma global de inovações, tendências e soluções para o setor. Este ano, a feira vai premiar as melhores inovações e práticas com sete prêmios reconhecidos internacionalmente como referência para a indústria:
- Prêmio de Inovação EuroTier
- Prêmio Inovação EnergiaDecentral
- Prêmio Bem-Estar Animal
- Vencedor do Conceito DLG-Agrifuture
- Prêmio Mulheres na Agricultura
- Prêmio DLG Agri Influencer
- DLG Impulse : Lançamento de soluções para ração e alimentos agrícolas
Entre os países representados na EuroTier estão Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, China, Croácia, República Checa, Dinamarca, Egito, Finlândia, Grécia, Hungria, Índia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Cazaquistão, Coreia do Sul, Letônia, Líbano, Lituânia, Luxemburgo, Malásia, Marrocos, México, Nova Zelândia, Holanda, Noruega, Paquistão, Polônia, Portugal, Romênia, São Marino, Suécia, Suíça, Sérvia, Cingapura, República Eslovaca, Eslovênia, Espanha, África do Sul, Taiwan, Turquia, Reino Unido, Ucrânia e Estados Unidos.
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Show Rural Coopavel 2025 bate recorde de agroindústrias inscritas
Há espaço para 40 agroindústrias no pavilhão destinado ao setor, mas o evento recebeu 61 inscrições.
A Feira da Agroindústria, uma das atrações do 37º Show Rural Coopavel, de 10 a 14 de fevereiro de 2025, registrou número recorde de inscrições. Há espaço para 40 agroindústrias no pavilhão destinado ao setor, mas o evento recebeu 61 inscrições. O aumento no número de interessados é atribuído a uma parceria do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná e Coopavel, que intensificaram a divulgação e incentivaram mais produtores a participar.
O gerente regional do IDR-PR, Lindomir Pezenti, lembra que o Show Rural tem apoiado o crescimento das agroindústrias no Oeste desde o início da mostra de tecnologia, no fim da década de 1980, promovendo a participação de produtores rurais locais e oferecendo espaço para novos empreendimentos. “Começamos em pequenas tendas e hoje o evento é um grande impulsionador de negócios voltados à agregação de valor na produção rural”, afirma Pezenti.
O desenvolvimento das agroindústrias da região é visível, especialmente na produção de queijos finos, derivados de carne e produtos vegetais, como geleias e panificados. Lindomir destaca que a expansão de agroindústrias de origem animal e vegetal reflete o sucesso do incentivo dado pelo Show Rural Coopavel. “Hoje, contamos com produtores rurais especializados em laticínios, carnes, derivados de cana e uma variedade de alimentos que atendem a crescente demanda por produtos artesanais e de alta qualidade”.
Ampliação para 2026
Diante da demanda em alta, os parceiros estudam expandir a estrutura da feira para a edição de 2026 do Show Rural com a construção de mais um pavilhão, comportando então até 80 agroindústrias. O IDR-PR e a Coopavel trabalham em parceria com Banco do Brasil, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fetaep, Faep, Secretaria de Estado da Agricultura e sindicatos rurais para viabilizar o novo espaço e aumentar as oportunidades para agricultores familiares.
A participação é voltada principalmente para agroindústrias situadas em distritos e áreas rurais de municípios do Oeste do Paraná, com assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural e cadastro de agricultor familiar, atendendo aos critérios estabelecidos para a agricultura familiar.
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Comissão de Agricultura aprova projeto que aprimora proteção do direito à propriedade
Havendo esbulho possessório ou invasão, o imóvel rural não poderá ser vistoriado, avaliado ou desapropriado para fins de reforma agrária, sem a autorização do proprietário.
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (12), o Projeto de Lei 1320/2024, de autoria do deputado Adilson Barroso (PL-SP) e relatoria de Alexandre Guimarães (MDB-TO), ambos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que impede a inspeção e desapropriação de imóveis rurais invadidos, evitando que a invasão de terra seja recompensada. Além disso, fortalece a segurança jurídica no campo e protege os direitos dos proprietários legítimos.
Para o autor da proposta, Adilson Barroso, invasões de terras executadas por movimentos autointitulados sociais, tais como o Movimento Sem Terra (MST), com pleito de realização de desapropriação de imóveis rurais não são um meio legal de impulsionar a reforma agrária.
“Essa prática de invasão clandestina de terras e, por vezes, violenta, com notícias de crimes de furto e de dano à produção, não é meio legal de impulsionar a reforma agrária. A função social da propriedade, definida pela Constituição em nada se relaciona com os requisitos de ações possessórias, muito menos para forçar desapropriação por utilidade pública para fins de reforma agrária, são assuntos, ritos e procedimentos totalmente distintos”, explicou Barroso.
De acordo com o relator, deputado Alexandre Guimarães, utilizar estes argumentos para justificar invasão em uma defesa judicial de invasores, para tentar transferir ao proprietário o ônus de demonstrar o exercício da função social da propriedade fora do ambiente adequado é perverter a lógica jurídica.
“Ao responsabilizar penal e civilmente aqueles que incentivam ou participam dessas invasões, o dispositivo busca desestimular tais práticas e assegurar que o Estado não financie, direta ou indiretamente, movimentos que desrespeitem o direito de propriedade. Isso fortalece a segurança jurídica no campo e protege os direitos dos proprietários legítimos”, disse.
A proposta segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).