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Suínos / Peixes Piscicultura

Lucratividade atrai cooperados para produção de tilápias

“A renda de um hectare de tilápia é a mesma que a renda de cinco alqueires de soja”, garante um dos piscicultores

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Arquivo/OP Rural

 A produção de peixes vem ganhando corpo ano após ano nas propriedades rurais do Oeste do Paraná. A maior parte da produção é composta por produtores integrados a cooperativas, como a C. Vale, de Palotina, e a Copacol, de Cafelândia. O bom desempenho que a tilápia tem conseguido alcançar na região, aliado ao parque fabril para abate de peixes bastante desenvolvido, outras gigantes do agronegócio estão apostando na piscicultura como alternativa a mais de renda para os associados. “A renda de um hectare de tilápia é a mesma que a renda de cinco alqueires de soja”, dispara sêo Aroldo, um dos entusiastas da piscicultura na região.

Uma das cooperativas é a Copagril, com sede em Marechal Cândido Rondon, que retoma as atividades aquícolas depois de um ano para se reposicionar no mercado. A produção inicial, com o primeiro abate previsto para fevereiro, é de 930 mil peixes, distribuídos entre 15 propriedades rurais. No entanto, o potencial chega a 160 produtores e oito milhões de peixes em cada ciclo. “Tínhamos a produção de tilápia em uma parceria com uma cooperativa da região, mas encerrou em 2016. Nossos cooperados ficaram praticamente um ano trabalhando de maneira particular na piscicultura até nos reposicionarmos, com uma nova parceria com um frigorífico de Toledo, que aconteceu em 2017”, explica.

O salto na produção deve acontecer já nos próximos meses de 2019. “Até abril deste ano temos a projeção de ampliar para 27 produtores e chegar a 1,8 milhão de peixes a campo. Nosso potencial, no entanto, é muito maior, de 160 produtores e oito milhões de peixes”, explica o engenheiro de pesca e encarregado no fomento de Peixes da Copagril, Jean Marcel Schuller. 

O modo de trabalho é similar ao de suínos e aves. O produtor, neste caso, recebe o alevino, a ração e a assistência técnica. Depois é remunerado de acordo com sua eficiência produtiva, que inclui conversão alimentar, entre outros. “A produção nos meses quentes varia entre seis a sete meses para o peixe ficar pronto para o abate. Nos meses frios demora cerca de nove a dez meses”, pontua Schuller.

Mais renda

O engenheiro de pesca explica que o interesse dos produtores tem aumentado porque a atividade, além de lucrativa, é segura. Há alguns anos produtores da região sofriam com calotes consecutivos de frigoríficos de outros Estados, causando desilusão na atividade. No entanto, com o fomento das cooperativas, a piscicultura passou a ser vista com outros olhos pelos produtores do Oeste paranaense. “A gente percebe que os produtores interessados já possuem leite, aves ou lavoura. Eles estão buscando na produção de tilápia uma renda a mais para a propriedade”, justifica o profissional.

Sêo Aroldo corrobora as palavras do engenheiro de pesca. Agricultor dedicado à produção de soja e milho, tem na ponta da língua quando é perguntado porque apostar na piscicultura. “A renda de um hectare de tilápia é a mesma que a renda de cinco alqueires de soja”, crava. “Além do mais, temos segurança com a cooperativa. A gente até pode receber um pouco menos do que se fosse particular, mas não investe muito e tem a segurança de que eles vão comprar e te pagar”, sustenta o produtor rural, que tem sua propriedade em Marechal Cândido Rondon.

Aroldo tem uma lâmina d’água de 8 mil metros quadrados, com produção de aproximadamente dez toneladas de peixes a cada lote. Os animais são insensibilizados e levados para abate no município vizinho em Toledo, onde ganham a marca da cooperativa, vendidos em forma de filé.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de fevereiro/março de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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